segunda-feira, 17 de novembro de 2014

CONVITE PARA O LANÇAMENTO DO LIVRO "ROMPENDO BARREIRAS - ENSAIOS DE LITERATURA BRASILEIRA E HISPANO-AMERICANA" DO ESCRITOR, DOUTOR EM LITERATURA COMPARADA EDUARDO F. COUTINHO.


CONVITE





Lançamento do livro "Rompendo Barreiras - Ensaios de Literatura Brasileira e Hispano-Americana", do Professor Dr. Eduardo F. Coutinho, também Pesquisador A 1 do CNPq.

O evento acontecerá no dia 27 de novembro de 2014 (quinta-feira) às 19 horas, na Livraria Timbre - Shopping da Gávea - Rua Marquês de São Vicente, 52/221 - Tel.: (21) 2274-1146.

Com o prefácio de Dalma Nascimento, este livro do escritor e doutor em Literatura Comparada pela Universidade da Califórnia, Eduardo F. Coutinho, traz-nos diálogos interpretativos entre a literatura brasileira e a da hispano-americana.  O autor, especialista na obra de Guimarães Rosa, identifica situações e práticas ligadas à literatura brasileira e ao universo da latina América, com artigos escritos em linguagem clara, embora com densos conteúdos teóricos.

Os ensaios comprovam que o autor vem militando vários anos no âmbito da literatura comparada, por conter  informações bem atuais sobre os novos caminhos da disciplina, da qual Eduardo F. Coutinho é professor titular  na Universidade Federal do Rio  de Janeiro.  Vale conferir a excelência das suas colocações.



Alberto Araújo - editor do Blog



Um pouco sobre Eduardo F. Coutinho




Eduardo F. Coutinho é professor de Literatura Comparada da UFRJ, onde exerceu também, de 1990 a 1994, a função de diretor adjunto de Pós-Graduação.

É mestre em Literatura Comparada pela Universidade da Carolina do Norte, Chapel Hill, e doutor em Literatura Comparada pela Universidade da Califórnia, Berkeley. Além de sua atividade docente na UFRJ, tem sido professor visitante em diferentes universidades no Brasil e no exterior. 

Foi vice-presidente da Oficina Literária Afrânio Coutinho e da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística, e membro do Conselho de Cultura do Estado do Rio de Janeiro. É membro fundador e ex-presidente da Associação Brasileira de Literatura Comparada, vice-presidente da Associação Internacional de Literatura Comparada, membro do PEN Clube Internacional e consultor científico de diversas agências de fomento à Educação (Capes, CNPq, Faperj, FUJB).

É pesquisador 1 A do CNPq, e sua principal área de pesquisas é a literatura latino-americana contemporânea.

Ao longo de sua carreira, Coutinho tem publicado diversos ensaios e artigos em jornais e periódicos especializados no Brasil e no exterior, além dos seguintes livros:

The process of revitalization of the language & narrative structure in the fiction of João Guimarães Rosa & Julio CortazarThe “synthesis” novel in Latin America: a study on João Guimarães Rosa’s Grande sertãoveredas; Em busca da terceira margem: ensaios sobre o “Grande sertão: veredas”Sentido e função da literatura comparada na América LatinaLiteratura Comparada na América Latina: ensaiosLiteratura comparada en América Latina: ensayos e Afranio Coutinho.

Organizador de diversas edições, como: Guimarães Rosa. Coleção Fortuna Crítica. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; A unidade diversa: ensaios sobre a nova literatura hispano-americanaJosé Lins do Rego. Coleção “Fortuna Crítica”, em colaboração com Ângela Bezerra de Castro;Literatura comparada: textos fundadores, em colaboração com Tania Franco Carvalhal; Cânones e contextos: 5º Congresso ABRALIC; Fronteiras imaginadas: cultura nacional/teoria internacionalElogio da lucidez: a comparacao literaria em ambito universalEmpréstimo de ouro: as cartas de Machado de Assis a Mario de Alencar, em colaboração com Teresa Cristina Meireles de Oliveira; a série Discontinuities and Displacements, Crossings and Contaminations eIdentities in Process: Proceedings of the XVIII Congress of the International Comparative Literature Association; Discursos de Afranio Coutinho (Rio de Janeiro: ABL, 2011 and O bazar global e o clube dos cavalheiros ingleses. Textos seletos de Homi Bhabha Rio de Janeiro: Rocco, 2011.



 Leia a entrevista do Dr. Eduardo Coutinho ao
Center for Latin American and Caribbean Studies (CLACS)




Após um ano lecionando o romance brasileiro e o ensaio no Brasil e na América Hispânica para alunos de pós-graduação da University of Illinois, em Urbana-Champaign, o doutor em Literatura Comparada e escritor Eduardo Coutinho prepara sua volta ao Rio. Antes, porém, em meio aos arranjos da viagem, Coutinho, que é o primeiro professor visitante do Lemann Institute, do Center for Latin American and Caribbean Studies (CLACS), a lecionar por um ano letivo inteiro, concedeu ao jornalista norte-americano Chicagoano a descontraída e esclarecedora entrevista.

Em pauta, o interesse crescente da academia americana pelas “coisas do Brasil”— que vão além das cifras do seu crescimento econômico, a oportunidade que 100 mil estudantes brasileiros terão de estudar no exterior, seu encantamento pela infraestrutura das universidades americanas e as equivocadas comparações que costumamos fazer entre Brasil e Estados Unidos, principalmente quando o assunto é mestiçagem e valores culturais.

Chicagoano: Após um ano lecionando em uma universidade americana, como o senhor descreveria o interesse dos alunos nas aulas relacionadas à cultura brasileira?

E. Coutinho: São alunos com grande interesse em saber mais sobre as coisas do Brasil, como literatura, artes e música. Não estão interessados somente em negócios ou nos números do crescimento econômico do país. A participação deles nas aulas é muito rica, o que permite uma interação ainda maior e gratificante.

Chicagoano: Esta semana, na conferência “Mestizaje and Multiculturalism in the Construction of Latin America’s Cultural Identity”, na Northwestern University, o senhor falou sobre as raízes brasileiras e da América Hispânica. É comum ver o Brasil subestimado nesses casos. Essa é uma comparação justa?

E. Coutinho: No século XIX, havia uma visão negativa sobre amiscigenação, tanto no Brasil, quanto na América Hispânica, proveniente da Europa, em especial de filósofos alemães, como Hegel. No século seguinte, porém, houve uma reação por parte dos intelectuais, que combateram essas ideias, com destaque para Gilberto Freire, no Brasil. Atualmente, estamos procurando não importar as contribuições de fora de forma tão cega. Elas são importantes, sim, mas precisam passar por um filtro crítico. A herança africana brasileira é bastante diferente da americana, onde ela é fatalmente mais segregada. Por isso, é preciso estabelecer um diálogo entre as teorias e nosso contexto. Um simples exemplo é como as duas culturas vêem de formas um tanto distintas a mulher, a família, e seu papel na sociedade que ela compõe.

Chicagoano: De que forma a soma dessas teorias ao nosso contexto pode interferir na vida de pessoas comuns?

E. Coutinho: Quando um indivíduo toma consciência dessas questões e de que não é possível comparar o contexto brasileiro ao americano, sem as devidas ressalvas, ele passa a rever várias questões e empregar esse novo olhar ao longo de sua vida.

Chicagoano: O senhor gostaria de discutir um pouco os rumos da política brasileira na Era Dilma Rousseff?

E. Coutinho: Não, obrigado! Mas não posso deixar de manifestar meu apreço pela iniciativa de expor tantos alunos brasileiros a outras culturas, através de programas de intercâmbio (Ciências sem Fronteiras). Essa é uma excelente contribuição, não para que os imitemos, mas para que esses brasileiros possam conhecer as coisas boas da outra cultura e as importarem para nosso contexto.

Chicagoano: O que o senhor vai levar de “coisas boas” para o Brasil depois desse ano lecionando aqui?

E. Coutinho: A infraestrutura das universidades americanas é muito boa, principalmente em termos de pesquisa. Outra coisa que me encanta são as bibliotecas. Esse é o grande trunfo de quem estuda aqui. Vou levar ótimas ideias e dividir com meus alunos da UFRJ. E espero voltar outras vezes que for convidado.



OUTRAS OBRAS DE EDUARDO F. COUTINHO




Clicar no link para assistir  ao vídeo 
com a entrevista de Eduardo F. Coutinho,
no Programa Leitura da TV SENADO.







Publicado em 03/11/2014

Eduardo de Faria Coutinho acredita haver uma intensa correspondência entre as literaturas brasileira e latino-americana. Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Coutinho se dedica à literatura comparada e à obra de João Guimarães Rosa. 




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OUTRO LINK IMPORTANTE COM EDUARDO F. COUTINHO




FONTE DA ENTREVISTA E VÍDEO:

http://www.clacs.illinois.edu/lemann/events.aspx   




2 comentários:

  1. Eliana Bueno-Ribeiro - Paris - França18 de novembro de 2014 às 14:44

    Caro Alberto,
    Li com muito interesse a republicação da entrevista de Eduardo Coutinho em Illinois, USA.
    Seu novo livro com toda a certeza apresentará novos aspectos das relações literárias na América Latina e será de enorme proveito a alunos e pesquisadores.
    Agradeço a você a divulgação da obra desse grande pesquisador.
    Um abraço,

    Eliana Bueno-Ribeiro
    (UFRJ/ coordenadora da revista on-line "Passages de Paris".
    Paris - França.

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  2. Prezado jornalista Alberto Araújo:



    Agradeço muitíssimo o belo trabalho que fez sobre minha produção, levantando o material do link acima e o link que montou com meu trabalho, anunciando o lançamento de meu mais recente livro na próxima semana. A Profa. Dalma Nascimento me enviou o link, que está primorosamente montado e que reflete um trabalho extremamente cuidadoso de levantamento de material. Espero muito vir a conhecê-lo breve. A Profa. Dalma me disse que deverá estar presente em meu lançamento. Será um prazer imenso. Com os melhores agradecimentos, envio-lhe meus cumprimentos e um abraço,


    Eduardo Coutinho



    Eduardo F. Coutinho,
    escritor e Dr. em Literatura Comparada.

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