quarta-feira, 15 de março de 2017

MUSICAL SOBRE CARTOLA, NO TEATRO CARLOS GOMES, NO RIO DE JANEIRO. IMPERDÍVEL!

 
 
 
 
Cartola — O Mundo É Um Moinho’ leva convidados todas as quintas-feiras, como as Velhas Guardas das escolas, e encerra com um samba-enredo feito com exclusividade por Arlindo Cruz.
       
Flávio Bauraqui interpreta Cartola em musical
Foto Divulgação
 
A partir de 16 de março, o ator Flávio Bauraqui  interpreta no palco do Teatro Carlos Gomes aquele que é considerado um dos maiores ícones do samba no musical ‘Cartola — O Mundo É Um Moinho’.
 
Em cena, a história passeia por fatos marcantes de sua vida, com suas inesquecíveis canções e composições, além de mergulhar nas paixões do sambista, ao falar da relação de amor pela Mangueira, escola que fundou, e por sua companheira, Dona Zica, com quem foi casado e dividiu a vida por 26 anos.
 
 
 
 
 
Com dramaturgia de Artur Xexéo, o espetáculo desembarca no Rio depois de uma bem-sucedida temporada em São Paulo. A trama parte de um meio familiar para o ‘Poeta das Rosas’: uma escola de samba que desenvolve um enredo sobre o cantor e compositor.
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma exclusividade é o samba-enredo ‘Mestre Cartola’, composto por Arlindo Cruz e Igor Legal, e que encerra o espetáculo.
 
 
Flávio revela que o musical vai contar com a participação de um convidado em todas as sessões de quinta-feira. As Velhas Guardas das escolas de samba do Rio participam aos domingos.
 
Estamos em cartaz em um lugar que tem energia histórica do samba. Revitalizar culturalmente este lugar é reativar a memória. Quando falamos de samba, falamos de nós, falamos do Brasil. É um momento de resgate da nossa identidade como brasileiros. O espetáculo vem também com esta intenção”.
 
 
 
Flávio fica mesmo parecido com Cartola. E não é de hoje. A semelhança na composição vai além da caracterização e já lhe rendeu boas histórias. “Quando fiz o primeiro espetáculo sobre o Cartola e fui chamado para inaugurar o Centro Cultural Cartola, uma pessoa conhecida apertou minha mão e disse: ‘Oi Cartola’. Vi ali que a função do ator estava sendo alcançada: não era mais o Flávio, só existia o Cartola, o personagem, naquele momento”. O ator também se aproximou da neta do sambista, Nilcemar Nogueira, e pôde frequentar a intimidade da família. “Fui à casa do Cartola, convivo com a Nilcemar, conheci os bisnetos, me chamaram de ‘biso’. Foi um mergulho profundo, que mudou minha vida. Aliás, como todos os trabalhos que faço. O que mexe muito aqui é essa conexão com o passado, os que vieram antes de nós e abriram espaço”, reflete.
 
 
 
Flávio está em cena à frente de 17 atores, entre eles Virginia Rosa, como Dona Zica, e Antônio Pompeu, que faz seu pai. E admite que é especificamente nas cenas com Pompeu que reconhece um pouco da própria história. “Falamos da relação dele com o pai, que abandonou o filho aos 17 anos, porque tinha vergonha dele, mas depois o resgatou. Não tive uma relação com meu pai também, não o conheci. Então, quando olho para o Pompeu em cena, resgato isso, coisas que não ouvi do meu pai. Nunca ouvi dele que ele tinha orgulho de mim”, confidencia. “Cartola era negro, eu também sou. Na minha trajetória como na dele, reconheço a perseverança de não desistir. Ele nunca desistiu. Lutou pela vida como eu. Não sou diferente dele, quando penso na luta dos artistas. Olho para ele e enxergo minha família, tantas histórias... E a importância dele para a história da música, do samba”.
 
 
 
Serviço
 
 
TEATRO CARLOS GOMES. 
Praça Tiradentes s/nº, Centro
Rio de Janeiro - RJ - Brasil
 
Informações: (21) 2215-0556. 
 
Qui e sex, R$ 70.
Sáb e dom, R$ 80. 
 
Duração: 2h30min.
Qui, sex e sáb, às 19h.
Dom, às 17h.
Classificação 12 anos.
 
Permanecerá até 28 de maio de 2017.
 
 
 
 
 
 
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Um comentário:

  1. Temos, então, uma montagem teatral que agrega a saga do maior símbolo do samba contemporâneo, Cartola, com o hiper-realismo criado pelo ator Flávio Bauraqui, juntando vida real e memória virtual, num só espetáculo.
    A notável semelhança física e gestual do ator revive a figura mítica do compositor, transportando a platéia ao período mais rico da história do samba, com a poesia e as canções que discerniram a verdadeira música popular brasileira, no século XX.
    O mundo é um moinho, diz Cartola lá do céu, e segue soprando, sem parar, o vento que gira as pás deste engenho mágico.

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