quinta-feira, 26 de agosto de 2021

ABERTURA OFICIAL DA PROGRAMAÇÃO CULTURAL DO ESTANDE DA REDE SEM FRONTEIRAS NA FLL2021


ABERTURA OFICIAL DA PROGRAMAÇÃO CULTURAL DO ESTANDE DA REDE SEM FRONTEIRAS NA FLL2021. Para assistir a toda programação em tempo real, na data e hora certa, através do Canal You Tube da Rede Sem Fronteiras. 

Clicar no link: https://www.youtube.com/watch?v=PWZfYPpXUvg

 


sábado, 21 de agosto de 2021

TOM FARIAS CONHEÇA UM POUCO MAIS O AUTOR HOMENAGEADA DO ESTANDE DA “REDE SEM FRONTEIRAS”, NA 91.ª EDIÇÃO DA FEIRA DO LIVRO DE LISBOA

Conheça um pouco mais a Autora Homenageada do estande da “Rede Sem Fronteiras”, na 91.ª edição da Feira do Livro de Lisboa: TOM FARIAS, e algumas de suas obras, que serão apresentadas na ocasião.

O maior evento da lusofonia mundial é organizado pela Associação Portuguesa de Escritores e Livreiros (APEL), em colaboração com a Câmara de Lisboa, e vai realizar-se, de 26 de agosto a 12 de setembro de 2021, no Parque Eduardo VII (localizado em frente à Praça Marquês de Pombal).

A “Rede Sem Fronteiras”, respectivamente associada da APEL, novamente participará com um estande próprio, o D51 (rua da direita, área laranja).

🍾🥂🥂🥂🥂🥂🥂

Venham nos fazer uma visita!! 😉

Acompanhem a nossa programação!! 🥰

@redesemfronteiras

@feiradolivrodelisboa

#feiradolivrodelisboa

#literaturalusofona

#lisboa

#redesemfronteiras










 

TÂNIA ZAGURY CONHEÇA UM POUCO MAIS A AUTORA HOMENAGEADA DO ESTANDE DA “REDE SEM FRONTEIRAS”, NA 91.ª EDIÇÃO DA FEIRA DO LIVRO DE LISBOA

 Conheça um pouco mais a Autora Homenageada do estande da “Rede Sem Fronteiras”, na 91.ª edição da Feira do Livro de Lisboa: TÂNIA ZAGURY, e algumas de suas obras, que serão apresentadas na ocasião.

O maior evento da lusofonia mundial é organizado pela Associação Portuguesa de Escritores e Livreiros (APEL), em colaboração com a Câmara de Lisboa, e vai realizar-se, de 26 de agosto a 12 de setembro de 2021, no Parque Eduardo VII (localizado em frente à Praça Marquês de Pombal).

A “Rede Sem Fronteiras”, respectivamente associada da APEL, novamente participará com um estande próprio, o D51 (rua da direita, área laranja).

🍾🥂🥂🥂🥂🥂🥂

Venham nos fazer uma visita!! 😉

Acompanhem a nossa programação!! 🥰

@redesemfronteiras

@feiradolivrodelisboa

#feiradolivrodelisboa

#literaturalusofona

#lisboa

#redesemfronteiras







DALMA NASCIMENTO CONHEÇA UM POUCO MAIS A AUTORA HOMENAGEADA DO ESTANDE DA “REDE SEM FRONTEIRAS”, NA 91.ª EDIÇÃO DA FEIRA DO LIVRO DE LISBOA

 Conheça um pouco mais a Autora Homenageada do estande da “Rede Sem Fronteiras”, na 91.ª edição da Feira do Livro de Lisboa: DALMA NASCIMENTO, e algumas de suas obras, que serão apresentadas na ocasião.

O maior evento da lusofonia mundial é organizado pela Associação Portuguesa de Escritores e Livreiros (APEL), em colaboração com a Câmara de Lisboa, e vai realizar-se, de 26 de agosto a 12 de setembro de 2021, no Parque Eduardo VII (localizado em frente à Praça Marquês de Pombal).

A “Rede Sem Fronteiras”, respectivamente associada da APEL, novamente participará com um estande próprio, o D51 (rua da direita, área laranja).

🍾🥂🥂🥂🥂🥂🥂

Venham nos fazer uma visita!! 😉

Acompanhem a nossa programação!! 🥰

@redesemfronteiras

@feiradolivrodelisboa

#feiradolivrodelisboa

#literaturalusofona

#lisboa

#redesemfronteiras







SEM FRONTEIRAS PELO MUNDO... COLETÂNEA LITERÁRIA INTERNACIONAL LUSÓFONA EM VERSO & PROSA

 


sexta-feira, 20 de agosto de 2021

VISITA OFICIAL DO ELOS INTERNACIONAL AO ELOS CLUBE DE PETRÓPOLIS


                                                   


VISITA OFICIAL AO ELOS CLUBE DE PETRÓPOLIS



A presidência Internacional da Federação Internacional Elos da Comunidade Lusíada, vem mui respeitosamente cumprimentar e ao mesmo tempo corroborar o envio do ÁLBUM DE FOTOS da VISITA OFICIAL DA PRESIDÊNCIA INTERNACIONAL AO DISTRITO-8, ELOS CLUBE DE PETRÓPOLIS.     

Ao reunir na mesma oportunidade governadoria distrital, presidência de clubes, diretores Elistas e autoridades públicas, representantes de entidades e da sociedade do distrito elista.

GRATIDÃO: Matilde Conti, governadora DE-8; Marly Baffa, presidente do Elos Petrópolis; Mário Alexandre D’Angelo Mesquita, elista e presidente da Casa de Portugal de Petrópolis; Daniella Vita, Diário de Petrópolis; Nei Carvalho, A Voz da Cidade; diretora Rosina Bezerra, membros da imprensa, convidados e todos aqueles que prestigiaram o evento.

A  visita aos distritos e clubes visa concretizar o pensamento “Cada Elista é a fração de um todo”, além da  revitalização e expansão de unidades elistas, através do nosso Programa de Fortalecimento do Movimento Elista Internacional.            

Lembre-se: “Ser girassol para alguém e encontrar os nossos girassóis na vida, um fortalecendo o outro no mundo e no movimento elista”.

Queridos companheiros Elistas; gratidão pela confiança, parceria e sintonia.

 Praia Grande, 19  de  agosto de 2021

 Sidney Cardoso da França - Presidente Internacional

Site: https://www.elosinternacional.org/

Instagram Elos Clube:

https://www.instagram.com/elosinternacional/?hl=pt-br

   



































CRÉDITOS DAS FOTOS:
Cedidas, gentilmente,
ELOS CLUBE INTERNACIONAL

 

NINA FERNANDES SERÁ ENTREVISTADA NO PROGRAMA EDUCAÇÃO E CULTURA DA TVC-RIO CANAL 6 DA NET




Nina Fernandes, como colaboradora, representará a Rede Sem Fronteiras em entrevista com Francisco Soriano, no Programa Educação e Cultura, da TVC-Rio, Canal 6 da NET

Como convidados, os Escritores participantes da 91ª Feira do Livro de Lisboa: Lagarto Okonhoko Npasmadu (Guiné-Bissau/Inglaterra) e Mara Parrela (Brasil/Holanda).


Você não pode perder!!


#tvc-rio

#feiradolivrodelisboa

#literaturalusofona

#redesemfronteiras 




EQUIPE REGIONAL DE ESCRITORES DO CEARÁ NA 9ª FEIRA DO LIVRO DE LISBOA




A equipe regional de escritores do Ceará se reuniu, e olha que bonito o sentimento de equipe!!

Parabéns Escritores do Ceará!!

A 91.ª edição da Feira do Livro de Lisboa, vai realizar-se, de 26 de agosto a 12 de setembro, no Parque Eduardo VII (localizado em frente à Praça Marquês de Pombal).

A Rede Sem Fronteiras participará com um estande próprio, o D51 (rua da direita, área laranja). Venham nos fazer uma visita!! 😉



 

PROGRAMAÇÃO DE ENTREVISTAS COM PERSONALIDADES CULTURAIS

 



Nossa presidente, Dyandreia Portugal, foi entrevistada por Daniel Marx, no Programa Blitz Cultural. A exibição será no dia 23/08, às 21h30min (Brasil). 

Você não pode perder!! 😉👍

Acesse e deixe seu comentário:👇🏼

www.vrtchannel.tv.br 

#blitzcuktural

#redesemfronteiras



********************************




Nina Fernandes, como colaboradora, representará a Rede Sem Fronteiras em entrevista com Francisco Soriano, no Programa da TVC-Rio, Canal 6 da NET

Como convidados, os Escritores participantes da 91ª Feira do Livro de Lisboa: Lagartixa Okonhoko Npasmadu (Guiné-Bissau/Inglaterra) e Mara Parrela (Brasil/Holanda).

Você não pode perder!!

#tvc-rio

#feiradolivrodelisboa

#literaturalusofona

#redesemfronteiras




*************************************






O Coletivo Mulheres Artistas receberá escritoras que fazem parte da comitiva da Rede Sem Fronteiras na Feira do Livro de Lisboa, para o Programa Especial: Tô na Feira I.


A apresentadora do programa, Angeli Rose, conversa com:


* Nina Fernandes - RJ*

* Basilina Pereira - DF*

* Chaja F. Finkelsztain- RJ*

* Izabella Pavesi - SC*

* Jania Souza - RN*

* Socorro Cavalcante - CE*


No dia 25/08, às 19h30min


Participe!! 

Canal Mulheres Artistas, no YouTube 


#coletivomulheresartistas

#redesemfronteiras

#feiradolivrodelisboa



*********************************************



UNIVERSO CERÂMICO
6ª EDIÇÃO  - 2021
CURADORA: ELIANA TSURU

Rede Sem Fronteiras

uma das apoiadoras do evento, 

convida para VI Universo Cerâmico. 


“A Sexta edição Universo Cerâmico dá continuidade agora em São Paulo no Espaço Galeria Cia Arte Cultura no Shopping West Plaza. Essa exposição deu início este ano no Museu Municipal de Socorro de 3 de julho a 11 de agosto e segue para a segunda etapa na galeria no período de um mês. Na sequencia a exposição parte para a terceira e última etapa na Câmara Municipal de São Paulo.

Desta exposição participam 58 artistas, onde serão submetidos a júri e premiados conforme categorias. 

Haverá também o lançamento de catálogo dos artistas participantes. Esse evento acontecerá no dia 21 de agosto de 2021 entre 14h e 16h e terá a presença de vários artistas de São Paulo e também de Socorro.”




REDE SEM FRONTEIRAS




MAPA DE COMO CHEGAR 
AO ESTANDE DA REDE SEM FRONTEIRAS
D51 (rua da direita, área laranja).











segunda-feira, 16 de agosto de 2021

COMO ESCREVE A ADMIRÁVEL ESCRITORA ANGELI ROSE

 




O Focus Portal Cultural homenageia Angeli Rose através de sua entrevista

COMO EU ESCREVO

https://comoeuescrevo.com/angeli-rose/


Angeli Rose é poeta, autora de “Biografia Não Autorizada De Uma Mulher Pancada”.

Como você começa o seu dia? Você tem uma rotina matinal?

Sim. Tenho uma rotina que me acompanha há anos, quando não estou viajando. Eu acordo muito cedo, durmo muito tarde e pouco. Então, meu dia rende bastante.

Costumo cuidar dos afazeres da casa pela manhã, incluindo saída para resolver algo, se necessário, ou participação em grupo de pesquisa; depois das 12 horas leio um pouco, o que me mobiliza para escrever; à tarde, escrevo, alternando com alguma pesquisa ou estudo relacionados à escrita em questão. Por volta das 19 horas encerro a escrita profissional e fico a partir disso, lendo, estudando, fazendo anotações avulsas só sobre o que tenho vontade ou me ocorre. Geralmente, os projetos criativos surgem nessa etapa do dia.

Às atividades relacionadas à docência, por exemplo, dedico 4 horas da segunda feira, à tarde.  Tudo isso fica sujeito a alguma modificação quando surge algum evento, como oficina, palestra a ministrar, ou representação (sou vice-presidente da ALB/Campos-RJ).

Já em viagem, embora consiga trabalhar bem em hotel, os horários ficam ao sabor do roteiro de atividades previstas para o período.

Em que hora do dia você sente que trabalha melhor? Você tem algum ritual de preparação para a escrita?

Como disse, à tarde é o meu período principal de dedicação à escrita.

Você escreve um pouco todos os dias ou em períodos concentrados? Você tem uma meta de escrita diária?

Já tentei me administrar com meta diária, mas só quando estou escrevendo prosa. No caso de estar escrevendo poesia, não consigo. Em realidade, sou indisciplinada na escrita, tanto acadêmica como literária. Aquela rotina me acalma, mas não garante uma produção regular.

Como é o seu processo de escrita? Uma vez que você compilou notas suficientes, é difícil começar? Como você se move da pesquisa para a escrita?

O meu processo já se modificou bastante, mas de fato há períodos em que a escrita surge como uma respiração e se não fizer o que tem de ser feito, nem durmo! Em outros períodos, sinto-me como se só conseguisse escrever o que está programado, encomendado ou me decidi a fazer e concluir, por exemplo, a participação em antologias que é algo com prazo.

Quanto ao processo de escrever em si, geralmente vem de leituras muito especificas, como de filosofia.

Mas para a coluna semanal do Clarín, digital, das 4as feiras, minhas crônicas são produzidas a partir de memórias de participação em eventos culturais, da leitura de livros de amigas, de um acontecimento incontornável, como por exemplo, os 2 anos da morte de Marielle Franco, dia 14/3. Nessa ocasião, a data de nascimento de Carolina de Jesus esperou para ser tratada em crônica posterior dedicada a ela.

Agora, a escrita acadêmica é totalmente diferente, mesmo para um simples parecer, ou um artigo, é sentar e ficar até que no mínimo uma página tenha sido produzida com confiança e clareza das fontes de consulta e pesquisa.

Como você lida com as travas da escrita, como a procrastinação, o medo de não corresponder às expectativas e a ansiedade de trabalhar em projetos longos?

Lido mal com as travas da escrita. A diferença é que, com o tempo, não adoeço ou sofro mais. Às vezes, perco a produção por não acreditar nela, mas fico bem hoje em dia.

Nesse sentido, o doutorado foi o divisor de águas, porque foi um projeto acadêmico longo sobre formação de leitores, então, pude ler muito sobre essa atividade na formação de escritores, por exemplo. Além, disso, eu peguei uma época, em que o abandono do pós-graduando era praticamente total, aliás, desde o mestrado. Isso foi um aprendizado enorme sobre como funciono em relação a esse tipo de responsabilidade. Foi caso de paixão e ódio; tapas e beijos…

Estou aqui, né? Consegui fazer mestrado, doutorado, 3 especializações com monografias, um pos-doc e por aí…

E as travas para o fazer literário? Costumam durar meia hora.

Quantas vezes você revisa seus textos antes de sentir que eles estão prontos? Você mostra seus trabalhos para outras pessoas antes de publicá-los?

Deveria revisar mais, mas normalmente, leio 3 vezes (2 seguidas e 1 vez depois de esquecer o texto e retomá-lo).

Dificilmente, dou textos não publicados para outros lerem. As pessoas andam sem tempo…

Acho legal quando acontece, pois é raríssimo conseguir leituras atenciosas, mas se ocorrem, viram um grande encontro que termina num bom vinho.

Como é sua relação com a tecnologia? Você escreve seus primeiros rascunhos à mão ou no computador?

Sou mediadora de EAD, tendo migrado dos cursos presenciais para a EAD nos últimos 4 anos. Isso me exigiu mergulhar na tecnologia, mais do que gostaria e menos do que deveria.

A pesquisa que atualizei no pós-doutorado na UFRJ em Educação tratou da ciberliteratura como objeto de aprendizagem na formação de professores do curso de Pedagogia, por exemplo, isso fez-me apreciar muitas obras contemporâneas que exploram as tecnologias da informação e de criação estética, mas não as incorporei no meu trabalho literário(ainda).

De onde vêm suas ideias? Há um conjunto de hábitos que você cultiva para se manter criativa?

As ideias vêm dos livros que li e leio, das notícias de jornal, bem ao gosto de Bandeira, dos encontros e desencontros da vida, principalmente. Sou boa ouvinte, então, escuto um caso aqui, outro ali, e me alimento. Mas conhecer ou ler sobre episódios históricos, ou culturas diferentes também são combustíveis, mesmo que não os aproveite em meus escritos.

Há algo que me mobiliza? Pode contar que estarei a meditar sobre como a linguagem pode manifestar aquilo que me mexeu. Daí pra surgir o poema, é o que deverá acontecer logo.

O que você acha que mudou no seu processo de escrita ao longo dos anos? O que você diria a si mesma se pudesse voltar à escrita de seus primeiros textos?

Eu gosto muito do filme “A ÉPOCA DA INOCÊNCIA “, perdi a conta de quantas vezes retomei trechos dele e os revi até compreender o que ainda me mobiliza nele.

Para onde foi a inocência?

Então, aquela perda da inocência, tematizada no filme, talvez tenha sido o que mais tenha mudado. Ou não.  Parece que há uma criança dentro de mim que pede pra brincar insistentemente e, ao lado, vejo sentada uma senhora tranquila sem fé alguma. Senti isso em relação àquele filme de que gosto muito e reconheço algo semelhante em relação à escrita.

Eu diria: escreva como quiser e não se importe tanto com os outros.

Por que diria isso? Porque demorei muito para ter coragem de publicar. Passei um processo muito doloroso de veto do meu primeiro romance, que se perdeu no tempo. Sinto até hoje a dor de não tê-lo publicado. E já não sei se o será, talvez, outro, mas não o que fiz com as vísceras.  Não sei…

Que projeto você gostaria de fazer, mas ainda não começou? Que livro você gostaria de ler e ele ainda não existe?

Essa última é a pergunta de 100 milhões de dólares!

Acho que o projeto que alia meus conhecimentos de tarô com os personagens que já tenho em mente e desenhados em rascunhos, para um romance, quem sabe…

E o que ainda não li? Não li tanta coisa já feita, que acho melhor pensar em garantir o que está aí, adormecendo nas prateleiras ou dormitando nas telas, mas certamente ainda não li e gostarei de ler o próximo romance de mais uma nova escritora brasileira que surgir no cenário literário contemporâneo.






segunda-feira, 9 de agosto de 2021

ESTÃO ABERTAS AS NOMEAÇÕES E A VOTAÇÃO PARA A PREMIAÇÃO “MELHOR DO BRASIL NO MUNDO”.





A premiação que acontece em Londres, no palácio de KENSINGTON, dia 30 de outubro de 2021, às 19h. São 15 categorias entre elas: MELHOR CANTOR BRASILEIRO DO MUNDO; MELHOR ESCRITOR BRASILEIRO DO MUNDO. E 13 mais! As nomeações acontecem de 05 de junho a 05 de setembro de 2021.

Você conhece o melhor ou a melhor do mundo? Ou o/a melhor do mundo e você mesmo/a? Nomeie seus amigos brasileiros que moram no exterior! Será o evento mais prestigiado da comunidade brasileira no mundo, com convidados que incluem celebridades, embaixadores e realeza.

Site oficial: www.bestofbraziliawards.com

A “Rede Sem Fronteiras” é apoiadora oficial do evento.

Participe!! 🍾🥂🥂🥂✨✨

Realização:
@highprofilemagazine
@arafaeldossantos

#juntossomosmaisfortes
#melhordobrasil
#melhordobrasilnomundo







sexta-feira, 6 de agosto de 2021

10 POEMAS DE MANOEL DE BARROS



O LIVRO SOBRE NADA


É mais fácil fazer da tolice um regalo do que da sensatez.

Tudo que não invento é falso.

Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira.

Tem mais presença em mim o que me falta.

Melhor jeito que achei pra me conhecer foi fazendo o contrário.

Sou muito preparado de conflitos.

Não pode haver ausência de boca nas palavras: nenhuma fique desamparada do ser que a revelou.

O meu amanhecer vai ser de noite.

Melhor que nomear é aludir. Verso não precisa dar noção.

O que sustenta a encantação de um verso (além do ritmo) é o ilogismo.

Meu avesso é mais visível do que um poste.

Sábio é o que adivinha.

Para ter mais certezas tenho que me saber de imperfeições.

A inércia é meu ato principal.

Não saio de dentro de mim nem pra pescar.

Sabedoria pode ser que seja estar uma árvore.

Estilo é um modelo anormal de expressão: é estigma.

Peixe não tem honras nem horizontes.

Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas quando não desejo contar nada, faço poesia.

Eu queria ser lido pelas pedras.

As palavras me escondem sem cuidado.

Aonde eu não estou as palavras me acham.

Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas.

Uma palavra abriu o roupão pra mim. Ela deseja que eu a seja.

A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem a ponto que ela expresse nossos mais fundos desejos.

Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos.

Esta tarefa de cessar é que puxa minhas frases para antes de mim.

Ateu é uma pessoa capaz de provar cientificamente que não é nada. Só se compara aos santos. Os santos querem ser os vermes de Deus.

Melhor para chegar a nada é descobrir a verdade.

O artista é erro da natureza. Beethoven foi um erro perfeito.

Por pudor sou impuro.

O branco me corrompe.

Não gosto de palavra acostumada.

A minha diferença é sempre menos.

Palavra poética tem que chegar ao grau de brinquedo para ser séria.

Não preciso do fim para chegar.

Do lugar onde estou já fui embora.



O APANHADOR DE DESPERDÍCIOS



Uso a palavra para compor meus silêncios.

Não gosto das palavras

fatigadas de informar.

Dou mais respeito

às que vivem de barriga no chão

tipo água pedra sapo.

Entendo bem o sotaque das águas

Dou respeito às coisas desimportantes

e aos seres desimportantes.

Prezo insetos mais que aviões.

Prezo a velocidade

das tartarugas mais que a dos mísseis.

Tenho em mim um atraso de nascença.

Eu fui aparelhado

para gostar de passarinhos.

Tenho abundância de ser feliz por isso.

Meu quintal é maior do que o mundo.

Sou um apanhador de desperdícios:

Amo os restos

como as boas moscas.

Queria que a minha voz tivesse um formato

de canto.

Porque eu não sou da informática:

eu sou da invencionática.

Só uso a palavra para compor meus silêncios.



RETRATO DO ARTISTA QUANDO COISA



A maior riqueza

do homem

é sua incompletude.

Nesse ponto

sou abastado.

Palavras que me aceitam

como sou

— eu não aceito.

Não aguento ser apenas

um sujeito que abre

portas, que puxa

válvulas, que olha o

relógio, que compra pão

às 6 da tarde, que vai

lá fora, que aponta lápis,

que vê a uva etc. etc.

Perdoai. Mas eu

preciso ser Outros.

Eu penso

renovar o homem

usando borboletas.



O FAZEDOR DE AMANHECER



Sou leso em tratagens com máquina.

Tenho desapetite para inventar coisas prestáveis.

Em toda a minha vida só engenhei

3 máquinas

Como sejam:

Uma pequena manivela para pegar no sono.

Um fazedor de amanhecer

para usamentos de poetas

E um platinado de mandioca para o

fordeco de meu irmão.

Cheguei de ganhar um prêmio das indústrias

automobilísticas pelo Platinado de Mandioca.

Fui aclamado de idiota pela maioria

das autoridades na entrega do prêmio.

Pelo que fiquei um tanto soberbo.

E a glória entronizou-se para sempre

em minha existência.



TRATADO GERAL DAS GRANDEZAS DO ÍNFIMO



A poesia está guardada nas palavras — é tudo que eu sei.

Meu fado é o de não saber quase tudo.

Sobre o nada eu tenho profundidades.

Não tenho conexões com a realidade.

Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.

Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas).

Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.

Fiquei emocionado.

Sou fraco para elogios.



PREFÁCIO



Assim é que elas foram feitas (todas as coisas) —

sem nome.

Depois é que veio a harpa e a fêmea em pé.

Insetos errados de cor caíam no mar.

A voz se estendeu na direção da boca.

Caranguejos apertavam mangues.

Vendo que havia na terra

Dependimentos demais

E tarefas muitas —

Os homens começaram a roer unhas.

Ficou certo pois não

Que as moscas iriam iluminar

O silêncio das coisas anônimas.

Porém, vendo o Homem

Que as moscas não davam conta de iluminar o

Silêncio das coisas anônimas —

Passaram essa tarefa para os poetas.



OS DESLIMITES DA PALAVRA



Ando muito completo de vazios.

Meu órgão de morrer me predomina.

Estou sem eternidades.

Não posso mais saber quando amanheço ontem.

Está rengo de mim o amanhecer.

Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.

Atrás do ocaso fervem os insetos.

Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu

destino.

Essas coisas me mudam para cisco.

A minha independência tem algemas


APRENDIMENTOS


O filósofo Kierkegaard me ensinou que cultura

é o caminho que o homem percorre para se conhecer.

Sócrates fez o seu caminho de cultura e ao fim

falou que só sabia que não sabia de nada.

Não tinha as certezas científicas. Mas que aprendera coisas

di-menor com a natureza. Aprendeu que as folhas

das árvores servem para nos ensinar a cair sem

alardes. Disse que fosse ele caracol vegetado

sobre pedras, ele iria gostar. Iria certamente

aprender o idioma que as rãs falam com as águas

e ia conversar com as rãs.

E gostasse mais de ensinar que a exuberância maior está nos insetos

do que nas paisagens. Seu rosto tinha um lado de

ave. Por isso ele podia conhecer todos os pássaros

do mundo pelo coração de seus cantos. Estudara

nos livros demais. Porém aprendia melhor no ver,

no ouvir, no pegar, no provar e no cheirar.

Chegou por vezes de alcançar o sotaque das origens.

Se admirava de como um grilo sozinho, um só pequeno

grilo, podia desmontar os silêncios de uma noite!

Eu vivi antigamente com Sócrates, Platão, Aristóteles —

esse pessoal.

Eles falavam nas aulas: Quem se aproxima das origens se renova.

Píndaro falava pra mim que usava todos os fósseis linguísticos que

achava para renovar sua poesia. Os mestres pregavam

que o fascínio poético vem das raízes da fala.

Sócrates falava que as expressões mais eróticas

são donzelas. E que a Beleza se explica melhor

por não haver razão nenhuma nela. O que mais eu sei

sobre Sócrates é que ele viveu uma ascese de mosca.



O MENINO QUE CARREGAVA ÁGUA NA PENEIRA



Tenho um livro sobre águas e meninos.

Gostei mais de um menino

que carregava água na peneira.

A mãe disse que carregar água na peneira

era o mesmo que roubar um vento e

sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.

A mãe disse que era o mesmo

que catar espinhos na água.

O mesmo que criar peixes no bolso.

O menino era ligado em despropósitos.

Quis montar os alicerces

de uma casa sobre orvalhos.

A mãe reparou que o menino

gostava mais do vazio, do que do cheio.

Falava que vazios são maiores e até infinitos.

Com o tempo aquele menino

que era cismado e esquisito,

porque gostava de carregar água na peneira.

Com o tempo descobriu que

escrever seria o mesmo

que carregar água na peneira.

No escrever o menino viu

que era capaz de ser noviça,

monge ou mendigo ao mesmo tempo.

O menino aprendeu a usar as palavras.

Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.

E começou a fazer peraltagens.

Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.

O menino fazia prodígios.

Até fez uma pedra dar flor.

A mãe reparava o menino com ternura.

A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta!

Você vai carregar água na peneira a vida toda.

Você vai encher os vazios

com as suas peraltagens,

e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos!



UMA DIDÁTICA DA INVENÇÃO


I


Para apalpar as intimidades do mundo é preciso saber:

a) Que o esplendor da manhã não se abre com faca

b) O modo como as violetas preparam o dia para morrer

c) Por que é que as borboletas de tarjas vermelhas têm devoção por túmulos

d) Se o homem que toca de tarde sua existência num fagote, tem salvação

e) Que um rio que flui entre 2 jacintos carrega mais ternura que um rio que flui entre 2 lagartos

f) Como pegar na voz de um peixe

g) Qual o lado da noite que umedece primeiro.

etc.

etc.

etc.

Desaprender 8 horas por dia ensina os princípios.

II

Desinventar objetos. O pente, por exemplo.

Dar ao pente funções de não pentear. Até que

ele fique à disposição de ser uma begônia. Ou

uma gravanha.

Usar algumas palavras que ainda não tenham

idioma.

III

Repetir repetir — até ficar diferente.

Repetir é um dom do estilo.

IV

No Tratado das Grandezas do Ínfimo estava

escrito:

Poesia é quando a tarde está competente para dálias.

É quando

Ao lado de um pardal o dia dorme antes.

Quando o homem faz sua primeira lagartixa.

É quando um trevo assume a noite

E um sapo engole as auroras.

V

Formigas carregadeiras entram em casa de bunda.

VI

As coisas que não têm nome são mais pronunciadas

por crianças.

VII

No descomeço era o verbo.

Só depois é que veio o delírio do verbo.

O delírio do verbo estava no começo, lá

onde a criança diz: Eu escuto a cor dos

passarinhos.

A criança não sabe que o verbo escutar não

funciona para cor, mas para som.

Então se a criança muda a função de um

verbo, ele delira.

E pois.

Em poesia que é voz de poeta, que é a voz

de fazer nascimentos —

O verbo tem que pegar delírio.

VIII

Um girassol se apropriou de Deus: foi em

Van Gogh.

IX

Para entrar em estado de árvore é preciso

partir de um torpor animal de lagarto às

3 horas da tarde, no mês de agosto.

Em 2 anos a inércia e o mato vão crescer

em nossa boca.

Sofreremos alguma decomposição lírica até

o mato sair na voz .

Hoje eu desenho o cheiro das árvores.

X

Não tem altura o silêncio das pedras.

 



 



 

MANOEL WENCESLAU LEITE DE BARROS  nasceu em Cuiabá, 19 de dezembro de 1916 e faleceu em Campo Grande, 13 de novembro de 2014, foi um poeta brasileiro do século XX, pertencente, cronologicamente à Geração de 45, mas formalmente ao pós-Modernismo brasileiro, se situando mais próximo das vanguardas europeias do início do século e da Poesia Pau-Brasil e da Antropofagia de Oswald de Andrade. Com 13 anos, ele se mudou para Campo Grande (MS), onde viveu pelo resto da sua vida. Recebeu vários prêmios literários, entre eles, dois Prêmios Jabutis e foi membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras. É o mais aclamado poeta brasileiro da contemporaneidade nos meios literários. Enquanto ainda escrevia, Carlos Drummond de Andrade recusou o epíteto de maior poeta vivo do Brasil em favor de Manoel de Barros. Sua obra mais conhecida é o "Livro sobre Nada" de 1996.