domingo, 30 de dezembro de 2012

NATAL, TEMPO DE REFLEXÃO - ARTIGO DE JOSÉ AUGUSTO LOBO

 

 

 
 
NATAL, TEMPO DE REFLEXÃO








Uma palavra bateu forte em meu coração nestes dias: Filhinhos. Imediatamente me lembrei de João Evangelista e corri a sua primeira carta na qual ele nos fala sobre o Verbo encarnado e a comunhão com o Pai e o filho, Ijo 1,1-4. Em 1,5-7 nos leva a meditar sobre Caminhar na Luz . Em 1,8-10 já nos apresenta a primeira condição: Romper com o pecado; a segunda condição está no cap.2,3-11 observar os mandamentos, principalmente o da caridade. A terceira condição está no cap. 2,12-17 preservar-se do mundo. A quarta condição está em 2,18-28. E o evangelista nos insta logo em seguida aViver como filhos de Deus, a partir de2,29 , repetindo as exortações anteriores: primeira condição: romper com o pecado, 3,3-10, segunda condição: observar os mandamentos, especialmente o da caridade, 3,11-24, terceira condição: preservar-se dos anticristos e do mundo 4,1-6 continua sua carta citando as fontesda caridade: 4,7-21 e 5,1-4 e da fé 5,5 a 5,13 por fim, no complemento da carta apresenta aoração pelos pecadores e o resumo da mesma.
 
 
 
 

É uma carta pequena, com apenas 5 capítulos mas de vital importância para todos nós, principalmente nos dias atuais e pela franqueza e ternura de suas palavras. (titulações da Bíblia de Jerusalém Ed. Paulinas, apresentada em 20/08/85).
Filhinhos é um tratamento tão bonito e carinhoso que o evangelista João nos dá em pelo menos seis vezes nesta pequena carta. Este tratamento quase não se vê atualmente nem mesmo entre os pais e filhos, que, a cada dia, vão se distanciando por vários motivos, principalmente, e começando, pelo afastamento dos membros das famílias das coisas Sagradas e até entre si; em seguida pela “falta de tempo” para as conversas e o convívio tão importantes e necessários para a formação familiar. Ninguém pode negar que a família é a sementeira mais importante para melhor cultivar e preparar grandes homens e mulheres para a Sociedade e para Deus. É no âmago da família que nasce e floresce o amor e que certamente, após esses cuidados, dará frutos em abundancia. Outros motivos são, não necessariamente nesta ordem, o apelo da mídia cada vez mais agressivo ao ter, a proliferação das drogas, a liberdade sexual sem compromisso, o aumento da pobreza, a falta de perspectiva nos estudos e no crescimento social, etc.
 

 

Mas, voltando ao tema deste artigo, encontramos na introdução das epistolas católicas, Bíblia Sagrada Ed. Paulinas – SP – 1989 as seguintes explicações sobre esta carta: “A semelhança do quarto Evangelho, esta epistola do apóstolo predileto de Jesus pode-se dizer que é toda espiritual e teológica. Nela S. João fala de Deus com as expressões mais tocantes e dos seus atributos deduz os nossos deveres morais. Combate, ao mesmo tempo, os erros que então começavam a pulular a respeito da pessoa de Jesus Cristo, ao qual presta também entusiástico testemunho [...] Podem-se, porem distinguir, além da introdução e da conclusão, três partes ou etapas, compostas, cada uma, de três elementos: teológico, moral e Cristológico” pg 1321.
Por ter-se tornado forte em meu coração a palavra filhinhos, vejamos o texto I r 1-4 O que era desde o principio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos, o que apalparam as nossas mãos relativamente ao Verbo da vida, porque a vida se manifestou e nós a vimos, e damos dela testemunho, e vos anunciamos a vida eterna, que estava no Pai e nos apareceu. Isso que vimos e ouvimos, vo-lo anunciamos, para que vós também tenhais comunhão conosco, e para que a nossa comunhão seja com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo. Estas coisas vos escrevemos, para que vos alegreis e a vossa alegria seja completa.
Sugiro aos caríssimos leitores que aproveitem a oportunidade do Natal que se aproxima e lêem com bastante atenção esta belíssimacarta de S.João e reflitam profundamente com os ensinamentos ali expostos: caminhar na luz, romper com o pecado, observar os mandamentos, especialmente o da caridade, preservar-se dos anti-cristos e do mundo e orar sempre pelos pecadores.
Não temos duvidas de que com o exercício destes procedimentos estaremos caminhando firmes na estrada de Jesus, reabilitando a instituição família e nos aproximando cada vez mais da santidade e do Reino de Deus.
 
 
 
 
 
O Natal está batendo as nossas portas e a cada ano observamos um arrefecimentono apelo ao esbanjamento de dinheiro, graças a Deus. São poucas as luzinhas coloridas espalhadas pelas sacadas dos apartamentos, bem como a grande quantidade de papais noéispelas ruas e shoppings promovendo produtos. Até as musiquinhas cansativas e repetitivas parece que estão em baixa. Esperamos que tudo isso redunde em uma aproximação maior com o verdadeiro motivo do Natal que é o Nascimento de Jesus Cristo. O aniversário é dele e todas as festas devem estar voltadas para Ele.
 
 
 
 
 

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