MAC - MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA
20 ANOS
Patrimônio Nacional tombado pelo IPHAN e considerado uma das maravilhas
arquitetônicas do mundo, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC-Niterói)
completa 20 anos e para celebrar vai inaugurar três exposições, no dia 3 de
setembro, sábado, às 15h, com direito a conversa com o cineasta, fotógrafo e
pintor inglês, Isaac Julien.
Isaac Julien, Ten Thousand Waves,
Fondation Louis Vuitton, 2016 -
Foto do Artista e Fondation Louis Vuitton.
Seguindo o programa ‘MAC + 20’, as exposições tem como objetivo
ressaltar a importância e potência histórica da Coleção MAC-Sattamini; explorar
a relação MAC e paisagem; e, simultaneamente, celebrar novas perspectivas
curatoriais, através de colaborações nacionais e internacionais.
Assim, a Coleção MAC-Sattami é apresentada na mostra “Ephemera: Diálogos
Entre-Vistas”; enquanto a relação do MAC com a paisagem fica evidenciada nas
obras da mostra “Baía de Guanabara: Águas e Vidas Escondidas”. E
para reforçar a o processo de colaborações internacionais, o MAC recebe a
famosa videoinstalação “Ten Thousand Waves”, do inglês Isaac Julien. As três
mostras possuem curadoria de Luiz Guilherme Vergara.
Isaac Julien, Better Life,
Ten Thousand Waves, 2010 -
Foto do artista e galeria Nara Roesler.
No dia de lançamento das exposições (3/09), a partir das 10h, haverá
também várias atividades comemorativas na Praça do museu, inclusive com a
artista plástica Suzana Queiroga, que vai apresentar a obra inflável “Água”.
O MAC Niterói, inaugurado em 1996 para abrigar a importante
coleção MAC João Sattamini, é um museu especialmente inspirado pela paisagem e
arquitetura visionária de Oscar Niemeyer e, como tal, se assume como estrutura
viva de processos e metas em contínua transformação. Assim, os estudos
curatoriais sobre a coleção são geradores de exposições temporárias sempre
renovando leituras e sentidos da história do mundo hoje pelo encontro com a
sociedade.
SOBRE AS EXPOSIÇÕES:
- Ten Thousand Waves (2010), de Isaac Julien – Salão Principal - Curadoria
de Luiz Guilherme Vergara.
Na instalação, o artista dialoga com a arquitetura de Niemeyer, criando
uma visualização fluída desde o interior do museu. Por ser no Salão Principal,
faz parte do núcleo central do “Programa Baía de Guanabara: águas e vidas
escondidas”. A obra – uma vídeo-instalação composta por nove telas de exibição
de ‘Ten Thousand Waves’ – foi inspirada na tragédia da Baía de Morecambe, na
Inglaterra, onde mais de 20 catadores de mariscos ilegalmente vindos da China morreram
afogados. No filme, Julien resgata a memória da deusa chinesa Mazu, antiga
protetora dos pescadores e mares.
“Esta contundente instalação transborda o MAC como ilha, utopia e
viagem, ao mesmo tempo em que o transforma em abrigo e barca para conectar
diferentes esferas de ação. As múltiplas telas e narrativas atravessam o
espectador móvel, tornando-o viajante, navegante de imagens e coreografias que
permeiam diferentes realidades: distantes e ao mesmo tempo próximas da Boa
Viagem”, explica Vergara.
Pollockiana - Victor Arruda -
Crédito Paulinho Muniz.
“Ten Thousand Waves” é uma das obras mais icônicas de Julien e foi
exibida no Museum of Modern Art (MoMA – NY), no SESC Pompéia, por meio da
Associação Cultural Videobrasil (São Paulo), e, recentemente, na Fondation
Louis Vuitton (Paris).
Isaac Julien foi um dos primeiros artistas a utilizar o formato de
instalação com várias telas, em obras como Western Union: Small Boats (2007),
Ten Thousand Waves (2010) e Playtime (2014). Um dos pontos centrais da sua obra
é a transdisciplinaridade, inspirada como filme, dança, fotografia, música,
teatro, pintura e escultura, unindo-os em vídeo instalações dramáticas,
trabalhos fotográficos e documentários. O artista foi indicado para o Turner
Prize em 2001.
Baía e Guanabara - Mortalha Mutua
- crédito: Rodrigo Braga.
“O visitante parte das paisagens pitorescas desta exposição, no salão
principal, e navega até o exterior do museu, sendo levado à paisagem da Baia de
Guanabara. Assim, neste pequeno museu redondo, cabem as dez mil ondas de Isaac
Julien e, com elas, o oceano de tantas incertezas do contemporâneo”, ressalta o
curador.
- Baía de Guanabara: Águas e Vidas Escondidas - Varanda e
Mezanino - Curadoria de Luiz Guilherme Vergara.
OBJETOS, VÍDEO, FOTOGRAFIAS, INTERVENÇÕES E INSTALAÇÕES.
Em agosto, foi aberta a parte I desta exposição, na varanda, com obras
de Katie Van Scerpenberg; Gabriela Bandeira e Rodrigo Freitas; Nuno Sacramento;
Ignês Albuquerque e Priscila Grimberg; Fernando Moraes; Lia do Rio e Enrique
Banfi; Coletivo Re Aphrodite; além de obras de Nelson Leirner e das artistas
francesas Aurelien Gamboni e Sandrine Teixido.
Agora, no dia 3 de setembro, será aberta a parte II desta mesma mostra,
com obras de Mercedes Lachmann; Lívia Moura; Rodrigo Braga; Ronald Duarte;
Regina de Paula; Paulo Paes e Adriana Varejão.
O MAC, desta forma, assume a vocação intuitiva da arquitetura aberta de
Niemeyer para experiências de processos artísticos e ambientais, que atravessam
a apreciação da paisagem para assumirem o compromisso com o meio ambiente.
“A varanda, além de ser uma janela aberta para a Baía de Guanabara, é
também a borda de um cálice experimental para as tendências contemporâneas de
engajamentos mútuos de arte e vida. Reúnem-se aqui obras de diferentes gerações
de artistas brasileiros a um conjunto de projetos experimentais colaborativos
que unem artistas, cientistas e comunidades, incluindo também parcerias
internacionais. A abertura desta mostra, no Mezanino, culmina com novos
mergulhos em imaginários que atravessam o espelho líquido do real – aqui arte é
ação ambiental e espiritual. Cada um desses artistas provoca um trânsito entre
mundos, entre alertas ambientais e dimensões do sagrado em seus simbolismos
universais, entre um ecossistema ameaçado e as reinvenções existenciais e
espirituais pela arte”, explica Vergara.
- “Ephemera: Diálogos Entre-Vistas” - Coleção MAC-João
Sattamini - Curadoria de Luiz Guilherme
Vergara.
PINTURAS, OBJETOS E INSTALAÇÕES
Artistas: Angela Freiberger, Anna Bella Geiger, Antonio Manuel, Artur
Barrio, Cildo Meireles, Cristina Salgado, Cybele Varela, Eliane Duarte,
Emmanuel Nassar, Farnese de Andrade, Franz Weissman, Iole de Freitas, Ivens
Machado, Jorge Duarte, Jorge Fonseca, José Rufino, Katie Van Scherpenberg, Luiz
Ernesto, Luiz Zerbini, Lygia Clark, Nelson Leirner, Ricardo Basbaum, Rubens
Gerchman, Tunga, Victor Arruda, Waltercio Caldas e Wanda Pimentel.
Uma exposição de longa duração, que busca o diálogo permanente com as
demais mostras em cartaz. Aborda a Coleção MAC Sattamini com o sentido da
constante atualização de significados e leituras de cada obra quando exposta
aos atravessamentos dos olhares de cada um, seu contexto, época e geração.
Assim, é proposto a cada visitante para entre-ver a arte não em objetos
isolados, mas a partir de si próprio no caminhar como leitor móvel, personagem
e passageiro desta nave de ressonâncias e espelhos da vida e mundo
contemporâneo.
“Ephemera é um convite a todos para serem protagonistas vivos,
narradores do acontecimento fugaz da história aberta entre arte e vida, eu-nós,
Brasil e mundo, no aqui-agora dos últimos 60 anos. Invoca-se ainda mais o
sentido de diálogo circular deste museu, não como lugar apenas de objetos e
memórias fixas do passado, mas das relações – entre-vistas – por encontros de
múltiplos imaginários da aventura humana”, finaliza Luiz Guilherme Vergara.
SERVIÇO:
Exposições:
“Ten Thousand Waves”, do inglês Isaac Julien.
Em cartaz até 23 de
outubro.
“Baía de Guanabara: Águas e Vidas Escondidas”, de artistas
nacionais e estrangeiros e artistas-pesquisadores em trabalhos colaborativos,
sempre com a Baía de Guanabara como tema. Em cartaz até 23 de outubro de 2016.
“Ephemera: Diálogos Entre-Vistas”,
obras da Coleção MAC-Niterói e
João Sattamini.
Exposição em cartaz durante o ano todo.
Data de abertura: 3 de setembro, às 15h,
com conversa com o artista
Isaac Julien.
Visitação: de terça a domingo,
das 10h às 18h.
A bilheteria fecha 15 minutos antes do término
do horário
de visitação. Até 23 de outubro.
Curadoria: Luiz Guilherme
Vergara.
Ingresso: R$ 10,00
Estudantes, professores e pessoas
acima de 60 anos
pagam meia.
Entrada gratuita para estudantes da rede pública (ensino médio),
crianças de até 7 anos, portadores de necessidades especiais e moradores ou
nascidos em Niterói (com apresentação do comprovante de residência).
Entrada gratuita também às quartas-feiras.
Local: MAC Niterói
Endereço: Mirante da Boa
Viagem, s/nº,
Boa Viagem – Niterói - RJ - Brasil.
Informações: (21) 2620-2481
APOIO NA DIVULGAÇÃO
FONTE:
Assessoria de Imprensa do MAC.
Assessoria de Imprensa da Secretaria de Cultura
Fundação de Arte de Niterói (FAN).
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