terça-feira, 5 de dezembro de 2017

SILVIANO SANTIAGO E MAGDA SOARES SÃO GANHADORES DO PRÊMIO JABUTI 2017.

 
Magda Soares e Silviano Santiago
 vencedores do Livro do Ano
(Foto: Alex Silva/Estadão)
 
 


O PRÊMIO JABUTI considerado o mais importante editorial no país, revelou os vencedores de duas categorias, durante evento promovido em São Paulo, na noite do dia 30 de novembro de 2017 (quinta-feira).
 
"Alfabetização na questão dos métodos", de Magda Soares, e "Machado", de Silviano Santiago, receberam o troféu de melhor livro do ano não ficção e ficção, respectivamente.

"Fico feliz, sobretudo por um livro com o tema alfabetização receber esse prêmio, essa questão tão séria que temos nesse país. Não teremos leitores nesse país se não resolvermos o problema da alfabetização das nossas crianças", disse Magda Soares ao UOL.
 
 
 
Muita tinta já se gastou para discutir a alfabetização. Não resolver questões como quando e de que forma alfabetizar implica abrir mão de um ensino de qualidade, condição fundamental para uma sociedade verdadeiramente democrática. A persistência do problema e as controvérsias em torno dos métodos de alfabetização demandam uma reflexão profunda sobre o tema. E é isso que realiza Magda Soares nesta obra imperdível. Além de décadas de pesquisa, Magda faz questão de se manter próxima à realidade das salas de aula – discute o histórico do problema e apresenta os principais métodos utilizados. Mais do que isso, mostra que o método é caminhar em direção à criança alfabetizada. Nesse sentido, alfabetizadores precisam conhecer os caminhos da criança para orientar seus próprios passos e os passos da criança. Só assim é possível alfabetizar com método. Magda Soares
 
 
 
 

 


 


 


Silviano Santiago comemorou o prêmio afirmando que o livro é o resultado:  "Minha vida de dedicação à literatura. "Me espelho, aos 81 anos de idade, nos últimos anos de vida de Machado de Assis. Tentei elaborar algo sobre isso que, nesse momento, significa a sobrevivência. Aproveito para dedicar esse prêmio aos grandes romancistas que me formaram: Graciliano Ramos, Clarice Lispector, Guimarães Rosa e ao mestre de todos nós, Machado de Assis" - discorreu o autor.
 

Duas novas categorias foram lançadas neste ano: história em quadrinhos, que anteriormente era contemplada em adaptação, e livro brasileiro publicado no exterior. As duas novas categorias se juntaram às outras 27 existentes.
 

A categoria exclusiva para história em quadrinhos atende uma demanda antiga dos quadrinistas brasileiros. No início deste ano, um grupo de escritores divulgou uma carta aberta pedindo a inclusão do gênero no prêmio. Artistas de peso assinaram a carta, como Laerte Coutinho, Eloar Guazzelli, Sidney Gusman, Marcello Quintanilha, Rogério de Campos, Marcelo D'Salete, Mika Takahashi, Bárbara Malagoli, Fábio Moon e Gabriel Bá.
 
 
 

 
  
O escritor, crítico e professor Silviano Santiago venceu o 1º lugar na categoria Romance com seu Machado (2016), sobre Machado de Assis.
 
 
 
 

A obra, uma mescla de ensaio e ficção, narra os três últimos anos de vida do escritor Machado de Assis, entre 1905 e 1908. Nesse período, Machado já está em seus anos de declínio: tem ataques de epilepsia cada vez mais frequentes e sofre com a falta de sua mulher, Carolina, falecida em 1904. Ao mesmo tempo, o escritor é testemunha da modernização da cidade do Rio de Janeiro, em pleno começo do século XX. Viúvo e solitário, o grande romancista encontra no filho de José de Alencar um valioso interlocutor.
   

Cada categoria do Prêmio Jabuti tem três vencedores: A tradutora, de Cristovão Tezza, e Outros cantos, de Maria Valéria Rezende, ficaram com o segundo e com o terceiro lugar na categoria Romance, respectivamente.

Em 2017, duas novas categorias surgiram no Jabuti: história em quadrinhos, vencida por Castanha do Pará, de Gidalti Oliveira Moura Júnior, e livro brasileiro publicado no exterior, vencida por A cup of rage (publicado pela Penguin Random House UK), de Raduan Nassar.
 
Em valor, o Jabuti é o prêmio que menos paga: R$ 3.500  e mais R$ 35 mil aos autores do Livro do Ano de Ficção e do Livro do Ano de Não Ficção. O Prêmio São Paulo de Literatura dá R$ 200 mil ao autor do melhor romance e R$ 100 mil para autores estreantes com mais e com menos de 40 anos. O Oceanos paga R$ 100 mil ao primeiro colocado e divide R$ 130 mil entre os outros três colocados. O prestígio, no entanto, ainda é grande entre os leitores e o mercado editorial.
 
 

A cerimônia de entrega dos prêmios do 59º Prêmio Jabuti aconteceu no Auditório Ibirapuera em 30 de novembro de 2017. Na ocasião, foram revelados os vencedores do Livro do Ano – Ficção e Livro do Ano – Não Ficção.

 

 
 
 
 
 
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Fonte:
 
 
 
 
 

 

 

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