quinta-feira, 10 de outubro de 2019

PALESTRA "ROMANCEIRO DA INCONFIDÊNCIA" DE CECÍLIA MEIRELES COM MÁRCIA PESSANHA, NA ACADEMIA NITEROIENSE DE LETRAS.

 
(CLICAR NA IMAGEM PARA ASSISTIR AO VÍDEO)
 
O ROMANCEIRO DA INCONFIDÊNCIA
COM MÁRCIA PESSANHA, ANL, 24 04 19
 

 
OU CLICAR NO LINK DO CANAL YOU TUBE DO
FOCUS PORTAL CULTURAL
 
 
 
 
 
ACADEMIA NITEROIENSE DE LETRAS APRESENTA NO PROJETO "CICLO DE COLÓQUIOS" DA ANL O ROMANCEIRO DA INCONFIDÊNCIA de CECÍLIA MEIRELES
Celebrando a memória da constituição do povo brasileiro e a proximidade do 21 de abril, foi resumidamente, apresentado, um dos textos clássicos de nossa literatura: O Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles. A exposição feita pela acadêmica Márcia Maria de Jesus Pessanha.
 
 
 
 
 
O ROMANCEIRO DA INCONFIDÊNCIA é uma coletânea de poemas da escritora brasileira Cecília Meireles, publicada em 1953, que conta a História de Minas dos inícios da colonização no século XVII até a Inconfidência Mineira, revolta ocorrida em fins do século XVIII na então Capitania de Minas Gerais.
 
Publicada em 1953, e escrito na década de 1940 quando a autora, então jornalista, chegou a Ouro Preto, com a finalidade de documentar os eventos de uma Semana Santa. Assim, envolvida pela “voz irreprimível dos fantasmas”, conforme dissera, passou a reescrever, de forma poética, os episódios marcantes da Inconfidência Mineira, destacando, evidentemente, o martírio de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, personagem principal da obra.
 
O Romanceiro é formado por um conjunto de romances, poemas curtos de caráter narrativo e ou lírico, destinados ao canto e transmitidos oralmente, por trovadores, e que permaneceram na memória coletiva popular. Expressão poética específica do passado ibérico: saída técnica para dar maior autenticidade e força evocativa ao episódio histórico.
 
Seus autores, em regra geral, ficaram anônimos. Os romanceiros eram conhecidos na Espanha e em Portugal desde o século XV e tinham várias funções: informação, diversão, estímulo agrícola, doutrinamento político e religioso.
 
Construindo com o Romanceiro da inconfidência um mosaico em que cristalizariam vibrações captadas na terceira margem da memória coletiva, Cecília consolidava uma teia de mitos suscetíveis de fortalecer o sentimento da identidade brasileira.
 
Em 85 "romances", mais quatro "cenários" e outros de prólogo e êxodo, Cecília evoca primeiro a escravidão dos africanos na região central do planalto em episódios da exploração do ouro e dos diamantes no século 18; logo o centro da coletânea é dedicado ao destino dos heróis da chamada "Inconfidência Mineira" – Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, Tomás Antônio Gonzaga, sua noiva e amada Marília de Dirceu bem como de outras figuras históricas implicadas no acontecimento, como D. Maria I a louca, na altura Rainha de Portugal.
 
Mais lírica do que narrativa, a obra assume o lado dos derrotados transformados depois em heróis da Independência do Brasil denunciando o sistema colonial que favorece a exploração dos desvalidos:
 
"A terra tão rica
e – ó almas inertes! –
o povo tão pobre...
Ninguém que proteste!"
(...) (in: Do animoso Alferes, Romance XXVII)
 
 
"Estes branquinhos do Reino
nos querem tomar a terra:
porém, mais tarde ou mais cedo,
os deitamos fora dela."
(in: 'Do sapateiro Romance XLII)
 
 
A nova interpretação da história serve, no entanto de ponto de partida para uma reflexão filosófica e metafísica sobre a condição humana. Surgindo Tiradentes como um avatar de Cristo e sofrendo o sacrifício do bode expiatório, ele se torna num redentor do Brasil, que abriria a nova era da liberdade.
 
 
 
 
ALGUMAS IMAGENS
 
 
 
 

Marcia Pessanha
(palestrante)
 


Plateia presente


Presidente Juber Baesso,
palestrante Marcia Pessanha
e Alberto Araújo editor desta revista.

Alberto Araújo exibe o livro
Romanceiro da Inconfidência de Cecília Meireles.



Neide Barros Rêgo
e Wanderlino Teixeira L. Netto
assistem atento à palestra.
 
 
 
 
APOIO NA DIVULGAÇÃO
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário