terça-feira, 26 de outubro de 2021

A CARTA DE PAULO DE TARSO SOBRE O AMOR



 

 

1 Coríntios 13

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

 

E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

 

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

 

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.

 

Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

 

Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

 

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

 

O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;

 

Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;

 

Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.

 

Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.

 

Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.

 

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.”

 

Paulo de Tarso

 

via Bíblia Online

 

Comentário sobre a Carta de Paulo.

Leia abaixo alguns trechos do comentário de Odalberto Domingos Casonatto. (*)

 

“Nesse texto, escrito em grego, Paulo proclama a superioridade do amor sobre os demais dons, carismas e virtudes humanas.

 

A comunidade cristã de Corinto estava se dividindo, retornando aos costumes dos pagãos, encaminhando-se para a licenciosidade própria de cidades portuárias helênicas, os cristãos estavam fugindo do espírito de amor, paz, solidariedade e pureza que deveria nortear os seguidores de Cristo.

 

O final do capítulo 12, fala dos carismas concedidos à comunidade cristã e Paulo prepara os leitores para a compreensão do dom mais precioso, que é o amor: “Procurem com zelo os dons maiores. Eu vou mostrar-lhes um caminho sobremodo excelente”. (1 Cor 12, 31).

 

Tal construção literária nos leva a concluir que o amor é o primeiro dom de Deus e a soma de todos os carismas. Como primícia dos dons maiores, os que mais edificam as pessoas e as comunidades, situa-se o amor. Há dons edificantes (que aproximam o homem de Deus) e dons de serviço (que realizam no mundo o projeto de Deus). O amor torna-se a síntese de todos eles.

 

Podemos afirmar que o fio condutor da mensagem escatológica de São Paulo é o amor de Deus, e o amor-ágape entre os homens. O amor segundo Paulo dirigindo a mensagem a comunidade de Corintos torna-se o fato gerador de toda a atividade cristã. É por esta razão que deve-se sempre agir de acordo com a inspiração divina.

 

O apóstolo nos revela, na sua pregação e atividade pastoral, que esse princípio organizador, o amor cristão, deve ampliar-se, transcender horizontes, insuflando nas pessoas desejos de acolhida, serviço e salvação.”

 

(*) Odalberto Domingos Casonatto – Com doutorado em Sagradas Escrituras pela Escola Bíblica Franciscana de Jerusalém, se dedicou por muitos anos como professor de Novo Testamento no Instituto de Teologia e Pastoral de Passo Fundo, RS, e na direção e ensino no Curso de Teologia para Leigos em regime Especial de Férias. Além disso acompanhou os encontros de Biblistas do CEBI/RS e os grupos de Estudo do CEBI com palestras e Cursos. Hoje se dedica a pesquisa bíblica em especial o Novo Testamento.

 

via A Bíblia.org

 

 

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