JOSÉ JOAQUIM CESÁRIO VERDE nasceu em Lisboa, Madalena, no dia 25 de fevereiro de 1855 foi um poeta português, sendo considerado um dos pioneiros, precursores da poesia que seria feita em Portugal no século XX.
Filho do lavrador e abastado comerciante e ferrageiro José Anastácio Verde (1813-1888) e de sua mulher Maria da Piedade David dos Santos (1821-1890), aos 18 anos de idade Cesário matriculou-se no Curso Superior de Letras, mas apenas o frequentou alguns meses. Ali conheceu Silva Pinto, que ficou seu amigo para o resto da vida. Dividia-se entre a produção de poesias publicadas em jornais, destacando-se o semanário Branco e Negro (1896-1898) e as revistas O Occidente (1878-1915), Renascença (1878-1879) e no periódico O Azeitonense (1919-1922), e as actividades comerciais na Rua dos Fanqueiros herdadas do pai, descendente de comerciantes genoveses de nome Verdi. Era sobrinho-neto de João Baptista Verde e de D. Mariana Benedita Victória Verde, que foi casada com o pintor Domingos Sequeira.
Em 1877 começou a apresentar sintomas de tuberculose pulmonar, doença que já tinha levado a sua irmã Maria Júlia Verde (1853-1872) e posteriormente seu irmão Joaquim Tomás Verde (1858-1882). Estas mortes inspiraram contudo um de seus principais poemas, Nós (1884). Tinha mais um irmão, Jorge dos Santos Verde (1861-1941), que casou com uma das filhas de Manuel Pinheiro Chagas, e uma irmã, Adelaide Eufémia Verde (1856-1859), falecida de anginas.
Tenta curar-se da tuberculose, mas, sem sucesso, faleceu no dia 19 de Julho de 1886, no lugar do Paço do Lumiar em Lisboa, aos 31 anos, sendo sepultado em jazigo no Cemitério dos Prazeres.
No ano seguinte Silva Pinto organiza O Livro de Cesário Verde, compilação das suas poesias publicada em 1901. O seu pai faleceria dois anos depois, em 30 de setembro de 1888, aos 75 anos, em Linda-a-Pastora, e a mãe em 26 de janeiro de 1890, aos 68 anos, na Lapa.
No seu estilo delicado, Cesário empregou técnicas impressionistas, com extrema sensibilidade ao retratar a cidade e o campo, que são os seus cenários prediletos. Evitou o lirismo tradicional, expressando-se de uma forma mais natural.
Em 1933 a Câmara Municipal de Lisboa
homenageou o poeta dando o seu nome a uma Rua na Penha de França que é uma
freguesia da cidade de Lisboa, Portugal.
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