A obra de
teatro-dança integra o projeto Teatro no Theatro e terá única apresentação no
dia 27 de fevereiro de 2023, segunda-feira, às 20h. No espetáculo, 13
bailarinos da Studio 3 Cia de Dança que encenam o trabalho artístico de grandes
personagens das artes do século XX, entre eles Stravinsky, Cole Porter, Chanel
e Picasso, em meio a um cenário monumental e projeções de vídeo assinadas por
Ronaldo Zero
Conhecido nos grandes
Teatros do país, Jorge Takla marcou a história dos palcos brasileiros e do
mundo dirigindo óperas e musicais de estrondoso sucesso. O diretor encena agora
“Paris” junto à Studio 3 Cia de Dança, com direção coreográfica do renomado
Anselmo Zolla, no dia 27 de fevereiro, segunda-feira, às 20h. A obra de
teatro-dança desfila em uma coreografia surpreendente a arte de grandes
personagens históricos da arte do século XX que viveram em Paris, tais como
Vaslav Nijinsky, Igor Stravinsky, Cole Porter, Gabrielle Chanel, Isadora
Duncan, Marlene Dietrich, Josephine Baker, Pablo Picasso, Tamara Karsavina e
Boris Kochno, tendo como pano de fundo amores, polêmicas e eventos históricos
(guerras, censuras, derrocadas) que marcaram sua arte. A cenografia é de Renata
Pati, os figurinos são de Fabio Namatame, a direção musical é de Felipe Venâncio,
a iluminação, de Joyce Drummond e as projeções, de Ronaldo Zero. Os ingressos
vão de doze reais a trinta e seis reais.
“A Studio 3 Cia de
Dança tem como característica sempre trabalhar com um diretor cênico convidado.
Sempre quis muito que o Takla viesse trabalhar conosco. Poder mergulhar nessa
viagem, conhecer melhor esse universo permeado por grandes artistas em um
trabalho muito delicado, com muita pesquisa e afinco, para mim, como coreógrafo
criador é um presente e um privilégio”, diz Anselmo Zolla, coreógrafo e diretor
artístico da Studio 3 Cia de Dança.
Jorge Takla, o
diretor convidado, completa: “Embora Anselmo Zolla tenha coreografado vários
espetáculos meus, como Rigoletto, Sonho de Uma Noite de Verão e Jesus Cristo
Superstar, é a primeira vez que trabalho com a Studio 3”, conta Takla. “E é um
prazer. Todos os bailarinos têm uma sólida formação técnica clássica e
contemporânea e uma maturidade na vivência artística”.
Sobre a inspiração para o espetáculo, Takla afirma que interessava trabalhar com personagens que tinham marcado sua formação. O diretor viveu na cidade-luz quando seu pai foi embaixador do Líbano na França e, também, quando cursou arquitetura, entre 1968 e 1974. “Morei muitos anos em Paris e convivi com os trabalhos artísticos de todos esses nomes e seus ecos”, lembra o diretor, que criou um espetáculo em que o pano de fundo da guerra, da miséria e dos escândalos políticos não deixam de destacar a arte e a vida pulsantes durante o período.
Embora talvez menos
conhecido do grande público, Boris Kochno, poeta, dançarino e libretista russo
que viveu em Paris, é uma figura que amarra diversas ações e tramas dançadas
pelos bailarinos. Ele é, segundo o diretor, o grande artista e cronista da vida
artística do período que a encenação compreende, uma testemunha de muita arte e
suas histórias de fundo. Amante de Cole Porter e personagem que teve contato
artístico com diversos outros personagens da peça, os personagens se imbricam
em narrativas de vida, como é o caso de Chanel e Marlene Dietrich, amigas, ou
Josephine Baker, que atuou como vedete, cantora e bailarina, primeira grande
estrela negra das artes cênicas e importante figura na resistência francesa
antinazista.
A queda e os tombos
dos artistas em meio à monumentalidade de suas vidas e produção é uma imagem
simbólica e corporal que se apresentará forte no trabalho. O cenário,
monumental, conta com 3 muralhas de 7 metros que receberão projeções especiais
de Ronaldo Zero. O figurino de Fabio Namatame reside entre o luxuoso e o
onírico, o histórico e o contemporâneo.
Sobre o processo
artístico, Takla festeja a possibilidade de ter trabalhado por seis meses junto
aos bailarinos da companhia entre laboratórios e ensaios. “Foi uma alquimia
muito intensa que resultou em um frasquinho de 60 minutos que o público vai
poder agora conferir”.
“Muito do que será
apresentado nesse espetáculo, descobri por meio dos olhos de mademoiselle
Chanel”, diz o encenador que já dirigiu Marília Pêra no papel da estilista e
mecenas, mas também em Vítor ou Vitória e no papel de Maria Callas.
Ficha técnica:
Jorge
Takla, concepção e direção
Anselmo
Zolla, direção coreográfica
Renata
Pati, cenografia
Fabio
Namatame, figurinos
Felipe
Venâncio, direção musical
Joyce
Drummond, iluminação
Ronaldo
Zero, criação de vídeos
Elenco
Studio3 Cia de Dança: André Neri, Artemis Bastos, Dilenia Reis, Fernando Rocha,
Jefferson Damasceno, Joaquim Tomé, Jurandir Rodrigues, Kauê Ribeiro, Kênia
Genaro, Mara Mesquita, Naia Rosa, Paula Miessa e Vera Lafer.
SERVIÇO
Paris
Segunda-feira,
27 de fevereiro, 20h
Theatro
Municipal
Praça
Ramos de Azevedo, s/nº
Sé
- São Paulo, SP
Capacidade
Sala de Espetáculos - 1530 pessoas
Capacidade
1.503 lugares
Duração
total 70 minutos
Classificação
10 anos, pode conter histórias com conteúdos violentos e linguagem imprópria de
nível leve.
Ingresso
de doze reais meia e trinta e dois reais (inteira)
Antes de participar deste espetáculo, conheça os protocolos recomendados e consulte a classificação indicativa disponível no Manual do Espectador (acesse aqui).
SOBRE O COMPLEXO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO
O Theatro Municipal de São Paulo é um equipamento da Prefeitura da Cidade de São Paulo ligado à Secretaria Municipal de Cultura e à Fundação Theatro Municipal de São Paulo.
O edifício do Theatro Municipal de São Paulo, assinado pelo escritório Ramos de Azevedo em colaboração com os italianos Claudio Rossi e Domiziano Rossi, foi inaugurado em 12 de setembro de 1911. Trata-se de um edifício histórico, patrimônio tombado, intrinsecamente ligado ao aperfeiçoamento da música, da dança e da ópera no Brasil. O Theatro Municipal de São Paulo abrange um importante patrimônio arquitetônico, corpos artísticos permanentes e é vocacionado à ópera, à música sinfônica orquestral e coral, à dança contemporânea e aberto a múltiplas linguagens conectadas com o mundo atual (teatro, cinema, literatura, música contemporânea, moda, música popular, outras linguagens do corpo, dentre outras). Oferece diversidade de programação e busca atrair um público variado.
Além do edifício do Theatro, o Complexo Theatro Municipal também conta com o edifício da Praça das Artes, concebido para ser sede dos Corpos Artísticos e da Escola de Dança e da Escola Municipal de Música de São Paulo.
Sua concepção teve como premissa desenhar uma área que abraçasse o antigo prédio tombado do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e que constituísse um edifício moderno e uma praça aberta ao público que circula na área.
Inaugurado em dezembro de 2012 em uma área de 29 mil m², o projeto vencedor dos prêmios APCA e ICON AWARDS é resultado da parceria do arquiteto Marcos Cartum (Núcleo de Projetos de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura) com o escritório paulistano Brasil Arquitetura, de Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz.
Patrocinadores do Complexo Theatro Municipal de São Paulo - Sustenidos: Nubank, Bradesco e Visa.
SOBRE
A SUSTENIDOS
A Sustenidos é a organização responsável pela gestão do Conservatório Dramático e Musical de Tatuí e do Theatro Municipal de São Paulo, dos programas Musicou, Som na Estrada, e MOVE (Musicians and Organizers Volunteer Exchange); e pelos festivais Ethno Brazil e Imagine. Foi responsável pela gestão do Projeto Guri, programa de ensino musical, no litoral e no interior do Estado de São Paulo, incluindo os polos da Fundação CASA, de 2004 a 2021. Além do Governo de São Paulo, a Sustenidos, eleita a Melhor ONG de Cultura de 2018, conta com o apoio de prefeituras, organizações sociais, empresas e pessoas físicas. Instituições interessadas em investir na Sustenidos, contribuindo para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, têm suporte fiscal da Lei Federal de Incentivo à Cultura e do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FUMCAD). Pessoas físicas também podem ajudar. Saiba como contribuir no site da Sustenidos.
Quem apoia nossos projetos: Nubank, Visa, Bradesco, CTG Brasil, CCR, Sabesp, Grupo Maringá, SulAmérica, Microsoft, Bayer, CSN, Novelis, Blau, Cipatex, Eixo SP, Rodovias do Tietê, Faber-Castell, WestRock, SKY, BTP, CNH Industrial, Supermercados Tauste e Castelo Alimentos.
Patrocinador
do projeto Municipal Circula: Nubank.
CRÉDITO
FOTO: Stig de Lavor
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