quinta-feira, 20 de abril de 2023

EFEMÉRIDES: HÁ 91 ANOS, EM 20 DE ABRIL DE 1932 NASCEU ROSA LOBATO DE FARIA, ATRIZ, POETISA, ROMANCISTA, TORNOU-SE NUMA DAS MAIORES REFERÊNCIAS NAS ARTES EM PORTUGAL.



Rosa Lobato de Faria tornou-se, inicialmente, conhecida do grande público como roteirista, atriz e letrista de canções. Quanto ao seu talento de poetisa e romancista publicou o primeiro romance em 1995. 

O Pranto de Lúcifer; Os Pássaros de Seda (1996); Os Três Casamentos de Camilla S. (1997); Romance de Cordélia (1998); O Prenúncio das Águas (1999) este foi vencedor do Prêmio Máximo de Literatura; A Trança de Inês (2001); O Sétimo Véu (2003); Os Linhos da Avó (2004); A Flor do Sal (2005); A Alma Trocada (2007); A Estrela de Gonçalo Enes (2007) e As Esquinas do Tempo (2008).

A partir da última década do século XX veio a revelar-se igualmente como uma das figuras cimeiras da nova literatura portuguesa, com obra nas áreas da poesia, do romance, do conto e do drama. Assinou também um interessante conjunto de obras infantis, que estão a ser reunidas, pela LeYa/ASA, na coleção Biblioteca Infantil Rosa Lobato de Faria e que, para além dos títulos publicados em vida da autora, inclui ainda o conto inédito (e primeiro volume da coleção) O Balão Azul. 

ROSA MARIA DE BETTENCOURT RODRIGUES LOBATO DE FARIA nasceu em Lisboa, Santa Isabel, Portugal, 20 de abril de 1932 e faleceu em Lisboa, Portugal, 02 de fevereiro de 2010. Também contista, dramaturga e roteirista de novelas e séries portuguesas. 

Nasceu no seio de uma família originária da Índia Portuguesa, com raízes aristocratas. Filha de Vera Corrêa Mendes de Bettencourt Rodrigues e de Joaquim António de Lemos Lobato de Faria, capitão-de-mar-e-guerra do porto da Figueira da Foz e de Caminha.

Viveu em Entrecampos e estudou quatro anos (dos 13-17 anos) no Instituto de Odivelas, colégio para filhas de militares, e no Colégio Moderno. Estudou Filologia Germânica na Universidade de Coimbra. 

Depois de ter sido dona de casa enquanto casada com Antônio Sacchetti, pretendente ao título de Visconde da Granja e empregada numa loja de eletrodomésticos, teve a sua primeira experiência como atriz por volta dos 40 anos, pela mão de António-Pedro Vasconcelos, que a levou a participar no filme Perdido por Cem... (1973). 

Por volta dos 50 anos inicia um percurso regular na televisão Nicolau Breyner leva-a para o elenco de Vila Faia (1982), a primeira novela portuguesa. Quase ao mesmo tempo voltou ao cinema, com Lauro António, em Paisagem Sem Barcos (1983). 

Na escrita, Rosa Lobato de Faria ganhou projeção como letrista de canções, depois de obter, já nos anos 90, um primeiro lugar no Festival RTP da Canção com Amor de Água Fresca (1992), interpretado por Dina.

Em finais dos anos 1980 colaborou na escrita do guião da sitcom Humor de Perdição, ao lado de Herman José e Miguel Esteves Cardoso (1987)  sitcom em que também participava como atriz. A esta primeira experiência seguiram-se diversas séries e novelas, tais como Passerelle (1988), Pisca-Pisca (1989), Nem o Pai Morre Nem a Gente Almoça (1990), Telhados de Vidro (1994) e Tudo ao Molho e Fé em Deus (1995). 

Foi a letrista que, a par de José Carlos Ary dos Santos, permanece como a mais bem sucedida no Festival RTP da Canção, tendo obtido quatro vezes o primeiro lugar com Amor de Água Fresca (1992), Chamar a Música (1994), Baunilha e Chocolate (1995) e Antes do Adeus (1997). 

Em coautoria participou em Os Novos Mistérios da Estrada de Sintra e Código d' Avintes. No conto publicou livros dedicados às crianças “A Erva Milagrosa”; As quatro Portas do Céu e Histórias de Muitas Cores. 

Na poesia foi autora de A Gaveta de Baixo, longo poema inédito, acompanhado de aquarelas de Oliveira Tavares, estando o resto da sua obra poética reunida no volume Poemas Escolhidos e Dispersos (1997). Para o teatro escreveu as peças A Hora do Gato, Sete Anos – Esquemas de um Casamento e A Severa.

Além da experiência na novela Vila Faia, Rosa Lobato de Faria integrou o elenco de diversas outras séries e novelas (1987 - Cobardias, 1988 - A Mala de Cartão, 1992 - Crónica do Tempo, 1992 - Os Melhores Anos), sitcoms (1987 - Humor de Perdição, 1990 - Nem o Pai Morre Nem a Gente Almoça, 2002 - A Minha Sogra é uma Bruxa, 2006 - Aqui Não Há Quem Viva) e novelas (1983 - Origens, 2004 - Só Gosto de Ti, 2004 - O Jogo, 2005 - Ninguém como Tu). 

Também voltou ao cinema, de novo com Lauro António, em O Vestido Cor de Fogo (1986), a que se seguiu, com Monique Rutler, Jogo de Mão (1984). Mais tarde, com João Botelho, participou em Tráfico (1998) e em A Mulher Que Acreditava Ser Presidente dos Estados Unidos da América (2003).

Vítima de uma anemia e faleceu aos 77 anos. Era viúva de Joaquim Aires de Figueiredo Magalhães (Porto, 05 de agosto de 1916 - Lisboa, Hospital dos Capuchos, 26 de novembro de 2008), editor literário, com quem casou, civilmente, a 14 de agosto de 1978 e de quem não teve geração, desde 26 de novembro de 2008. 

"Balão Azul", um texto inédito da escritora, foi lançado em março 2011 é o primeiro título da coleção Biblioteca Infantil Rosa Lobato de Faria. 

Em 08 de junho de 2010 foi agraciada a título póstumo com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.

 





Rosa Lobato e sua neta Violeta












FONTE:

https://caras.sapo.pt/famosos/2010-02-01-rosa-lobato-de-faria-esta-internada/  

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