domingo, 7 de maio de 2023

EFEMÉRIDES: HÁ 190 ANOS, EM 07 DE MAIO DE 1833 NASCEU JOHANNES BRAHMS, COMPOSITOR ALEMÃO, UMA DAS MAIS IMPORTANTES FIGURAS DO ROMANTISMO MUSICAL EUROPEU DO SÉCULO XIX.



Hans von Bülow incluiu Brahms entre os "três Bs" dos maiores compositores alemães (os outros dois seriam Beethoven e Bach), e apelidou a primeira sinfonia de Brahms de "décima de Beethoven".

Johannes Brahms nasceu em Hamburgo, no dia 07 de maio de 1833 e faleceu em Viena, 03 de abril de 1897. Seu pai, Johann Jacob, era contrabaixista e ganhava a vida tocando em bares e tavernas da cidade portuária. Logo ele percebeu os dotes pouco comuns do filho e, quando este completou sete anos, contratou o excelente professor Otto Cossel para dar-lhe aulas de piano. Aos 10 anos, o menino fez seu primeiro concerto público, interpretando Mozart e Beethoven. Também aos 10 anos, ele já frequentava as tabernas com seu pai e tocava lá durante parte da noite. 

Não tardou a receber um convite para tocar nas cervejarias da noite hamburguesa, sempre ao lado de seu pai. Enquanto trabalhava como músico profissional, Johannes tinha aulas com Eduard Marxsen, regente da Filarmônica de Hamburgo e compositor. Foi Marxsen quem lhe deu as primeiras noções de composição.

Como músico de cervejaria, Brahms conhece Eduard Reményi, violinista húngaro que havia se refugiado em Hamburgo. Combinam uma tournée pela Alemanha. Nesta viagem, Brahms acaba conhecendo Joseph Joachim (famoso violinista, que viria a se tornar um de seus maiores amigos), Liszt e também os Schumann. 

Em sua casa em Düsseldorf, no ano de 1853, Robert e Clara Schumann o receberam como gênio. Robert logo tratou de recomendar as obras de Brahms aos seus editores e escreveu um famoso artigo na Nova Gazeta Musical, intitulado "Novos Caminhos", onde era chamado de "jovem águia" e de "Eleito". Quanto à Clara, existem muitas hipóteses de que os dois teriam tido um relacionamento amoroso, mas nenhuma prova - ambos destruíram cartas e outros documentos que poderiam afirmar isso.

Brahms ficou alguns anos perambulando entre as cidades da Alemanha, fixando-se em duas residências - a de Joachim, em Hanôver, e a de Schumann, em Düsseldorf. Essa vida errante haveria de terminar em 1856, com a trágica morte de Schumann. Foi quando conseguiu o emprego de mestre de capela do pequeno principado de Lippe-Detmold. 

Em 1860, comete um grande erro: assina, junto com Joachim e outros dois músicos, um manifesto contra a chamada escola neo-alemã, de Liszt e Wagner, e sua "música do futuro". Embora Brahms não fosse afeito a polêmicas, acabou entrando nessa, o que lhe valeu a pecha de reacionário, a qual foi derrubada apenas no século XX pelo famoso ensaio de Schoenberg - "Brahms, o Progressista".

Três anos mais tarde, resolve morar em Viena. Seu primeiro emprego na capital austríaca foi como diretor da Singakademie, onde regia o coro e elaborava os programas. Apesar do relativo sucesso que obteve, pediu demissão em um ano, para poder dedicar-se à composição. A partir daí, sempre conseguiu sustentar-se apenas com a edição de suas obras e com seus concertos e recitais. 

Em Viena, conseguiu o apoio e admiração do importante crítico Eduard Hanslick, mas isso não foi suficiente para garantir-lhe fama. Somente a partir da estreia de Um Réquiem Alemão, em 1868, é que Brahms começou a ser reconhecido como grande compositor. Como reflexo disso, em 1872, é convidado para dirigir a Sociedade dos Amigos da Música, a mais célebre instituição musical vienense. Ficaria lá até 1875. 

Em 1876, um fato marcante: a estreia sua Primeira Sinfonia, ansiosamente aguardada, foi um grande sucesso. A partir daí, Brahms ficou marcado como o sucessor de Beethoven. O maestro Hans von Bülow até apelidou essa primeira sinfonia de "Décima", com referência à Nona Sinfonia de Beethoven. 

Brahms também foi um continuador da obra de Schubert, como compositor de lieder. Além disso, contribuiu para a divulgação da música de Bach, quando esta ainda não era muito valorizada em Viena. Apesar de seus modos um tanto rudes, aqueles que conheceram Brahms sabiam quão generoso e gentil ele era, no fundo. Viveu modestamente, num apartamento de três peças, mas sempre ajudou, inclusive financeiramente, parentes e amigos músicos, como Antonin Dvorak e Gustav Mahler.

Como alguém já observou, a vida de Brahms vai-se acalmando em razão contrária de sua produção. Os anos que se seguem são tranquilos, marcados pela solidão (manteve-se solteiro), pelas estreias de suas obras, pelas longas temporadas de verão e pelas viagens (principalmente à Itália). 

Em 1890, após concluir o Quinteto de Cordas op. 111, decide parar de compor e até prepara um testamento. Mas não ficaria muito tempo longe da atividade; no ano seguinte, encontra-se com o célebre clarinetista Richard Mülhfeld e, encantado com o instrumento e suas possibilidades, escreve quatro obras-primas - duas Sonatas para Clarineta e Piano, o Trio para Clarineta, Cello e Piano, e o Quinteto para Clarineta e Cordas, que está entre suas mais importantes peças de música de câmara.

Sua última obra publicada foi o ciclo Quatro Canções Sérias, onde praticamente despede-se da vida. Ele dedica a coletânea a si mesmo, como presente no aniversário, em 1896. Nesse mesmo ano, morre Clara Schumann. Johannes Brahms viria a falecer um ano depois, em 3 de abril de 1897.



Brahms aos vinte e um anos

Brahms em 1853







Sepultura no Cemitério Central de Viena


AS MELHORES OBRAS DE BRAHMS

(CLICAR NA IMAGEM PARA OUVIR AS COMPOSIÇÕES)



FONTE:  https://pt.wikipedia.org/wiki/Johannes_Brahms

https://www.ebiografia.com/johannes_brahms/ 


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