sexta-feira, 30 de junho de 2023

EFEMÉRIDES: HÁ 117 ANOS, EM 30 DE JUNHO DE 1906 NASCEU MÁRIO QUINTANA - POETA, TRADUTOR E JORNALISTA BRASILEIRO. CONSIDERADO O "POETA DAS COISAS SIMPLES", COM UM ESTILO MARCADO PELA IRONIA, PELA PROFUNDIDADE E PELA PERFEIÇÃO TÉCNICA, ELE TRABALHOU COMO JORNALISTA QUASE TODA A SUA VIDA.

Uma frase de Mário Quintana: “O segredo é não correr atrás das borboletas. É cuidar bem do jardim para que elas venham até você”. Essas palavras demonstram a sensibilidade deste que é considerado um dos maiores poetas brasileiros. 

Mário de Miranda Quintana nasceu em Alegrete, no dia 30 de julho de 1906 e faleceu em Porto Alegre, em 05 de maio de 1994. 

Mário Quintana fez as primeiras letras em sua cidade natal, e em 1919 mudando-se para Porto Alegre onde estudou no Colégio Militar, publicando ali suas primeiras produções literárias. Trabalhou para a Editora Globo e depois na farmácia paterna. Traduziu mais de cento e trinta obras da literatura universal, entre elas Em Busca do Tempo Perdido de Marcel Proust, Mrs Dalloway de Virginia Woolf, e Palavras e Sangue, de Giovanni Papini.

Em 1953, Quintana trabalhou no jornal Correio do Povo, como colunista da página de cultura, que saía aos sábados, e em 1977 saiu do jornal. Em 1940, ele lançou o seu primeiro livro de várias poesias, A Rua dos Cataventos, iniciando a sua carreira de poeta, escritor e autor infantil. Em 1966, foi publicada a sua Antologia Poética, com sessenta poemas, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, e lançada para comemorar seus sessenta anos de idade, sendo por esta razão o poeta saudado na Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e Manuel Bandeira, que recita o poema Quintanares, de sua autoria, em homenagem ao colega gaúcho. No mesmo ano ganhou o Prêmio Fernando Chinaglia da União Brasileira de Escritores de melhor livro do ano. Em 1976, ao completar 70 anos, recebeu a medalha Negrinho do Pastoreio do governo do estado do Rio Grande do Sul. Em 1980 recebeu o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra. 

Mário Quintana lançou seu primeiro livro de poesias em 1940: “A Rua dos Cata-ventos.” Essa publicação deu início à carreira desse grande poeta. Em 1953, o autor iniciou suas atividades no jornal Correio do Povo. Em 1966 foi publicada a Antologia Poética de Mário Quintana, sendo que este livro ganhou muita atenção da Academia Brasileira de Letras. 

Mário saiu do jornal Correio do Povo em 1977. Em 1980, o poeta recebeu o “Prêmio Machado de Assis” da Academia Brasileira de Letras e em 1981 recebeu o “Prêmio Jabuti” de Personalidade Literária do Ano. Sempre muito solitário, Mário Quintana viveu em hotéis durante boa parte de sua vida, sendo que de 1968 a 1980, o escritor morou no Hotel Majestic, que fica no centro histórico de Porto Alegre. 

Depois desse período, sem condições de arcar com as despesas de moradia nesse hotel, Mário passou a viver em hotéis mais simples e passou os últimos anos de sua vida em um apart-hotel em Porto Alegre. Embora tenha tentado por diversas vezes tornar-se membro da Academia Brasileira de Letras, Mário nunca conseguiu ser eleito. Isso ocorreu em grande parte devido ao ambiente excessivamente politizado da Academia. 

Além das muitas obras de poesia, Mário Quintana também escreveu livros infantis que até hoje são adotados em grande parte das escolas brasileiras. Devido à idade avançada, Mário sofria de complicações cardíacas e respiratórias, o que provocou sua morte em maio de 1994. Atualmente, no Hotel Majestic, onde Mário viveu por 15 anos, funciona a bela “Casa de Cultura Mário Quintana”, um dos mais importantes centros culturais do Brasil.

 

OBRAS

 

1940 – A Rua dos Cata-ventos

1946 – Canções

1948 – Sapato Florido

1948 – O Batalhão de Letras

1950 – O Aprendiz de Feiticeiro

1951 – Espelho Mágico

1953 – Inéditos e Esparsos

1962 – Poesias

1966 – Antologia Poética

1968 – Pé de Pilão

1973 – Caderno H

1976 – Apontamentos de História Sobrenatural

1976 – Quintanares

1977 – A Vaca e o Hipogrifo

1978 – Prosa e Verso

1979 – Na Volta da Esquina

1980 – Esconderijos do Tempo

1981 – Nova Antologia Poética

1982 – Mário Quintana

1983 – Lili Inventa o Mundo

1983 – Os Melhores Poemas de Mário Quintana

1984 – Nariz de Vidro

1984 – O Sapato Amarelo

1985 – Primavera Cruza o Rio

1986 – Oitenta Anos de Poesia

1986 – Baú de Espantos

1987 – Da Preguiça como Método de Trabalho

1987 – Preparativos de Viagem

1988 – Porta Giratória

1989 – A Cor do Invisível

1989 – Antologia Poética de Mário Quintana

1990 – Velório sem Defunto

1994 – Sapato Furado

 























MÁRIO QUINTANA poeta, contista, cronista, tradutor e jornalista gaúcho, foi um autor de destaque da literatura brasileira do século XX. Foi um dos maiores poetas da literatura brasileira e seus versos reverberam ao longo de gerações.

Autor de poemas simples, acessíveis, que estabelecem com o leitor uma espécie de conversa, Quintana foi o criador de versos que narram a sua própria origem, falam de amor ou tratam da própria criação literária.

Experimentador da linguagem, o autor escreveu poemas metrificados e de versos livres, prosa poética e até pequenos aforismos, que encantam o público leitor pela leveza e bom humor, alternados com certa melancolia e reflexão a respeito da transitoriedade da vida.

Sem articular-se a qualquer escola literária, a poesia de Quintana faz-se a partir da observação do cotidiano, expressando com simplicidade a vida comum: o tique-taque dos relógios, o ato de apaixonar-se, a “presença misteriosa da vida”.



FONTE: https://www.figuradelinguagem.com/literatura/mario-quintana/ 

 

 

 

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