A pintura Alegoria da Justiça e da Paz, do italiano Corrado Giaquinto, é uma obra-prima do estilo rococó e uma das obras mais importantes do artista. A obra, que mede 216 x 325 cm, mostra uma alegoria de justiça e paz, dois valores fundamentais na sociedade.
A composição da pintura é
impressionante, com um grande número de detalhes e elementos que se combinam
para criar uma imagem harmoniosa e equilibrada. No centro da obra, há uma
figura feminina representando a justiça, com uma balança na mão direita e uma
espada na esquerda. A seu lado está outra figura feminina representando a paz, com
um ramo de oliveira na mão.
O colorido da pintura é outro de seus
aspectos mais marcantes. Giaquinto utilizou uma paleta de cores suaves e
delicadas, típicas do estilo rococó, que conferem à obra um ar de tranquilidade
e serenidade. Tons pastéis dominam a obra, com alguns toques de cores mais
intensas na vestimenta das figuras.
A história da pintura também é muito interessante. Foi encomendado pelo rei Carlos III de Espanha em 1753 para decorar a Sala dos Espelhos do Palácio Real de Madrid. A obra foi realizada em Roma, onde o artista trabalhava na época, e foi enviada para Madri em 1760. Desde então, é uma das obras mais admiradas e estudadas da arte rococó.
Um aspecto pouco conhecido da pintura é que Giaquinto incorporou a ela alguns elementos da cultura espanhola, como os dois leões que aparecem na parte inferior da obra, que simbolizam força e poder. Além disso, a figura da justiça está vestida com um traje típico espanhol, com capa e chapéu de abas largas.
Em resumo, a pintura Alegoria da Justiça e da Paz de Corrado Giaquinto é uma impressionante obra de arte rococó, com composição equilibrada e harmoniosa, coloração suave e delicada e uma história interessante e rica em detalhes. É uma obra que continua a ser admirada e estudada por amantes da arte em todo o mundo.
UM POUCO SOBRE O ARTISTA
Corrado Giaquinto nasceu em Molfetta,
província de Bari, no ida 18 de fevereiro de 1703 e faleceu em Nápoles, 1765
foi um pintor italiano do Rococó.
Nascido ao norte de Bari, em Molfetta, Giaquinto foi aluno de Francesco Solimena e de Sebastiano Conca. Obteve uma carreira internacional muito brilhante, viajando bastante: foi chamado à corte da Espanha entre 1753 e 1762 para realizar trabalhos nos palácios reais de Madrid, do Escorial e de Aranjuez. Seria, então, nomeado pintor da corte, diretor geral da Real Academia de Belas-Artes de São Fernando (dezembro de 1753) e diretor artístico da Real Fábrica de Tapeçaria de Santa Bárbara. Para a Academia, presentearia uma pintura a óleo da Alegoria da Paz e a Justiça que seria uma versão da pintada anteriormente para o rei.
OBRAS
Realizou um afresco destinado à Basílica de Santa Cruz de Jerusalém, de Roma, representado Moisés rompendo a rocha. Esta composição, pintada para o jubileu de 1750 e hoje em dia perdida, nos é conhecida por um projeto conservado na National Gallery de Londres.
Seu retrato do castrato Farinelli, mantido no conservatório de Bolonha, é igualmente uma de suas obras-primas.
Teve como discípulos os pintores José
del Castillo e Antonio González Velázquez, que assim guiaria a Mariano Salvador
Maella. Seu trabalho na Espanha foi, igualmente com o de Giovanni Battista
Tiepolo, uma influência decisiva para Francisco de Goya.
Nenhum comentário:
Postar um comentário