O nome Villa
Cimbrone se dá pelas características da paisagem de onde está localizada. Os
romanos chamavam o lugar de cimbronium em virtude da vegetação que produzia uma
madeira para uso naval.
As primitivas citações
à vila remontam ao século 11, quando ela pertencia à nobre família
Acconciajoco. Mais tarde, a propriedade passou a rica e influente família
Fusco, posteriormente, para as influentes famílias Pitti, D’Angiò e Sasso.
O Terraço do
Infinito é uma gigantesca varanda sobre o azul. Na companhia de belos bustos do
século XVIII em Ravello, na Costa Amalfitana Localizada no Golfo de Salerno no
sul ocidental de Itália, esta região estende-se de Punta Campanella até
Salerno, através de uma costa vertiginosa, mas incrivelmente cênica, tendo a
estrada que liga estes pontos sido considerada uma das mais bonitas do mundo.
Devido à sua riqueza paisagística, histórica e cultural, faz parte do
Patrimônio Mundial da UNESCO.
Ao longo da
costa situam-se variadas cidades e vilas, sendo as mais famosas Positano e
Amalfi. Mas Sorrento, Praiano, Ravello, Minori, Maiori, Furore ou Vietri sul
Mare merecem igualmente uma visita. A região circundante inclui ainda as ilhas
de Capri, Ischia e Procida, a cidade de Nápoles (que é muitas vezes o ponto de
partida para uma viagem a esta zona) e o sítio arqueológico de Pompeia.
Caracterizada por villas italianas elegantes e charmosas, vistas estonteantes
para o mar e um centro histórico pitoresco, Ravello é sem dúvida um destino
imperdível em qualquer visita à Costa Amalfitana. Também conhecida como “la
citta della musica” (a cidade da música), Ravello tem inspirado inúmeros
artistas, músicos e escritores ao longo dos séculos pela sua beleza.
No final do
século 19, infelizmente, a propriedade estava abandonada, então foi
redescoberta por um viajante inglês bem conhecido Ernest William Beckett, Lord
Grimthorpe, pertencente ao grupo de intelectuais, em busca de arte e estética
do Grand Tour, que foi até Ravello aconselhado por amigos para recuperar-se da
depressão que o tinha afetado logo após a morte da sua amada esposa.
A intensa
alegria que este lugar mágico causou a ele, o levaram a comprar a propriedade
em 1904, decidido a recuperá-la e transformá-la em uma obra de arte, “o melhor
lugar do mundo”. Contou com a ajuda de Nicola Mansi de Ravello, um homem de
eclético gosto e grande criatividade, que Beckett conheceu na Inglaterra, e que
assinou o trabalho de restauração, fazendo o sonho tornar-se realidade.
Enquanto o
leiaute do terreno foi influenciado por certos elementos existentes, como a
avenida central ao estilo renascentista, estabelecido pela família Fusco, os jardins
foram definidos seguindo os conceitos estéticos de arquitetos e jardineiros
ingleses, como Harold Peto, Edwin Lutyens e Gertrude Jekyll. Uma série de
diferentes caminhos foram organizados conscientemente, conduzindo o eixo que
atravessa a propriedade de norte a sul.
A feliz
combinação de jardins paisagísticos tradicionais ingleses e italianos e a rica e variada vegetação local
introduziram inúmeros elementos decorativos preciosos, tais como fontes,
ninfas, templos, pavilhões e estátuas, resultado de uma forte influência da
literatura clássica na reinterpretação da “villa romana”. As escolhas das
árvores e o desenho dos canteiros pertencem ao experiente Vita Sackville West.
Situado logo
após a entrada, depois de passar pela porta do século 16, à esquerda está o
Claustro, um gracioso e pequeno pátio numa mescla de estilo
árabe-siciliano-normando.
A Cripta é uma
galeria aberta em estilo gótico, cujos arcos modelados na Fountain Abbey of
Malton, em Yorkshire. Embora evoque uma atmosfera medieval, foi construído
entre 1907 e 1911.
Caminhando
pela grande avenida, chega-se ao Templo de Ceres, onde encontramos a estátua da
deusa dos cereais, relacionada com a fertilidade, protetora da agricultura, da
colheita e dos grãos. Esse ponto é também a entrada para o famoso e
incomparável Terraço Infinito.
O Terraço
Infinito mostra um espetáculo da natureza visto pelo seu balcão, adornado com
bustos de mármore do século 18. Onde o espectador observa as longínquas
montanhas do Cilento e o topo de Licosa, sobre o mar acende a variada e
multicolorida Costa Amalfitana com seus limoeiros e as pequenas casas que se
apegam às colinas. A passagem do tempo não tem importância para o expectador
que desfruta da beleza desfrutando da generosidade Divina.
O Templo de Baco,
pelo estilo clássico, suportado por oito colunas dóricas. O entablamento decorado
onde se pode ler a inscrição do poeta romano Caio Valério Cátulo (em latim:
Catullus).
No centro do
templo está o pedestal que sustenta a estátua de bronze com Sátiro sustentado
Baco com seus cachos de uvas. Aos pés do pedestal estão as cinzas do Lord Grimthorpe,
falecido em 1917, um lugar onde sua memória pôde ser preservada.
Precedido por
um belo jardim italiano, com ricos canteiros de rosas e, no centro, uma fonte
de mármore com cupidos e vaso com relevos de várias figuras, em seguida
chegamos à Sala de Chá, uma construção original como um pavilhão aberto.
Na Sala de Chá
há colunas dos tempos romanos, que sustentam uma estrutura com arcos e com
esculturas da Idade Média, com múltiplas figuras em relevo.
No centro do
ambiente há um assento quadrado com pequenas colunas e uma concha de pedra com
monstros marinhos. Estudos recentes o datam do século 12, uma relíquia sagrada
da Inglaterra (fontes de batismo muito parecidas podem ser encontradas na
Igreja de São Pedro, em Cambridge).
As conotações
esotéricas, muito em voga no início do século passado, são claras,
particularmente na disposição escolhida dos elementos arquitetônicos. Este é
outro lugar, concebido como um espaço para ser vivido em estreita harmonia com
a natureza.
Ao final da
Avenida da Imensidão é marcado pelo chamado Templo de Ceres. Trata-se de um local privilegiado, às portas do
Terraço do Infinito, dedicado à Deusa dos cereais e da agricultura, protetora
das colheitas e de todos os grãos.
Ex-líbris da Villa Cimbrone, e tendo a sorte de um dia de céu limpo,
deu para vislumbrar as longínquas montanhas do Cilento; as pequenas casas
encavalitadas nas encostas da Costa Amalfitana; bem como o bulício dos barcos
de recreio e transporte de passageiros lá em baixo, pintalgando o azul profundo
de espumantes linhas brancas.
O primeiro ponto de interesse, para além das omnipresentes paisagens montanhosas, foi o chamado Assento de Mercúrio. Trata-se de uma estátua de bronze do século XVIII com notórias semelhanças com a celebrada obra Hermes Sentado, encontrada na Villa de Papyri de Herculano, atualmente em exibição no Museu Nacional em Nápoles.
Crédito das fotos:
Simone Marins
Fonte: https://www.historiadasartes.com
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