segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

SONETO ESCRITO NO PEDESTAL DA ESTÁTUA DA LIBERDADE EM NOVA IORQUE

 

THE NEW COLOSSUS ("O NOVO COLOSSO").

Venham a mim as multidões exaustas, pobres e confusas ansiosas pela liberdade. Venham a mim os desabrigados, os que estão sob a tempestade... Eu guio-os com a minha tocha. (Emma Lazarus, 1875). 

The New Colossus (em português: "O Novo Colosso") é um soneto escrito pela poetisa estadunidense Emma Lazarus. Ele foi escrito em 1883 com o propósito de angariar fundos para o pedestal da Estátua da Liberdade. O soneto está engravado em uma placa de bronze dentro da estátua.

 

Eis o texto

 

ORIGINAL EM INGLÊS

 

Not like the brazen giant of Greek fame,

With conquering limbs astride from land to land;

Here at our sea-washed, sunset gates shall stand

A mighty woman with a torch, whose flame

Is the imprisoned lightning, and her name

MOTHER OF EXILES. From her beacon-hand

Glows world-wide welcome; her mild eyes command

The air-bridged harbor that twin cities frame.

"Keep, ancient lands, your storied pomp!" cries she

With silent lips. "Give me your tired, your poor,

Your huddled masses yearning to breathe free,

The wretched refuse of your teeming shore.

Send these, the homeless, tempest-tost to me,

I lift my lamp beside the golden door!"

 

 

TRADUÇÃO PARA O PORTUGUÊS

 

Não como o gigante de bronze da antiga fama,

Cujos membros subjugam os campos de baixo de si;

Aqui cintilando aos portões do crepúsculo, vê-se

Uma dama robusta com um farol cuja flama

É o relâmpago aprisionado, e ela se chama

Mãe dos Exilados. Da mão que, meiga, se estende

Brilham boas-vindas; o seu olhar compreende

O porto que as nobres cidades gêmeas defendem.

"Segurai, antigas terras, vossa pompa!" diz ela

Com lábios quietos. "Dai-me vossos pobres fatigados,

As multidões que por só respirarem livres zelam,

Resíduos miseráveis dos caminhos fervilhados.

Mandai-os a mim, desabrigados, que a minha vela

Os guiará, calmos, através dos portões dourados!"

 

 

O título e as duas primeiras linhas referenciam o Colosso de Rodes, considerado uma das Sete maravilhas do mundo.

 

A linha "your huddled masses" ("suas massas encurradas") é em referências aos imigrantes que chegavam aos Estados Unidos pelo porto de Nova Iorque, normalmente na Ilha Ellis. 

***** 

ESTÁTUA DA LIBERDADE - A Liberdade Iluminando o Mundo é uma escultura neoclássica colossal localizada na ilha da Liberdade no porto de Nova Iorque, nos Estados Unidos.

A estátua de cobre, projetada pelo escultor francês Frédéric Auguste Bartholdi, que se baseou no Colosso de Rodes para edificá-la, foi construída por Gustave Eiffel e inaugurada em 28 de outubro de 1886. 

Foi um presente dado aos Estados Unidos pelo povo da França. A estátua é de uma figura feminina vestida que representa Libertas, deusa romana, que carrega uma tocha e um tabula ansata (uma tabuleta que evoca uma lei) sobre a qual está inscrita a data da Declaração da Independência dos Estados Unidos, 4 de julho de 1776. Uma corrente quebrada encontra-se a sob pés. A estátua é um ícone da liberdade e dos Estados Unidos, além de ser um símbolo de boas-vindas aos imigrantes que chegam do exterior.

A ideia da estátua nasceu em 1865, quando o historiador e abolicionista francês Édouard de Laboulaye propôs um monumento para comemorar o centenário da independência dos EUA (1876), a perseverança da democracia americana e a libertação dos escravos do país. A Guerra Franco-Prussiana atrasou o progresso até 1875, quando Laboulaye propôs que o povo da França financiasse a estátua e os Estados Unidos fornecessem o local e construíssem o pedestal. Bartholdi completou a cabeça e o braço portador da tocha antes que a estátua fosse totalmente projetada, e essas peças foram exibidas para publicidade em exposições internacionais.

O braço da tocha foi exibido na Exposição Universal de 1876 na Filadélfia e no Madison Square Park, em Manhattan, de 1876 a 1882. A campanha de financiamento revelou-se difícil, especialmente para os norte-americanos, e em 1885 o trabalho do pedestal foi ameaçada devido à falta de fundos. Joseph Pulitzer, editor do New York World, começou um projeto de doações para completar o projeto, que atraiu mais de 120 mil colaboradores, a maioria dos quais deram menos de um dólar. A estátua foi construída na França, enviada para o exterior em caixas e montada no pedestal concluído na ilha que na época era chamada de "Bedloe". A conclusão da estátua foi marcada por uma parada em Nova Iorque e uma cerimônia de dedicação presidida pelo presidente Grover Cleveland.

A estátua foi administrada pelo Conselho de Faróis dos Estados Unidos até 1901 e, em seguida, pelo Departamento de Guerra; desde 1933 tem sido mantida pelo Serviço Nacional de Parques. O acesso do público ao terraço que cerca a tocha está barrada por razões de segurança desde 1916.

O presidente Calvin Coolidge designou oficialmente a Estátua da Liberdade como parte do Monumento Nacional da Estátua da Liberdade em 1924. O monumento foi expandido para incluir também Ellis Island em 1965. No ano seguinte, a Estátua da Liberdade e Ellis Island foram adicionadas em conjunto ao Registro Nacional de Lugares Históricos, e a estátua individualmente em 2017. No nível subnacional, a Estátua da Liberdade foi adicionada ao Registro de Lugares Históricos de Nova Jersey em 1971, e foi transformada em marco designado pela cidade de Nova York em 1976. 

Em 1984, a Estátua da Liberdade foi designada como Patrimônio Mundial da UNESCO. A "Declaração de Importância" da UNESCO descreve a estátua como uma "obra-prima do espírito humano" que "permanece como um símbolo altamente potente - inspirando contemplação, debate e protesto - de ideais como liberdade, paz, direitos humanos, abolição da escravidão, democracia e oportunidade".

História

Projeto patenteado de Frédéric Auguste Bartholdi. 

A estátua que tem altura total 92,9 m, sendo 46,9 m correspondendo à altura da base e 46 m à altura da estátua propriamente dita, foi um presente de Napoleão III, como uma forma de premiação aos Estados Unidos, após uma vitória em batalha travada contra a Inglaterra, apesar de, originalmente, ser ideia de seu criador Bartholdi fazer uma obra tão portentosa como as pirâmides ou a Esfinge e colocá-la como um grande farol na entrada do Canal de Suez, no Egito.

O historiador francês Edouard de Laboulaye foi quem primeiro propôs a ideia do presente, e o povo francês arrecadou os fundos necessários para que, em 1875, a equipe do escultor Frédéric Auguste Bartholdi começasse a trabalhar na estátua de dimensões colossais. O projeto teve vários atrasos, porque naquela época não era conveniente do ponto de vista político que, na França imperial, se comemorassem as virtudes da ascendente república norte-americana. Não obstante, com a queda do Imperador Napoleão III, em 1871, revitalizou-se a ideia de um presente aos Estados Unidos. Em julho daquele ano, Bartholdi fez uma viagem aos Estados Unidos e encontrou o que ele julgava ser o local ideal para a futura estátua - uma ilhota na baía de Nova Iorque, posteriormente chamada Ilha da Liberdade (batizada oficialmente como Liberty Island em 1956).

Cheio de entusiasmo, Bartholdi levou avante seus planos para uma imponente estátua. Tornou-se patente que ele incorporara símbolos da maçonaria em seu projeto - a tocha, o livro em sua mão esquerda, e o diadema de sete espigões em torno da cabeça, como também a tão evidente inspiração ligada à deusa Sophia, que compõem o monumento como um todo. Isto, talvez, não era uma grande surpresa, visto ele ser maçom. Segundo os iluministas, por meio desta foi dado "sabedoria" nos ideais da Revolução Francesa. O presente monumental foi, portanto, uma lembrança do apoio intelectual dado pelos americanos aos franceses na sua revolução, em 1789.

CONSTRUÇÃO E INAUGURAÇÃO

A estátua foi montada em solo francês e ficou pronta em 1884, sendo então desmontada e enviada para os Estados Unidos em navios, para ser remontada em seu lugar definitivo. A construção do pedestal que serve como base do monumento ficou a cargo dos norte-americanos. 

Em 28 de outubro de 1886, milhares de pessoas acompanharam a cerimônia de inauguração do monumento. Funcionou como farol, de 1886 a 1902, tendo sido pioneiro na utilização elétrica dentre os faróis, tendo em vista que até então utilizavam-se tochas no lugar de lâmpadas elétricas. 

Inicialmente os visitantes podiam subir por escadas até a tocha da estátua, entretanto, em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, houve um ato de sabotagem coordenado pelo governo alemão que danificou a tocha e um pedaço do vestido da estátua. Após o episódio, que ficou conhecido como "explosão Black Tom", não foi mais permitida a visitação da tocha.

REFORMAS E FECHAMENTOS 

A estátua sofreu uma grande reforma em comemoração a seu centenário, sendo reinaugurada em 3 de julho de 1986. Essa reforma teve custo de 69,8 milhões de dólares. Foi feita uma limpeza geral na estátua e na sua coroa que, corroída pelo tempo, foi substituída. A coroa original está exposta no saguão. Na festa da restauração, foi feita a maior queima de fogos de artifício já vista nos Estados Unidos até então. 

Depois do atentado terrorista contra o World Trade Center, em 11 de setembro de 2001, que resultou no desabamento das torres gêmeas, a subida à coroa foi proibida, por motivos de segurança. Porém, a 4 de julho de 2009, a visitação da coroa foi reaberta, depois de 8 anos fechada ao público. 

DIMENSÕES E COMPOSIÇÃO 

A estátua mede 46,50 metros (92,99 metros contando o pedestal). O nariz mede 1,37 metros. O conjunto pesa um total de 24 635 toneladas, das quais 28 toneladas são cobre, 113 toneladas são aço, e 24 493 toneladas de cimento no pedestal. Com as suas 24 635 toneladas, é atualmente a estátua mais pesada do mundo, segundo o Guinness Book. Ficou entre os semifinalistas do concurso das sete maravilhas do mundo moderno. 

São 167 degraus de entrada até o topo do pedestal, mais 168 até a cabeça e por fim outros 54 degraus levam até a tocha, o que, somados, consistem em um total de 389 degraus. Por ter sido construída em cobre, originalmente a estátua apresentava coloração dourada. Entretanto, devido a uma série de reações químicas conhecida como patinação, sais de cobre foram formados sobre sua superfície, o que lhe conferiu a atual tonalidade verde-azulada. Registros históricos não fazem qualquer menção da fonte do cobre usado na Estátua da Liberdade, mas suspeita-se que sejam provenientes da Noruega.


 







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