Os sete gênios da literatura piauiense, que essa revista cultural selecionou, especialmente, para você.
Literatura do Piauí: A Literatura piauiense é riquíssima! Existem muitos autores de altas proeminências, dignos de serem pesquisados pelos estudantes e professores e os apreciadores das letras.
O documental seletivo que descrevemos destacando os escritores piauienses, que estão imortalizados no universo literocultural do estado. Sendo, na produção de poesias, contos e crônicas e romances. Dentre os autores em destaques na publicação, são muito admirados por esse editor, que pelas graças divinas também nasceu, em um pedaço da terra querida chamada: Piauí.
01 – ASSIS BRASIL
Romancista, cronista, jornalista, nascido na cidade de Parnaíba, Estado do Piauí, em 1932. Teve uma intensa participação na imprensa nacional.
Crítico Literário do Jornal do Brasil, 1956-1961; Colunista Literário do Caderno B do Jornal do Brasil 1963-64; Crítico Literário do Diário de Notícias, Rio, 1962-63; Crítico Literário do Correio da Manhã, Revista Singra e Suplemento Literário, Rio, 1962 e 1972; Crítico Literário de O Globo, Arte e Crítica, 1969-1970; Colunista Literário da Revista O Cruzeiro, Rio, 1965-1976; Crítico Literário do Jornal de Letras, 1964-1989; artigos e ensaios nos seguintes órgãos culturais: Senhor, Mundo Nuevo, Revista do Livro, Leitura, Enciclopédia Bloch, Usina, suplemento de O Estado de São Paulo, Diário Carioca, Tribuna de Imprensa, Jornal do Comércio, Minas Gerais, Correio do Povo, O Povo e também crítico literário na Tribuna de Imprensa.
Obras:
Romances: Tetralogia Piauiense: Beira Rio, Beira Vida, 1965; A Filha do Meio
Quilo, 1966; O Salto do Cavalo Cobridor e Pacamão; Ciclo do Terror: Os que
Bebem como os Cães e outros. Romances Históricos: Nassau, Sangue e Amor nos
Trópicos e Bandeirantes – os comandos da morte, etc. Contos: Contos do
Cotidiano Triste, História do Rio Encantado e outros. Ensaios: Faulkner e a
Técnica do Romance. O Jornal de Letras do Rio de Janeiro, em sua edição de
dezembro de 1998, o romance Beira Rio, Beira Vida, entre os cem melhores do
gênero já publicados no país. Imortal da Academia Piauiense de Letras onde
ocupou a Cadeira 36. Faleceu em 28 de novembro de 2021, aos 92 anos. Assis
Brasil é considerado, hoje, uma das mais cintilantes culturas do país.
02 – FRANCISCO MIGUEL DE MOURA
Conhecido no universo literocultural como Chico Miguel. Nasceu em Francisco Santos antigo Jenipapeiro, município de Picos, sertão do Piauí, no dia 16 de junho de 1933, é um escritor e crítico literário brasileiro.
Filho do mestre-escola Miguel Guarani, com quem fez seus estudos primários. Fez o Ginásio e a Escola Técnica de Contabilidade, em Picos onde morou durante 8 anos. É casado com Maria Mécia Morais Araújo Moura.
Formado em Letras pela Universidade Federal do Piauí e pós-graduado na Universidade Federal da Bahia, onde morou por alguns anos. Funcionário aposentado do Banco do Brasil. Radialista, professor de língua e literatura, atividades que não mais exerce, atualmente, dedica-se, exclusivamente, a sua família, ler e escrever. Mora em Teresina, onde produziu e publicou a maior parte de suas obras.
Colabora nos jornais de seu estado, nas revistas Literatura, de Brasília, hoje editada em Fortaleza, Poesia para todos, do Rio de Janeiro; Presença, de Teresina; também colaborador permanente dos jornais Correio do Sul, Varginha; Diário dos Açores, dos Açores e O Primeiro de Janeiro, Suplemento Cultural Das artes das Letras, de Porto, ambos em Portugal.
É
membro das seguintes instituições brasileiras: Academia Piauiense de Letras,
APL, onde ocupa a Cadeira nº 8; Patronímica de José Coriolano de Sousa Lima;
Academia de Letras da Região de Picos, ALERP, ocupando a Cadeira 29 patronímica
de Miguel Borges de Moura o Miguel Guarani; União Brasileira de Escritores, SP.
Cofundador do Círculo Literário Piauiense e da Revista Cirandinha. É
membro-correspondente da Academia Mineira de Letras e da Academia Catarinense
de Letras. Por diversos mandatos participou, ativamente, do Conselho Estadual
de Cultura.
03 - O. G. REGO DE CARVALHO
Orlando Geraldo Rego de Carvalho, conhecido como O. G. Rego de Carvalho nasceu em Oeiras-Piauí, no dia 25 de janeiro de 1930 e faleceu em Teresina, 09 de novembro de 2013, foi um escritor romancista brasileiro.
Ocupava
a Cadeira nº 6 da Academia Piauiense de Letras e, além de romancista, era
também Bacharel em Direito, professor e funcionário aposentado do Banco do
Brasil. Doutor “Honoris Causa” da Universidade Federal do Piauí, integrou o
Grupo Meridiano e pertence à Geração 45. Juntamente, com o poeta H.Dobal e o
crítico M. Paulo Nunes, lançou em 1949 a revista "Caderno de Letras
Meridiano", um marco dentro do Modernismo Piauiense. Sua obra mais
marcante é Rio Subterrâneo, quando o escritor expõe de forma crua as neuroses,
conflitos, medos, loucura e solidão de seus personagens. Faleceu na manhã do
dia 9 de novembro de 2013, no Hospital São Paulo em Teresina, aos 83 anos, de
falência múltipla dos órgãos, após oito dias internado na Unidade de Terapia
Intensiva do hospital.
04 – FONTES IBIAPINA
Nome
literário de João Nonon de Moura Fontes Ibiapina. Nascido em Picos, lugar Vaca
Morta, no dia 14 de junho de 1921, filho de Pedro de Moura Ibiapina e Raimunda
Fontes de Moura, fez o primário em sua terra natal e o secundário em Teresina,
aonde veio a bacharelar-se em Direito, turma de 1954. Ainda como estudante,
dedicou-se por algum tempo ao jornalismo. Findo o curso superior, logo entra
para a magistratura, sendo juiz de direito em várias comarcas do Piauí. Quando
faleceu, aos 10 de abril de 1986, era juiz em Parnaíba-PI. De lá, seu corpo foi
transferido para a Capital e sepultado, no dia seguinte, no Cemitério São Judas
Tadeu. A família prestou-lhe homenagem depois de sua morte, criando a Fundação
Fontes Ibiapina.
Foi o primeiro presidente e um dos fundadores da Academia Parnaibana de Letras, fundada em 28 de julho de 1983. Membro da Academia Piauiense de Letras sendo o terceiro ocupante da Cadeira nº 9, patroneada por Alcides Freitas, teve como seu antecessor o folclorista e magistrado Pedro Borges da Silva. A Cadeira nº 9, com a morte de Fontes Ibiapina é preenchida pelo ex-governador Hugo Napoleão do Rego Neto. Também durante algum tempo participou do Conselho Estadual de Cultura.
Foi professor e diretor do Colégio Rural e Artesanal Pio XII, membro da Associação Profissional dos Jornalistas do Piauí e do Instituto Histórico e Geográfico do Piauí. Mas, sua maior glória está na literatura que fez, publicou, ou deixou inédita; nos artigos que escreveu na imprensa do Piauí; nas aulas que deu nos colégios, pois sabemos que também exerceu o magistério.
É
valioso o patrimônio que poupou, registrou e difundiu o folclore e os nossos
costumes, especialmente os mais antigos do estado do Piauí. Obras publicadas:
“Chão de Meu Deus”, 1958; 2ª edição, 1965; “Brocotós”, 1961; “Pedra Bruta”,
1964, “Congresso de Duendes”, 1969; “Destinos de Contratempos”, 1974; “Quero,
Posso e Mando”, 1976; “Mentiras Grossas do Zé Rotinho”, 1977 e “Lorotas e Pabulagens
de Zé Rotinho”, conjunto de crônicas premiadas pelo Mobral. No gênero romance,
publicou: “Sambaíba”, 1963; “Palha de Arroz”, 1968; 2ª edição, 1975;
“Tombador”, 1971; “Nas Terras do Arabutã”, 1984 e “Curral de Assombrações”,
1985; no folclore lançou dois trabalhos de suma importância: “Paremiologia
Nordestina” e “Passarela de Marmotas”, ambos de 1975. Para o teatro, escreveu e
publicou “O Casório da Pafunsa”, 1982, peças várias vezes encenada nas terras
piauienses. Deixou no prelo o romance “Vida Gemida em Samambaia” e a coletânea
de contos “Eleições de Sempre e Até Quando”, que sairiam com a data de 1985. Provavelmente,
ele não chegou a vê-los em letra de forma porque foram publicados por editoras
do sul: Clube do Livro, S. Paulo, resultado do VII Concurso Nacional do Clube
do Livro, 1º prêmio e Editora Soma Ltda., também de São Paulo, respectivamente.
Depois de sua morte, saíram dois opúsculos divulgando contos de Fontes
Ibiapina: “Trinta e Dois e Tangerinos”, 1988, edições Corisco/Projeto Petrônio
Portela; e “Dr. Pierre Chanfubois”, sem data de publicação, edição conjunta
Corisco/APL/PPP, Teresina
05 – MAURO FAUSTINO
Mário Faustino dos Santos e Silva nasceu em Teresina, no dia 22 de outubro de 1930 e faleceu em Lima, no dia 27 de novembro de 1962, foi um jornalista, tradutor, crítico literário e poeta brasileiro. Ficou conhecido por seu trabalho de divulgação da poesia no Jornal do Brasil quando assinava o Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, na seção Poesia-Experiência. Publicou apenas um livro de poesia, O Homem e sua Hora, 1955. Morreu com apenas 32 anos de idade em desastre aéreo no Peru.
Realizou a maior parte de seus estudos em Belém, onde se tornou redator e cronista de A Província do Pará, de 1947 a 1949, e, em seguida, de A Folha do Norte, de 1949 a 1956, onde foi chefe de redação. No suplemento literário de A Folha do Norte, reuniu uma geração de jovens escritores, poetas e críticos, como Haroldo Maranhão, 1927-2004, Oliveira Bastos, 1933-2006, Benedito Nunes, 1929-2011, Max Martins, 1926-2009, Rui Barata, 1920-1990 e o norte-americano Robert Stock, 1923-1981, então residente na capital paraense. Clarice Lispector, 1925-1977, que nessa época morava na cidade, também colaborou no suplemento, que mantinha intensa conexão com os intelectuais do eixo Rio-São Paulo. Em paralelo à atividade jornalística, Faustino cursou a faculdade de direito, que, todavia, abandonou no terceiro ano. Nesse período, recebeu uma bolsa do Institute of International Education para estudar teoria literária e literatura norte-americana no Pomona College, Claremont, Estados Unidos, onde viveu de 1951 a 1953.
Assis Brasil, em seu estudo sobre “A nova literatura”, cita o ano de 1956 como marco dessa revolução estética, devido ao lançamento, do Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, SDJB, do qual Mário Faustino participou com a página Poesia-Experiência e “onde foram travados os principais debates sobre o concretismo”.
Em fins de 1959, decepcionado com os rumos tomados pelo suplemento, desistiu da militância literária e passou a dedicar-se, exclusivamente, à redação e ao editorial do jornal. Diante disso surgiram várias propostas de trabalho no país, mas Mário optou pelo posto de jornalista no Departamento de Informação da Organização das Nações Unidas, ONU, em Nova York, entre 1960 e 1962. Ao retornar ao Brasil, assumiu, por curto período, o cargo de editor-chefe da Tribuna da Imprensa, que foi comprado pelo JB.
Em
novembro de 1962, teve de viajar novamente a Nova York, como correspondente
internacional do JB. Não chegou, no entanto, ao seu destino, pois foi uma das
vítimas fatais da queda do Voo Varig 810. No dia 27 de novembro de 1962. O voo
Varig 810 era uma rota aérea entre o Rio de Janeiro e Los Angeles, com escalas
em Lima, Bogotá e Cidade do México. Em 27 de novembro de 1962, a aeronave que
fazia o voo sofreu um grave acidente pouco antes de realizar o pouso no
aeroporto de Lima, no Peru, matando todos os seus ocupantes, inclusive, Mauro
Faustino.
06 – DA COSTA E SILVA
Antônio Francisco da Costa e Silva nasceu em Amarante, no Piauí, em 29 de novembro de 1885. Formou-se pela Faculdade do Direito do Recife. Foi funcionário do Ministério da Fazenda, tendo ocupado os cargos de Delegado do Tesouro no Maranhão, no Amazonas, no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Viveu não só nas capitais desses estados, mas também, por mais de uma vez, em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. Jornalista. É o letrista do Hino do Piauí e a música de Firmina Sobreira Cardoso e Leopoldo Damascena Ferreira.
Obras: Sangue, 1908, Zodíaco, 1917, Verhaeren, 1917, Pandora, 1919 e Verônica, 1927. Organizou ele próprio uma Antologia de seus versos, cuja primeira edição é de 1934. Posteriormente, saíram mais duas edições; a última em 1982. De suas Poesias Completas publicaram-se três edições: em 1950, 1975 e 1985.
Pertenceu
à Academia Piauiense de Letras, Cadeira 21, cujo Patrono é o padre Leopoldo
Damasceno Ferreira. Recolheu-se ao silêncio, demente, em 1933. Faleceu em 29 de
junho de 1950.
07 – TORQUATO NETO
Torquato Pereira de Araújo Neto nasceu em Teresina, no dia 09 de novembro de 1944 e faleceu no Rio de Janeiro, em 10 de novembro de 1972, poeta, jornalista, letrista de música popular.
Torquato Neto era o único filho do defensor público Heli da Rocha Nunes e da professora primária Maria Salomé da Cunha Araújo. De Teresina, mudou-se para Salvador aos 16 anos para os estudos secundários, onde foi contemporâneo de Gilberto Gil no Colégio Nossa Senhora da Vitória, Marista e trabalhou como assistente no filme Barravento, de Glauber Rocha.
Torquato envolveu-se, ativamente, na cena soteropolitana, onde conheceu, além de Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia. Em 1962, mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar jornalismo na universidade, mas nunca chegou a se formar. Trabalhou para diversos veículos da imprensa carioca, com colunas sobre cultura no Correio da Manhã, Jornal dos Sports e Última Hora.
Torquato atuava como um agente cultural e polemista defensor das manifestações artísticas de vanguarda, como a Tropicália, o cinema marginal e a poesia concreta, circulando no meio cultural efervescente da época, ao lado de amigos como os poetas Décio Pignatari, Wally Salomão, Augusto de Campos, Haroldo de Campos, o cineasta Ivan Cardoso e o artista plástico Hélio Oiticica.
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Pesquisa,
editorial e colagem.
ALBERTO
ARAÚJO
Editor
do Focus Portal Cultural.
FONTES
BIOGRÁFICAS:
https://www.academiapiauiensedeletras.org.br/francisco-de-assis-almeida-brasil/
https://pt.wikipedia.org/wiki/O._G._Rego_de_Carvalho
https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Miguel_Moura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Torquato_Neto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mário_Faustino
https://www.revistaprosaversoearte.com/da-costa-e-silva-poemas/
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