A ÓPERA “DIDO AND AENEAS” DE HENRY PURCELL – FILMADA NA HAMPTON COURT HOUSE, INGLATERRA, EM 2008.
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https://www.youtube.com/watch?v=gybMgUyk7ZM
Henry Purcell, 1659-1695 compôs apenas
uma verdadeira ópera, Dido and Aeneas. Com esta breve obra, tornou-se ainda
assim o mais importante compositor de ópera em inglês por mais de 200 anos. Seu
inigualável talento para amoldar a língua à música fez dele um modelo para
Benjamim Britten e outros compositores modernos que trabalharam com a língua inglesa.
Ópera trágica em 3 atos de 1688, Dido
and Aeneas é a suprema glória da ópera na Inglaterra, única obra importante de
teatro musical em inglês antes das óperas de Benjamin Britten, no séc.XX.
Purcell incorporou as danças características da ópera francesa e seguiu a
tendência italiana abrindo espaço para as árias. Mas inovou no tratamento do
texto e da ação.
PERSONAGENS PRINCIPAIS
Dido: Rainha de Cartago
Belinda: Irmã de Dido
Eneias: Príncipe de Troia
Sinopse: No palácio da rainha Dido em
Cartago, Tunísia, e imediações, na Antiguidade mitológica.
ATO I
No palácio de Cartago, Belinda exorta
a Rainha Dido a se alegrar, mas ela sofre por não poder revelar sua dor.
Belinda encoraja Dido a expor o amor pelo príncipe troiano Eneias, e os
cortesãos louvam sua união política. Cresce o tormento de Dido, e Belinda se
apieda. Eneias pergunta a Dido quando terá a bênção do seu amor. Ela responde
que o destino a proíbe de amá-lo. Ele implora piedade, se não por ele mesmo,
pelo império: ele terá de fundar uma nova Troia, e a rejeição dela seria
prenúncio de fracasso. Berlinda e os cartagineses encorajam as pretensões
amorosas de Eneias. O triunfo do amor é celebrado com uma dança.
ATO II
Uma feiticeira reúne bruxas numa
caverna para privarem Dido de “fama, vida e amor”, assim: Eneias e Dido estão
caçando, mas uma tempestade será criada a fim de atraí-lo para a caverna, onde
um Espírito parecido com o deus Mercúrio lhe ordenará que deixe Cartago. Com as
vozes ecoando na caverna, as bruxas festejam o plano cantando e dançando. Num
bosque distante frequentado pela deusa Diana, Belinda e uma Segunda Dama
relembram Actaion, devorado pelos cães de caça por ver Diana banhando-se nua.
Segue o clima trágico, e as acompanhantes de Dido dançam para o hóspede
troiano. Eneias apresenta o fruto da caça, a cabeça de um javali. Mas todos se
vão quando Dido nota que uma tempestade se aproxima. Eneias é atraído para a
caverna das bruxas, onde o Espírito, sob disfarce, diz que Júpiter ordena sua
partida. Eneias decide obedecer, mas lamenta a perda de Dido.
ATO III
Um marinheiro da esquadra de Eneias
apressa os preparativos da partida. Os colegas respondem cantando e dançando.
As bruxas também festejam com canto e dança. Dido diz a Berlinda que seus
conselhos amorosos fracassaram. Belinda vê alento no lamento de Eneias, mas
Dido não acredita nele, exortando-o a partir e fundar o novo império, enquanto
ela morre. Eneias deseja ficar, mas Dido não quer saber disso. Quando ele
parte, Dido recebe sua nova convidada, a Morte. Implora então à Belinda que se
lembre dela, mas esqueça seu destino. O povo de Cartago solenemente convida
Cupidos a guardar eternamente o túmulo de Dido.
- O Lamento de Dido: a ária final de
Dido é um dos grandes lamentos da história da ópera. A música ora acaricia, ora
resiste às palavras, ilustrando seu sentido ou mostrando seus limites
expressivos. No início da ópera, Dido está isolada em sua confusão. Mas a ação
é transferida para uma situação de urgência, com a tempestade que força os
amantes a se abrigarem. O lamento de Dido volta a mergulhá-la na turbulência
emocional, dessa vez tão forte que será fatal.
Música: Henry Purcell
Libreto: Nahum Tate, baseado em Virgil’s
Aeneid
Dido: Maria Wwing
Aeneas: Karl Daymond
Belinda: Rebecca Evans
Sorceress: Sally Burgess
Diretor: Peter Maniura
Designer: Niek Kortekaas
Produção: Nick de Grunwald e Julie
Baines
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