sábado, 19 de outubro de 2024

EFEMÉRIDES: HÁ 100 ANOS, EM 17 DE OUTUBRO DE 1924 NASCEU ANTÓNIO RAMOS ROSA, FOI UM POETA, TRADUTOR E DESENHISTA PORTUGUÊS.

 

Destacado poeta e crítico português nascido em Faro, em 1924. Trabalhou como tradutor e professor, tendo sido um dos diretores de revistas literárias como Árvore e Cassiopeia. O Grito Claro foi o seu primeiro livro de poesia, publicado em 1958. É ainda autor de ensaios, entre os quais se salienta A Poesia Moderna e a Interrogação do Real (1979-1980). Em 1988, foi distinguido com o Prêmio Pessoa. Com uma obra poética extensa, Ciclo do cavalo é considerado um dos seus melhores livros.

António Vítor Ramos Rosa nasceu em Faro, 17 de outubro de 1924 e faleceu em Lisboa, 23 de setembro de 2013, aos 89 anos. Estudou em Faro, não tendo acabado o ensino secundário por questões de saúde. Em 1958 publicou no jornal «A Voz de Loulé» o poema "Os dias, sem matéria". No mesmo ano saiu o seu primeiro livro «O Grito Claro», n.º 1 da coleção de poesia «A Palavra», editada em Faro e dirigida pelo seu amigo e também poeta Casimiro de Brito. Ainda nesse ano iniciou a publicação da revista «Cadernos do Meio-Dia», que em 1960 encerra a edição por ordem da polícia política. 

Foi um dos fundadores da revista de poesia Árvore existente entre 1951 e 1953. 

Fez parte do MUD Juvenil. A 10 de Junho de 1992 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 9 de Junho de 1997 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. 

O seu nome foi dado à Biblioteca Municipal de Faro.

Em 2003, a Universidade do Algarve, atribui-lhe o grau de Doutor Honoris Causa.

PRÊMIOS

 

Prêmio Fernando Pessoa, da Editora Ática, Segundo Lugar ex-aequo, 1958, Viagem através duma nebulosa.

Prêmio Literário da Casa da Imprensa, Prêmio Literário, 1971, A pedra nua.

Prêmio da Fundação de Hautevilliers para o Diálogo de Culturas, Prêmio de Tradução, 1976, Algumas das Palavras: antologia de poesia de Paul Éluard.

Prêmio PEN Clube Português de Poesia, 1980, O incêndio dos aspectos.

Prêmio Nicola de Poesia, 1986, Volante verde.

Prêmio Jacinto do Prado Coelho, do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários, 1987, Incisões oblíquas.

Prêmio Pessoa, 1988

Grande Prêmio de Poesia APE/CTT, 1989, Acordes.

Prêmio da Bienal de Poesia de Liége, 1991

Prêmio Jean Malrieu para o melhor livro de poesia traduzido em França, 1992

Prêmio Municipal Eça de Queiroz, da Câmara Municipal de Lisboa, Prêmio de Poesia, 1992, As armas imprecisas.

Grande Prêmio Sophia de Mello Breyner Andresen, Prêmio de Poesia, São João da Madeira, 2005, O poeta na rua. Antologia portátil.

 

OBRAS

 

1958 - O Grito Claro

1960 - Viagem Através duma Nebulosa

1961 - Voz Inicial

1961 - Sobre o Rosto da Terra

1962 - Poesia, Liberdade Livre

1963 - Ocupação do Espaço

1964 - Terrear

1966 - Estou Vivo e Escrevo Sol

1969 - A Construção do Corpo

1970 - Nos Seus Olhos de Silêncio

1972 - A Pedra Nua

1974 - Não Posso Adiar o Coração, volume I, da Obra Poética.

1975 - Animal Olhar, vol.II, da Obra Poética.

1975 - Respirar a Sombra, vol.III, da Obra Poética.

1975 - Ciclo do Cavalo

1977 - Boca Incompleta

1977 - A Imagem

1977 - A Palavra e o Lugar

1978 - As Marcas no Deserto

1978 - A Nuvem Sobre a Página

1979 - Figurações

1979 - Círculo Aberto

1980 - O Incêndio dos Aspectos

1980 - Declives

1980 - Le Domaine Enchanté

1980 - Figura: Fragmentos

1980 - As Marcas do Deserto

1981 - O Centro na Distância

1982 - O Incerto Exato

1983 - Quando o Inexorável

1983 - Gravitações

1984 - Dinâmica Subtil

1985 - Ficção

1985 - Mediadoras

1986 - Volante Verde

1986 - Vinte Poemas para Albano Martins

1986 - Clareiras

1987 - No Calcanhar do Vento

1988 - O Livro da Ignorância

1988 - O Deus Nu(lo)

1989 - Três Lições Materiais

1989 - Acordes

1989 - Duas Águas, Um Rio, colaboração com Casimiro de Brito.

1990 - O Não e o Sim

1990 - Facilidade do Ar

1990 - Estrias

1991 - A Rosa Esquerda

1991 - Oásis Branco

1992 - Pólen- Silêncio

1992 - As Armas Imprecisas

1992 - Clamores

1992 - Dezessete Poemas

1993 - Lâmpadas Com Alguns Insectos

1994 - O Teu Rosto

1994 - O Navio da Matéria

1995 - Três

1996 - Delta

1996 - Figuras Solares

1997 - Nomes de Ninguém

1997 - À mesa do vento seguido de As espirais de Dioniso

1997 - Versões/Inversões

1998 - A imagem e o desejo

1998 - A imobilidade fulminante

1999 - Pátria soberana seguido de Nova ficção

2000 - O princípio da água

2001 - As palavras

2001 - Deambulações oblíquas

2001 - O deus da incerta ignorância seguido de Incertezas ou evidências

2001 - O aprendiz secreto

2002 - Os volúveis diademas

2002 - O alvor do mundo. Diálogo poético, em colaboração

2002 - Cada árvore é um ser para ser em nós

2002 - O sol é todo o espaço

2003 - Os animais do sol e da sombra seguido de O corpo inicial

2003 - Meditações metapoéticas, em colaboração com Robert Bréchon

2003 - O que não pode ser dito

2004 - Relâmpago do nada

2005 - Bichos, em colaboração com Isabel Aguiar Barcelos

2005 - Génese seguido de Constelações

2006 - Vasos Comunicantes, Diálogo Poético com Gisela Ramos Rosa

2007 - Horizonte a Ocidente

2007 - Rosa Intacta

2011 - Prosas seguidas de diálogos, única obra em prosa.

2013 - Numa folha, leve e livre

Em Espanhol - La herida intacta / A intacta ferida. Ediciones Sequitur, Madrid, 2009

 

REVISTAS EM QUE COLABOROU

 

1952 -1954 - Árvore

1956 - Cassiopeia

1958 -1960 - Cadernos do Meio-dia

1964 - Poesia Experimental, Cadernos de Hoje (Ver: Poesia Experimental Portuguesa.

Esprit

Europa Letteraria

Colóquio-Letras

Ler

O Tempo e o Modo

Raiz & Utopia

Seara Nova

Silex

Revista Vértice

Jornais em que colaborou

A Capital

Artes & Letras

Comércio do Porto

Diário de Lisboa

Diário de Notícias

Diário Popular

O Tempo

 






FONTE: 

https://editoramoinhos.com.br/autor/antonio-ramos-rosa/  

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