Destacado poeta e crítico português nascido em Faro, em 1924. Trabalhou como tradutor e professor, tendo sido um dos diretores de revistas literárias como Árvore e Cassiopeia. O Grito Claro foi o seu primeiro livro de poesia, publicado em 1958. É ainda autor de ensaios, entre os quais se salienta A Poesia Moderna e a Interrogação do Real (1979-1980). Em 1988, foi distinguido com o Prêmio Pessoa. Com uma obra poética extensa, Ciclo do cavalo é considerado um dos seus melhores livros.
António Vítor Ramos Rosa nasceu em Faro, 17 de outubro de 1924 e faleceu em Lisboa, 23 de setembro de 2013, aos 89 anos. Estudou em Faro, não tendo acabado o ensino secundário por questões de saúde. Em 1958 publicou no jornal «A Voz de Loulé» o poema "Os dias, sem matéria". No mesmo ano saiu o seu primeiro livro «O Grito Claro», n.º 1 da coleção de poesia «A Palavra», editada em Faro e dirigida pelo seu amigo e também poeta Casimiro de Brito. Ainda nesse ano iniciou a publicação da revista «Cadernos do Meio-Dia», que em 1960 encerra a edição por ordem da polícia política.
Foi um dos fundadores da revista de poesia Árvore existente entre 1951 e 1953.
Fez parte do MUD Juvenil. A 10 de Junho de 1992 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 9 de Junho de 1997 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
O seu nome foi dado à Biblioteca Municipal de Faro.
Em 2003, a Universidade do Algarve, atribui-lhe o grau de Doutor Honoris Causa.
PRÊMIOS
Prêmio
Fernando Pessoa, da Editora Ática, Segundo Lugar ex-aequo, 1958, Viagem através
duma nebulosa.
Prêmio
Literário da Casa da Imprensa, Prêmio Literário, 1971, A pedra nua.
Prêmio
da Fundação de Hautevilliers para o Diálogo de Culturas, Prêmio de Tradução,
1976, Algumas das Palavras: antologia de poesia de Paul Éluard.
Prêmio
PEN Clube Português de Poesia, 1980, O incêndio dos aspectos.
Prêmio
Nicola de Poesia, 1986, Volante verde.
Prêmio
Jacinto do Prado Coelho, do Centro Português da Associação Internacional de
Críticos Literários, 1987, Incisões oblíquas.
Prêmio
Pessoa, 1988
Grande
Prêmio de Poesia APE/CTT, 1989, Acordes.
Prêmio
da Bienal de Poesia de Liége, 1991
Prêmio
Jean Malrieu para o melhor livro de poesia traduzido em França, 1992
Prêmio
Municipal Eça de Queiroz, da Câmara Municipal de Lisboa, Prêmio de Poesia,
1992, As armas imprecisas.
Grande
Prêmio Sophia de Mello Breyner Andresen, Prêmio de Poesia, São João da Madeira,
2005, O poeta na rua. Antologia portátil.
OBRAS
1958
- O Grito Claro
1960
- Viagem Através duma Nebulosa
1961
- Voz Inicial
1961
- Sobre o Rosto da Terra
1962
- Poesia, Liberdade Livre
1963
- Ocupação do Espaço
1964
- Terrear
1966
- Estou Vivo e Escrevo Sol
1969
- A Construção do Corpo
1970
- Nos Seus Olhos de Silêncio
1972
- A Pedra Nua
1974
- Não Posso Adiar o Coração, volume I, da Obra Poética.
1975
- Animal Olhar, vol.II, da Obra Poética.
1975
- Respirar a Sombra, vol.III, da Obra Poética.
1975
- Ciclo do Cavalo
1977
- Boca Incompleta
1977
- A Imagem
1977
- A Palavra e o Lugar
1978
- As Marcas no Deserto
1978
- A Nuvem Sobre a Página
1979
- Figurações
1979
- Círculo Aberto
1980
- O Incêndio dos Aspectos
1980
- Declives
1980
- Le Domaine Enchanté
1980
- Figura: Fragmentos
1980
- As Marcas do Deserto
1981
- O Centro na Distância
1982
- O Incerto Exato
1983
- Quando o Inexorável
1983
- Gravitações
1984
- Dinâmica Subtil
1985
- Ficção
1985
- Mediadoras
1986
- Volante Verde
1986
- Vinte Poemas para Albano Martins
1986
- Clareiras
1987
- No Calcanhar do Vento
1988
- O Livro da Ignorância
1988
- O Deus Nu(lo)
1989
- Três Lições Materiais
1989
- Acordes
1989
- Duas Águas, Um Rio, colaboração com Casimiro de Brito.
1990
- O Não e o Sim
1990
- Facilidade do Ar
1990
- Estrias
1991
- A Rosa Esquerda
1991
- Oásis Branco
1992
- Pólen- Silêncio
1992
- As Armas Imprecisas
1992
- Clamores
1992
- Dezessete Poemas
1993
- Lâmpadas Com Alguns Insectos
1994
- O Teu Rosto
1994
- O Navio da Matéria
1995
- Três
1996
- Delta
1996
- Figuras Solares
1997
- Nomes de Ninguém
1997
- À mesa do vento seguido de As espirais de Dioniso
1997
- Versões/Inversões
1998
- A imagem e o desejo
1998
- A imobilidade fulminante
1999
- Pátria soberana seguido de Nova ficção
2000
- O princípio da água
2001
- As palavras
2001
- Deambulações oblíquas
2001
- O deus da incerta ignorância seguido de Incertezas ou evidências
2001
- O aprendiz secreto
2002
- Os volúveis diademas
2002
- O alvor do mundo. Diálogo poético, em colaboração
2002
- Cada árvore é um ser para ser em nós
2002
- O sol é todo o espaço
2003
- Os animais do sol e da sombra seguido de O corpo inicial
2003
- Meditações metapoéticas, em colaboração com Robert Bréchon
2003
- O que não pode ser dito
2004
- Relâmpago do nada
2005
- Bichos, em colaboração com Isabel Aguiar Barcelos
2005
- Génese seguido de Constelações
2006
- Vasos Comunicantes, Diálogo Poético com Gisela Ramos Rosa
2007
- Horizonte a Ocidente
2007
- Rosa Intacta
2011
- Prosas seguidas de diálogos, única obra em prosa.
2013
- Numa folha, leve e livre
Em
Espanhol - La herida intacta / A intacta ferida. Ediciones Sequitur, Madrid,
2009
REVISTAS
EM QUE COLABOROU
1952
-1954 - Árvore
1956
- Cassiopeia
1958
-1960 - Cadernos do Meio-dia
1964
- Poesia Experimental, Cadernos de Hoje (Ver: Poesia Experimental Portuguesa.
Esprit
Europa
Letteraria
Colóquio-Letras
Ler
O
Tempo e o Modo
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& Utopia
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