segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

SINFONIA MATINAL EM BRASÍLIA: UM ENCONTRO ENTRE A MÚSICA E A NATUREZA POR ALBERTO ARAÚJO



O domingo se anuncia em Brasília, a capital que respira história e natureza em cada canto. O céu nublado, tela onde o sol se esconde por entre pinceladas de branco, não impede que a beleza da cidade se revele. As árvores, sentinelas verdes a poucos metros da janela, abrigam a melodia da vida: o canto da curicaca e do sabiá, a sinfonia que se completa com a obra-prima de Mascagni, Cavalleria Rusticana. A melodia de Mascagni, ecoando no ar, preenchendo o espaço com sua beleza singular e apaixonante. A música clássica, paixão que reflete através dos tempos, encontra na natureza a sua contemporânea.  

A perfeição da manhã se revela em cada detalhe: a brisa que acaricia as folhas, o aroma do café fresco que se eleva, a melodia que emana em sua magnificência, Mascagni, o gênio italiano que transformou a paixão em arte, nos transporta para a Sicília do século XIX, onde a honra e o amor se entrelaçam em um drama inesquecível. A ópera, que estreou em 1890, permanece viva em nossos corações, pulsando com a mesma intensidade de outrora. 

Lá fora, a poucos metros da janela, a natureza se revela em seu esplendor. Uma curicaca, sentinela silenciosa, observa o movimento da cidade, enquanto um sabiá, com seu canto melodioso, parece competir com a obra de Mascagni, como se a música e a natureza estivessem em perfeita harmonia.

A curicaca, com seu canto característico, nos lembra da nossa fauna exuberante. O sabiá, símbolo da liberdade e da melodia, nos convida a apreciar a beleza singela da vida. 

Nesse encontro entre a música e a natureza, o tempo parece se suspender. A beleza se revela nos detalhes, nos sons, nos aromas, convidando-nos a apreciar a magia do instante. É um domingo que se inicia com a promessa de ser inesquecível, um presente para a alma que se rende à beleza do mundo. 

Brasília, com sua arquitetura modernista e natureza exuberante, se revela um palco perfeito para a sinfonia da manhã. A cidade, que pulsa história e cultura, nos convida a apreciar a beleza que nos rodeia. A união da música, da natureza e do aroma do café, a trindade que nos eleva a um estado de êxtase. 

Alberto Araújo


Carlos Rosa - Escritor e Acadêmico


MENSAGEM DE CARLOS ROSA 
que serviu de inspiração para o meu ensaio

Bom dia a todos. Iniciando este domingo nessa Brasília nublada e arborizada ao sabor de Cavalleria Rusticana. Nas árvores a poucos metros da janela, uma curicaca observa; e o sabiá quase me faz esquecer a maravilha criada por Mascagni. Um café recém-passado completa essa perfeição de manhã.


 Cavalleria rusticana de Pietro Mascagni

Pietro Mascagni nasceu em Livorno, 07 de dezembro de 1863 e faleceu em Roma, 02 de agosto de 1945 foi um compositor e maestro italiano. É considerado um dos principais expoentes do verismo musical, juntamente com Ruggero Leoncavallo, Giacomo Puccini e Umberto Giordano. 

Sua obra mais famosa, Cavalleria rusticana, é uma ópera em um ato, com libreto de Giovanni Targioni-Tozzetti e Guido Menasci, baseada no conto de mesmo nome de Giovanni Verga. Composta em 1889, foi encenada pela primeira vez em 17 de maio de 1890 no Teatro Costanzi, em Roma, com Gemma Bellincioni e Roberto Stagno. 

A ópera foi um sucesso extraordinário, tanto na Itália quanto no exterior, e continua sendo uma das óperas mais encenadas do mundo.

Trama 

A história se passa em uma vila siciliana no dia de Páscoa. Ciúme e honra são os temas centrais da obra. 

Os personagens principais são:

Santuzza, uma jovem camponesa apaixonada por Turiddu.

Turiddu, um jovem fazendeiro que tem um relacionamento com Lola, esposa de Alfio.

Lola, esposa de Alfio, uma mulher sensual e infiel.

Alfio, marido de Lola, um carroceiro ciumento e vingativo.

Lucia, mãe de Turiddu.

A história se desenrola em uma atmosfera de forte tensão emocional, culminando com a morte de Turiddu, morto por Alfio em um duelo rústico. 

O título "Cavalleria rusticana" faz referência ao código de honra e violência que caracterizava a sociedade siciliana do século XIX. 

A obra foi adaptada para o cinema em diversas ocasiões, sendo a mais famosa delas o filme homônimo de 1935, dirigido por Goffredo Alessandrini, com Anna Magnani no papel de Santuzza.

O famoso Intermezzo Sinfônico da Cavalleria rusticana foi usado em vários filmes e comerciais.

 


MENSAGENS DE AMIGOS


Matilde Slaibi Conti disse após postagem crônica parafraseando Carlos Rosa: Alberto. Muito linda a sua página até mesmo, extremamente poética com as devidas explicações sobre a Cavalaria Rusticana. Que Deus muito o abençoe, o nosso acadêmico Carlos Rosa , tenho certeza, que leu tudo e muito amou.  Todos nós temos sentido imensas saudades desse confrade, mas a verdade seja dita, através do grupo, ele sempre nos manda sua produção  envolta com muito carinho. Grande abraço acadêmico. Matilde.

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Gilda Uzeda disse: A belíssima música de Mascagni, a visita da curicaca e do sabiá cantador, o aroma do café, a manhã serena, tudo isso cria uma atmosfera encantada. A natureza agradece e também nós agradecemos ao escritor Carlos Rosa Moreira, a imagem criada por suas palavras, aqui apreciadas e divulgadas pelo Alberto Araújo. 🙏🍃☕🍃🙏


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Zeneida Seixas disse: Alberto muito boa a crônica  de Carlos Rosa. 👏👏👏🙂


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Carlos Rosa; Marcia Pessanha; Emílio Eigenheer; Matilde Slaibi Conti e Alberto Araújo, posse do professor Emílio Maciel Eigenheer no Cenáculo Fluminense de História e Letras, na Cadeira nº 20, patronímica de Visconde de Beaurepaire Rohan, sendo recepcionado pelo acadêmico Carlos RosaEm 25 de agosto de 2017.







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