sábado, 21 de junho de 2025

QUANDO A PALAVRA VOLTA EM FLOR - PROSA POÉTICA DE ALBERTO ARAÚJO


Comentários no poema “O INSTANTE IMENSO”

                                                                      

Há momentos em que a poesia, lançada ao mundo como um barco de papel, retorna como flor. E não é flor qualquer — é daquela que desabrocha nos olhos de quem lê, no coração de quem compreende, na alma de quem responde com delicadeza e verdade.

 

Foi assim que O Instante Imenso, poema que escrevi entre o silêncio e o sagrado das emoções, atravessou as margens do grupo onde nos encontramos em comunhão poética. E, como toda palavra que carrega sentimento verdadeiro, ele não apenas foi lido — ele foi sentido. E devolvido a mim, de forma ainda mais bela, pelas mãos generosas de três mulheres que caminham com a leveza das palavras bem ditas: Gilda Uzeda, Dulce Mattos e Matilde Slaibi Conti.

 

Gilda não escolheu um verso. Não precisou. “Belíssimo!!!”, disse ela, com três exclamações que, para mim, soaram como aplausos silenciosos no salão do afeto. “Em cada frase uma verdade. Em cada verso a beleza do poema feito com muito sentimento.” E foi aí que entendi: o leitor atento é um espelho da alma do autor. Quando ela disse que todas as frases estavam “embebidas em muita poesia”, ela me devolveu o que há de mais sagrado em escrever — o milagre do outro se ver naquilo que saiu de nós.

 

Já Dulce Mattos, com a elegância que lhe é própria, escreveu: “Fiquei encantada.” E esse verbo — encantar — é talvez o mais nobre entre os que habitam o reino da literatura. Porque não é apenas gostar. É ser tocado. É ser tomado por uma beleza súbita que paralisa o tempo e nos faz respirar de outra forma. “Parabéns, amigo Alberto.” E nessa palavra — amigo — selou-se algo que está além da estética: a amizade cultivada entre versos e vivências.

 

E como se as palavras pedissem mais um toque de ternura, chegou a voz sensível de Matilde Slaibi Conti, que entre tantos títulos que ostenta com honra, guarda o maior deles: o da sensibilidade. Disse ela: “Concordo plenamente. Muito lindo. Sensibilidade imensa, que nos tocam profundamente.” E, como quem assina com alma, completou: “Os textos do confrade Alberto exalam amizade, amor e muita fraternidade.” Essas palavras, vindas de uma mulher de cultura vasta e coração aberto, ecoaram como bênção sobre minha travessia literária. Porque quando a fraternidade é percebida no verso, então a poesia cumpriu sua missão mais alta: a de unir.

 

Elas não sabiam — ou talvez soubessem — que ao comentarem com tamanha generosidade estavam criando mais um capítulo do próprio poema. Um pós-escrito de afeto e reconhecimento que agora vive aqui, neste texto que lhes pertence tanto quanto a mim.

 

Porque a poesia, quando partilhada com alma, deixa de ser um instante só do poeta — ela se transforma em espelho, em eco, em travessia. E quem a lê com o coração aberto, como Gilda, Dulce e Matilde, torna-se coautora da emoção que ela carrega.

 

A vocês, queridas companheiras da palavra e do afeto, minha mais profunda gratidão. Hoje, O Instante Imenso é ainda maior — porque voltou para mim com a luz dos seus olhos e a ternura das suas almas.

 

Alberto Araújo

21 de junho de 2025



 

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