Comentários no poema “O INSTANTE
IMENSO”
Há momentos em que
a poesia, lançada ao mundo como um barco de papel, retorna como flor. E não é
flor qualquer — é daquela que desabrocha nos olhos de quem lê, no coração de
quem compreende, na alma de quem responde com delicadeza e verdade.
Foi assim que O
Instante Imenso, poema que escrevi entre o silêncio e o sagrado das
emoções, atravessou as margens do grupo onde nos encontramos em comunhão
poética. E, como toda palavra que carrega sentimento verdadeiro, ele não apenas
foi lido — ele foi sentido. E devolvido a mim, de forma ainda mais bela, pelas
mãos generosas de três mulheres que caminham com a leveza das palavras bem
ditas: Gilda
Uzeda, Dulce Mattos e Matilde
Slaibi Conti.
Gilda não escolheu
um verso. Não precisou. “Belíssimo!!!”, disse ela, com três exclamações que,
para mim, soaram como aplausos silenciosos no salão do afeto. “Em cada frase
uma verdade. Em cada verso a beleza do poema feito com muito sentimento.” E foi
aí que entendi: o leitor atento é um espelho da alma do autor. Quando ela disse
que todas as frases estavam “embebidas em muita poesia”, ela me devolveu o que
há de mais sagrado em escrever — o milagre do outro se ver naquilo que saiu de
nós.
Já Dulce Mattos,
com a elegância que lhe é própria, escreveu: “Fiquei encantada.” E esse verbo —
encantar
— é talvez o mais nobre entre os que habitam o reino da literatura. Porque não
é apenas gostar. É ser tocado. É ser tomado por uma beleza súbita que paralisa
o tempo e nos faz respirar de outra forma. “Parabéns, amigo Alberto.” E nessa
palavra — amigo
— selou-se algo que está além da estética: a amizade cultivada entre versos e
vivências.
E como se as
palavras pedissem mais um toque de ternura, chegou a voz sensível de Matilde
Slaibi Conti, que entre tantos títulos que ostenta com honra,
guarda o maior deles: o da sensibilidade. Disse ela: “Concordo plenamente.
Muito lindo. Sensibilidade imensa, que nos tocam profundamente.” E, como quem
assina com alma, completou: “Os textos do confrade Alberto exalam amizade, amor
e muita fraternidade.” Essas palavras, vindas de uma mulher de cultura vasta e
coração aberto, ecoaram como bênção sobre minha travessia literária. Porque
quando a fraternidade é percebida no verso, então a poesia cumpriu sua missão
mais alta: a de unir.
Elas não sabiam —
ou talvez soubessem — que ao comentarem com tamanha generosidade estavam
criando mais um capítulo do próprio poema. Um pós-escrito de afeto e
reconhecimento que agora vive aqui, neste texto que lhes pertence tanto quanto
a mim.
Porque a poesia,
quando partilhada com alma, deixa de ser um instante só do poeta — ela se
transforma em espelho, em eco, em travessia. E quem a lê com o coração aberto,
como Gilda, Dulce e Matilde, torna-se coautora da emoção que ela carrega.
A vocês, queridas
companheiras da palavra e do afeto, minha mais profunda gratidão. Hoje, O
Instante Imenso é ainda maior — porque voltou para mim com a luz
dos seus olhos e a ternura das suas almas.
— Alberto
Araújo
21 de junho de 2025
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