Neste 10 de julho, Icaraí desperta como um poema em voz alta. Tudo pulsa, tudo vibra, tudo respira: o dia veste-se de luz, e o mar traduz essa claridade em movimentos calmos e compassados, como um coração que bate forte ao encontro das marés.
Lá fora, os Catamarãs riscam a Baía com elegância, enquanto as barcas, imponentes e belas, dançam sobre as águas num balé de aço e esperança. Colibris beijam as flores, escrevendo versos invisíveis no ar, enquanto as amendoeiras, sábias e serenas, entoam salmos feitos de sombra e claridade.
As ondas, num gesto quase de devoção, tocam a areia como dedos em oração, e cada passo no calçadão carrega histórias, promessas e segredos. Os prédios, gigantes tranquilos, deixam suas janelas abertas para que a luz do sol entre, abrace e ilumine cada recanto de vida.
E eu, ao lado da minha musa, conto os dias como quem conta pétalas de uma flor sagrada. O dia 23 já desponta no horizonte: é santo, é sagrado, é abençoado. Foi nele que abri os olhos para o pulsar do mundo e, desde então, aprendi a ver, sentir e agradecer essa maravilha divina que é simplesmente existir.
Hoje, tudo em Icaraí parece celebrar comigo: o mar, a brisa, os barcos, as árvores, os pássaros. Tudo pulsa, tudo canta: “A vida é luz.”
@Alberto Araújo
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