quarta-feira, 10 de setembro de 2025

NITERÓI É PURA POESIA - CRÔNICA DE ALBERTO ARAÚJO

Há cidades que se descrevem com números, mapas e estatísticas. Niterói, não. Niterói se descreve com versos. Quem a vê de longe, já sente o convite para um poema; quem a vive de perto, sabe que cada esquina é um capítulo e cada pôr do sol, uma estrofe. Foi assim que, navegando pelo Facebook, me deparei com o vídeo de Paulo Lima, um voo de drone que não apenas mostrou a cidade, mas a declamou em imagens. Ele prometeu provar que Niterói é pura poesia… e provou.

Do alto, a lente captou o abraço do mar nas areias douradas, o reflexo do céu tingindo as águas, as palmeiras que dançam ao vento como se marcassem o compasso de uma música invisível. Mostrou a orla, onde o sol se despede beijando a praia, e as ondas, cúmplices, retribuem beijando o sol. Ao fundo, o Cristo Redentor, lá do outro lado da Baía, estende seus braços não apenas sobre o Rio, mas sobre todos nós, fluminenses, como quem abençoa este pedaço de mundo. 

Niterói é feita de contrastes que se harmonizam: o concreto moderno do MAC refletindo sobre a história viva das fortalezas; o silêncio das manhãs na praia de Itacoatiara e o burburinho alegre da orla de Icaraí; o horizonte aberto que convida a sonhar e as ruas estreitas que guardam memórias. É uma cidade que não se contenta em existir, ela quer ser sentida. 

Ao final do vídeo, percebi que Paulo Lima não precisava de palavras para provar sua tese. Bastava olhar. Niterói é poesia porque é feita de luz, mar e gente que a ama. É poesia porque, a cada dia, escreve um novo verso no coração de quem a vive. E eu, que tenho o privilégio de chamar esta terra de lar, sei que não há rima mais perfeita do que o encontro entre o sol, o mar e o abraço desta cidade maravilhosa.

© Alberto Araújo 


























 

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