segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

O POETA RONALD GREGÓRIO PRESENTEIA ALBERTO ARAÚJO COM A ADMIRÁVEL OBRA "A ARTE DA VIDA" DO FILÓSOFO ZYGMUNT BAUMAN.



 
 
 
Caros foculistas, eu tinha que compartilhar com vocês, a minha alegria em ganhar o valioso presente, a obra "A arte da vida" do filósofo Zygmunt Bauman, o qual me foi ofertado com afabilidade, amizade e polidez, adjetivos que são peculiar no poeta Ronald Gregório.
O livro expõe uma mostra das qualidades sob as quais as pessoas propõem seus planos de vida, dos obstáculos que podem ser impostos a essas escolhas e do entrelaçamento de planejamento, eventualidade e costume que molda sua prática. A obra também faz um estudo de como a sociedade contemporânea de consumidores, líquida e individualizada, pode influenciar a forma como as pessoas constroem e narram suas trajetórias. Portanto, é de certa forma uma obra incomum e que indico a todos vocês, que sempre nos acompanha nas páginas dessa revista cultural.
 

 
SINOPSE DO LIVRO "A ARTE DA VIDA" DE ZYGMUNT BAUMAN
 
 
O que há de errado com a felicidade? A pergunta pode desconcertar, e é essa a intenção de Zygmunt Bauman. Um dos mais originais e influentes pensadores em atividade, Bauman reflete, neste novo livro, sobre os parâmetros que norteiam nossa busca pela felicidade, busca que, muitos concordarão, preenche a maior parte de nossas vidas.
Na sociedade atual, somos levados a acreditar que o propósito da arte da vida pode e deve ser a felicidade, embora não seja claro o que ela é. A imagem de um estado de felicidade muda constantemente, e permanece como algo ainda a ser atingido.
Espera-se, acertadamente, ou não, que todos nós daremos sentido e forma às nossas vidas usando nossos próprios recursos, mesmo se não tivermos as ferramentas mais adequadas. E somos elogiados ou censurados pelos resultados, o que alcançamos ou deixamos de alcançar.
A ARTE DA VIDA não é um catálogo de opções de vida nem um guia prático. O que se espera para a vida e como alcançá-lo é, necessariamente, uma responsabilidade individual. Esse livro é antes uma exposição brilhante das condições sob as quais escolhemos nossos projetos de vida, das limitações que podem ser impostas a essas escolhas e do entrelaçamento de planejamento, casualidade e caráter que molda sua prática. Não menos importante esse é também um estudo de como nossa sociedade, a sociedade moderna de consumidores, líquida e individualizada – influencia a forma como construímos e narramos nossas trajetórias.
 
TRECHOS DO LIVRO "A ARTE DA VIDA" DE ZYGMUNT BAUMAN
 
 
O advento da busca da felicidade como principal motor do pensamento e ação humanos prenuncia para alguns, embora também ameace para outros, uma verdadeira revolução cultural, mas também social e econômica.
Culturalmente, ele pressagia, sinaliza ou acompanha a passagem da rotina perpétua à inovação constante, da reprodução e retenção daquilo "que sempre foi" ou "que sempre se teve" para a criação e/ou apropriação daquilo "que nunca foi" ou "nunca se teve"; de "empurrar" para "puxar", da necessidade para o desejo, da causa para o propósito.
Socialmente, coincide com a passagem da regra da tradição para a "fusão dos sólidos e a profanação do sagrado".
Economicamente, desencadeia a mudança da satisfação de necessidades para a produção dos desejos.
Se o "estado de felicidade" como motivo de pensamento e ação foi essencialmente um fator de conservação e estabilização, a "busca da felicidade" é uma poderosa força desestabilizadora.
Para as redes de vínculos inter-humanos e seus ambientes sociais, assim como para os esforços humanos de autoidentificação, ela é de fato o anticongelante mais eficaz. Pode muito bem ser considerado o principal fator psicológico do complexo causal responsável pela passagem da fase "sólida" para a fase "líquida" da modernidade.
Sobre o impacto psicológico da "busca da felicidade" promovida simultaneamente, ao status de direito, dever e propósito maior da vida, Tocqueville tinha a dizer o seguinte:
Eles [os americanos] estão acostumados a vê-la de perto o bastante para conhecer seus encantos, mas não se aproximam o suficiente para usufruí-la, e estarão mortos antes de terem provado plenamente os seus prazeres... [Essa] é a razão da estranha melancolia que frequentemente assombra os habitantes das democracias em meio à abundância, e daquele desgosto pela vida que por vezes toma conta deles em condições de calma e tranquilidade.(....)
Na Idade Média, foi elevada à categoria de principal objetivo e preocupação suprema dos mortais, e empregada para promover os valores espirituais acima dos prazeres da carne - assim como para explicar (e, esperava-se, afastar pela argumentação) a dor e a miséria da breve existência terrena como o prelúdio necessário e, portanto, bem-vindo do interminável êxtase do pós-vida.
 
Com o advento da era moderna, retornou com nova roupagem: a da futilidade dos interesses e preocupações individuais, que se provou serem de duração abominavelmente curta, além de efêmeros e inconstantes quando justapostos aos interesses do "todo social" - a nação, o Estado, a causa...
...Mas com a fórmula da felicidade que eleva o "estar na frente" à categoria de princípio orientador, com indivíduos esmagados por uma "sede de excitação e uma decrescente disposição de se ajustar aos outros, subordinar-se ou abrir mão, "como é possível que dois indivíduos que desejam ser ou se tornar iguais e livres descubram o terreno comum no qual seu amor pode crescer?", indagam Ulrich Beck e Elisabeth Beck-Gernsheim.
 
UM POUCO SOBRE ZYGMUNT BAUMAN
 
 
Zygmunt Bauman nasceu em Poznań, Polônia, 19 de novembro de 1925 e faleceu em  Leeds, Reino Unido, 9 de janeiro de 2017 foi um sociólogo e filósofo polonês, professor emérito de
Biografia
Nascido em uma família de judeus poloneses não praticantes, ele e seus familiares transferiram-se para a União Soviética após a invasão e anexação da Polônia (1939) por forças alemãs e soviéticas (então aliadas nos termos do Tratado Germano-Soviético).
Durante a Segunda Guerra Mundial, Bauman serviu ao Primeiro Exército Polonês, controlado pelos soviéticos, atuando como instrutor político. Participou das batalhas de Kolberg (atual Kołobrzeg) e de Berlim. Em maio de 1945, foi condecorado com a Cruz de Valor. Conheceu sua esposa, Janine Bauman, nos acampamentos de refugiados polacos.
Ao longo dos anos 1940 e 1950, Bauman foi um entusiasmado militante do Partido Operário Unificado Polaco, o partido comunista da Polônia. Segundo o Instituto da Memória Nacional da Polônia, entre 1945 e 1953 Bauman era oficial do Corpo de Segurança Interna (em polonês, Korpus Bezpieczeństwa Wewnętrznego, KBW), uma unidade militar especial formada na Polônia, sob o governo stalinista, para combater os ucranianos nacionalistas insurgentes e os remanescentes do Armia Krajowa, a principal organização da resistência da Polônia à ocupação do país, durante a Segunda Guerra.
Mais tarde, entre 1945 e 1948, Bauman trabalhou para a inteligência militar, embora a natureza e a extensão de suas atividades sejam desconhecidas, assim como as circunstâncias sob as quais que ele abandonou tais atividades.
 
 
 
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