sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

EFEMÉRIDES: HÁ 90 ANOS, EM 17 DE FEVEREIRO DE 1869 NASCIA GAGO COUTINHO, GEÓGRAFO, NAVEGADOR E HISTORIADOR PORTUGUÊS.



GAGO COUTINHO foi o navegador da primeira travessia aérea do Atlântico Sul. Para além de vários trabalhos de campo relacionados com geografia, também desenvolveu aparelhos de navegação que marcaram a história da aviação mundial.

Tornou-se famoso por intermédio de sua parceria com SACADURA CABRAL, ter realizado a primeira travessia aérea do Atlântico Sul. Durante a sua carreira realizou trabalhos geodésicos em Angola e em S. Tomé. Os seus conhecimentos geografia e a capacidade para estudar e encontrar soluções de orientação levaram Sacadura Cabral a convidá-lo para participar na travessia do Atlântico Sul. Foi durante essa viagem que testou um sextante desenhado por si, capaz de assegurar uma navegação precisa mesmo em viagens aéreas. O aparelho viria a ser utilizado para a navegação aérea, em todo o mundo, nas décadas seguintes. Juntos inventaram ainda um "corretor de rumos" o "plaqué de abatimento" para compensar o desvio causado pelo vento. Para testar essas ferramentas de navegação aérea, realizaram em 1921 a travessia aérea Lisboa-Funchal. No final da sua carreira realizou e publicou vários estudos sobre as navegações portuguesas durante os descobrimentos.

CARLOS VIEGAS GAGO COUTINHO nasceu em Santa Maria de Belém, Lisboa, em 17 de fevereiro de 1869 e faleceu em Santa Engrácia, Lisboa, em 18 de fevereiro de 1959 foi um geógrafo cartógrafo, oficial da Marinha Portuguesa, navegador e historiador. Juntamente com o aviador Sacadura Cabral, tornou-se um pioneiro da aviação ao efetuar a Primeira travessia aérea do Atlântico Sul, no hidroavião Lusitânia em 1922.

De família humilde, não pode frequentar, como desejava, o curso de Engenharia na Alemanha e ingressou, aos 17 anos, na Marinha Portuguesa, tendo terminado o curso da Escola Naval em 1888. Serviu em vários navios e participou nas operações militares de Tungue (Moçambique) em 1890 e em Timor em 1912.

Distinguiu-se como cartógrafo e geodeta a partir de 1898, a quando de sua primeira comissão em Timor. Até 1920 levantou e cartografou não apenas aquele território, mas também o de Niassa (1900), Congo (1901), Zambézia (1904-1905), Barotze (1912-1914), São Tomé e Príncipe (1916), estabelecendo vértices geodésicos e determinando coordenadas em missões científicas onde conseguia precisões notáveis, devido ao seu rigor e dedicação à missão que lhe fora confiada. Respondeu pela delimitação definitiva da parte norte da fronteira entre Angola e Zaire. A 11 de março de 1919 foi feito Comendador da Ordem Militar de São Bento de Avis, tendo sido elevado a Grande-Oficial da mesma Ordem a 19 de outubro de 1920. 





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