GAGO
COUTINHO foi o navegador da primeira travessia aérea do Atlântico Sul. Para
além de vários trabalhos de campo relacionados com geografia, também
desenvolveu aparelhos de navegação que marcaram a história da aviação mundial.
Tornou-se
famoso por intermédio de sua parceria com SACADURA CABRAL, ter realizado a
primeira travessia aérea do Atlântico Sul. Durante a sua carreira realizou
trabalhos geodésicos em Angola e em S. Tomé. Os seus conhecimentos geografia e
a capacidade para estudar e encontrar soluções de orientação levaram Sacadura
Cabral a convidá-lo para participar na travessia do Atlântico Sul. Foi durante
essa viagem que testou um sextante desenhado por si, capaz de assegurar uma
navegação precisa mesmo em viagens aéreas. O aparelho viria a ser utilizado
para a navegação aérea, em todo o mundo, nas décadas seguintes. Juntos
inventaram ainda um "corretor de rumos" o "plaqué de
abatimento" para compensar o desvio causado pelo vento. Para testar essas
ferramentas de navegação aérea, realizaram em 1921 a travessia aérea
Lisboa-Funchal. No final da sua carreira realizou e publicou vários estudos
sobre as navegações portuguesas durante os descobrimentos.
CARLOS
VIEGAS GAGO COUTINHO nasceu em Santa Maria de Belém, Lisboa, em 17 de fevereiro
de 1869 e faleceu em Santa Engrácia, Lisboa, em 18 de fevereiro de 1959 foi um
geógrafo cartógrafo, oficial da Marinha Portuguesa, navegador e historiador.
Juntamente com o aviador Sacadura Cabral, tornou-se um pioneiro da aviação ao
efetuar a Primeira travessia aérea do Atlântico Sul, no hidroavião Lusitânia em
1922.
De
família humilde, não pode frequentar, como desejava, o curso de Engenharia na Alemanha
e ingressou, aos 17 anos, na Marinha Portuguesa, tendo terminado o curso da
Escola Naval em 1888. Serviu em vários navios e participou nas operações
militares de Tungue (Moçambique) em 1890 e em Timor em 1912.
Distinguiu-se
como cartógrafo e geodeta a partir de 1898, a quando de sua primeira comissão
em Timor. Até 1920 levantou e cartografou não apenas aquele território, mas
também o de Niassa (1900), Congo (1901), Zambézia (1904-1905), Barotze
(1912-1914), São Tomé e Príncipe (1916), estabelecendo vértices geodésicos e
determinando coordenadas em missões científicas onde conseguia precisões
notáveis, devido ao seu rigor e dedicação à missão que lhe fora confiada.
Respondeu pela delimitação definitiva da parte norte da fronteira entre Angola
e Zaire. A 11 de março de 1919 foi feito Comendador da Ordem Militar de São
Bento de Avis, tendo sido elevado a Grande-Oficial da mesma Ordem a 19 de outubro
de 1920.
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