Franz
Joseph Haydn foi um dos mais importantes compositores do período clássico.
Personifica o chamado "classicismo vienense" ao lado de Wolfgang
Amadeus Mozart e Ludwig van Beethoven. A posteridade apelidou este grupo como
"Trindade Clássica Vienense". Para, além disso, é considerado como um
dos autores mais importantes e influentes da história da música erudita
ocidental com uma carreira que cobriu desde o fim do Barroco aos inícios do
Romantismo. A sua capacidade de orquestração resultou, fundamentalmente, de uma
visão otimista da vida, da união do intelectual com o emocional e da moderação.
Ele é considerado a ponte e o motor que permitiram que esta evolução sucedesse.
O
período entre 1768 e 1774 marca a maturidade de Haydn como compositor. Algumas
das suas obras, como Stabat Mater (1767) e Missa Sancti Nicolai (1772), são
suficientes para o colocar entre os melhores compositores da sua época.
Franz
Joseph Haydn nasceu em Rohrau, em 31 de março de 1732 e faleceu em Viena, no
dia 31 de maio de 1809.
Era
irmão do igualmente ilustre compositor Michael Haydn, colega de Mozart em
Salzburgo, e do tenor Johann Evangelist Haydn, que mais tarde Joseph fará vir
para Eszterhaza em 1763. Tendo vivido a maior parte da sua vida na Áustria,
Haydn passou a maior parte de sua carreira como músico de corte para a rica
família dos Eszterházy. Isolado de outros compositores, foi, segundo ele
próprio, “forçado a ser original”. A sua genialidade foi amplamente reconhecido
durante a sua vida.
Haydn
é considerado o pai da sinfonia clássica e do quarteto de cordas, além de ter
escrito muitas sonatas para piano, trios, divertimentos e missas, que se tornou
a base do estilo clássico de composição de música erudita. Além disso, escreveu
também algumas músicas de câmara, óperas e concertos, que hoje não são tão
conhecidos. Haydn foi o maior influenciador do estilo da época.
O
desenvolvimento da forma-sonata de um esquema rígido em uma maneira sutil e
flexível de expressão musical, que se tornou dominante no pensamento musical
clássico, é devido quase que completamente a Haydn. Ele também criou a forma
sonata, a forma de variação dupla, e foi também o primeiro a integrar a fuga e
outros modelos contrapontísticos à forma clássica.
Primeiro
movimento (allegro moderato) do quarteto de cordas nº 53 em ré maior Op. 64/5
Hob III:63.
Segundo
movimento da sonata para piano nº 38 Hob XVI:23.
Segundo
movimento da sinfonia n.º 101 em ré maior Hob 1:101.
IMPORTANTE:
Um
dos pianos de Anton Walter, utilizado pelo compositor, está agora em exposição
na Casa-Museu de Haydn, na cidade de Eisenstadt. No ano de 1788, em Viena,
Haydn comprou um piano construído por Wenzel Schantz para si. Quando o
compositor visitou Londres pela primeira vez, John Broadwood, um construtor de
pianos inglês, forneceu-lhe um piano de cauda.
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Haydn
morreu em casa em 31 de maio de 1809, aos 77 anos, durante um violento
bombardeio nas vésperas da tomada de Viena pelo exército de Napoleão Bonaparte.
Por ordem do próprio Napoleão, um guarda foi colocado à porta de sua casa em
seus últimos momentos de vida, de modo a evitar que fosse perturbado, tamanho o
prestígio do qual gozava.
Como
a Áustria estava em guerra e Viena ocupada pelas tropas de Napoleão, um funeral
bastante simples foi realizado em Gumpendorf, a paróquia de Viena à qual
pertencia a casa de Haydn em Windmühle, seguido de sepultamento no cemitério de
Hundsturm. Após o enterro, dois homens planearam subornar o coveiro e roubar a
cabeça do compositor. Esses eram Joseph Carl Rosenbaum, um ex-secretário da
família Esterházy (empregadores de Haydn), e Johann Nepomuk Peter, governador
da prisão provincial da Baixa Áustria.
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Em
1820, o antigo patrono de Haydn, o príncipe Nikolaus Esterházy II, decidiu
transferir os restos mortais de Haydn de Gumpendorf para a residência da
família em Eisenstadt, perante a falta do crânio, Rosenbaum deu ao Príncipe
Esterházy um crânio diferente.
Em
1932, o príncipe Paul Esterházy, descendente de Nikolaus, construiu um túmulo
em mármore para Haydn na Bergkirche (Igreja do Monte) em Eisenstadt. Este era o
local adequado, visto que foi onde algumas das missas que Haydn escreveu para a
família Esterházy foram estreadas. O propósito expresso do Príncipe era
unificar os restos mortais do compositor. No entanto, houve muitos atrasos, e
foi somente em 1954 que o crânio pôde ser transferido, numa cerimônia
esplêndida, completando assim o processo de sepultamento de 145 anos. Quando o
crânio do compositor foi finalmente reunido ao restante de seu esqueleto, o
crânio substituto não foi removido. Assim, o túmulo de Haydn contém dois
crânios.