ARTHUR
RIMBAUD
Nascido
no dia 20 de outubro de 1854 em Charleville, comuna francesa, Jean-Nicolas
Arthur Rimbaud foi um poeta influente que escreveu praticamente todas as suas
obras primas entre os 15 e os 18 anos. Segundo a opinião de críticos
literários, o poeta francês é considerado precursor do surrealismo e também um
pós-romantico.
Começou
a revelar seu talento para a poesia durante a adolescência e, devido a seu
temperamento rebelde, acabou fugindo de casa várias vezes durante a juventude.
Ao completar 17 anos, muda-se para Paris com o apoio do poeta Paul Verlaine.
Rimbaud tinha enviado sua obra “Soneto de Vogais” para Verlaine, que, um ano
depois, deixa a família e começa a viver junto de Rimbaud em Londres. A relação
de amor e ódio entre os dois chega ao fim quando Rimbaud é ferido por Verlaine
com uma bala no pulso.
Rimbaud,
talvez, tenha sido um dos primeiros poetas a viver sua própria poesia.
Influenciou autores da geração perdida (Ernest Hemingway, F. Scott Fitzgerald,
Ezra Pound, Sherwood Anderson) e os beatniks dos anos 50 (Jack Kerouac, Allen
Ginsberg, William Burroughs).
Um
dos apreciadores da obra de Rimbaud foi Henry Miller, escritor americano
subversivo dos anos 30 que também viveu em Paris. “Até que o velho mundo morra
de vez, o indivíduo 'anormal' será cada vez mais a norma. O novo homem se
encontrará quando a guerra e a coletividade entre o indivíduo cessar. Veremos
então o tipo de homem em sua plenitude e esplendor", disse Miller sobre
Rimbaud.
Outro
apreciador da poesia de Rimbaud foi Paulo Leminski, para ele, o jovem francês
Rimbaud "pasmou os contemporâneos com sua precocidade poética". O escritor
francês Georges Duhamel compartilha da opinião de Leminski e analisa a imagem
de “enfant terrible” de Rimbaud dizendo: “O que Mallarmé não parece ter
adivinhado é que o 'Viajante notável' voltaria, que ia ficar, que não pararia
de crescer, que sua influência se estenderia sobre todas as gerações e que
aquele garoto seria no século novo não o mestre, e sim, melhor ainda, o
mensageiro, o profeta de toda uma juventude febril, entusiasta, rebelde".
Entre
suas principais obras estão “Uma Estação no Inferno”, de 1873 e “Iluminações”,
de 1886. As duas abrangem novidades estéticas na maneira de escrever literatura
com uma linguagem mais libertária, sendo que as ideias, nas obras de Rimbaud,
nasciam da sinergia entre o verbo e tudo que os sentidos interpretavam. Aos 20
anos de idade, Rimbaud abandona a literatura e retoma a vida sem rumo que
levava quando adolescente.
Começa
a trabalhar com comércio de café na Etiópia, chega a fazer parte do Exército
das colônias holandesas e faz tráfico de armas em Ogaden. Ainda visita o Chipre
e Alexandria. Sua caminhada termina quando tem a perna amputada devido a um
câncer no joelho. Após este episódio, morre no dia 10 de novembro de 1891 em
Marselha, após anos de agonia.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arthur_Rimbaud
http://poetas.mortos.sites.uol.com.br/rimbaud.htm
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