Mosteiro
situado no centro da cidade de Badajoz, comunidade autônoma da Estremadura,
Espanha. Atualmente, é a sede da Ordem das Clarissas naquela cidade. Foi
fundado em 1.518 por Leonor Lasso de la Vega y Figueroa, filha de Lorenzo
Suárez de Figueroa y Mendoza, um proeminente diplomata, que foi embaixador dos
Reis Católicos em Roma e em Veneza. Leonor nasceu em Badajoz e após fundar o
mosteiro tornou-se abadessa durante os quarenta anos seguintes, até morrer em
17 de abril de 1558.
O
mosteiro foi criado por uma bula do papa Leão X. Até 1856 pertenceu à província
franciscana de São Miguel. Em 1970, seguindo as recomendações de "volta às
origens" do Concílio Vaticano II, voltou a professar a Regra de Santa
Clara de 1253.
O
mosteiro foi palco de vários acontecimentos históricos. Em 1580, o rei Filipe
II e a sua esposa Ana de Áustria instalaram-se em Badajoz para melhor fazerem
valer as suas pretensões ao trono de Portugal e ficaram hospedados no Palácio
dos Fonsecas y La Lapilla, situado perto do mosteiro. A rainha afeiçoou-se às
freiras e o rei gostava, especialmente, da imagem de Nossa Senhora das Virtudes
e do Bom Sucesso, para a qual compôs motetes (cânticos breves, geralmente,
baseados em trechos das Escrituras) A rainha morreu no mosteiro em 26 de
outubro de 1580 e por ordem do marido lá foi enterrada depois de embalsamada,
juntamente com o feto de cinco meses, pois estava grávida. O rei vestiu-se de
luto que nunca mais tiraria. O corpo da rainha seria depois trasladada para a
Cripta Real do Mosteiro do Escorial muitos anos depois. Em 1619 Filipe III
visitou o mosteiro para rezar diante do sepulcro da mãe.
A
imagem de maior devoção do mosteiro é a da Nossa Senhora das Virtudes e do Bom
Sucesso, que foi encontrada numa cavidade de uma parede da Igreja dos Jerónimos
de Madrid, durante obras de reconstrução. Ali foram encontradas mais duas
imagens, tendo uma delas ficado em Madrid e outra foi para as Franciscanas de
Trujillo. O rosto negro da imagem assemelha-se às Virgens de Montserrate, de
Guadalupe e da Penha de França. Chegou ao mosteiro em 1.619. Conhecida
popularmente como "Morenita Antigua", a imagem, datada do século XVI,
foi durante muito tempo considerada a padroeira de Badajoz, antes da atual
Nossa Senhora da Soledade.
No
interior do mosteiro há um belo claustro mudéjar com pinturas dos Estrada e dos
Mures, dos séculos XVIII e XIX, e um museu religioso. A igreja contém
importantes esculturas, pinturas e peças de altar dos séculos XVI, XVII e
XVIII, com destaque para um magnífico retábulo barroco em talha dourada do
século XVII, onde se encontra uma imagem de Nossa Senhora das Virtudes e do Bom
Sucesso.
Na
abóbada da capela-mor ergue-se uma torre de vigia com uma grade de tijolos
encimada por pináculos. A igreja tem uma nave única, que foi reconstruída no
final do século XVII; contém vários retábulos, esculturas pinturas e peças e em
prata. O presbitério está coberto por uma abóbada em cruzaria gótica datada da
primeira metade de século XVI.
VISITE O SITE DO MOSTEIRO:
Nenhum comentário:
Postar um comentário