EUGÈNE-HENRI-PAUL
GAUGUIN foi um pintor francês do pós-impressionismo, nasceu em Paris, 7 de
junho de 1848 e faleceu em Ilhas Marquesas, 8 de maio de 1903 aos 55 anos.
PAUL
GAUGUIN nasceu em Paris, viveu até sete anos em Lima, no Peru, para onde os
seus pais (um jornalista francês e uma escritora peruana) mudaram-se após a
chegada de Napoleão III ao poder. O seu pai pretendia trabalhar em um jornal da
capital peruana, porém, durante uma terrível viagem de navio, teve complicações
de saúde e faleceu. Assim, o futuro pintor desembarcou em Lima apenas com a sua
mãe e com a sua irmã.
Quando
voltou para o seu país natal, em 1855, Gauguin estudou em Orléans e, aos 17
anos, ingressou na marinha mercante e correu o mundo. Trabalhou em seguida numa
corretora de valores parisiense e, em 1873, casou-se com a dinamarquesa Mette
Sophie Gad, com quem teve cinco filhos. Realizou uma exposição individual na
galeria de Durand-Ruel e voltou ao Taiti, mas fixou-se definitivamente na ilha
Dominique. Nessa fase, criou algumas de suas obras mais importantes, como
"De onde viemos? O que somos? Para onde vamos?", uma tela enorme que
sintetiza toda a sua pintura, realizada antes de uma frustrada tentativa de suicídio
utilizando arsênio.
Aos
35 anos, após a quebra da Bolsa de Paris, tomou a decisão mais importante de
sua vida: dedicar-se totalmente à pintura. Começou, assim, uma vida de viagens
e boémia, que resultou numa produção artística singular e determinante das
vanguardas do século XX. Ao contrário de muitos pintores, não se incorporou ao
movimento impressionista da época. Expôs pela primeira vez em 1876. Mas não
seria uma vida fácil, tendo atravessado dificuldades econômicas, problemas
conjugais, privações e doenças.
Sua
obra, longe de poder ser enquadrada em algum movimento, foi tão singular como
as de Van Gogh ou Paul Cézanne. Apesar disso, teve seguidores e pode ser
considerado o fundador do grupo Les Nabis, que, mais do que um conceito
artístico, representava uma forma de pensar a pintura como filosofia de vida.
Suas
primeiras obras tentavam captar a simplicidade da vida no campo, algo que ele
consegue com a aplicação arbitrária das cores, em oposição a qualquer
naturalismo, como demonstra o seu famoso Cristo Amarelo. As cores se estendem
planas e puras sobre a superfície, quase decorativamente.
O
pintor parte para o Taiti em busca de novos temas e para se libertar dos
condicionamentos da Europa. Suas telas surgem carregadas da iconografia exótica
do lugar, e não faltam cenas que mostram um erotismo natural, fruto, segundo
conhecidos do pintor, de sua paixão pelas nativas. A cor adquire mais
preponderância, sendo representada pelos vermelhos intensos, amarelos, verdes e
violetas.
Morou
durante algum tempo em Pont-Aven, na Bretanha, onde sua arte amadureceu.
Posteriormente, morou no sul da França, onde conviveu com Vincent Van Gogh.
Numa viagem à Martinica, em 1887, Gauguin passou a renegar o impressionismo e a
empreender o "retorno ao princípio", ou seja, à arte primitivista.
Tinha ideia de voltar ao Taiti, porém não dispunha de recursos financeiros. Então, com o auxílio de amigos, também artistas, organizou um grande leilão de suas obras. Colocou, à venda, cerca de 40 peças. A maioria foi comprada pelos próprios amigos de Gauguin, como por exemplo Theo van Gogh, irmão de Vincent van Gogh, que trabalhava para a Casa Goupil.
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