domingo, 19 de fevereiro de 2023

FRASES INSPIRADORAS - PADRE ANTÔNIO VIEIRA



FRASES INSPIRADORAS NO FOCUS PORTAL CULTURAL:


“O livro é um mudo que fala,

Um surdo que responde,

Um cego de guia,

Um morto que vive.”

 

PADRE ANTÔNIO VIEIRA

 

Antônio Vieira nasceu em Lisboa, Sé, em 06 de fevereiro de 1608, mas era conhecido como Padre Antônio Vieira, foi um filósofo, escritor e orador português da Companhia de Jesus.

Uma das mais influentes personagens do século XVII em termos de política e oratória destacou-se como missionário em terras brasileiras. 

Nessa qualidade, defendeu, incansavelmente, os direitos dos povos indígenas combatendo a sua exploração e escravização e fazendo a sua evangelização. Era por eles chamado "Paiaçu" que significa “Grande Padre-Pai, em tupi”.

António Vieira defendeu os judeus, a abolição da distinção entre cristãos-novos judeus convertidos a força ao catolicismo, perseguidos e exterminados pela Inquisição durantes mais de 300 anos e cristãos-velhos, aqueles cujas famílias eram católicas há gerações, e a abolição da escravatura. Criticou ainda severamente os sacerdotes da sua época e a própria Inquisição. 

Na literatura, seus sermões possuem considerável importância no barroco brasileiro e português. As universidades, frequentemente, exigem a sua leitura.

Chegou à Bahia, onde em 1619 seu pai passou a trabalhar como escrivão no Tribunal da Relação da Bahia, o que motivou a vinda de toda a família. Em 1614, iniciou os primeiros estudos no Colégio dos Jesuítas de Salvador, onde, principiando com dificuldades, veio a tornar-se um brilhante aluno. Segundo o próprio, foi a partir de um "estalo" na cabeça que, de súbito, tudo clareou: passou a entender com facilidade e a guardar tudo o que lia na memória. Até hoje muitos se referem a fenômeno semelhante a esse como "o estalo de Vieira". 

Ingressou na Companhia de Jesus como noviço em 5 de maio de 1623. Em 1624, quando na invasão holandesa de Salvador, refugiou-se no interior da capitania, onde se iniciou a sua vocação missionária. Um ano depois tomou os votos de castidade, pobreza e obediência, abandonando o noviciado. Em 1626, seus talentos como escritor já eram reconhecidos e ficou encarregado de escrever e traduzir para o latim a "Carta Ânua", que era um relatório anual dos trabalhos da Província da Companhia de Jesus, que era encaminhada ao Superior-Geral da Companhia em Roma.

Em 1681, retornou à Bahia, alegando questões de saúde. Em 1688, exerceu a função de visitador-geral das missões do Brasil e dedicou o resto de seus anos à edição dos Sermões, cartas e de Clavis Prophetarum, uma obra de interpretação profética das Escrituras que iniciara em Roma. 

A coleção completa dos seus Sermões, iniciada em 1679, exigiu 16 volumes. Cerca de 500 de suas Cartas foram publicadas em 3 volumes. As suas obras começaram a ser publicadas na Europa, onde foram elogiadas até pela Inquisição. 

Já velho e doente, teve que espalhar circulares sobre a sua saúde para poder manter em dia a sua vasta correspondência. Em 1694, já não conseguia escrever pelo seu próprio punho. Em 10 de junho começou a agonia, perdeu a voz, silenciaram-se seus discursos. 

Deixou uma obra complexa que exprime as suas opiniões políticas, não sendo propriamente um escritor, mas sim um orador. Além dos Sermões redigiu o Clavis Prophetarum, livro de profecias que nunca concluiu. Entre os seus sermões, alguns dos mais célebres são: o "Sermão da Quinta Dominga da Quaresma", o "Sermão da Sexagésima", o "Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal contra as de Holanda", o "Sermão do Bom Ladrão","Sermão de Santo António aos Peixes" entre outros. Vieira deixou cerca de 700 cartas e 200 sermões. Padre Antônio Vieira. Morreu em Salvador-Bahia-Brasil, em 18 de julho de 1697, com 89 anos.

 

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