domingo, 30 de abril de 2023

“A LÍNGUA...” - POESIA DE FRANCISCO MIGUEL DE MOURA - POETA PIAUIENSE





A LÍNGUA

 

A língua portuguesa que falamos

palmilhou, no Brasil, ínvios caminhos,

ganhando mais bondades e carinhos,

debaixo deste sol que muito amamos.

Junto à mãe preta e junto à índia em flor,

o português saudoso em seu transporte,

aqui chegado do hemisfério norte,

pega brilho nos olhos, toma cor.

Selvagem, forte, dúctil, na verdade,

rica e serena, triste na saudade,

franca nas decisões, porém com calma.

A língua portuguesa é, docemente,

a minha voz (e a de milhões de gente),

como parte profunda de minh’alma.

__________

 

Francisco Miguel Moura, também conhecido como Chico Miguel, nasceu em Picos-PI, 16 de junho de 1933 é um escritor e crítico literário brasileiro. É também um dos fundadores do Círculo Literário Piauiense e da Revista Cirandinha, além de membro da Academia Piauiense de Letras.

Nascido no sertão do Piauí, é filho do mestre-escola Miguel Guarani, com quem fez seus estudos primários. Fez o ginasial e contabilidade, em Picos, onde se casou e morou por cerca de oito anos. 

Formado em Letras pela Universidade Federal do Piauí e pós-graduado na Universidade Federal da Bahia, onde morou por alguns anos. Funcionário aposentado do Banco do Brasil. Radialista, professor de língua e literatura, atividades que não mais exerce: dedica-se exclusivamente a ler e escrever.

Colabora nos jornais de seu estado, nas revistas Literatura, de Brasília (hoje editada em Fortaleza), Poesia para todos, do Rio de Janeiro; Presença, de Teresina; é também colaborador permanente dos jornais Correio do Sul, Varginha; Diário dos Açores, dos Açores e O Primeiro de Janeiro (Suplemento Cultural Das artes das Letras), de Porto, ambos em Portugal.

É sócio efetivo da União Brasileira dos Escritores, Academia Piauiense de Letras, e membro-correspondente da Academia Mineira de Letras e da Academia Catarinense de Letras. Por diversos mandatos participou ativamente do Conselho Estadual de Cultura.

A obra de Francisco Miguel Moura recebeu manifestação da crítica, vinda de escritores de todo o país, inclusive críticos literários como Fábio Lucas, Nelly Novaes Coelho, Olga Savary e Rejane Machado, cujo material está sendo reunido em dois volumes: Um Canto de Amor à Terra e ao Homem e Fortuna

Crítica.

 

OBRAS – POESIAS

 

Areias, 1966;

Pedra em Sobressalto, 1974;

Universo das Águas, 1979

Bar Carnaúba, 1983;

Quinteto em Mi(m), 1886

Sonetos da Paixão, 1988

Poemas Ou/tonais, 1991

 

ENSAIOS 

 

Linguagem e Comunicação em O. G. Rego de Carvalho, 1972

A Poesia Social de Castro Alves, 1979

 

ROMANCES

 

Os Estigmas, 1984

Laços do Poder, 1991

Ternura, 1993

 

CONTOS

 

Eu e o Meu Amigo Charles Brown, 1986

E a Vida se Fez Crônica, 1996.

Piauí, Terra, História e Literatura (org.), 1980

 

PRÊMIOS

 

1980 - Prêmio Fontes Ibiapina, conferido pela Fundação Cultural do Piauí ao romance “Laços de Poder”

2003 - Prêmio Fontes Ibiapina, conferido pela Fundação Cultural do Piauí ao romance D. Xicote

 

 







FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Miguel_Moura

FOTO: https://www.blogletras.com/2012/01/francisco-miguel-de-moura.html

 

 

“JOAN VAI BEM” – AUTORA: WEIKE WANG E TRADUÇÃO DE CAROLINE CHANG

 



Uma história inspiradora de uma mulher tão maravilhosamente complicada que não pode ser ninguém além de si mesma.

Joan tem 36 anos e é uma médica bem-sucedida em um grande hospital de Nova York. Filha de pais chineses que emigraram para os Estados Unidos, ela dedica toda sua atenção e energia ao trabalho, a ponto de deixar sua vida pessoal totalmente em segundo plano. Na verdade, Joan se sente um pouco perdida entre sua herança chinesa e o estilo de vida norte-americano, como se tentasse fazer parte de dois mundos opostos: de um lado, enfrenta as expectativas da família para se casar e ter filhos; e, do outro, a pressão de ser uma mulher sino-americana em um ambiente de trabalho dominado por homens brancos.       

Inteligente, introvertida e com dificuldades para se relacionar, Joan busca se blindar dos problemas pessoais e cobranças familiares planejando cuidadosamente cada passo de sua carreira. Mas a vida, ao contrário da medicina, nem sempre segue um conjunto prescrito de procedimentos, e eventos inesperados começam a ameaçar os limites que ela traçou ao seu redor, a começar pela morte repentina de seu pai. Enquanto isso, um novo vírus assola o mundo, lançando toda a humanidade a um futuro incerto. Agora, Joan precisa rever seu passado, confrontar sentimentos há tanto reprimidos e questionar o lugar que ocupa na sociedade.

Sensível, divertido e perspicaz, Joan vai bem aborda temas ao mesmo tempo contemporâneos e atemporais, como relações familiares, maternidade, pertencimento e luto. Uma história inspiradora de uma mulher tão maravilhosamente complicada que não pode ser ninguém além de si mesma.

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 “Sagaz, inteligente e simplesmente espetacular.” People Magazine

“O humor ácido de Joan é maravilhoso, seja quando ela o expressa sem querer, seja quando o usa como mecanismo de defesa. Wang equilibra magistralmente os terrores da pandemia com as lutas íntimas de sua protagonista, levantando questões provocativas sobre maternidade, pertencimento e as muitas definições de ‘lar’.” The New York Times Book Review

 “Um relato profundo, traçado a partir de um poder de observação penetrante e com humor mordaz, sobre as incertezas existenciais de ser ‘outro’ nos Estados Unidos.”

Celeste Ng, autora de Pequenos incêndios por toda parte “Um romance que nos faz rir, refletir, sentir um turbilhão de emoções e depois rir um pouco mais.” Charles Yu, autor de Interior Chinatown, best-seller do The New York Times.

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Páginas: 192 • Formato: 16 x 23 cm • Acabamento: Brochura • Título original: Joan is Okay • ISBN: 9788582356920 • Código: 37371 • Categoria(s): Feminismo, Ficção Contemporânea, Literatura • Editora Gutenberg • Edição: 1


 



SOBRE A AUTORA

Weike Wang é uma autora americana, que ganhou o Prêmio PEN/Hemingway de 2018. Sua ficção foi publicada em Glimmer Train, Alaska Quarterly Review, Ploughshares, Kenyon Review, The New Yorker e Redivider.

Vida

Wang nasceu em Nanjing, China. Sua família emigrou quando ela tinha cinco anos. Ela morou na Austrália e no Canadá antes de chegar aos Estados Unidos com sua família aos onze anos.[2][3][4] Wang certa vez descreveu a comunidade em que vivia como "uma cidade muito rural e todos eram brancos. Eu era a única asiática na minha escola".

Após o colegial, Wang frequentou a Universidade de Harvard, onde estudou química para sua graduação e saúde pública para seu doutorado. Enquanto cursava medicina na graduação, ela reconsiderou ir para a faculdade de medicina. Ao concluir seu doutorado, ela também frequentou a Boston University, onde recebeu seu MFA.

 




O FOCUS PORTAL CULTURAL RECOMENDA O FILME “LETRA E MÚSICA” COM OS ATORES HUGH GRANT E DREW BARRYMORE

 


SINOPSE


Alex Fletcher (Hugh Grant) é um pop star dos anos 80 que caiu no esquecimento e cuja carreira agora se limita a trabalhos no circuito de nostalgia do país, com apresentações em feiras do interior e parques de diversão.

O carismático e talentoso músico tem uma chance de um retorno triunfal quando a diva do pop, Cora Corman(Haley Bennet), a convida para escrever novas músicas e gravar em dupla com ela. O problema é que Alex há anos não compõe uma canção sequer, além de jamais ter escrito uma letra de música. E agora ele tem que produzir um hit instantâneo em poucos dias! Sua salvação será Sophie Fisher (Drew Barrymore), a encarregada de cuidar das plantas de Alex, cujo jeito com as palavras serve de inspiração para Alex.

Inicialmente, reticente em trabalhar com Alex, devido ao término conturbado de um relacionamento e à fobia dele aos compromissos, Sophie termina por aceitar a parceria. À medida que a química entre os dois vai melhorando, na música e fora dela também, Alex e Sophie terão que encarar seus próprios medos para encontrar o amor verdadeiro e o sucesso que ambos merecem.







IGREJA SÃO FRANCISCO DA PENITÊNCIA RECEBERÁ O CONCERTO CANDLELIGHT: O MELHOR DOS MESTRES BARROCOS. NO EVENTO, QUE ACONTECERÁ NO DIA 21 DE MAIO DE 2023(DOMINGO), SERÃO EXECUTADAS OBRAS DE HÄNDEL, GLUCK, BACH, ENTRE OUTROS REPRESENTANTES DO ESTILO.



A Igreja da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, localizada no Centro do Rio de Janeiro, receberá no dia 21 de maio de 2023 (domingo), uma apresentação do concerto CANDLELIGHT: O MELHOR DOS MESTRES BARRACOS. Composições dos alemães: Georg Friedrich Händel, Christoph Willibald Gluck e Johann Sebastian Bach e outros representantes do estilo serão executadas pelo Quarteto de Cordas Ornamentus, em sessões realizadas às 15h, 17h e 19h. 

O concerto com “O Melhor das Músicas Barrocas” será da responsabilidade do brilhante Quarteto Moira. Um espetáculo imperdível à sua espera, em um dos lugares mais icônicos do nosso Rio.

A IGREJA DA ORDEM TERCEIRA DE SÃO FRANCISCO DA PENITÊNCIA é uma igreja colonial localizada junto ao Convento de Santo Antônio, no morro de Santo Antônio, no Centro do Rio de Janeiro. 

Pela sua decoração barroca exuberante, é considerada uma das mais importantes da cidade e do país. Os leigos da Ordem dos Terceiros de São Francisco se instalaram no Rio de Janeiro, em 1619, ocupando uma capela dentro da igreja do Convento de Santo Antônio, localizado no alto do morro de Santo Antônio. Na metade do século XVII, o convento franciscano lhes doou um terreno ao lado da igreja do convento para que construíssem o seu próprio templo. A Igreja de São Francisco da Penitência foi construída, com interrupções, entre 1657 e 1733.

Além da igreja, a Ordem construiu no século XVIII um hospital (Hospital de São Francisco da Penitência) no largo em frente ao morro (o largo da Carioca). No início do século XX, durante as reformas promovidas pelo prefeito Pereira Passos, o hospital foi transferido para a Tijuca e o edifício demolido. 

A Igreja de São Francisco da Penitência é considerada a ápice da expressão do estilo barroco no Brasil. A fachada simples da edificação, que fica no alto do morro de Santo Antônio, no Largo da Carioca, esconde uma igreja de beleza incomparável cujos destaques ficam à cargo dos altares dourados e da riqueza da ornamentação da construção cujo interior é todo entalhado em cedo dourado, tendo o trabalho sido executado por Francisco Xavier de Brito (Aleijadinho). Seu forro, conta com pintura ilusionista, que dá a impressão de que os anjos estão descendo rumo aos assentos.

 

SERVIÇO

O concerto com “O Melhor das Músicas Barrocas”

Data: 21 de maio de 2023 - domingo

Horários: 15h, 17h e 19h.

LOCAL: Igreja de São Francisco da Penitência

Endereço: Rua da Carioca, 5 - Centro, Rio de Janeiro - RJ, Brasil







Johann Sebastian Bach 

Georg Friedrich Händel

Christoph Willibald Gluck 




 

30 DE ABRIL CELEBRAMOS O DIA INTERNACIONAL DO JAZZ | FOCUS PORTAL CULTURAL

 




Hoje, 30 de abril é DIA INTERNACIONAL DO JAZZ, som que honra a ancestralidade negra. A data foi criada pela UNESCO e anunciada pelo pianista e embaixador da Boa Vontade da UNESCO, Herbie Hancock. 


Herbie Hancock


O Dia Internacional do Jazz declarado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura em 2011 foi com intenção de destacar o Jazz e seu papel diplomático de unir as pessoas em todos os cantos do universo. 

O Jazz nasceu nos EUA, é um estilo musical livre, estruturado na criatividade e improvisação.  Surgiu entre 1890 e 1910, com origens em Nova Orleans, por meio da comunidade afro-americana. Sua maior influência é originada do Blues, um ritmo que também deriva das canções de trabalho dos negros. O estilo tornou-se popular nas primeiras décadas do século XX. 

Foi em 2012 que se celebrou pela primeira vez o Dia Internacional do Jazz. A comemoração tem como objetivo lembrar a importância deste gênero musical e o seu contributo na promoção de diferentes culturas e povos ao longo da história.

Foi ao som do Jazz que: Aretha Franklin, Miles Davis, Chet Baker, Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Nina Simone, John Coltrane, Louis Armstrong e outros grandes nomes desse estilo musical se tornaram famosos.

O som é marcado pela criatividade e improvisação, a partir da fusão de diferentes ritmos. E deu origem ao Rock’n Roll e a Bossa Nova. 

O Jazz oferece-nos uma proximidade que, neste momento, é particularmente difícil devido às medidas de distanciamento social, pois a melodia do Jazz é um diálogo contínuo entre os músicos da banda, mas também com o ouvinte. Este diálogo, alimentado por múltiplas influências, encontro de tradições musicais de diferentes continentes, ressoa assim em todas as culturas e aproxima-nos uns dos outros. Através do Jazz, reafirmamos também as virtudes da improvisação, porque reinterpretar e dar a ouvir de uma forma diferente o que pensávamos conhecer é, ao mesmo tempo, prestar homenagem e afirmar que, apesar das circunstâncias, ainda temos liberdade de criação. 

Herbie Hancock, pianista e Embaixador de Boa Vontade da UNESCO inspira ouvir e a continuarmos a tocar, a continuarmos a inovar, e a mantermos os outros nos nossos corações. A música une-nos, mesmo quando estamos separados.

No entanto para a gente conhecer melhor o Jazz. Estilo musical que está cada vez mais popular no Brasil. Recomenda-se assistir aos festivais, pois, muitos têm entrada gratuita e são promovidos por escolas e músicos.

Um dos maiores festivais gratuitos da América Latina ocorre o Rio das Ostras Jazz & Blues Festival. Sobre o 19º Rio das Ostras Jazz & Blues Festival este ano de 2023, acontecerá de 08 a 11 de junho.

 

FOCUS PORTAL CULTURAL






EFEMÉRDIES: HÁ 109 ANOS, EM 30 DE ABRIL DE 1914 NASCEU DORIVAL CAYMMI COMPOSITOR BRASILEIRO E UMA GRANDE INFLUÊNCIA PARA A MPB, TRABALHOU COM CARMEN MIRANDA; É PAI DOS TAMBÉM MÚSICOS DANILO, NANA E DORI CAYMMI.

 


Dorival Caymmi nasceu em Salvador, 30 de abril de 1914 e faleceu no Rio de Janeiro, 16 de agosto de 2008, foi um cantor, compositor, instrumentista, poeta, pintor e ator brasileiro.

Ele compôs inspirado pelos hábitos, costumes e as tradições do povo baiano. Tendo como forte influência a música negra, desenvolveu um estilo pessoal de compor e cantar, demonstrando espontaneidade nos versos, sensualidade e riqueza melódica.

Poeta popular compôs obras como Saudade da Bahia, Samba da minha Terra, Doralice, Marina, Modinha para Gabriela, Maracangalha, Saudade de Itapuã, O Dengo que a Nega Tem, A Lenda do Abaeté e Rosa Morena. 

Filho de Dorival Henrique Caymmi e Aurelina Soares Caymmi, era casado com Adelaide Tostes, com quem teve seus três filhos: Nana, Dori e Danilo, que também são cantores, assim como suas netas Juliana e Alice. 

Faleceu em 16 de agosto de 2008, aos 94 anos, em casa, às seis horas da manhã, por conta de insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos, em consequência de um câncer renal que possuía havia nove anos. Permanecia em internação domiciliar desde dezembro de 2007. 

Ele era descendente de italianos pelo lado paterno, as gerações da Bahia começaram com o seu bisavô, que chegou ao Brasil para trabalhar no reparo do Elevador Lacerda. Ainda criança, iniciou sua atividade como músico, ouvindo parentes ao piano. Seu pai era funcionário público e músico amador, tocava, além de piano, violão e bandolim. A mãe, dona de casa, mestiça de portugueses e africanos, cantava apenas no lar. Ouvindo o fonógrafo e depois a vitrola, cresceu sua vontade de compor. Cantava, ainda menino, em um coro de igreja, como baixo-cantante. Com treze anos, interrompe os estudos e começa a trabalhar em uma redação de jornal O Imparcial, como auxiliar. Com o fechamento do jornal, em 1929, torna-se vendedor de bebidas. 

Em 1930 escreveu sua primeira música: "No Sertão", e aos vinte anos estreou como cantor e violonista em programas da Rádio Clube da Bahia. Já em 1935, passou a apresentar o musical Caymmi e Suas Canções Praieiras. Com 22 anos, venceu, como compositor, o concurso de músicas de carnaval com o samba A Bahia também dá. Gilberto Martins, um diretor da Rádio Clube da Bahia, o incentiva a seguir uma carreira no sul do país. Em abril de 1938, aos 23 anos, Dorival, viaja de ita (navio que cruza o norte até o sul do Brasil) para cidade do Rio de Janeiro, para conseguir um emprego como jornalista e realizar o curso preparatório de Direito. Com a ajuda de parentes e amigos, fez alguns pequenos trabalhos na imprensa, exercendo a profissão em O Jornal, do grupo Diários Associados, ainda assim, continuava a compor e a cantar. Conheceu, nessa época, Carlos Lacerda e Samuel Wainer. 

Foi apresentado ao diretor da Rádio Tupi, e, em 24 de junho de 1938, estreou na rádio cantando duas composições, embora ainda sem contrato. Saiu-se bem como calouro e iniciou a cantar dois dias por semana, além de participar do programa Dragão da Rua Larga. Neste programa, interpretou O que é que a Baiana Tem?, composta em 1938. Com a canção, fez com que Carmen Miranda tivesse uma carreira no exterior, a partir do filme Banana da Terra, de 1938. Sua obra invoca principalmente a tragédia de negros e pescadores da Bahia: O Mar, História de Pescadores É Doce Morrer no Mar, A Jangada Voltou Só, Canoeiro, Pescaria, entre outras. Filho de santo de Mãe Menininha do Gantois, para quem escreveu em 1972 a canção em sua homenagem: "Oração de Mãe Menininha", gravado por grandes nomes como Gal Costa e Maria Bethânia.

Nos anos 1970 sua canção "Suíte do Pescador" ficou amplamente conhecida na União Soviética após compor a trilha sonora do filme "Capitães da Areia", baseado na obra de Jorge Amado, e que fez enorme sucesso no país. 

Em 1986, a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira apresentou o enredo "Caymmi mostra ao Mundo o que a Bahia e a Mangueira tem". Nesse desfile, com um belo samba a Estação Primeira de Mangueira conquistou o principal título do Carnaval Carioca. Em 2014 foi homenageado pela Escola de Samba Águia de Ouro, que apresentou o enredo: "A Velha Bahia apresenta o centenário do poeta cancioneiro Dorival Caymmi" homenageando o centenário de Dorival Caymmi. A escola finalizou na terceira posição, a mesma posição do ano anterior. 

O primeiro grande sucesso "O que é que a baiana tem?" cantada por Carmen Miranda em 1939 não só marca o começo da carreira internacional da Pequena Notável vestida de baiana, mas influenciou também a música popular dentro do Brasil, tornou-se conhecida a ponto de ser imitada e parodiada, como no choro "O que é que a baiana tem?" de Pedro Caetano e Joel de Almeida ou na canção "A baiana diz que tem" de Felipe Colognezi. Apesar das produções anteriores, as composições de Caymmi são as mais lembradas sobre a cultura baiana. 

Em 16 de agosto de 2008, aos 94 anos, Caymmi morreu em seu apartamento na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, no bairro de Copacabana, por insuficiência renal devido a um câncer que o acompanhava desde o ano de 1999. 

Seu corpo foi velado na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, no Centro carioca. Caymmi foi enterrado no dia seguinte no Cemitério de São João Batista, no bairro de Botafogo, com a presença de seus filhos e personalidades como Othon Bastos, Gilberto Gil, Gilberto Braga, João Ubaldo Ribeiro, Daniela Mercury, Wagner Tiso, Glória Perez e o prefeito do Rio, Cesar Maia (DEM).

 

DISCOGRAFIA

 

Ano    Título  Gravadora

1954   Canções Praieiras Odeon

1955   Sambas de Caymmi

1957   Eu Vou p'ra Maracangalha

Caymmi e o Mar

1958   Ary Caymmi e Dorival Barroso

1959   Caymmi e Seu Violão

1960   Eu Não Tenho Onde Morar

1964   Caymmi Visita Tom Elenco

1965   Caymmi and The Girls From Bahia         Odeon

1967   Vinicius e Caymmi no Zum Zum Elenco

1972   Caymmi         Odeon

1973   Caymmi Também É de Rancho.










FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dorival_Caymmi


sábado, 29 de abril de 2023

29 DE ABRIL DIA MUNDIAL DA DANÇA. UM DIA DEDICADO A CELEBRAR A ARTE DE DANÇAR E COMPARTILHAR ESSA PAIXÃO COM PESSOAS DO MUNDO INTEIRO. A DATA FOI ESCOLHIDA EM HOMENAGEM A JEAN-GEORGES NOVERRE, CONSIDERADO UM DOS CRIADORES DO BALÉ MODERNO E QUE COMPLETARIA 296 ANOS NESSA DATA.

 




DIA INTERNACIONAL DA DANÇA OU DIA MUNDIAL DA DANÇA COMEMORADO NO DIA 29 DE ABRIL, foi instituído pelo CID (Comitê Internacional da Dança) da UNESCO. A data foi escolhida para recordar o nascimento do coreógrafo francês Jean-Georges Noverre (1727-1810), um dos pioneiros da dança moderna, com o objetivo celebrar esta arte e mostrar a sua universalidade, além das barreiras políticas, éticas e culturais.

Dia 29 de abril é o Dia Internacional da Dança. E a data foi escolhida em homenagem a Jean-Georges Noverre, considerado um dos criadores do balé moderno e que completaria 296 anos nessa data.

Filho de um soldado suíço ao serviço da Coroa Francesa, Jean-Georges nasceu em Paris e estudou dança com Louis Dupré, estreando nos palcos em 1743, na Opéra-Comique de Paris. Como o Rei Louis XIV, o rei sol, era louco por dança, não demorou a se tornar mestre de balé, em Versalhes. Afinal, foi lá que surgiu a primeira escola de dança, porque o Rei não apenas era um exímio dançarino como queria que todos os nobres dançassem bem também. Depois da França, Jean-Georges, dançou e ensinou em Londres, Berlim e Lyon, antes de voltar para Alemanha.

Na corte do duque Eugen de Württemberg, o coreógrafo estreou seu grande balé de ação, Médée et Jason, ficando famoso e criando quase uma centena de obras, principalmente em Stuttgart e Viena.

Jean-Georges Noverre  nasceu em 29 de abril de 1727 e faleceu em 19 de outubro de 1810, bailarino e professor de balé francês.

Destaca-se na historia da dança por ter escrito um conjunto de cartas sobre o balé da sua época. O nome dessa obra teórica sobre dança se chama “Letters sur la Danse”. A primeira versão foi editada em 1760 em Stuttgart e Lyon; depois a edição inglesa de 1783 e, quase meio século mais tarde, as de 1804 e 1807, de São Petersburgo e Paris. Em todas estas Noverre manteve-se fiel às quinze cartas da primeira edição. Nas novas edições agregou algumas sobre música e duas cartas a Voltaire, cujo tema principal era um ator chamado David Garrick junto com um ensaio sobre a dança na antiguidade, um texto sobre a arquitetura de uma sala de ópera e libretos onde discute a dança em ação.

Noverre começou na dança ainda adolescente, como aluno de Louis Dupré, na Académie Royale de Musique et Danse (futura Opéra de Paris). Estréia como bailarino na Opéra-Comique, mais tarde graças à indicação de uma bailarina famosa, Marie Sallé, Noverre apresenta-se na corte de Fontainebleau. Em seguida esteve um tempo em Berlim a serviço de Federico de Prússia, lá conviveu com famosos bailarinos como Jean Barthélémy Lany e com Barbarina Campanini, que anteriormente desloca do seu posto a Marie Sallé.

Ao voltar a Paris assume o posto de Mestre da Opéra-Comique e organiza em variados gêneros as danças da companhia para garantir bilheteria (de 1730 a 1745, 25 paródias aproximadamente foram criadas). Começa a ser reconhecido quando, na Opéra-Comique, cria o Balé Chinês, seu primeiro balé de sucesso. É convidado pelo ator e empresário inglês David Garrick, para se apresentar em Londres, então cria fama internacionalmente. Em 1760 publica a primeira versão de ‘Cartas sobre a Dança’. De Lyon vai a Stuttgart como mestre de balé do duque Württemberg. Fica a frente de um grupo de baile de artistas renomados, entre eles o coreógrafo Servadoni e o figurinista Boquet.

Os balés se tornaram cada vez mais famosos em toda Europa, expandindo a produção e divulgação da dança. Ao longo da primeira metade do século XVIII já existia um grande contingente de bailarinos, compositores de balés, cenógrafos, figurinistas e músicos circulando na maioria das cidades europeias.

Noverre ultrapassa os princípios gerais que norteavam a dança do seu tempo para enfrentar problemas relativos à execução da obra. A sua proposta era atribuir expressividade a dança através da pantomima, utilizando mãos braços e feições para, segundo ele, sensibilizar e emocionar. Sugere a simplificação na execução dos passos e sutileza nos movimentos para uma ideal expressividade na interpretação da dança. Para Noverre, a dança em ação é a forma de interpretar as ideias escritas na música com verdade ao executar os gestos na dança.

Noverre sentia-se orgulhoso de ter simplificado as alegorias na vestimenta e exigir ação, movimentações na cena e expressão à dança. A grande reforma que distingue o séc. XVIII do XVII e o aproxima do XIX é a criação do <<ballet-pantomima>> termo dado por Noverre no século XVII que se conservou sem mudanças até o século XIX.

Para Laban (1990) a mais importante ação de Noverre foi a busca do gestual de sua época ao levar seus discípulos às ruas, aos mercados e às oficinas para que estudassem os movimentos de seus contemporâneos em vez de copiar os modos corteses de príncipes e cortesãos, que já faltava vinculação com a vida rumorosa das cidades exuberantes do homem industrial.




 

FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Georges_Noverre

sexta-feira, 28 de abril de 2023

A ACADEMIA VOLTA-REDONDENSE DE LETRAS SEDIA A XVII JORNADA CULTURAL DA FALERJ.


Apresentações artísticas, debates, mostras literárias, palestras e dinâmicas fazem parte da programação.

A Academia Volta-Redondense de Letras – Presidente Dr. José Huguenin  sedia, em 29 de abril de 2023-sábado, a XVII Jornada Cultural da FALERJ (Federação das Academias de Letras do Estado do Rio de Janeiro) – Presidente Dra. Márcia Pessanha.   

O evento acontece no Teatro Gacemss 2, das 9 às 16h e conta com a participação de instituições literárias do Estado. Local: Espaço Cultural GACEMSS, Rua 14, nº 22, Vila Santa Cecília, Volta Redonda/RJ. 

Para o presidente da Academia Volta-redondense de Letras, Dr. José Augusto Oliveira Huguenin, o fato de a primeira edição da Jornada Cultural da FALERJ em 2023 acontecer em Volta Redonda é motivo de alegria e contentamento.  Que receber a Jornada Cultural é uma grande honra, pois nos permitirá receber acadêmicos de todo o estado, possibilitando uma discussão não só sobre literatura, mas também sobre o papel das academias. 

Com isso, o presidente Dr. José Huguenin afirma: “a pluralidade cultural promovida pela AVL, que foi fundada em 2005 e nos últimos anos vem intensificando ainda mais suas ações literárias”. Como exemplo ele cita o projeto Poesia & Ponto, lançado em parceria com a Secretaria de Cultura de Volta Redonda e que chegará em breve com sua segunda fase, estampando mais poemas nos pontos de ônibus espalhados pela cidade. 

DATA DA CRIAÇÃO DA JORNADA CULTURAL DA FALERJ

Criada em 2018, a jornada cultural da FALERJ teve sua primeira edição promovida em Campos dos Goytacazes, pela ACL (Academia Campista de Letras) e a mais recente ocorreu em novembro de 2022, em Petrópolis. Agora, em abril de 2023, caberá à AVL dar prosseguimento, seguindo os moldes promovidos pela Jornada Cultural, que também contará com café da manhã (assinado pela MS Café) e a presença da presidente da FALERJ, Dra. Márcia Maria de Jesus Pessanha.

A programação está muito focada na produção regional e mostrará os talentos literários e artísticos de Volta Redonda, como apresentações teatrais e literárias. Acredito que a discussão em torno do Polo Regional do Vale do Café, o primeiro da FALERJ, trará temas de muita relevância para a literatura da cidade, portanto, tem amplo interesse de escritores e amantes da literatura em geral - explica Huguenin. 

O evento também contará com uma instalação interativa, expondo obras publicadas por integrantes da AVL na galeria de artes do Gacemss, além de uma apresentação do esquete “A Chaminé”, com os atores Bia Bastos, Caio César, Gustavo Aquino, Igor Andrade, Marcela Vieira e Milena Barbosa, sob a direção de Stael Oliveira, da Companhia Arte em Cena. No período vespertino, uma edição especial do Pequenas Leituras, com o Grupo Cênico Estudarte, tendo escalados os atores Maycon Lendel, Pedro Domiciano, Ramon Amorim e Rodrigo Hallvys, que também assina a direção da edição de leituras dramáticas.

Durante a programação promovida pela AVL, haverá um café da manhã que leva a assinatura de Marcelo Saviolo, da MS Café, inserido na galeria de artes do Gacemss, em meio a uma instalação que contará com diversas obras já publicadas pelos membros da academia. Logo após, palestras, intervenções artísticas, debates e mostras literárias seguirão em dinâmicas que originárias de atividades já promovidas pela AVL durante seus dezoito anos de existência.

 

XVII JORNADA SOCIOCULTURAL DA FALERJ

 

PROGRAMAÇÃO

 

9h Recepção/Café de recepção

10h Composição da mesa e abertura dos trabalhos.

10h30min – Intervenção Teatral “A chaminé” com a Cia de Teatro Arte em Cena – Direção da acadêmica Stael de Oliveira. Baseada em poemas de Nelita Teixeira, José Huguenin e Luís Feijolo.

11h – Breve apresentação dos presidentes e/ou representantes das instituições
acadêmicas.

11h30min – Mesa “A mulher na literatura”. Debatedoras: Ana Malfacini, Flávia
Souza Lima e Mércia Christanni Mediação: Raquel Leal.

12h30min – Almoço por adesão

14h- “Pequenas leituras” – Intervenção Teatral com o Grupo Estudarte – Dir.
Acadêmico Rodrigo Hallvys.

14h30min às 15h30min – Mesa “Polos Regionais da FALERJ e a integração literário acadêmica nas regiões fluminenses: o caso do Polo Regional do Vale do café”. Mediação: Márcia Pessanha (AFL), Debatedores: Sebastião Deister (Paty do Alferes), Saulo Soares (Piraí), Gustavo Abruzzini (Valença), Sheila Mares-Guia (Vassouras) e José Huguenin (Volta Redonda).

15h30min às 16h - Propostas e sugestões para os próximos encontros da FALERJ.

16h - Encerramento dos trabalhos. 


REALIZAÇÃO