segunda-feira, 17 de abril de 2023

EFEMÉRIDES: HÁ 35 ANOS, EM 17 DE ABRIL DE 1988 FALECEU LINDA BATISTA – CANTORA, COMPOSITORA BRASILEIRA, PRIMEIRA RAINHA DO RÁDIO.



Florinda Grandino de Oliveira, conhecida como Linda Batista nasceu em São Paulo, 14 de junho de 1919 e faleceu no Rio de Janeiro, 17 de abril de 1988, Filha do famoso ventríloquo carioca João Batista de Oliveira Junior. Nasceu em São Paulo, por exigência da avó, que era paulista e muito supersticiosa. Irmã da também atriz Dircinha Batista.

Estudou nos melhores colégios religiosos do Rio de Janeiro. Aos 10 anos começou a aprender violão com o cantor Patrício Teixeira, chegando a compor uma música intitulada "Tão Sozinha". Dois anos depois acompanha a irmã em apresentações na Casa do Estudante. Em 1936, por um atraso de Dircinha, substituiu-a, estreando como cantora no programa que Francisco Alves fazia na Rádio Cajuti, interpretando Malandro, de Claudionor Cruz. Obteve sucesso, sendo convidada para outras apresentações nessa emissora. É eleita pela 1ª vez Rainha do Rádio, em 1937. Manteve o título por onze anos consecutivos.  Tornou-se crooner da orquestra de Kolman, no Cassino da Urca e, em 1938, pela Odeon, lançou seu 1º disco, em que interpretava em dupla com Fernando Álvarez, Chimarrão (Djalma Esteves) e Churrasco (Djalma Esteves e Augusto Garcez). 

Em 1940 transferiu-se para a Victor, onde sua primeira gravação foi a marcha-conga "Passei na Ponte", de Ary Barroso. Em 1941 fez uma excursão a Buenos Aires, Argentina, e lançou "Tudo é Brasil", de Vicente Paiva e Sá Róris, e "Batuque no Morro", de Russo do Pandeiro e Sá Róris, com muito sucesso. Neste mesmo ano apresentou-se na Rádio Nacional. No ano seguinte viajou novamente à Argentina e, em 1943, assinou contrato com a Rádio Tupi. Para o Carnaval de 1944 lançou "Clube dos Barrigudos", de Cristóvão de Alencar e Haroldo Lobo. 

Em 1948 gravou "Enlouqueci", de Luís Soberano, Valdomiro Pereira e João Sales. "Nega Maluca", de Fernando Lobo e Evaldo Rui, samba lançado para o Carnaval de 1950, foi um dos seus maiores sucessos, chegando a ser nome de uma rua no bairro paulistano do Jabaquara. 

Após uma viagem à Argentina, em 1959, voltou à Rádio Nacional e recebeu da UBC e da SBACEM o troféu Noel Rosa, por gravar exclusivamente música brasileira. A partir de 1960 lançou, principalmente, músicas de Carnaval, inclusive algumas de sua autoria, participando de programas de televisão. Seguindo a trajetória de suas companheiras Emilinha Borba, Marlene, Nora Ney e a irmã Dircinha Batista, autênticas representantes da fase áurea do rádio carioca, também se afastou a partir dos anos 60 das atividades artísticas.

Morte 

Faleceu em 17 de abril de 1988, vítima de embolia pulmonar, na cidade do Rio de Janeiro. Encontra-se sepultada no Cemitério de São João Batista, em Botafogo.

                                                                                           

SUCESSOS

 

Amor passageiro, Jorge Abdalla e Zé Kéti (1952)

Bis, maestro, bis!, Cristóvão de Alencar e J. Maia (1940)

Bambu, Fernando Lobo e Manezinho Araújo (1951)

Batuque no morro, Russo do Pandeiro e Sá Róris (1941)

Bom dia, Aldo Cabral e Herivelto Martins - com as Três Marias (1942)

Calúnia, Lupicínio Rodrigues e Rubens Santos (1958])

Chico Viola, Nássara e Wilson Batista - com Trio Madrigal (1953)

Coitado do Edgar, Benedito Lacerda e Haroldo Lobo (1945)

Criado com vó, Marambá (1946)

Da Central a Belém, Chiquinho Sales (1943)

Dona Divergência, Felisberto Martins e Lupicínio Rodrigues (1951)

Enlouqueci, João Sales, Luiz Soberano e Valdomiro Pereira (1948)

Eu fui à Europa, Chiquinho Sales (1941)

Foi assim, Lupicínio Rodrigues (1952)

Levou fermento, Monsueto (1956)

Madalena, Ary Macedo e Airton Amorim (1951)

Marcha do paredão, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1961)

Me deixa em paz, Airton Amorim e Monsueto (1952)

Meu pecado, não, Fernando Lobo e Paulo Soledade (1953)

Migalhas, Felisberto Martins e Lupicínio Rodrigues (1950)

Nega maluca, Evaldo Rui e Fernando Lobo (1950)

No boteco do José, Augusto Garcez e Wilson Batista (1945)

O maior samba do mundo, David Nasser e Herivelto Martins - com Nelson Gonçalves (1958)

Ó abre alas!, Chiquinha Gonzaga - com Dircinha Batista (1971)

Palavra de honra, Armando Fernandes e Carolina Cardoso de Menezes (1955)

Prece de um sambista, Billy Blanco (1952)

Quem gosta de passado é museu, de sua autoria e Jorge de Castro (1964)

Quero morrer no carnaval, Luiz Antônio e Eurico Campos (1961)

Risque, Ary Barroso - com Trio Surdina (1953)

Stanislau Ponte Preta, Altamiro Carrilho e Miguel Gustavo (1959)

Trapo de gente, Ary Barroso - com Trio Surdina (1953)

Tudo é Brasil, Sá Róris e Vicente Paiva (1941)

Valsinha do Turi-turé, Custódio Mesquita e Evaldo Rui (1945)

Vingança, Lupicínio Rodrigues (1951)

Volta, Lupicínio Rodrigues (1957)

 

FILMOGRAFIA

 

Maridinho de Luxo (1938)

Banana da Terra (1939)

Céu Azul (1940)

Tristezas Não Pagam Dívidas (1943)

Samba em Berlim (1943)

Abacaxi Azul (1944)

Não Adianta Chorar (1945)

Caídos do Céu (1946)

Não Me Digas Adeus (1947)

Folias Cariocas (1948)

Esta É Fina (1948)

Fogo na Canjica (1948)

Pra Lá de Boa (1949)

Eu Quero É Movimento (1949)

Um Beijo Roubado - Noites de Copacabana (1950)

Aguenta Firme, Isidoro (1951)

Tudo Azul (1952)

Está com Tudo (1952)

É Fogo na Roupa (1952)

Carnaval em Caxias (1954)

O Petróleo É Nosso (1954)

Carnaval em Marte (1955)

Tira a Mão Daí (1956)

Depois Eu Conto (1956)

Metido a Bacana (1957)

É de Chuá (1958)

Mulheres à Vista (1959)

Virou Bagunça (1960)

Cantoras do Rádio, documentário de 2009 dirigido por Gil Baroni.

 

 






 

FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Linda_Batista

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário