Florinda Grandino de Oliveira, conhecida como Linda Batista nasceu em São Paulo, 14 de junho de 1919 e faleceu no Rio de Janeiro, 17 de abril de 1988, Filha do famoso ventríloquo carioca João Batista de Oliveira Junior. Nasceu em São Paulo, por exigência da avó, que era paulista e muito supersticiosa. Irmã da também atriz Dircinha Batista.
Estudou nos melhores colégios religiosos do Rio de Janeiro. Aos 10 anos começou a aprender violão com o cantor Patrício Teixeira, chegando a compor uma música intitulada "Tão Sozinha". Dois anos depois acompanha a irmã em apresentações na Casa do Estudante. Em 1936, por um atraso de Dircinha, substituiu-a, estreando como cantora no programa que Francisco Alves fazia na Rádio Cajuti, interpretando Malandro, de Claudionor Cruz. Obteve sucesso, sendo convidada para outras apresentações nessa emissora. É eleita pela 1ª vez Rainha do Rádio, em 1937. Manteve o título por onze anos consecutivos. Tornou-se crooner da orquestra de Kolman, no Cassino da Urca e, em 1938, pela Odeon, lançou seu 1º disco, em que interpretava em dupla com Fernando Álvarez, Chimarrão (Djalma Esteves) e Churrasco (Djalma Esteves e Augusto Garcez).
Em 1940 transferiu-se para a Victor, onde sua primeira gravação foi a marcha-conga "Passei na Ponte", de Ary Barroso. Em 1941 fez uma excursão a Buenos Aires, Argentina, e lançou "Tudo é Brasil", de Vicente Paiva e Sá Róris, e "Batuque no Morro", de Russo do Pandeiro e Sá Róris, com muito sucesso. Neste mesmo ano apresentou-se na Rádio Nacional. No ano seguinte viajou novamente à Argentina e, em 1943, assinou contrato com a Rádio Tupi. Para o Carnaval de 1944 lançou "Clube dos Barrigudos", de Cristóvão de Alencar e Haroldo Lobo.
Em 1948 gravou "Enlouqueci", de Luís Soberano, Valdomiro Pereira e João Sales. "Nega Maluca", de Fernando Lobo e Evaldo Rui, samba lançado para o Carnaval de 1950, foi um dos seus maiores sucessos, chegando a ser nome de uma rua no bairro paulistano do Jabaquara.
Após
uma viagem à Argentina, em 1959, voltou à Rádio Nacional e recebeu da UBC e da
SBACEM o troféu Noel Rosa, por gravar exclusivamente música brasileira. A
partir de 1960 lançou, principalmente, músicas de Carnaval, inclusive algumas
de sua autoria, participando de programas de televisão. Seguindo a trajetória
de suas companheiras Emilinha Borba, Marlene, Nora Ney e a irmã Dircinha
Batista, autênticas representantes da fase áurea do rádio carioca, também se
afastou a partir dos anos 60 das atividades artísticas.
Morte
Faleceu
em 17 de abril de 1988, vítima de embolia pulmonar, na cidade do Rio de
Janeiro. Encontra-se sepultada no Cemitério de São João Batista, em Botafogo.
SUCESSOS
Amor
passageiro, Jorge Abdalla e Zé Kéti (1952)
Bis,
maestro, bis!, Cristóvão de Alencar e J. Maia (1940)
Bambu,
Fernando Lobo e Manezinho Araújo (1951)
Batuque
no morro, Russo do Pandeiro e Sá Róris (1941)
Bom
dia, Aldo Cabral e Herivelto Martins - com as Três Marias (1942)
Calúnia,
Lupicínio Rodrigues e Rubens Santos (1958])
Chico
Viola, Nássara e Wilson Batista - com Trio Madrigal (1953)
Coitado
do Edgar, Benedito Lacerda e Haroldo Lobo (1945)
Criado
com vó, Marambá (1946)
Da
Central a Belém, Chiquinho Sales (1943)
Dona
Divergência, Felisberto Martins e Lupicínio Rodrigues (1951)
Enlouqueci,
João Sales, Luiz Soberano e Valdomiro Pereira (1948)
Eu
fui à Europa, Chiquinho Sales (1941)
Foi
assim, Lupicínio Rodrigues (1952)
Levou
fermento, Monsueto (1956)
Madalena,
Ary Macedo e Airton Amorim (1951)
Marcha
do paredão, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1961)
Me
deixa em paz, Airton Amorim e Monsueto (1952)
Meu
pecado, não, Fernando Lobo e Paulo Soledade (1953)
Migalhas,
Felisberto Martins e Lupicínio Rodrigues (1950)
Nega
maluca, Evaldo Rui e Fernando Lobo (1950)
No
boteco do José, Augusto Garcez e Wilson Batista (1945)
O
maior samba do mundo, David Nasser e Herivelto Martins - com Nelson Gonçalves
(1958)
Ó
abre alas!, Chiquinha Gonzaga - com Dircinha Batista (1971)
Palavra
de honra, Armando Fernandes e Carolina Cardoso de Menezes (1955)
Prece
de um sambista, Billy Blanco (1952)
Quem
gosta de passado é museu, de sua autoria e Jorge de Castro (1964)
Quero
morrer no carnaval, Luiz Antônio e Eurico Campos (1961)
Risque,
Ary Barroso - com Trio Surdina (1953)
Stanislau
Ponte Preta, Altamiro Carrilho e Miguel Gustavo (1959)
Trapo
de gente, Ary Barroso - com Trio Surdina (1953)
Tudo
é Brasil, Sá Róris e Vicente Paiva (1941)
Valsinha
do Turi-turé, Custódio Mesquita e Evaldo Rui (1945)
Vingança,
Lupicínio Rodrigues (1951)
Volta,
Lupicínio Rodrigues (1957)
FILMOGRAFIA
Maridinho
de Luxo (1938)
Banana
da Terra (1939)
Céu
Azul (1940)
Tristezas
Não Pagam Dívidas (1943)
Samba
em Berlim (1943)
Abacaxi
Azul (1944)
Não
Adianta Chorar (1945)
Caídos
do Céu (1946)
Não
Me Digas Adeus (1947)
Folias
Cariocas (1948)
Esta
É Fina (1948)
Fogo
na Canjica (1948)
Pra
Lá de Boa (1949)
Eu
Quero É Movimento (1949)
Um
Beijo Roubado - Noites de Copacabana (1950)
Aguenta
Firme, Isidoro (1951)
Tudo
Azul (1952)
Está
com Tudo (1952)
É
Fogo na Roupa (1952)
Carnaval
em Caxias (1954)
O
Petróleo É Nosso (1954)
Carnaval
em Marte (1955)
Tira
a Mão Daí (1956)
Depois
Eu Conto (1956)
Metido
a Bacana (1957)
É
de Chuá (1958)
Mulheres
à Vista (1959)
Virou
Bagunça (1960)
Cantoras
do Rádio, documentário de 2009 dirigido por Gil Baroni.
FONTE:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linda_Batista
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