Charlotte
Brontë nasceu em Thornton que fica a oeste de Bradford, West Yorkshire, Reino
Unido, em 21 de abril de 1816 e faleceu em Haworth, em 31 de março de 1855, aos
39 anos. A autora escreveu o seu romance mais conhecido, Jane Eyre com o
pseudônimo Currer Bell.
Charlotte
era a terceira dos seis filhos nascidos de Maria Branwell e Patrick Brontë
(cujo sobrenome anterior era Brunty ou Prunty), um pastor anglicano de origem
irlandesa. Em 1820, a família mudou-se para uma aldeia a alguns quilômetros de
Haworth, onde Patrick tinha sido nomeado coadjutor perpétuo na Igreja de São
Miguel e Todos os Anjos. A mãe de Charlotte morreu no dia 15 de setembro de
1821, deixando as suas cinco filhas e o filho aos cuidados da sua irmã,
Elizabeth Branwell.
Em
agosto de 1824, Charlotte e as suas irmãs Emily, Maria e Elizabeth, foram
enviadas para a escola de filhas do clero em Cowan Bridge, Lancashire, uma
escola que descreveu em detalhe no seu romance "Jane Eyre" com o nome
de Lowood School. Charlotte iria sempre afirmar que as fracas condições da
escola afetaram permanentemente a sua saúde e desenvolvimento e apressaram a
morte das suas irmãs mais velhas, Maria (nascida em 1814) e Elizabeth (nascida
em 1815), que morreram de tuberculose em Junho de 1825. Pouco depois da morte
das suas irmãs, o seu pai retirou as restantes filhas da escola.
De
regresso a casa, em Haworth Parsonage, uma pequena reitoria perto do cemitério
de uma aldeia fria e ventosa nas colinas de Yorkshire, Charlotte passou a ser
"uma amiga maternal e guardiã das suas irmãs mais novas". Juntamente
com os seus irmãos ainda vivos (Branwell, Emily e Anne), Charlotte começou a
escrever sobre as vidas e lutas dos habitantes dos seus reinos imaginários.
Charlotte e Branwell começaram a escrever histórias byronianas sobre um país
que tinham inventado chamado Angria, ao mesmo tempo que Emily e Anne começaram
a escrever artigos e poemas sobre Gondal, o país que também tinham inventado.
As sagas (parte das quais ainda existe nos dias de hoje em forma de manuscrito)
eram elaboradas e rebuscadas e instigou-as desde a infância e adolescência com
um interesse quase obsessivo que as preparou para a sua vocação literária
durante a idade adulta.
Charlotte
continuou a sua educação em Roe Head, Mirfield, entre 1831 e 1832, onde
conheceu as duas amigas com quem trocaria correspondência o resto da vida:
Ellen Nussey e Mary Taylor. Durante este período, Charlotte escreveu a novela
"The Green Dwarf" em 1833 com o pseudónimo Wellesley. Charlotte
regressou à escola, desta vez como professora, em 1835 e permaneceu nesta
função até 1838. Em 1839, aceitou a primeira de muitas posições como governanta
em várias famílias do Yorkshire, uma carreira que seguiu até 1841. Em termos
políticos, Charlotte era conservadora, mas promovia a ideia de tolerância em
vez de revolução. Tinha princípios morais muito fortes e, apesar da sua
timidez, estava sempre pronta para defender os seus princípios.
Em
1842, Charlotte e Emily viajaram para Bruxelas para trabalhar num internato
dirigido por Constantin Héger e pela sua esposa Claire Zoé Parent Heger. Em
troca de alimentação e educação, Charlotte ensinava inglês e Emily música.
A
sua estadia no internato foi encurtada pela morte súbita da sua tia Elizabeth
Branwell de obstrução intestinal em outubro de 1842. Charlotte regressou
sozinha a Bruxelas em Janeiro de 1843 depois de aceitar um posto como
professora no internato. A sua segunda estadia não foi feliz. Começou a
sentir-se sozinha, com saudades de casa e começou a apaixonar-se por Constantin
Heger. Acabou por regressar a Haworth em janeiro de 1844 e mais tarde usou
partes da sua experiência no internato para escrever alguns de seus romances.
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