Sacadura Cabral ficou conhecido por ter feito dupla com Gago Coutinho na viagem de travessia do Atlântico Sul em 1924. Os dois oficiais da marinha conheceram-se nas ex-colônias africanas onde Sacadura serviu durante a primeira Guerra Mundial. Foi ainda um dos primeiros instrutores da Escola Militar de Aviação, diretor dos serviços de Aeronáutica Naval e comandante de esquadrilha na Base Naval de Lisboa. Após a travessia, Gago Coutinho e Sacadura Cabral foram aclamados em Portugal e no Brasil.
Artur de Sacadura Freire Cabral, mais conhecido por Sacadura Cabral nasceu em Celorico da Beira, São Pedro, em 23 de maio de 1881 e faleceu no Mar do Norte, 15 de novembro de 1924, foi um aviador e oficial da Marinha Portuguesa.
Era filho primogênito de Artur de Sacadura Freire Cabral e Maria Augusta da Silva Esteves de Vasconcelos, de família oriunda da Beira Interior. Após os estudos primários e secundários assentou praça em 10 de novembro de 1897 como aspirante de marinha e frequentou a Sala do Risco, antecessora da atual Escola Naval, onde foi o primeiro classificado do seu curso. Foi promovido a segundo-tenente em 27 de abril de 1903, a primeiro-tenente a 30 de setembro de 1911, a capitão-tenente em 25 de abril de 1918 e, por distinção, a capitão de fragata em 1922. Terminado o seu curso, seguiu em 1901, a bordo do São Gabriel, para a Divisão Naval de Moçambique.
Serviu nas colônias no decurso da Primeira Guerra Mundial. Foi um dos primeiros instrutores da Escola Militar de Aviação, diretor dos serviços de Aeronáutica Naval e comandante de esquadrilha na Base Naval de Lisboa.
Unanimemente considerado um aviador distintíssimo pelas suas qualidades de coragem e inteligência, notabilizou-se a nível mundial, ultrapassando as insuficiências técnicas e materiais que na época se faziam sentir. Quando conheceu, em África, Gago Coutinho, incentivou-o a dedicar-se ao problema da navegação aérea, o que levou ao desenvolvimento do sextante de bolha artificial. Juntos inventaram um "corretor de rumos" para compensar o desvio causado pelo vento. Realizou diversas travessias aéreas memoráveis, notabilizando-se especialmente em 1922, ao efetuar com Gago Coutinho, a primeira travessia aérea do Atlântico Sul.
Desapareceu no mar do norte quando
realizava o transporte de um avião Fokker para Lisboa, em 1924. O corpo nunca
foi encontrado e do aparelho foi recolhido apenas um flutuador.
Placa em homenagem a Sacadura Cabral e Gago Coutinho na Estação São Bento (Porto)
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