domingo, 3 de setembro de 2023

MUSEU NACIONAL REABRIRÁ EM ABRIL DE 2026. A INFORMAÇÃO FOI DIVULGADA NO DIA 02 DE SETEMBRO DE 2023-SÁBADO. DATA EM QUE O INCÊNDIO QUE DESTRUIU GRANDE PARTE DO ACERVO HISTÓRICO DO MUSEU COMPLETOU CINCO ANOS.

 

 


O MUSEU NACIONAL, um dos mais tradicionais do país, que fica localizado na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio de Janeiro, tem previsão de reabertura para abril de 2026. A informação foi divulgada sábado 02/09/2023, por Alexander Kellner, diretor DO Museu. 

Vale destacar que o anúncio aconteceu justamente na data em que, há cinco anos, isto é, no dia 02 de setembro de 2018 data em que aconteceu o incêndio, o museu pegou fogo e viu grande parte de seu acervo histórico ser destruído pelas chamas. 

Nestes cinco anos, nós avançamos muito, conseguimos criar um projeto, o mais rápido possível”, disse Alexander Kellner.

O Museu Nacional foi fundado em 1818, por Dom João VI, e abrigou a Família Real portuguesa e sediou o então governo brasileiro, à época Império.

Entre fósseis de dinossauros e objetos históricos, seu acervo continha mais de 20 milhões de itens, que acabaram majoritariamente destruídos pelo incêndio de grandes proporções ocorrido em 2018. Atualmente, o Museu Nacional é administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

 

UM POUCO SOBRE O MUSEU NACIONAL

 

Vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é a mais antiga instituição científica do Brasil que, até setembro de 2018, figurou como um dos maiores museus de história natural e de antropologia das Américas. Localiza-se no interior do parque da Quinta da Boa Vista, na cidade do Rio de Janeiro, estando instalado no Palácio de São Cristóvão. O palácio serviu de residência à família real portuguesa de 1808 a 1821, abrigou a família imperial brasileira de 1822 a 1889 e sediou a primeira Assembleia Constituinte Republicana de 1889 a 1891, antes de ser destinado ao uso do museu, em 1892. O edifício é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) desde 1938. Fundado por Dom João VI em 6 de junho de 1818 sob a denominação de Museu Real, o museu foi inicialmente instalado no Campo de Santana, reunindo o acervo legado da antiga Casa de História Natural, popularmente chamada "Casa dos Pássaros", criada em 1784 pelo Vice-Rei Dom Luís de Vasconcelos e Sousa, além de outras coleções de mineralogia e zoologia. A criação do museu visava atender aos interesses de promoção do progresso socioeconômico do país através da difusão da educação, da cultura e da ciência. Ainda no século XIX, notabilizou-se como o mais importante museu do seu gênero na América do Sul. Foi incorporado à Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1946. 

O Museu Nacional abrigava um vasto acervo com mais de 20 milhões de itens, englobando alguns dos mais relevantes registros da memória brasileira no campo das ciências naturais e antropológicas, bem como amplos e diversificados conjuntos de itens provenientes de diversas regiões do planeta, ou produzidos por povos e civilizações antigas. Formado ao longo de mais de dois séculos por meio de coletas, escavações, permutas, aquisições e doações, o acervo era subdividido em coleções de geologia, paleontologia, botânica, zoologia, antropologia biológica (incluindo-se neste núcleo os remanescentes do esqueleto de Luzia, o mais antigo fóssil humano das Américas), arqueologia e etnologia. Foi a principal base para as pesquisas realizada pelos departamentos acadêmicos do museu — que desenvolve atividades em todas as regiões do país e em outras partes do mundo, incluindo o continente antártico. Possui uma das maiores bibliotecas especializadas em ciências naturais do Brasil, com mais de 470 000 volumes e 2 400 obras raras. 

No campo do ensino, o museu oferece cursos de extensão, especialização e pós-graduação em diversas áreas do conhecimento, além de realizar exposições temporárias e atividades educacionais voltadas ao público em geral. Administra o Horto Botânico, ao lado do Palácio de São Cristóvão, além do campus avançado na cidade de Santa Teresa, no Espírito Santo — a Estação Biológica de Santa Lúcia, mantida em conjunto com o Museu de Biologia Professor Mello Leitão. Um terceiro espaço no município de Saquarema é utilizado como centro de apoio às pesquisas de campo. Dedica-se, por fim, à produção editorial, destacando-se nessa vertente a edição dos Arquivos do Museu Nacional, o mais antigo periódico científico brasileiro especializado em ciências naturais, publicado desde 1876. 

Na noite de 2 de setembro de 2018, um incêndio de grandes proporções atingiu a sede do Museu Nacional, destruindo a quase totalidade do acervo em exposição, uma perda inestimável e incalculável para formação histórica e cultural não só do país mas do mundo. Foram perdidos registros de dialetos e cantos indígenas de comunidades que já se extinguiram, afirmou o historiador Daniel Tutushamum Puri. O edifício que abriga o museu também resultou extremamente danificado, com rachaduras, desabamento de sua cobertura, além da queda de lajes internas. 

Em 17 de janeiro de 2019 o Museu Nacional inaugurou sua primeira exposição após o incêndio que destruiu seu acervo. O acervo das pesquisas sobre fósseis de animais marinhos, elaborado por funcionários da instituição, foi exposto no prédio da Casa da Moeda. O público pôde encontrar fósseis de 80 milhões de anos. 

Em 2019 o Museu Nacional teve disponível uma verba de 85,4 milhões de reais para uso nas obras de recuperação do acervo e infraestrutura. Essa verba foi recebida após a repercussão do incidente, que provocou manifestações denunciando o descaso do governo, e debates acalorados em redes sociais em torno da manutenção da instituição histórica. Dos R$ 85,4 milhões de reais destinados ao Museu Nacional, R$ 55 milhões virão do Orçamento da União para 2019 que foi aprovado pelo Congresso Nacional em 19 de dezembro de 2018. A verba foi indicada por deputados da bancada do Rio de Janeiro e apresentada como emenda impositiva, aprovada pela Comissão Mista de Orçamento.

Em 2 de setembro de 2022, o Museu Nacional reinaugurou a fachada e o jardim do terraço. Em comemoração a 200 anos da Independência do Brasil, algumas exposições também foram abertas em diferentes áreas do museu.









 

FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_Nacional_(Rio_de_Janeiro)  

https://museunacionalvive.org.br/linha-do-tempo/  

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