segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

ANTÔNIO PARREIRAS PROFISSIONAL DE PINTURAS ADMIRÁVEIS | HOMENAGEM DO FOCUS PORTAL CULTURAL.




Postagem dedicada às artistas plásticas de nosso convívio de afetividade e cultura: Shirley Araújo(pintora); Matilde Carone Slaibi Conti(pintora); Maria Otília Camillo(pintora);  Nilde Barros Diuana(escultora); De Luna(pintor); Gilda Uzeda(pintora); Jefferson Tardin(escultor) e a grande admiradora de Antônio Parreiras, Uyara Schiefer. Registro os  Cumprimentos especiais a todas essas personalidades da cultura brasileira. Alberto Araújo 📷




Antônio Diogo da Silva Parreiras nasceu em Niterói, no dia 20 de janeiro de 1860 e faleceu em  Niterói, no dia 17 de outubro de 1937 aos 77 anos.

Antônio Parreiras iniciou seus estudos artísticos como aluno livre na Academia Imperial de Belas Artes (AIBA), no Rio de Janeiro, em 1883, onde permanece até meados de 1884. Neste período frequenta as aulas de paisagem, flores e animais, disciplina ministrada por Georg Grimm (1846-1887).

Por discordar do ensino oferecido, desliga-se da AIBA e segue seu antigo professor, passando a integrar o Grupo Grimm ao lado de Castagneto (1851-1900), Caron (1862-1892), Garcia y Vasquez (1859-1912), entre outros, dedicando-se à pintura ao ar livre. Em 1888, viaja para a Itália e durante dois anos frequenta a Accademia di Belle Arti di Venezia Academia de Belas Artes.

Funda a Escola do Ar Livre, em Niterói, Rio de Janeiro. De 1906 a 1919 viaja frequentemente a Paris, onde mantém ateliê. Recebe, em 1911, o título de delegado da Sociéte Nationale des Beaux Arts, raramente concedido a estrangeiros. 

Em 1926, lança seu livro autobiográfico História de um Pintor Contada por Ele Mesmo, com o qual ingressa na Academia Fluminense de Letras, na Classe Belas Artes.

Funda o Salão Fluminense de Belas Artes, em Niterói, em 1929. Em 1941, sua casa-ateliê, na mesma cidade, é transformada no Museu Antônio Parreiras, com o objetivo de preservar e divulgar sua obra.

Suas pinturas paisagistas podem ser consideradas como representação de paisagens e momentos, acontecimentos considerados sublimes. Parreiras abordava a natureza com olhos de artista, sentindo-a com a emoção que causa a quem pessoalmente presencia o que retrata. Tinha o desejo de interpretar a natureza quando esta ainda parecia ter sido intocada.

Acredita-se que, para além de cumprir contratos Parreiras tem obras espalhadas por importantíssimas edificações públicas, o pintor tenha imprimido em seus quadros sua visão sobre a história nacional. Hoje, suas obras históricas podem, em sua maioria, ser encontradas nos museus de arte e história do Brasil afora ou até mesmo na decoração de algumas das sedes de governo do país. Para São Paulo, foram duas as obras encomendadas: o Salão Nobre da Câmara Municipal e o Gabinete do Prefeito têm obras de Antônio Parreiras como objetos decorativos.

Em 1885, Parreiras realiza suas primeiras exposições, nas quais mostra as paisagens que fez durante as expedições do Grupo Grimm. Com a desarticulação do coletivo, o artista prossegue o aprendizado como autodidata. No ano seguinte, excursiona com o pintor Pinto Bandeira (1863-1896) pela serra de Petrópolis, Rio de Janeiro. Lá, realiza paisagens em que o céu é pintado de maneira encrespada, a atmosfera é carregada e a vegetação, selvagem. A partir daí, sua pincelada torna-se mais espessa e seus temas, mais dramáticos. Parreiras pinta cenas em que a natureza aparece com força incontrolável. Essas pinturas obtêm sucesso crescente. Em 1886 o imperador Dom Pedro II (1825-1891) adquire o quadro Foz do Rio Icarahy (1885), e no ano seguinte a AIBA compra as telas A Tarde e O Rio de Janeiro Depois da Tempestade.

Esse reconhecimento permite que o artista viaje à Europa em 1888. Desembarca no porto de Gênova e depois de estabelecer-se por um curto período em Roma, fixa residência na cidade de Veneza, matriculando-se como aluno livre da Accademia di Belle Arti di Venezia onde estuda por dois anos, tendo aulas com o professor Filippo Carrano. Por meio deste contato Parreiras se entusiasma com a possibilidade de pintar a natureza em mutação, figurando processos efêmeros, como as transformações produzidas pela neblina e pela mudança das condições atmosféricas na paisagem. Suas telas tornam-se mais cheias de figuras e com a pasta de tinta ainda mais espessa. O artista se aproxima de técnicas impressionistas da pintura italiana. É na temporada européia que ele começa a interessar-se pela figura humana e toma contato com a poesia clássica.

Em seu retorno ao Brasil, em 1890, Parreiras é nomeado professor interino da cadeira de paisagem da Aiba, permanecendo no cargo por apenas dois meses. Nesse mesmo ano, a reforma curricular proposta por Rodolfo Bernardelli (1852-1931) e Rodolfo Amoedo (1857-1941) extingue a disciplina de paisagem e altera o nome da instituição para Escola Nacional de Belas Artes (Enba). No ano seguinte, Parreiras passa a lecionar na Escola do Ar Livre, por ele fundada, em Niterói, com orientação contrária à do ensino oficial. Mantém contato direto com a paisagem e se dedica a capturar a especificidade da paisagem brasileira. Por volta de 1894, suas pinturas se tornam mais claras, demonstrando interesse pela luminosidade tipicamente nacional. Na pintura Sertanejas (1896), aproxima-se da natureza virgem e distante da presença do homem. Nesse trabalho o pintor pretende figurar o vigor de uma flora intocada e tipicamente brasileira, descoberta em seus estudos em expedição nas matas de Teresópolis, Rio de Janeiro.

Entre o fim do século XIX e o início do século XX, Parreiras torna-se um artista consagrado. Ele amplia o leque de temas e deixa de dedicar-se exclusivamente às paisagens. A partir de 1899, recebe encomendas de execução de painéis em alguns palácios e prédios públicos. Incentivado por Victor Meirelles (1832-1903), executa pinturas de cenas históricas para o poder público. Entre elas se destacam Proclamação da República, Morte de Estácio de Sá e Prisão de Tiradentes, trabalhos que aumentam sua notoriedade no Brasil. O sucesso lhe proporciona uma vida mais confortável. A partir de 1906, Parreiras vive entre Paris e Niterói. Mantém ateliê na França, onde trabalha e expõe com regularidade. Em 1909, mostra seu trabalho com nu feminino Fantasia, no Salon de la Societé National des Beaux Arts. A repercussão é muito positiva, e esse gênero de pintura se torna um dos principais filões de sua produção. Parreiras é eleito, pelos leitores da Revista Fon Fon, o maior pintor brasileiro vivo em 1925. O artista falece em 1937, em Niterói.

 

ALGUMAS PINTURAS DE ANTÔNIO PARREIRAS


Canto de praia, São Domingos, Niterói, RJ - Antônio Parreiras

 Canto do Rio Em 1913, quatro amigos entre os 10 e 11 anos de idade fundaram 
o Canto do Rio Foot-Ball Club.

Panorama de Niterói, 1892
Antônio Parreiras
Óleo sobre tela, c.i.d.
243,50 cm x 338,30 cm


Prisão de Tiradentes, 1914
Antônio Parreiras
Óleo sobre tela, c.i.e.
180,00 cm x 282,00 cm

São Domingos, 1902
Antônio Parreiras
Óleo sobre tela, c.i.d.
68,00 cm x 105,00 cm

Morte de Fernão Dias Paes Leme, 1920
Antônio Parreiras
Óleo sobre tela
110,90 cm x 144,20 cm
Pinacoteca do Município de São Paulo. Coleção de Arte da Cidade.
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini.

Nonchalance, 1914
Antônio Parreiras
Óleo sobre tela, c.i.e.
100,00 cm x 200,00 cm - 
Reprodução Fotográfica José Francheschi

O Labor ou A Derrubada, 1930
Antônio Parreiras
Óleo sobre tela, c.i.d.
280,00 cm x 480,00 cm

O Rio de Janeiro Depois da Trovoada: Vista Tomada de São Domingos, 1886
Antônio Parreiras
Óleo sobre tela, c.i.e.
140,00 cm x 269,00 cm.

Paisagem, 1922
Antônio Parreiras
Óleo sobre madeira
24,50 cm x 19,00 cm

Paisagem (Friburgo), 1891
Antônio Parreiras
Óleo sobre tela, c.i.d.
60,00 cm x 73,50 cm
Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo/Brasil
Reprodução fotográfica Horst Merkel

Paisagem com Água, 1935
Antônio Parreiras
Óleo sobre tela, c.i.e.

A Tarde, 1887
Antônio Parreiras
Óleo sobre tela, c.i.d.
200,00 cm x 130,00 cm




ANTONIO PARREIRAS - Vista da Pedra de Itapuca, Icaraí
Óleo sobre tela - 38,1 x 61 - 1917
Coleção Jorge Roberto Silveira, Niterói






CRÍTICAS DE PERSONALIDADES DA CULTURA

MATILDE CARONE SLAIBI CONTI - Presidente do Elos Internacional disse: Fiquei extasiada mais uma vez, ao contemplar suas obras. Que perfeição as nuances, os coloridos, a perspectiva feita. Sabia captar as sombras, o momento ideal do dia e do tempo, para ser registrada aquela paisagem. Fabulosa a sua pintura. Faltam-me até mesmo palavras para adjetiva-lo. Inigualável. Fabuloso. A mão de Deus estava a guia-lo em seus desenhos, em sua arte. Que orgulho ser niteroiense. 

Matilde. Em 22-01-24


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MARIA OTILIA MARQUES CAMILLO disse: Pela, infinita, dedicação às Alegrias da viver, do talentoso, emocionante, Pintor Antônio Parreiras e, aos fraternos Amigos que, se identificam, espiritualmente, com a Natureza, Obra da Divina Criação, unidos, em “ Gratidão”, Alegremente, sempre, havemos de louvar o Criador! A todos iluminado carinhoso abraço! Maria Otilia.

 

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ROSÂNGELA GOLDONI disse: Talento.

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MARIA ESTHER PAES BARRETO RODRIGUES disse:  Grande Antônio Parreiras! BRAVO! 

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Railson Barboza disse: 👏🏻👏🏻👏🏻 texto impecável!

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Leila Lobo disse:  Talento.

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Flavio Thamsten disse: Tive a oportunidade de conhecer a francesa (não lembro o nome no momento) que serviu de modelo ao Parreiras. Essa senhora cuidava do Ateliê do pintor, localizado aos fundos da residência na rua Tiradentes, em Niterói. Flavio Thamsten




COLORIDAS LEMBRANÇAS DE ANTÔNIO PARREIRAS EM SUA DATA NATALÍCIA, NOS QUADROS DE SEU VIVER – TEXTO DA DRA. MÁRCIA PESSANHA PRESIDENTE DA ACADEMIA FLUMINENSE DE LETRAS

À semelhança do poeta Casimiro de Abreu ao dizer em seus versos: “Todos cantam sua terra/ também vou cantar a minha/ nas débeis cordas da lira/ hei de fazê-la rainha...”, o pintor niteroiense Antônio Parreiras, paisagista também considerado romântico, eternizou em suas telas paisagens da terra brasileira, fatos históricos e muito mais, levando além de nossas fronteiras o vigor e a força da arte do Brasil. Sua produção foi reconhecida, principalmente na França, tendo sido  o 2º pintor brasileiro a expor no Salão de Paris.

Em 1926, como registro de suas atividades artísticas, lança seu livro autobiográfico “História de um pintor”, com o qual ingressa na Academia Fluminense de Letras, na Classe de Belas Artes.

E em um de seus discursos na referida instituição literária, disse que “o grande valor dado à arte europeia pela academia e pelos poucos críticos dificultou o desenvolvimento de uma arte nacional.” Daí sua importância como pintor ao valorizar em seus quadros nossa terra, nossa gente. 

Motivo de orgulho para todos nós fluminenses, pois ele soube “cantar” não em versos, mas com vibrantes pinceladas, como se fossem palavras, as cores e belezas do Brasil.

Por isso nosso reconhecimento, aplausos e gratidão ao sempre lembrado Antônio Parreiras, na pintura afetiva de nossa memória.

 

Professora Doutora Márcia Pessanha,

Presidente da Academia Fluminense de Letras

20 de janeiro de 2024 aniversário de 164 anos do nascimento do artista.



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Eduardo Klausner disse: Parabéns, Alberto Araújo! A homenagem do Focus Portal ao pintor Antônio Parreiras está primorosa!


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Uyara Schiefer disse: Prezado Alberto Araújo. Parabéns pela linda homenagem ao pintor niteroiense Antônio Parreiras.


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Gabriela Nasser disse: Alberto, você, como sempre, fazendo muito pelo cenário cultural de nossa sociedade fluminense!!!! Parabéns!!!







FONTE: https://joserosarioart.blogspot.com/2012/02/antonio-parreiras.html

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