“A gratidão é não só a maior das virtudes, mas origem de todas as outras.” — Marco Túlio Cícero
Foi com essa frase em mente que hoje, ao abrir a página da Rede sem Fronteiras, encontrei o vídeo de nosso companheiro Carlos Cardoso. Não era apenas um registro de aniversário, mas um instante de beleza rara: um poeta transformando o simples ato de agradecer em gesto de arte.
Carlos, com sua voz serena e sua postura de gentleman, irradiava delicadeza. Entre tantos nomes lembrados com carinho, houve um momento que me tocou de modo especial: quando ele citou a homenagem que escrevi no Focus Portal Cultural, intitulada “Carlos Cardoso: o poeta que ergue constelações”. Ao ouvir meu nome em sua fala, percebi que a palavra, quando nasce do coração, encontra eco no coração do outro. E esse eco é o que dá sentido à literatura.
O Focus Portal Cultural, ao acolher essa homenagem, cumpriu mais uma vez sua missão: ser espaço de encontro, de difusão e de valorização da cultura lusófona. Ali, a palavra não é apenas registro, mas celebração. É nesse território simbólico que escritores, poetas e leitores se reconhecem como parte de uma mesma comunidade, sem fronteiras geográficas ou afetivas.
No vídeo, Carlos agradeceu a todos: primos, amigos, colegas, companheiros de jornada. Agradeceu à Rede sem Fronteiras, ao projeto Música e Poesia em Harmonia, aos colegas do Liceu dos anos 70, às irmãs Luc e Kiki, a Dyandreia Valverde Portugal, a Hélder de Almeida. Mas quando mencionou a homenagem publicada no Focus, senti que a gratidão dele se tornava também um gesto de reconhecimento à própria cultura, à força da palavra escrita como ponte entre pessoas.
Conheço esse traço em Carlos de longa data. Assisti a muitas de suas lives na RSTP, no programa Música & Poesia em Harmonia, onde a palavra e a melodia se entrelaçam como rios que se encontram. Ali, ele não apenas apresentava: ele acolhia. Cada convidado era recebido como parte de uma família maior, a família da cultura. E foi nesse espaço que, certa vez, fui sorteado com a obra Rota Poética ao Sul – S. Tomé e Príncipe, fruto da parceria entre Carlos e João Furtado. Um livro que é travessia, mapa e bússola de um arquipélago de sonhos.
No vídeo, Carlos repetiu como um mantra: “Gratidão, gratidão, gratidão.” Essa tríplice invocação não era mero recurso retórico. Era música. Era oração. Era a prova de que a gratidão, quando verdadeira, não se esgota em uma palavra: ela se multiplica, ecoa, reverbera.
E é por
isso que faço desta crônica não apenas um registro, mas um prolongamento desse
gesto. Porque quando um poeta agradece, ele não agradece só por si: ele
agradece em nome da poesia, da amizade, da cultura que nos une.
Carlos Cardoso nos ensina que a poesia não está apenas nos versos que escreve, mas no modo como vive. Ele é poeta quando ergue constelações de palavras, mas também quando ergue constelações de amizades. E ao agradecer pela homenagem no Focus Portal Cultural, mostrou que a literatura é também um diálogo de almas, uma troca de luzes.
Ao
fechar o vídeo, fiquei com a sensação de que a página da Rede sem Fronteiras
havia se transformado, por alguns minutos, em um palco iluminado por estrelas.
E no centro desse palco, Carlos Cardoso, o poeta que ergue constelações, nos
mostrava que a verdadeira grandeza não está em receber aplausos, mas em
devolver ao mundo, com humildade e ternura, a luz que dele recebemos.
© Alberto
Araújo
Focus Portal Cultural
Olá, meus amigos! Hoje venho
partilhar um sentimento profundo, o da gratidão. Em primeiro lugar, agradeço a Deus pela dádiva
da vida, pela saúde e por me permitir celebrar mais um aniversário rodeado de
pessoas extraordinárias, vocês. Cada
mensagem, cada gesto, cada palavra de carinho foi como um raio de luz a
iluminar o meu dia.
A todas as primas, primos, amigos, colegas e simpatizantes, o meu sincero agradecimento. De forma muito especial, aos membros da Rede Sem Fronteiras, aos do Projeto Música & Poesia em Harmonia, aos colegas do Liceu dos anos 73, 74 e 75 e todas as organizações onde dei a minha contribuição e também muito aprendi. Agradeço com emoção a Dyandreia Valverde de Portugal, o Hélder de Almeida, as minhas irmãs Luc e Kiki pelas postagens e ao Alberto Araújo, autor da bela homenagem nos Focus Portal Cultural e titulada Carlos Cardoso, o poeta que erra constelações. Palavras que me tocaram profundamente e que guardarei com ternura e humildade.
Por fim, a minha imensa gratidão aos meus filhos e à minha
querida esposa Ivete, companheiro de todas as horas e com as suas surpresas me
fez sentir um rei. O amor, quando verdadeiro, é a maior celebração da vida. Gratidão,
gratidão, gratidão.
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