Repertório escolhido para a apresentação na Sala de Cultura Leila Diniz
abrange clássicos da MPB de diferentes épocas.
Recital de música popular brasileira
é destaque na 33ª edição da série
“Concertos na Imprensa”
Embalados pela diversidade da música popular brasileira, os instrumentistas Renato Reis (violão) e João Viktor Reis (viola) se apresentam na 33ª edição da série “Concertos na Imprensa”, que acontece no dia 26 de fevereiro (quarta-feira), às 12h30. A entrada é gratuita.
No espetáculo, a dupla traz um repertório diversificado com canções de grandes ícones da música no Brasil. Entre as obras selecionadas para o concerto estão clássicos aclamados pelo público como “Luar do Sertão”, de Catulo da Paixão Cearense; “O que é que a baiana tem?”, de Dorival Caymmi; “País tropical”, de Jorge Ben Jor; “Meu limão, meu limoeiro”, de José Carlos Burle; “A banda”, de Chico Buarque, entre outros sucessos.
Além de apreciar o evento musical, o público poderá conferir ainda a exposição Ecletismo Pictórico, do artista plástico Brasil Goulart, com peças que mesclam o minimalismo dos traços de sua arte e a influência oriental através do estilo sumiê, técnica de pintura surgida na China e difundida no Japão, caracterizada pelo uso da pincelada de forma firme e bem definida. No espaço cultural da Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, o visitante ainda tem a chance de apreciar o jardim inspirado na obra do paisagista Burle Marx.
A série “Concerto na Imprensa” é uma parceria entre a Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro e o Programa Aprendiz — Música na Escola, da Secretaria de Cultura de Niterói/FAN e da Secretaria de Educação de Niterói. A apresentação musical acontece toda última quarta-feira do mês na Sala de Cultura Leila Diniz.
SERVIÇO
Concertos na Imprensa Oficial
Data: 26 de fevereiro
Local: Sala de Cultura Leila Diniz
Horário: Às 12h30.
Endereço: Rua Heitor Carrilho 81, Centro de Niterói
ENTRADA FRANCA
QUEM É LEILA DINIZ?
Leila Diniz - atriz
“Sem discurso nem requerimento, Leila Diniz soltou as mulheres de 20 anos presas ao tronco de uma especial escravidão”.
Com esta frase, o poeta Carlos Drummond de Andrade definiu bem o que representou a atriz niteroiense, que morria há exatos 40 anos, num acidente de avião.
Musa que dá nome ao espaço cultural da Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, deu voz alegre e libertária ao movimento feminista, se destacando, sobretudo, pela ousadia. Relembre a trajetória de Leila Diniz.
Leila Diniz definiu seu feminismo tropical como a busca de uma plena igualdade jurídica e social entre o homem e a mulher, mas sem fugir ao determinismo dos gêneros. Queimar sutiãs não era a dela. Ser plenamente mulher era o que ela mais gostava.
Em entrevista a O Pasquim, publicada na edição de novembro de 1969, não recusou resposta a pergunta alguma, mesmo as mais íntimas ou politicamente embaraçosas. Falou mal da censura, criticou os programas de baixo nível da televisão e condenou a orientação que o governo militar dava ao Instituto Nacional do Cinema (INC) – que dificultava a produção de filmes nacionais e sabotava o Cinema Novo, enquanto privilegiava o acesso dos filmes dos Estados Unidos ao mercado brasileiro. De si própria, deu um retrato completo, como pessoa, como mulher, como atriz.
Na conversa com os jornalistas Sérgio Cabral, Jaguar, Luís Carlos Maciel, Paulo Garcez e Tarso de Castro, Leila Diniz exibiu-se com total transparência.
Em entrevista a O Pasquim, publicada na edição de novembro de 1969, não recusou resposta a pergunta alguma, mesmo as mais íntimas ou politicamente embaraçosas. Falou mal da censura, criticou os programas de baixo nível da televisão e condenou a orientação que o governo militar dava ao Instituto Nacional do Cinema (INC) – que dificultava a produção de filmes nacionais e sabotava o Cinema Novo, enquanto privilegiava o acesso dos filmes dos Estados Unidos ao mercado brasileiro. De si própria, deu um retrato completo, como pessoa, como mulher, como atriz.
Na conversa com os jornalistas Sérgio Cabral, Jaguar, Luís Carlos Maciel, Paulo Garcez e Tarso de Castro, Leila Diniz exibiu-se com total transparência.
“Eu espero ainda amar muitos homens na minha vida. Vou amar sempre”.
disse na entrevista.
“Eu acho bacana ir pra cama (só pelo desejo). Eu gosto muito, desde que dê aquela coisa de olho e pele. Eu não acredito nesse amor possessivo, acho chato. Você pode amar muito uma pessoa e ir para a cama com outra. Isso já aconteceu comigo. (...)”, confessara.
A entrevista revelava uma imagem diferente daquela beleza e talento em forma de mulher que arrancava suspiros do público nas salas de cinema e ante as novelas da televisão. A entrevista de Leila ignorou inteiramente o dicionário limitado do regime militar. .
A entrevista revelava uma imagem diferente daquela beleza e talento em forma de mulher que arrancava suspiros do público nas salas de cinema e ante as novelas da televisão. A entrevista de Leila ignorou inteiramente o dicionário limitado do regime militar. .
Profissão
- Leila Diniz contracenou na primeira novela exibida pela recém-criada TV Globo – “Ilusões Perdidas”, em 1965, com o galã Reginaldo Faria. Em 1967, estrelou “A Rainha Louca”, de Glória Magadan, e “Anastácia, a mulher sem destino”, iniciada por Emiliano Queiroz e completada pela estreante Janete Clair, que, para corrigir os desacertos da trama de Emiliano, limpou a cena com um providencial terremoto, onde pereceram dezenas de personagens, sobrando apenas a heroína da trama Leila Diniz (que representava ao mesmo tempo Anastácia e a filha de Anastácia) e mais dois destaques. Outro absoluto sucesso.
Um contrato mais vantajoso, porém, a levou à TV Excelsior, em 1968 (“O Direito dos Filhos”) e, em 1969, à TV Rio (“Os acorrentados”, de Janete Clair).
No cinema, estrelou “O mundo alegre de Helô” (1966), de Carlos de Souza Barros; “Jogo perigoso” (1966), de Luiz Alcoriza - roteirista de Luis Buñuel; e “Todas as mulheres do mundo” (1966), de seu já então ex-marido Domingos de Oliveira, cujo roteiro se inspirava em cenas reais dos três anos em que foram casados. Ainda em 1966, estrelou mais cinco filmes, com Domingos de Oliveira , “Edu coração de ouro”, com cenas de sua vida real; Nelson Pereira dos Santos, “Fome de amor” e ”Azyllo muito louco”; e Carlos Coimbra, “Madona de cedro” e “Corisco, o diabo louro”.
Em 1971, ficou grávida do cineasta Ruy Guerra e ousou ao exibir a barriga na praia de Ipanema, de biquíni, causando mais um rebuliço e quebrando outro tabu. Grávidas de todo o Brasil se sentiram liberadas para usar biquíni e tomar banho de mar.
Alegre, ousada, simpática e espontânea, a eterna rainha da Banda de Ipanema morreu em 14 de junho, num acidente de avião, quando voltava do Festival de Cinema da Austrália, onde representou o filme “Mãos vazias”, de Luís Carlos Lacerda. A morte comoveu o Brasil, a quem ela conquistara com sua graça, autenticidade e talento, em uma vertiginosa carreira, onde brilhou em meia dúzia de peças de teatro, 11 novelas e 12 filmes – no espaço de apenas oito anos.
A entrevista a O Pasquim “Eu espero ainda amar muitos homens na minha vida. Vou amar sempre.”
“Eu acho bacana ir pra cama (só pelo desejo). Eu gosto muito, desde que dê aquela coisa de olho e pele, de que eu já falei. Eu não acredito nesse amor possessivo, acho chato. Você pode amar muito uma pessoa e ir para a cama com outra. Isso já aconteceu comigo. (...) Quando o negócio está bacana, geralmente eu sou fiel.( ...) Já amei gente, já corneei essa gente, e elas entenderam e não teve problema algum. No fundo eu sou uma mulher meiga, adoro amar, não quero brigar nunca, e queria mesmo é fazer amor sem parar. Eu adoraria isso. Mas enquanto eu não posso, não vou me acomodar a uma série de pessoas que para mim não significam nada. ”
Um contrato mais vantajoso, porém, a levou à TV Excelsior, em 1968 (“O Direito dos Filhos”) e, em 1969, à TV Rio (“Os acorrentados”, de Janete Clair).
No cinema, estrelou “O mundo alegre de Helô” (1966), de Carlos de Souza Barros; “Jogo perigoso” (1966), de Luiz Alcoriza - roteirista de Luis Buñuel; e “Todas as mulheres do mundo” (1966), de seu já então ex-marido Domingos de Oliveira, cujo roteiro se inspirava em cenas reais dos três anos em que foram casados. Ainda em 1966, estrelou mais cinco filmes, com Domingos de Oliveira , “Edu coração de ouro”, com cenas de sua vida real; Nelson Pereira dos Santos, “Fome de amor” e ”Azyllo muito louco”; e Carlos Coimbra, “Madona de cedro” e “Corisco, o diabo louro”.
Em 1971, ficou grávida do cineasta Ruy Guerra e ousou ao exibir a barriga na praia de Ipanema, de biquíni, causando mais um rebuliço e quebrando outro tabu. Grávidas de todo o Brasil se sentiram liberadas para usar biquíni e tomar banho de mar.
Alegre, ousada, simpática e espontânea, a eterna rainha da Banda de Ipanema morreu em 14 de junho, num acidente de avião, quando voltava do Festival de Cinema da Austrália, onde representou o filme “Mãos vazias”, de Luís Carlos Lacerda. A morte comoveu o Brasil, a quem ela conquistara com sua graça, autenticidade e talento, em uma vertiginosa carreira, onde brilhou em meia dúzia de peças de teatro, 11 novelas e 12 filmes – no espaço de apenas oito anos.
A entrevista a O Pasquim “Eu espero ainda amar muitos homens na minha vida. Vou amar sempre.”
“Eu acho bacana ir pra cama (só pelo desejo). Eu gosto muito, desde que dê aquela coisa de olho e pele, de que eu já falei. Eu não acredito nesse amor possessivo, acho chato. Você pode amar muito uma pessoa e ir para a cama com outra. Isso já aconteceu comigo. (...) Quando o negócio está bacana, geralmente eu sou fiel.( ...) Já amei gente, já corneei essa gente, e elas entenderam e não teve problema algum. No fundo eu sou uma mulher meiga, adoro amar, não quero brigar nunca, e queria mesmo é fazer amor sem parar. Eu adoraria isso. Mas enquanto eu não posso, não vou me acomodar a uma série de pessoas que para mim não significam nada. ”
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