quinta-feira, 31 de março de 2022

JEFERSON TENÓRIO FALA SOBRE "A JANGADA DE PEDRA" - JORNADA SARAMAGO 100 ANOS DA EDITORA COMPANHIA DAS LETRAS





 

No dia 31 de março de 2022, foi encerrado a JORNADA SARAMAGO, que celebra e reflete sobre a obra de um dos maiores nomes da literatura em língua portuguesa. Na última mesa, o escritor JEFERSON TENÓRIO – autor do premiado “O avesso da pele” e “O beijo na parede”, entre outros – fala sobre “A JANGADA DE PEDRA”. 🎥 

A live foi transmitida às 19h nos canais da Companhia das Letras e do @museudalinguaportuguesa no YouTube e no Facebook da @fjsaramago. 📚 Adquira as obras nos links abaixo: 

Amazon: https://amzn.to/3q3lX3U

Americanas: https://tidd.ly/3q4pDTc

Companhia das Letras: https://bit.ly/3IanNq4

Submarino: https://tidd.ly/3KH0uWv


📚 Narrativa de corte surrealista, “A jangada de pedra” é uma belíssima parábola sobre o isolamento dos povos ibéricos em relação a seus irmãos europeus ao longo dos séculos. A península Ibérica se desgarra da Europa e, à medida que navega à deriva pelo Atlântico, vai recriando a própria identidade. 📌 José Saramago completaria 100 anos em 16 de novembro de 2022. Para celebrá-lo, neste ano, a Companhia das Letras realizou uma série de ações comemorativas. As cinco palestras GRATUITAS sobre a obra do autor estão disponíveis no YouTube da editora. #saramago #josésaramago #ficção #literaturaportuguesa #companhiadasletras #bookstagram #centenáriojosésaramago #saramago100anos #fundacaojosesaramago 





O MUSEU DE ARTE POPULAR EM EXPOSIÇÃO DEDICADA A MAURITS CORNELIS ESCHER EM PORTUGAL



FICOU EXPOSTA AO PÚBLICO DE 24 DE NOVEMBRO DE 2017 A 27 DE MAIO DE 2018.

Estava em Lisboa a primeira grande exposição de MAURITS CORNELIS ESCHER, o artista holandês especialmente acarinhado por matemáticos e hippies, incompreendido por outros. Está localizado no Museu de Arte Popular, em Belém, um dos poucos edifícios que ficaram da Exposição do Mundo Português, promovida pelo Estado Novo.

 

Reunindo 200 obras originais deste artista gráfico holandês (1898-1972) de renome mundial, a exposição oferece igualmente ao público a possibilidade de enriquecer sensorialmente o seu contacto direto com a obra de Escher através de um grande conjunto de equipamentos didáticos, experiências científicas e muitas outras surpresas.

 

Com curadoria de Mark Valdhuisen – Diretor-Geral da M. C. Escher Company e Federico Giudiceandrea especialista na obra de Escher a exposição dá conhecer os vários períodos que caraterizam a produção do artista, marcada por verdadeiras obras-primas como “Mão com Esfera mão com esfera reflexiva”, “Relatividade” (ou Casa das Escalas) e “Belvedere”.

 

MAURITS CORNELIS ESCHER nasceu em 17 de Junho de 1898, em Leeuwarden, na Holanda.

Em 1919, frequentou a Faculdade de Arquitetura e Artes Decorativas de Haarlem mas nunca obteve bons resultados tendo mudado para artes decorativas, onde adquiriu uma boa base em desenho. Ainda em 1922 mudou-se para Itália, primeiro Siena e depois Roma, onde desenvolveu o gosto por intrincados desenhos decorativos baseados em simetrias geométricas. Faleceu em 27 de Março de 1972.

 

Em 1935, por motivos políticos (Itália era então governada por Mussolini), a família deixou a Itália e mudou-se para Château-d’Oex na Suíça, onde permaneceu dois anos. Escher, que desde muito novo sofria de graves problemas de saúde, refugiou-se, em 1970, na Casa-de-rosa-Spier, em Laren, na Holanda, uma casa onde os artistas idosos podiam ter os seus próprios estúdios e beneficiar de cuidados de saúde.

 

AS OBRAS DE ESCHER, UMA SIMBIOSE ENTRE A ARTE E A MATEMÁTICA.

 

Apesar de, segundo as suas próprias palavras, ESCHER se sentir infeliz muitas noites por se considerar incapaz de concretizar as suas visões, nunca deixou de se maravilhar face à infinita capacidade que a vida tem de criar beleza.

 

O poder atrativo dos trabalhos de ESCHER não tem parado de aumentar desde a sua morte, tal como a popularidade dos seus livros e os milhares de reproduções que são vendidas anualmente.

 

Qualquer ideia que lhe ocorria tinha de ser exaustivamente explorada, por vezes ao longo de vários meses.

 

ESCHER deliciou-se e delicia-nos com o fato de representar o espaço, que é tridimensional, num plano bidimensional, como a folha de papel, criando assim figuras impossíveis, representações distorcidas e paradoxais.

 

Posteriormente foi considerado um grande matemático geométrico devido à sua capacidade de nos mostrar a matemática na arte e na vida.

 

ESCHER utilizou quatro tipos de transformações geométricas: translações, rotações, reflexões e reflexões deslizantes, sempre com resultados surpreendentes.

 

Além de produzir xilogravuras e litografias, também ilustrou livros e desenhou tapeçarias, selos, postais e murais.

 

A MAGIA

 

As obras de Escher tendem a representar construções e formas impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e metamorfoses, recorrendo muitas vezes a padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente para formas completamente diferentes. A magia de Escher.

 

Uma característica relevante dos trabalhos de Escher é o fato de nunca se ter repetido; uma ou outra vez poderemos encontrar diversas gravuras com o mesmo tema, mas na realidade trata-se sempre de um aperfeiçoamento ou de uma variação com que ele pretendia transmitir mais clara e sucintamente uma determinada ideia.

 

A exposição de Maurits Cornelis, que ficou exposta no Museu de Arte Popular, em Lisboa, até 16 de Setembro de 2018, apresenta, além de litografias, também equipamentos didáticos, experiências científicas e algumas surpresas.

 

 







Alberto Araújo exibe o folder
da Exposição de Escher em Portugal 
24 de novembro de 2017
a 27 de maio de 2018







PALESTRA “A SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922”, COM A PROFESSORA E ACADÊMICA MÁRCIA PESSANHA, NA ACADEMIA NITEROIENSE DE LETRAS

 




Palestra “A SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922”, com a professora e acadêmica Márcia Pessanha, na Academia Niteroiense de Letras. Em 30 de março de 2022.




Leda Mendes Jorge, Márcia Pessanha, Edgard Fonseca (Presidente da ANL)
Wanderlino T. L. Netto e Matilde Carone Slaibi Conti
(composição da mesa)



Márcia Pessanha, Edgard Fonseca (Presidente da ANL)
Wanderlino T. L. Netto.


IMAGENS EXTRAÍDAS DO WHATSAPP DA ANL



DA OBRA “EFEMÉRIDES FLUMINENSES” DE CYBELLE DE IPANEMA: EM 31 DE MARÇO DE 1924 FALECEU NILO PEÇANHA, MINISTRO, VICE-PRESIDENTE E PRESIDENTE DA REPÚBLICA.

 

 

Nilo Procópio Peçanha GCSE nasceu em Campos dos Goytacazes, no dia 2 de outubro de 1867 e faleceu no Rio de Janeiro em 31 de março de 1924, foi um político brasileiro. Assumiu a Presidência da República após o falecimento de Afonso Pena, em 14 de junho de 1909 e governou até 15 de novembro de 1910. Nilo Peçanha é patrono da educação profissional e tecnológica no Brasil.

Apesar de haver controvérsias em relação a sua identidade racial, Nilo Peçanha é considerado frequentemente como o primeiro e único presidente negro da história do Brasil.

Filho de Sebastião de Sousa Peçanha, padeiro, e de Joaquina Anália de Sá Freire, descendente de uma família de agricultores. Teve quatro irmãos e duas irmãs. A família vivia pobremente em um sítio no atual distrito de Morro do Coco, Campos dos Goytacazes, até que se mudou para o centro da cidade quando Nilo Peçanha chegou à idade escolar. Seu pai era conhecido na cidade como "Sebastião da Padaria".

Fez os estudos preliminares em sua cidade, no Colégio Pedro II. Estudou na Faculdade de Direito de São Paulo e depois na Faculdade do Recife, onde se formou.

Casou-se com Ana de Castro Belisário Soares de Sousa, conhecida como "Anita", descendente de famílias aristocráticas e ricas de Campos dos Goytacazes, neta do Visconde de Santa Rita e bisneta do Barão de Muriaé e do primeiro Barão de Santa Rita. O casamento foi um escândalo social, pois a noiva teve que fugir de casa para se casar com um pobre e mulato, embora político promissor.

Foi descrito como sendo mulato e frequentemente ridicularizado na imprensa em charges e anedotas que se referiam à cor da sua pele. Durante sua juventude, a elite social de Campos dos Goytacazes chamava-o de "o mestiço de Morro do Coco".

Participou das campanhas abolicionista e republicana. Iniciou a carreira política ao ser eleito para a Assembleia Constituinte em 1890. Em 1903 foi eleito sucessivamente senador e presidente do estado do Rio de Janeiro, permanecendo no cargo até 1906 quando foi eleito vice-presidente de Afonso Pena. Como presidente do estado do Rio de Janeiro, assinou, em 26 de fevereiro de 1906, o Convênio de Taubaté.

Quatro dias após o Convênio de Taubaté, em 1 de março de 1906, foi eleito vice-presidente da república, com 272.529 votos contra apenas 618 votos dados a Alfredo Varela.

Com a morte de Afonso Pena em 1909, assumiu o cargo de presidente. Seu governo foi marcado pela agitação política em razão de suas divergências com Pinheiro Machado, líder do Partido Republicano Conservador.

Durante seu governo, Nilo Peçanha criou o Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria, o Serviço de Proteção aos Índios (SPI, antecessor da Funai). Durante seu breve período na presidência da República, Nilo Peçanha tomou a iniciativa de criar as Escolas de Aprendizes e Artífices, precursoras dos atuais Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefets); por esta razão o ex-presidente é o patrono da educação profissional e tecnológica no Brasil, através da Lei 12.417/2011, que oficializou a homenagem em 2011.

Em 1921 candidatou-se à presidência da República pelo Movimento Reação Republicana, que tinha como objetivo contrapor o liberalismo político à política das oligarquias estaduais. Embora as situações pernambucana, baiana, gaúcha e fluminense, e boa parte dos militares, o apoiassem, Artur Bernardes o derrotou nas eleições de 1o de março de 1922. O presidente da república na época, Epitácio Pessoa, não participou das negociações (démarches, no galicismo corrente à época), sobre sua sucessão presidencial.

Artur Bernardes teve 466 877 votos contra 317 714 votos dados a Nilo Peçanha. Nilo teve apoio apenas dos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Bahia.

Faleceu em 1924, no Rio de Janeiro, afastado da vida política, e foi sepultado no Cemitério de São João Batista.

Homenagens

O nome do município fluminense Nilópolis, fundado em 1947, na região metropolitana do Rio de Janeiro o homenageia. No estado da Bahia desde 1930 há o município de Nilo Peçanha em homenagem ao ex-presidente.

 

 

FONTE:

Obra: Efemérides fluminenses – Cybelle de Ipanema, página 51.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Nilo_Pe%C3%A7anha#/media/Ficheiro:Nilo_Pe%C3%A7anha_02.jpg

 

quarta-feira, 30 de março de 2022

07 - EDIÇÃO DO PODCAST DA ACADEMIA NITEROIENSE DE LETRAS - MÁRCIA PESSANHA




A ACADEMIA NITEROIENSE DE LETRAS prossegue com o seu ciclo de “Podcast”. O projeto cultural tem como objetivo, resgatar a memória da cultura fluminense. As edições são realizadas através de depoimentos sobre artes, educação e cultura em diversos campos. Produzidos por acadêmicos e personalidades que fazem culturas em nossa cidade e no Estado do Rio de Janeiro.

A ideação tem a assinatura do Vice-presidente, acadêmico Paulo Roberto Cecchetti. A apresentação dos episódios e a coordenação do ciclo são feitas pelo acadêmico presidente da ANL, Edgard Fonseca Filho.

O sétimo episódio a gravação com a professora, escritora, poetisa e acadêmica Márcia Maria de Jesus Pessanha. Está disponibilizado ao público na plataforma Youtube, para assistir, clicar no link:

https://youtu.be/gVKCoQY5kqk

 






PROFESSORA DOUTORA MÁRCIA MARIA DE JESUS PESSANHA, escritora,  natural de Campos dos Goytacazes-RJ. Iniciou no magistério, lecionando em escolas do interior campista. Casada, veio para Niterói, continuou lecionando em escolas estaduais, e ingressou na Universidade Federal Fluminense(UFF). Formou-se em Letras (Português/Francês), fez Mestrado e Doutorado, em Letras/Literatura na UFF, onde defendeu tese baseada na obra “ Quarto de despejo” de Carolina de Jesus. Cursou Aliança Francesa e fez estágio na França (em Vichy). Já como Profª da UFF, participou de intercâmbio na Sorbonne, Paris V. Antes de ingressar na UFF, também lecionou na Faculdade Plínio Leite e na Universo (antiga ASOEC). Professora da UFF, aposentada,  continua vinculada à Pós-Graduação Lato-sensu da UFF. É Vice–Presidente da ASPI/UFF. Na Faculdade de Educação UFF, lecionou Didática de Línguas Estrangeiras Modernas, Prática de Ensino de Português/Francês / Literatura e a Disciplina Relações Étnico- Raciais na Escola.  Coordenou o Curso de Pedagogia da UFF, foi Diretora da Faculdade de Educação da UFF, Presidente do Colegiado de Unidade, Membro do Conselho Universitário (CUV); Vice-presidente  do Conselho Municipal de Educação. Atualmente é Coordenadora do PENESBI (Programa Nacional de Educação sobre Negros e Indígenas na Sociedade Brasileira) e Coordenadora do NUEC/PROEX/UFF, Núcleo de Educação e Cidadania da UFF. Foi Representante Regional da Fundação Cultural Palmares (Rio de Janeiro e Espírito Santo) 2015/ 2016. Foi Presidente da Comissão Executiva do 4º Salão de Leitura de Niterói. Âncora do Programa de Televisão – via NET “Educação na Cidade”, promovido pela Fundação Municipal de Educação de Niterói.

Em 2015 foi eleita Intelectual do Ano de Niterói. A Professora Doutora Márcia pertence a várias instituições culturais , onde exerceu a presidência: ex-presidente do  Cenáculo Fluminense de História e Letras,  ex- presidente da  Academia Niteroiense de Letras, tendo sido a 1ª mulher a presidir essas duas instituições, ex- presidente da Academia Guanabarina de Letras. É membro da Associação Niteroiense de Escritores (ANE) , da Academia Fluminense de Letras, em que é a 1ª Secretária, e atual Presidente do Elos Clube de Niterói Colunista do Jornal Santa Rosa /Niterói.

OBRAS PUBLICADAS:

Fatias do viver – 1998

Borboletrando – 1997

Estudos de literatura infanto-juvenil (coautora) – 1983

Memorial de Tócos – 1995

Discursos acadêmicos – 2000

O memorialismo Epistolar “Uma proposta de leitura de cartas a

Françoise”  de Jorge  Picanço Siqueira – 2001

Agenda - Campos em fotos, prosa e versos (org.) – 2004

Os Fluminenses. Antologia Contemporânea. volume 1.

Organizou junto com Edmo Lutterbach.

Organizadora de várias edições da  Revista Movimento da Faculdade de Educação/UFF

Cadernos Penesb 13 –Relações Étnico- Raciais e Currículo Escolar (org.)

Revista do Cenáculo Fluminense de História e Letras (co-org.) – de 2001 a 2013

Casimiro de Abreu, o poeta das primaveras – ensaio-  2008

Participou de diversas antologias e coletâneas, dentre elas: Eu leio você;

Páginas da infância; Um elefante na sala, e várias outras.

 



MENSAGEM DE MÁRCIA PESSANHA APÓS A PUBLICAÇÃO DE SEU PODCAST, PROJETO DA ANL.


Prezado confrade Alberto. Difícil encontrar palavras para agradecer a bela montagem que você fez das fotos, abrangendo várias etapas da minha trajetória profissional, acadêmica e social, com um fundo musical, digno de aplausos, "la chanson française La vie en rose". Foi muito gratificante rever saudosos amigos que se encantaram e outros que fazem parte de nosso conviver. Fiquei emocionada. Você soube captar as filigranas de meus sentimentos, segundo as palavras de Cora Coralina de que "Nada do que fazemos tem sentido se não tocamos no coração das pessoas." E você soube fazer isso com beleza e amizade. Um agradecimento também muito especial ao confrade e amigo Paulo Roberto Cecchetti, idealizador do projeto tão valoroso para todos nós, e ao também amigo, Presidente da ANL, Edgard  Fonseca, pelo apoio ao referido projeto e por seu dinamismo e dedicação que tornam sua gestão produtiva e promissora. Gratidão! Parabéns!


RESPOSTA DE ALBERTO ARAÚJO


Confreira Márcia Pessanha. Que mensagem linda de agradecimento é essa? Estava em outros afazeres, devido a isso, eu ainda não tinha notado a sua mensagem de carinho e incentivo publicada. Estou muito contente por você ter gostado. Acreditas que levei dias procurando uma inspiração para ilustrar o seu painel memorial da ANL. Justo, tive que viajar até Paris, justamente, na época de seu intercâmbio cultural com a cidade luz. Assim, foi possível colher as suas digitais. As mesmas estavam expostas aos olhos do coração. Daí que consegui captar a sua alma com pulsares parisiense. E quando estava retornando, lembrei-me do Ernesto Cortázar que executa ao piano “La vie en rose”, a qual muitas vezes interpretada por Edith Piaf. Que interpretação belíssima é essa do Cortázar!  O “insight” foi breve e decisivo. É isso que eu preciso para fazer feliz o coração da confreira Márcia Pessanha. Então, juntei coração+audição e deu nesse resultado. Muito obrigado pelo seu “feedback” incentivador e enobrecedor. Alberto Araújo.






CONVITE PARA CERIMÔNIA DE POSSE DE DIRETORIA - BIÊNIO 2021-2023 DA ASSOCIAÇÃO DE ESCRITORAS E JORNALISTAS DO BRASIL - AJEB-RJ.





CONVITE PARA CERIMÔNIA DE POSSE DE DIRETORIA - BIÊNIO 2021-2023 DA ASSOCIAÇÃO DE ESCRITORAS E JORNALISTAS DO BRASIL - AJEB-RJ. EM 31 DE MARÇO DE 2022, ÀS 19H. PELO CANAL YOU TUBE. PARA ASISISTIR A SOLENIDADE AO VIVO. 

CLICAR NO LINK:  https://youtu.be/p81xyvHSe9U  

A Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, em sua Coordenadoria no Rio de Janeiro (AJEB-RJ), realizará, amanhã, dia 31 de março, às 19h, a Cerimônia de Posse de Diretoria para o Biênio 2021/2023, que será presidida pela Sra. Zara Paim.

A cerimônia contará ainda com momentos de homenagens e despedida da Diretoria anterior, presidida pela Sra. Dyandreia Portugal.

É com muita honra para nós que os convidamos para fazer parte deste momento. O evento acontecerá de forma virtual, transmitido pelo canal da Rede Sem Fronteiras no YouTube. Segue o link para sua ativação. Dia 31 de março de 2022(quinta-feira), às 19h. 

https://youtu.be/p81xyvHSe9U




terça-feira, 29 de março de 2022

110 ANOS DE LUÍS ANTÔNIO PIMENTEL. HOMENAGEM DO FOCUS PORTAL CULTURAL




ATRAVÉS DA POESIA “O BUSTO EM BRONZE DE PIMENTEL” DE ALBERTO ARAÚJO SEGUE A HOMENAGEM AO MESTRE LUÍS ANTONIO PIMENTEL EM 29 DE MARÇO - DIA DO POETA EM NOSSA CIDADE

 

 

O BUSTO EM BRONZE DE PIMENTEL

 

Não, não quero que o vejam como simples

estátua no bronze a acinzentar-se

e a cabeça sem o corpo inteiro.

Tampouco deixar seu fulgor

se esvaecer ao tempo.

Sou seu discípulo. Conheci o seu cérebro

e sei como suas pupilas amadurecidas

fazem falta a mim, seu eterno escudeiro.

Sim, quero que o vejam como

o busto que esbraseia,

ainda eterno baluarte

com a luz do olhar,

palpitante a cintilar.

Não, não quero que o vejam como

mero torso sem clarão e sorriso

por onde passa a multidão.

 

Sim, quero que o vejam como

monumento resplandecente

com seu mais brilhante casaco de estesia

bailando sua eterna poesia

ao sol dourado desta Praça

em frente a esse mar de sortilégio e graça.

 

De manhã até ao ocaso já enluarado

estará Pimentel, no bronze eternizado,

cuja memória nos fortalece e guia,

não sendo sua estátua

uma quimérica fantasia.

 

 By © Alberto Araújo

 

 

 

UM POUCO SOBRE LUÍS ANTÔNIO PIMENTEL

 

 

LUÍS ANTÔNIO PIMENTEL nasceu em Miracema, 29 de março de 1912 e faleceu em Niterói, 6 de maio de 2015, foi um poeta, professor, jornalista e memorialista brasileiro. Era membro da Academia Fluminense de Letras - AFL; Academia Niteroiense de Letras - ANL e presidente de honra no Grupo Monaco de Cultura.

 

Sobrinho por parte de pai do literato Figueiredo Pimentel, de quem reconhece a influência da obra sobre os primeiros trabalhos literários. Tendo sido aluno bolsista em intercâmbio no Japão, residiu lá entre os anos de 1937-1942, familiarizando-se com o haicai ao ter contato com autoridades como Hagiwara Sakutarô e Takamura Kôtarô. Pimentel tem sua poesia traduzida para o inglês, o alemão, o francês, o espanhol e o sueco.

 

Pimentel é um dos precursores do haicai no Brasil, responsável pela divulgação deste estilo de poesia ao lado de Olga Savary e Helena Kolody. Tem parte na cunhagem definitiva do termo “haicai” em língua portuguesa quando, estudante da faculdade de filosofia da Universidade do Brasil, encaminhou a Aurélio Buarque de Holanda, por intermédio do gramático Celso Cunha, o pedido de dicionarização, evitando que o termo se dispersasse em outras transliterações como hai-cai, hai-kai, haikai, haiku, hai-ku e hokku. Com seu livro Namida no Kito, obra escrita em português no japão e traduzida para o japonês no ano de 1940, Pimentel se tornou o primeiro autor brasileiro traduzido para o japonês que se tem notícia.

 

O autor reconhece ter se permitido inovar o haicai ao tratar de temas tropicais, criando também o haicai erótico, o engajado politicamente e o étnico. Contudo, estas pequenas transgressões não corrompem o cânon estético inaugurado por Matsuô Bashô como a rigorosa métrica e a exigência da indicação da estação do ano (Kigo) e dos fenômenos da natureza.

 

Sua vasta obra literária, conta com livros como: Contos do velho Nipon (1940), Tankas e haicais (1953), Cem haicais eróticos e um soneto de amor nipônico (2004). E se encontra reunida em três volumes publicados pela editora Niterói Livros, que contém o texto integral de Tankas e haicais, tal como coordenada pelo professor Nelson Eckhardt em 1953.

 

A obra reunida, em acurada edição crítica de três volumes, conta também com poesias compiladas inéditas até 2004, data desta edição e versões para diversas línguas, entre elas o japonês, na tradução de Yonekura Teruo.

 

Além da primeira biografia, assinada por Alaôr Eduardo Scisínio, a obra do poeta recebeu diversos estudos, como o escrito pelo filósofo brasileiro R.S. Kahlmeyer-Mertens, que nos últimos anos vem dedicando trabalhos sobre a produção de haicais do poeta, destacando o relevo do pensamento de Pimentel para a contemporaneidade.

 

OBRAS DE LUÍS ANTÔNIO PIMENTEL

 

PIMENTEL, Luís Antônio. Obras Reunidas. Aníbal Bagaça (org.). 3.vol. Niterói: Niterói Livros, 2004.

________. Haicais Onomásticos. Niterói: Nitpress, 2007.

________. Contos do Velho Nipon. Niterói: Nitpress, 2009.

________. Luís Antônio Pimentel em 176 haicais - Organização de Graça Porto e Mauro Carreiro Nolasco. Niterói: Parthenon Centro de Arte e Cultura, 2015. Última publicação em vida do escritor, aos 103 anos.

Na Beira da baia Maria embala seu filho Sem berço

 

Deus enviou seu filho A Terra Foi um Deus nos acuda!

 

OBRAS SOBRE LUÍS ANTÔNIO PIMENTEL

 

ALMEIDA, Ana Paula. Luís Antônio Pimentel e a vida cultural na Niterói dos anos 1930. Niterói: EdUFF, 2008.

KAHLMEYER-MERTENS,R.S. Verdade-Metafísica-Poesia - Um ensaio de filosofia a partir dos haicais de Luís Antônio Pimentel. Niterói: Nitpress, 2007.

_________. Fenomenologia do haicai - Gênese, desenvolvimento e ressonâncias da poesia haicai em Luís Antônio Pimentel. Niterói: Nitpress, 2010.

SCISÍNIO, Alaôr Eduardo. Um tupiniquim na terra do sol nascente. Niterói: EdUFF, 1998.

 

 

Luís Antônio Pimentel e  Zuleika Hallais Walsh 
 Escritores Ao Ar Livro. Praça Getúlio Vargas - Icaraí
Niterói - RJ - Brasil
28 de julho de 2013. 11h35min
Foto: Shirley Lopes





A CERIMÔNIA DE POSSE DO ACADÊMICO GILBERTO GIL COMO MEMBRO TITULAR DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS SERÁ REALIZADA EM 8 DE ABRIL DE 2022(SEXTA-FEIRA), ÀS 21HORAS.




A CERIMÔNIA DE POSSE DO ACADÊMICO GILBERTO GIL COMO MEMBRO TITULAR DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS SERÁ REALIZADA EM 8 DE ABRIL DE 2022(SEXTA-FEIRA), ÀS 21HORAS.  O INTELECTUAL SERÁ SAUDADO PELO ACADÊMICO ANTONIO CARLOS SECCHIN. ESTE É O LINK PARA ASSISTIR A SOLENIDADE PELA INTERNET NO CANAL YOU TUBE:

https://youtu.be/4ZRnRnXG7lk