quarta-feira, 2 de março de 2022

90 ANOS DO ENCANTAMENTO DE LEOPOLDO FRÓES

 






90 ANOS DO ENCANTAMENTO DE LEOPOLDO FRÓES

 

Leopoldo Constantino Fróes da Cruz foi ator, compositor e teatrólogo, nasceu em Niterói-RJ, em 30 de setembro de 1882 e faleceu em Davos, Suíça, em 02 de março de 1932. É o PATRONO da Cadeira 45 da nossa Academia Niteroiense de Letras, e o membro que a ocupa atualmente é o acadêmico Lauro Gomes de Araújo. Cujos antecessores na importante Cadeira foram: Maria Moura da Costa; Herval de Souza Tavares. O intelectual também é Patrono da Cadeira nº 8 da Classe de Belas-Artes da Academia Fluminense de Letras, quem a ocupa a importante Cadeira é a professora e declamadora Maria das Graças Rego (Gracinha Rego).

É nome da Estrada que liga Icaraí a São Francisco em Niterói e do colégio Estadual no Largo da Batalha.

Formado em Direito, mas nunca exerceu a profissão, estreou como ator, em Portugal, na peça “O rei maldito”, de Marcelino Mesquita. Retornou ao Brasil em 1908, deu início a uma longa atividade teatral como ator, produtor e líder de classe.

Atuou no filme “Perdida”, em 1916, sob a direção de Luís de Barros, e “Minha noite de núpcias”, filme português produzido pela Paramount em Paris, França, em 1931, com Beatriz Costa e Estevan Amarante.

Escreveu duas peças para o teatro musicado, “Outro amor” e “A mimosa”, de onde saiu sua famosa canção de mesmo nome, que ele próprio gravou em disco Odeon (da Casa Edison), em 1921, sua única atuação como cantor. Além disso, compôs o lundu Samba fidalgo, o one-step Aime l'amour, o choro Samba choroso (com J. F. Machado) entre outros.

 

ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE LEOPOLDO FRÓES

 

- Sempre quis dedicar-se ao teatro. Mas a família não permitia.

- Formou-se em Direito e seu pai conseguiu-lhe um cargo diplomático.

- Foi trabalhar em Paris, mas não era visto jamais na Embaixada.

- Depois, em Portugal, iniciou a carreira artística.

- Voltou ao Brasil e, em 1915, foi contratado pela Cia. de Dias Braga. Formou sua primeira empresa com a atriz Lucília Péres, de quem se separaria dois anos depois.

- Com o lançamento da comédia de Cláudio de Sousa "Flores da Sombra" (1917), Fróes possibilitou a eclosão da saga de comédia de costumes de cunho nacionalista que marcou os anos do pós-guerra.

- A partir dessa época e até meados dos anos 20, firmou-se como o mais importante ator e empresário brasileiro. Mas, contrário à instituição da SBAT, recusava-se a encenar peças de autores filiados a essa Sociedade. Foi por isso que brigou com Renato Vianna, quando este filiou-se à SBAT, estando levando com extraordinário sucesso a peça "Gigolô" (1924). Foi impedido pelo autor (com a ajuda da polícia) de continuar apresentando a obra.

- O extraordinário talento de Leopoldo Fróes servia-lhe para improvisações. Pouco ensaiava os textos e raramente os estudava. Isso ocasionou prematuro declínio em sua carreira, quando seu trabalho começou a ser comparado ao de jovens atores como Procópio Ferreira ou Jayme Costa, ficando em desfavor.

- Sentindo-se abandonado pela platéia, voltou a Portugal e trabalhou com algumas companhias.

-Estava já doente, no inverno, e fazia papel em um filme, em Paris. O esforço físico e o rigor das baixas temperaturas minaram-lhe as últimas forças. Internou-se em um sanatório na Suíça, onde veio a falecer em 1932.

- O documentário em curta-metragem A Companhia Leopoldo Fróes consta como "Filme desaparecido" na Cinemateca Brasileira

- Imprensa Animada V.2 N.029 (1942) é um filme em homenagem a ele e Apolônia Pinto, "Um reconhecimento do Governo Brasileiro aos seus filhos ilustres".


OUTRAS INFORMAÇÕES


Desde pequeno, sempre sonhou em ser ator, mas seus pais eram completamente contra isso e não permitiram que ele seguisse seus sonhos. Formou-se então em Direito e seu pai lhe conseguiu um cargo diplomático.

Foi trabalhar em Paris, mas nunca era visto na Embaixada. Começou sua carreira de ator, então estreando no teatro em Portugal, em O rei maldito.

Em 1915, voltou ao Brasil e foi contratado pela Companhia de Dias Bragas. Depois de um tempo montou sua primeira empresa com a atriz Lucília Peres, de quem se separou depois de dois anos.

Fez grande sucesso no Rio de Janeiro e São Paulo entre 1917 e 1927. No cinema, trabalhou em Perdida(1916) e Minha noite de núpcias(1931). Escreveu para o teatro duas peças em três atos:Mimosa e Outro amor. Deve-se a Leopoldo Fróis a primeira tentativa séria, depois de João Caetano, de dar à arte cênica e sobretudo a dicção brasileira valor de curso estético.

Leopoldo Fróes faleceu no dia 1º de março de 1932. Durante a filmagem do filme Noite de Núpcias, o ator apanhou resfriado que evoluiu para uma tuberculose, sendo internado no Sanatório Davos-Platz, onde veio a falecer.

Além de todo esse fascínio pelos palcos, por atuar, interpretar e improvisar, Leopoldo Fróes tinha grande paixão pelo social. Em 1918, conseguiu juntar alguns amigos do meio artístico e jornalistas, como: Eduardo Leite, Mário Magalhães, Irineu Marinho, entre outros, para abraçarem uma causa social. Fundaram então o "Retiro dos Artistas", uma associação que pudesse acolher os artistas que não tinham mais amparo, que precisassem de ajuda.

Em 1919, Leopoldo junto com seu grupo de amigos, conseguiu a doação de um terreno, de propriedade de Frederico Figner, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, aonde foi montado então o Retiro, que teve como primeiros moradores o casal Madalena e Domingos Marchisio.

O Retiro dos Artistas criado por Leopoldo Fróes existe até hoje. Com aproximadamente trinta e cinco casas, o lugar presta assistência a muitos artistas idosos que não têm lugar para morar.




FONTE BIOGRÁFICA

Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora - PubliFolha.

Instituto Moreira Salles; Meu cinema brasileiro - Leopoldo Froes.

Crédito Fotografia: Teatro e Revista Brasileira e Actores|Geneall.net

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário