90 ANOS DO ENCANTAMENTO DE LEOPOLDO
FRÓES
Leopoldo Constantino Fróes da Cruz foi ator, compositor e teatrólogo, nasceu em Niterói-RJ, em 30 de setembro de 1882 e faleceu em Davos, Suíça, em 02 de março de 1932. É o PATRONO da Cadeira 45 da nossa Academia Niteroiense de Letras, e o membro que a ocupa atualmente é o acadêmico Lauro Gomes de Araújo. Cujos antecessores na importante Cadeira foram: Maria Moura da Costa; Herval de Souza Tavares. O intelectual também é Patrono da Cadeira nº 8 da Classe de Belas-Artes da Academia Fluminense de Letras, quem a ocupa a importante Cadeira é a professora e declamadora Maria das Graças Rego (Gracinha Rego).
É nome da Estrada que liga Icaraí a São Francisco em Niterói e do colégio Estadual no Largo da Batalha.
Formado em Direito, mas nunca exerceu a profissão, estreou como ator, em Portugal, na peça “O rei maldito”, de Marcelino Mesquita. Retornou ao Brasil em 1908, deu início a uma longa atividade teatral como ator, produtor e líder de classe.
Atuou no filme “Perdida”, em 1916, sob a direção de Luís de Barros, e “Minha noite de núpcias”, filme português produzido pela Paramount em Paris, França, em 1931, com Beatriz Costa e Estevan Amarante.
Escreveu duas peças para o teatro
musicado, “Outro amor” e “A mimosa”, de onde saiu sua famosa canção de mesmo
nome, que ele próprio gravou em disco Odeon (da Casa Edison), em 1921, sua
única atuação como cantor. Além disso, compôs o lundu Samba fidalgo, o one-step
Aime l'amour, o choro Samba choroso (com J. F. Machado) entre outros.
ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE LEOPOLDO
FRÓES
- Sempre quis dedicar-se ao teatro.
Mas a família não permitia.
- Formou-se em Direito e seu pai
conseguiu-lhe um cargo diplomático.
- Foi trabalhar em Paris, mas não era
visto jamais na Embaixada.
- Depois, em Portugal, iniciou a
carreira artística.
- Voltou ao Brasil e, em 1915, foi
contratado pela Cia. de Dias Braga. Formou sua primeira empresa com a atriz
Lucília Péres, de quem se separaria dois anos depois.
- Com o lançamento da comédia de
Cláudio de Sousa "Flores da Sombra" (1917), Fróes possibilitou a
eclosão da saga de comédia de costumes de cunho nacionalista que marcou os anos
do pós-guerra.
- A partir dessa época e até meados
dos anos 20, firmou-se como o mais importante ator e empresário brasileiro.
Mas, contrário à instituição da SBAT, recusava-se a encenar peças de autores
filiados a essa Sociedade. Foi por isso que brigou com Renato Vianna, quando
este filiou-se à SBAT, estando levando com extraordinário sucesso a peça
"Gigolô" (1924). Foi impedido pelo autor (com a ajuda da polícia) de
continuar apresentando a obra.
- O extraordinário talento de Leopoldo
Fróes servia-lhe para improvisações. Pouco ensaiava os textos e raramente os
estudava. Isso ocasionou prematuro declínio em sua carreira, quando seu
trabalho começou a ser comparado ao de jovens atores como Procópio Ferreira ou
Jayme Costa, ficando em desfavor.
- Sentindo-se abandonado pela platéia, voltou a Portugal e trabalhou com algumas companhias.
-Estava já doente, no inverno, e fazia
papel em um filme, em Paris. O esforço físico e o rigor das baixas temperaturas
minaram-lhe as últimas forças. Internou-se em um sanatório na Suíça, onde veio
a falecer em 1932.
- O documentário em curta-metragem A
Companhia Leopoldo Fróes consta como "Filme desaparecido" na
Cinemateca Brasileira
- Imprensa Animada V.2 N.029 (1942) é
um filme em homenagem a ele e Apolônia Pinto, "Um reconhecimento do
Governo Brasileiro aos seus filhos ilustres".
OUTRAS INFORMAÇÕES
Desde pequeno, sempre sonhou em ser ator, mas seus pais eram completamente contra isso e não permitiram que ele seguisse seus sonhos. Formou-se então em Direito e seu pai lhe conseguiu um cargo diplomático.
Foi trabalhar em Paris, mas nunca era visto na Embaixada. Começou sua carreira de ator, então estreando no teatro em Portugal, em O rei maldito.
Em 1915, voltou ao Brasil e foi contratado pela Companhia de Dias Bragas. Depois de um tempo montou sua primeira empresa com a atriz Lucília Peres, de quem se separou depois de dois anos.
Fez grande sucesso no Rio de Janeiro e
São Paulo entre 1917 e 1927. No cinema, trabalhou em Perdida(1916) e Minha
noite de núpcias(1931). Escreveu para o teatro duas peças em três atos:Mimosa e
Outro amor. Deve-se a Leopoldo Fróis a primeira tentativa séria, depois de João
Caetano, de dar à arte cênica e sobretudo a dicção brasileira valor de curso
estético.
Leopoldo Fróes faleceu no dia 1º de março de 1932. Durante a filmagem do filme Noite de Núpcias, o ator apanhou resfriado que evoluiu para uma tuberculose, sendo internado no Sanatório Davos-Platz, onde veio a falecer.
Além de todo esse fascínio pelos palcos, por atuar, interpretar e improvisar, Leopoldo Fróes tinha grande paixão pelo social. Em 1918, conseguiu juntar alguns amigos do meio artístico e jornalistas, como: Eduardo Leite, Mário Magalhães, Irineu Marinho, entre outros, para abraçarem uma causa social. Fundaram então o "Retiro dos Artistas", uma associação que pudesse acolher os artistas que não tinham mais amparo, que precisassem de ajuda.
Em 1919, Leopoldo junto com seu grupo de amigos, conseguiu a doação de um terreno, de propriedade de Frederico Figner, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, aonde foi montado então o Retiro, que teve como primeiros moradores o casal Madalena e Domingos Marchisio.
O Retiro dos Artistas criado por
Leopoldo Fróes existe até hoje. Com aproximadamente trinta e cinco casas, o
lugar presta assistência a muitos artistas idosos que não têm lugar para morar.
FONTE BIOGRÁFICA
Enciclopédia da Música Brasileira -
Art Editora - PubliFolha.
Instituto Moreira Salles; Meu cinema
brasileiro - Leopoldo Froes.
Crédito Fotografia: Teatro e Revista Brasileira e Actores|Geneall.net
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