Autoficção
escrita e encenada pela atriz Jéssika Menkel busca uma nova perspectiva para
ver o mundo a partir de fórmulas matemáticas. Depois de três temporadas de
sucesso no Rio de Janeiro, a peça volta em cartaz em setembro e outubro (terças
e quartas – 20h) no Teatro Poeira.
Cálculo
Ilógico recebeu 4 indicações nas principais categorias do Prêmio Cesgranrio de
Teatro (Melhor Espetáculo, Direção, Atriz e Texto), indicação de Melhor Direção
no Prêmio Botequim Cultural e indicação de Melhor Atriz e Melhor Texto no
Prêmio APTR.
Teaser:
https://youtu.be/hO5Q1xjhvnw
A
matemática é utilizada em metáforas em “Cálculo Ilógico”, peça que entra em
cartaz no Teatro Poeira, em Botafogo, as terças e quartas de setembro e outubro
de 2023 (05/09 a 25/10), sempre às 20h. No espetáculo, a atriz e dramaturga
paulista Jéssika Menkel se apropria de uma dor pessoal e tenta entender esse
sofrimento por meio de fórmulas e cálculos. Misturando ficção e realidade, o
solo, dirigido pelo premiado diretor Daniel Herz, apresenta o sentimento de
inquietação que cerca a nós, humanos, quando nos deparamos com o fim. Os
ingressos custam sessenta reais (inteira) e trinta reais (meia) e podem ser
adquiridos neste link https://bileto.sympla.com.br/event/86163/d/212574
Com
um potente trabalho corporal e um texto intrigante, em que o público embarca em
emoções desmedidas, Jéssika dá vida à Ella, personagem que vive em um universo
numérico em busca de nova perspectiva para ver o mundo. “Busquei na matemática
uma forma de contar também a história da perda do meu irmão. Todo o mundo já
perdeu alguém. Quis transformar a dor em arte, ressignificar meu olhar para os
acontecimentos da minha vida”, revela a jovem atriz, de 32 anos, que também
assina a dramaturgia. Em cena, a personagem relembra, revive, calcula
acontecimentos e expõe, em números, a eliminação errada de seu irmão D + 1.
“Ella enxerga por meio de uma lógica matemática, analisando a probabilidade dos
acontecimentos e buscando razões nos números e nas fórmulas para explicar um
cálculo chamado vida”, completa a artista.
Com
Mestrado em Artes Cênicas, a atriz e dramaturga vem realizando uma pesquisa a
cerca de teatro documentário e autoficção. Em 2017, quando participou do
Festival de Cabo Frio “A pastora do lixão” no (prêmios de melhor espetáculo
curto pelo júri técnico e pelo júri popular, melhor atriz e melhor concepção
cenográfica), conheceu o filho do diretor Daniel Herz, Tiago, que pouco tempo
depois a apresentou ao pai, a quem sempre admirou o trabalho, e almejava que a
dirigisse em “Cálculo Ilógico”.
“Jéssika
me apresentou uma cena curta e fiquei perplexo e, ao mesmo tempo, emocionado
com a atuação dela e com a força do texto”, lembra o diretor. “Eu diria que o
mais genial dessa dramaturgia é a ficção. A base é uma dor verdadeira da autora
que, associada à criatividade, à inteligência e ao talento dela, produziu uma
poesia cênica”, define Daniel Herz que apostou no talento da atriz e na
potência do texto.
Durante
o processo de criação, na sala de ensaio, Daniel Herz realizou diversas
provocações dramatúrgicas que fizeram com que Jéssika investigasse memórias,
sentimentos, abismos e recortes de sua vida.
A
encenação valoriza a força do texto e o trabalho da atriz como principais
motores da montagem. O figurino de Thanara Schonardie, que também assina a
cenografia, traz fragmentos de diversas roupas, inclusive uma camisa do irmão
de Jéssika. O cenário, delimitado por uma fita vermelha, traz poucos elementos,
como três cubos, que ao longo da montagem ganham novos significados, e uma
bicicleta. A trilha sonora original de Éric Camargo foi composta especialmente
para o espetáculo, assim como luz de Aurélio de Simoni fortalece a dramaturgia
e insere o público dentro da cena.
“Cálculo
Ilógico” estreou em outubro de 2018 em São Paulo, numa curtíssima temporada no
Top Teatro. No Rio, a primeira temporada foi de 12 de abril a 2 de junho de
2019, no Teatro Rogério Cardoso, na Casa de Cultura Laura Alvim.
Sinopse:
Sob direção de Daniel Herz, a atriz Jéssika Menkel leva ao palco uma dor
pessoal causada pela perda do irmão. Em cena, sua personagem busca uma nova
perspectiva para ver o mundo a partir de fórmulas matemáticas.
Jéssika
Menkel – autora e atriz
Mestranda
em Artes Cênicas pela UNIRIO e graduada em Teatro pela CAL- Casa das Artes de
Laranjeiras, Jéssika Menkel é autora e intérprete de “Cálculo Ilógico”. Entre
seus últimos trabalhos, está o espetáculo “Meu nome é Ernesto!”, com direção de
Felipe Fagundes. A montagem conquistou 27 prêmios em festivais pelo Brasil,
sendo nove na categoria melhor atriz.
Foi
também indicada na categoria melhor atriz pelo Prêmio Botequim Cultural em
2014, concorrendo ao lado de atrizes como Marieta Severo, Zezé Polessa e
Suzanna Faini. Outro destaque é o espetáculo curto “A pastora do Lixão”, com
direção de Thiago Greco, em que conquistou 10 prêmios em festivais, sendo
quatro na categoria atriz.
Daniel
Herz – diretor
Diretor,
professor, ator e autor, Daniel Herz é fundador e diretor artístico da
Companhia Atores de Laura. Já realizou diversos espetáculos, entre peças
teatrais, óperas e eventos comemorativos de relevância cultural.
Suas
últimas encenações foram “Iolanta”, “Pedro I”, “Nem todos morrem no final”,
“Ópera Mozart e Salieri” (de Rimsky-Kkorsakov) no Teatro Municipal do Rio de
Janeiro (2016); “Ubu Rei”, de Alfred Jarry, no Teatro Oi Casagrande com Marco
Nanini, Rosi Campos e os Atores de Laura no elenco (2017); “Perdoa-me por me
traíres”, de Nelson Rodrigues (2017), “Fulaninha e Dona Coisa”, de Noemi
Marinho, com Nathalia Dill, Vilma Melo e Rafael Canedo (2017) e “Cálculo
Ilógico” (2018).
Entre
os prêmios e indicações que recebeu destacam-se o Prêmio Coca-Cola de Teatro
Jovem na categoria melhor direção pelo espetáculo “Romeu e Isolda”; Prêmio
Coca-Cola de Teatro Jovem nas categorias de melhor direção, melhor texto e
melhor espetáculo por “Decote”; Prêmio Qualidade Brasil na categoria de melhor
direção por “As artimanhas de Scapino”.
Daniel
foi indicado aos seguintes prêmios na categoria direção: Shell pelos
espetáculos “As artimanhas de Scapino” e “Adultério”; Orilaxé por “O filho
eterno”; Cesgranrio por “As bodas de fígaro”; Cepetin por “Fonchito e a lua”;
APTR e FITA por “A importância de ser perfeito”, de Oscar Wilde.
FICHA
TÉCNICA:
Texto
e atuação: Jéssika Menkel
Direção:
Daniel Herz
Assistente
de direção: Gabriela Checchia e Tiago Herz
Cenografia
e figurino: Thanara Schonardie
Assistente
cenário e figurino: Natália Fonseca
Iluminação:
Aurélio de Simoni
Preparação
vocal: Jane Celeste
Direção
musical: Éric Camargo
Design
gráfico: Bruno Niquet e Sheila Gelsleuchter
Realização
: Onda Produções
Assessoria
de Imprensa: Michelle Antelo
Serviço:
Peça
“Cálculo Ilógico”
Local:
Teatro Poeira (R. São João Batista, 104, Rio de Janeiro - Rio de Janeiro)
Datas:
Terças e quartas de setembro e outubro (05/09 a 25/10)
Horário:
20h
Instagram:
@calculoilogico