segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

SENTIMENTO À FLOR DA PELE - MENSAGEM DEA PROFESSORA DALMA NASCIMENTO



SENTIMENTO À FLOR – 

MENSAGEM DA PROFESSORA DALMA NASCIMENTO

    

Igual a Sísifo, o mito grego reelaborado no século XX por Marcel Camus, eternamente condenado a rolar a pedra até o cimo do monte e ela, logo a cair, assim também eu me encontrava,  ao começar ao reunir meus estudos sobre os "Carmina Burana".

Múltiplos foram os trajetos percorridos. Quando eu quase chegava ao topo da montanha, a pedra das minhas pesquisas rolava morro abaixo. Bem mais de vinte anos se passaram quando comecei a escalar a Montanha Mágica deste livro. Até que finalmente consegui e, ao receber ontem um exemplar por intermédio de meu filho Cláudio, meu neto Leon e de minha vizinha Izaura, chorei de alegria.

Mas, nesses dias, ao assistir pela tevê ao sofrimento de nossos seres irmãos com seus objetos boiando no fragor da enxurrada; quando ouvi o sibilar das bombas estraçalhando corpos e quando vi o olhar aparvalhado de uma criança certamente com fome pela tirania da guerra, senti-me numa dolorosa gangorra. De um lado, a realização de um sonho: editar o meu livro. De outro, a dor coletiva a sangrar-me.

Mas diante de tanto sofrimento de meu Outro Irmão, editar um livro, mesmo de há muito sonhado, é uma poeirinha a voar pelo vento.

Meu verdadeiro sofrimento foi mais forte. Cessou-me a alegria. Um valor bem mais alto em mim se "alevantou". Tanta morte, meu Deus.

No próximo número, contarei detalhes de todos os que me auxiliaram a

Subir a “sisifiana-pedra.

Por ora, queridos amigos, AGRADEÇO AS TANTAS E TANTAS MENIFESTAÇÕES CARINHOSAS QUE ME ENVIARAM. TENHAM A CERTEZA DE QUE LEREI CADA PALAVRINHA, CADA VÍRGULA, CADA PONTINHO, ENCHARCADO DE AFETO. TODOS  ESTARÃO GUARDADOS NA ALMA  DE SUA  AMIGA DALMA.

VOZES DA PRIMAVERA CD COMPLETO COM A SOPRANO NEIDE BARROS RÊGO E A PIANISTA THEREZINHA DE MARIA CARVALHO PINTO

(Clicar na imagem para assistir ao filme)


“VOZES DA PRIMAVERA” este é o título do recente CD autoral da soprano Neide Barros Rêgo e da pianista Therezinha de Maria Carvalho Pinto. Certamente, o expressivo nome, cujo extraído da sublime inspiração, chegou-lhes a partir da clássica “Voci di Primavera – Johann Strauss” pela escolha e homenagem ao nobre compositor, a especial faixa é a audição que inicia a seleção musical. Um tanto genial a ideia de trazer a todos nós um álbum com o título “Vozes da Primavera”. Talvez, não perguntei o porquê do título, em conveniência.  Pensei aqui com os meus botões, quiçá devido, claro, ao título da música do compositor Strauss. Permissão, eu preciso dizer uma observação. Que bom, nessa história, foram dois coelhos atingidos com uma cajadada. Devido, as gravações e a impressão do CD tenham sido feitas durante a primavera de 2021, justo, justíssimo, ao tributo à clássica “Voci di Primavera” e a nossa perfumada primavera. Inteligente ideia!

As músicas que compõem o magistral trabalho foram muito bem escolhidas pelas autoras. Diante disso, o que nos resta dizer? Que a preciosidade. O álbum é uma excelente obra musical, a qual as artistas lançam para todos nós os seus fãs.  Com muita classe, em esperado tempo de revigoradas forças, renovamentos da alma humana e superações em todos os sentidos, inclusive, espiritual. Porque a música é a simbologia da alma, e como tal ela ajuda-nos a libertar os nossos verdadeiros sentidos, até mesmo, os valores éticos e morais tão ausentes hoje em dia. Segundo o poeta libanês Khalil Gibran: “A música é a linguagem dos espíritos” A alma da Música nasce do espírito e sua mensagem brota do Coração. E complementa: “Quando Deus criou o Homem, deu-lhe a Música como uma linguagem diferente de todas as outras. Mesmo em seu primarismo, o homem primitivo curvou-se à glória da música; ela envolveu os corações dos reis e os elevou além de seus tronos.

Voltando ao magnífico CD. Diante do maravilhoso trabalho, cabe também dizermos uma “finura”. Acatando ao nosso respeito glorioso na Fé Católica. Existem 3 músicas que reverenciam à Nossa Mãe Santíssima, essas deferências à Nossa Senhora, nos deixou enaltecidos com a "excelsitude" da obra. Pulsantes corações em prol do Amor, alegria e devoção.

No CD “Vozes da Primavera”, Neide canta em italiano, português, francês, espanhol e latim. Eu e a “musa” de o meu caminhar, estamos encantados. Enaltecida, a minha musa, como a maioria de vocês sabem que é artista plástica, ouvindo durante uns três dias as canções do CD, conseguiu concretizar uma Tela enorme a óleo, a qual há tempo esperava as suas pinceladas pictóricas. Certamente, vocês admiradores da soprano ficarão maravilhados. Olhem só as preciosidades selecionadas: Vissi d’arte – Tosca, Puccini; O, mio babbino caro – Giaccomo Puccini; Melodia Sentimental – Heitor Villa-Lobos; Ave Maria – Bach/Gounod; Ave Maria – F. Schubert e outras. Estou preparando uma excelente edição e estará disponível a todos. São 12h30min, aqui tentando produzir algo que chegue à altura da obra, espero que gostem. No entanto, o que eu quero mesmo, é que vocês ouçam/vejam com carinho as preciosidades interpretadas pelas artistas. Porque a edição é um componente ilustrativo, combinados? Aguardem!

MINUTA DE ALBERTO ARAÚJO – editor do Focus. 26 de fevereiro de 2022 (dia em que o editor estava trabalhando na edição do CD e converter em vídeo para ser publicado no You Tube).

CLICAR NO LINK:

https://youtu.be/bt_UQAt1Qm0  

 







Vozes da Primavera

 

01 - Voci di Primavera – Johann Strauss  - 09:13

02 - Azulão – Jayme Ovalle                         01:29

03 - Les filles de Cadix – Leo Delibes          05:19

04 - O, mio babbino caro – Giaccomo Puccini   02:12

05 - De España vengo – El niño judío – Zarzuela - Pablo Luna  05:39

06 - Amour defendu – Mirreille Mathieu   01:53

07 - Vissi d’arte – Tosca, Puccini                 03:03

08 - Cartas de Amor – Edward Heyman e Victor Joung  02:47

09 - Sunflowers – Bob Merril e Henri Mancini  02:28

10 - Madrigal – José Siqueira e Manuel Bandeira 02:06

11 - Olhos negros – Canção cigana russa – 

letra de Osvaldo Santiago  02:38

12 - Melodia Sentimental – Heitor Villa-Lobos  03:21

13 - Recomendação – Babi de Oliveira e India Rego  03:42

14 - Quem sabe? – Carlos Gomes e Bittencourt Sampaio 03:41

15 - Lied der Mignon – Tchaikovsky  03: 03

16 - Sublime afeição – Marlice Botelho Beleza  02 37

17 - Tu – Paurillo Barroso  02:26

18 - Ave Maria – Giulio Caccini  04:08

19 - Ave Maria – Bach/Gounod   03:07

20 - Ave Maria – F. Schubert      04:23




 

Voz: NEIDE BARROS RÊGO (soprano)

Acompanhamento de

THEREZINHA DE MARIA CARVALHO PINTO (pianista)


Ficha técnica:

Gravação: Fábio Motta e Carlos Machado

Mixagem e masterização: Marcelo Frisieiro

Designer: Raphael Pereira Rego


PRODUÇÃO: Castelo Studio





POR MAIS QUE QUEIRAMOS MEDIR A MAGNITUDE DO CD “VOZES DA PRIMAVERA” com a soprano Neide Barros Rêgo e a pianista Therezinha de Maria Carvalho Pinto – projeto musicocultural nós não iremos conseguir. Porque é uma questão de ser uma coisa lendária, algo categoricamente, grandioso. Claro, sabemos a medida quando no início. É uma emoção tão enlevada que chega logo no primeiro “track” “Voci di primavera de Strauss” e logo esse sentimento se incute nos poros e na alma e quando percebemos já tem tomado todo o nosso ser. Assim, com essa grandeza fica difícil medir a amplitude do esplendoroso trabalho, porque do início ao fim a gente vai se envolvendo com as faixas deleitosas e quando percebemos estamos completamente, extasiados. E no final não sabemos dizer o quão de beleza atingiu a nossa alma. No entanto, o que podemos fazer e dizer em letras garrafais: É pura Arte, Emoção, Sensibilidade e Alegria. Alberto Araújo. 05-03-2022.


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Alberto Araújo, bom dia!

Tudo o que eu disser será pouco para expressar minha alegria e minha gratidão, pela belíssima montagem que você fez das músicas do CD "Vozes da Primavera", que reuniu 20 composições musicais, interpretadas por mim, com o magistral acompanhamento da pianista Therezinha de Maria Carvalho Pinto, minha professora de canto e minha confreira na Academia Fluminense de Letras.  Suas palavras, enaltecendo nossa produção, nos proporcionaram muita alegria. Certamente, este foi nosso último CD, por questões de saúde e de idade.  Vamos continuar nos deleitando ao assistirmos ao filme preparado por você, a partir das nossas gravações feitas no Castelo Studio, por Fábio Motta e Carlos Machado; mixagem e masterização de Marcelo Frizieiro; arte de Raphael Pereira Rego.

Muito muito obrigada.

Neide Barros Rêgo.

06-03-2022

WhatsApp da ANL

 

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NEIDE BARROS RÊGO, tudo que eu disse nas duas mensagens publicadas, ainda é pouco, sobre o valioso trabalho musicocultural, obra e a sua particularidade. Você tem contribuído muito culturalmente, literariamente, socialmente, no Estado do Rio de Janeiro. Afinal, são 60 anos de trabalhos ininterruptos, todos Ilustrando e conduzindo à cultura de nossa cidade aos patamares do sucesso. Está acontecendo essas pausas, devido ao vírus chinês. Não é culpa sua. Com os nossos olhos de lince, estamos observamos tudo.  Sobre a edição: Que bom! Você ter gostado da edição, tentei fazer algo obedecendo ao tema, isto é, a primavera. Em todas as faixas foram inseridas flores, muitas flores... Apenas ilustrações, que caíram muito bem e que muitos gostaram, inclusive, você. Você é mesmo uma DIVA. Tem porte de diva, atitude de diva e o coração de uma Diva. Você além de todos esses atributos, é bonita interiormente e exteriormente. SIGNIFICADO DE DIVA: Substantivo feminino. [Etimologia] Origina do latim: diva. Divindade feminina: Aquela que serve como inspiração; musa. Mulher formosa, bonita, beldade. [Figurado] Cantora ou atriz notável [Música] Cantora de ópera, música clássica; prima-dona. Ah! Não são elogios de um amigo, justo, justíssimo é tudo meritório em vossa pessoa.  Abraços do ALBERTO ARAÚJO-06-03-2022.

 

 

 








CHIQUINHA GONZAGA (ÁLBUM COMPLETO) - MARCUS VIANA E MARIA TERESA MADEIRA





CHIQUINHA GONZAGA é a maior compositora brasileira de todos os tempos. Ela criou a primeira música genuinamente brasileira, fundindo a polca europeia ao Lundu dos terreiros brasileiros. Este disco traz clássicos da obra de Chiquinha Gonzaga em uma interpretação vibrante do afinadíssimo duo formado por Maria Teresa Madeira ao piano e Marcus Viana ao violino. Os Arranjos para piano e violino são de Marcus Viana a partir dos originais de Chiquinha Gonzaga. Este duo foi formado durante a exibição da minissérie homônima em 1999 pela Rede Globo, dirigida por Jayme Monjardim e que teve Marcus Viana como autor de toda a trilha sonora incidental. Maria Teresa Madeira é considerada a maior intérprete brasileira da obra de Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga.

 

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UM PASSEIO PELO RIO DE JANEIRO DO SÉCULO XIX VÍDEO COMPARTILHADO DO CANAL DO YOU TUBE DO ARQUIVO NACIONAL





UM PASSEIO PELO RIO DE JANEIRO DO SÉCULO XIX


Inspirado no Guia do Viajante no Rio de Janeiro, de Alfredo do Valle Cabral, publicado em 1882 e que integra a coleção de obras raras do Arquivo Nacional, o vídeo Um passeio pelo Rio de Janeiro do século XIX apresenta um roteiro de visitação turística à cidade sugerido aos visitantes que nela aportaram antes que passasse pelas profundas transformações urbanísticas realizadas no século XX.  O vídeo inclui o que se manteve após as intervenções pelas quais a cidade passou, assim como o registro daquilo que não pode mais ser visitado. O roteiro pode surpreender, uma vez que não contempla os afamados atrativos naturais do Rio de Janeiro, ficando circunscrito ao que hoje é sua região central. Ainda é possível realizar uma parcela considerável do passeio e depreender o que era considerado relevante para visitação no século XIX as edificações administrativas, religiosas e militares da cidade que, à época, era capital do Império brasileiro. O vídeo integra a exposição virtual O Rio em movimento: cidade natural, cidade construção, disponível no site de 

EXPOSIÇÕES VIRTUAIS DO ARQUIVO NACIONAL. 

ORIGINAL CLICAR NO LINK: https://goo.gl/ZrZjXk








domingo, 27 de fevereiro de 2022

MUSEU ANTONIO PARREIRAS, NITERÓI, RJ (1977)




ARQUIVO CULTURAL. MUSEU ANTONIO PARREIRAS, NITERÓI, RJ (1977). Documentário produzido pela Agência Nacional sobre o Museu Antonio Parreiras, em Niterói, Rio de Janeiro. Brasil Hoje n° 192 (1977). Arquivo Nacional. Fundo Agência Nacional. 

Original clicar no link: https://youtu.be/5f-zGlP4aKk

ROSA DE HIROSHIMA - VINICIUS DE MORAES – INTERPRETAÇÃO NEY MATOGROSSO







ROSA DE HIROSHIMA - VINICIUS DE MORAES – INTERPRETAÇÃO NEY MATOGROSSO

 

Pensem nas crianças

Mudas, telepáticas

Pensem nas meninas

Cegas inexatas

 

Pensem nas mulheres

Rotas alteradas

Pensem nas feridas

Como rosas cálidas

 

Mas, oh, não se esqueçam

Da rosa da rosa

Da rosa de Hiroshima

A rosa hereditária

A rosa radioativa

Estúpida e inválida

 

A rosa com cirrose

A anti-rosa atômica

Sem cor sem perfume

Sem rosa, sem nada

 

 

Composição: Gerson Conrad / Vinícius de Moraes

 


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Inacreditável que após um poema comovente de Vinicius de Moraes e a interpretação brilhante de Ney Matogrosso alguém ainda possa pensar em guerras. É abominável um ser humano assim. Vive em função dos trabalhos demoníacos.  Um ser desprezível. Caso não consiga abrir aqui. Assista ao vídeo original no link: https://youtu.be/Eql3Ip21GEA

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ALBERTO ARAÚJO

EDITOR

A FUNÇÃO DO HISTORIADOR É LEMBRAR A SOCIEDADE DAQUILO QUE ELA QUER ESQUECER-PETER BURKE

 


Burke é considerado um especialista na Idade Moderna europeia e também em assuntos da atualidade, enfatizando a relevância de aspectos socioculturais nas suas análises. Foi o historiador equatoriano Juan Maiguashca (professor de História Econômica de América Latina da Universidade de Toronto), discípulo de Chaunú, quem introduziu Peter Burke no mundo dos Annales (Escola dos Annales). Atualmente reside em Cambridge. É autor de mais de trinta livros, muitos deles publicados no Brasil. Em parceria com sua mulher, a brasileira Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke, escreveu "Repensando os Trópicos: um Retrato Intelectual de Gilberto Freyre", obra que se apóia em ampla pesquisa para construir uma narrativa substancial sobre a vida e o trabalho do sociólogo pernambucano. Seu último livro publicado no Brasil é "O Historiador como Colunista" (2009), que reúne uma seleção de seus textos publicados no jornal "Folha de S.Paulo".



PETER BURKE nasceu em, 16 de agosto de 1937 é um historiador inglês. Doutorado na Universidade de Oxford (1957 a 1962), foi professor de História das Ideias na School of European Studies da Universidade de Essex, por dezesseis anos professor na Universidade de Sussex (1962) e professor da Universidade de Princeton (1967); atualmente é professor emérito da Universidade de Cambridge (1979). Foi professor-visitante do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA – USP) de Setembro de 1994 a setembro de 1995, período em que desenvolveu o projeto de pesquisa chamado Duas Crises de Consciência Histórica. Vive em Cambridge juntamente com a sua esposa, a historiadora brasileira Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Foi o historiador equatoriano Juan Maiguashca (professor de História Econômica de América Latina da Universidade de Toronto), discípulo de Chaunú, quem introduziu Peter Burke no mundo dos "Annales" (Escola dos Annales).

É também um dos maiores especialistas mundiais na obra de Gilberto Freyre. Escreveu, com a esposa Maria Lucia Pallares-Burke, o livro "Repensando os Trópicos". É autor de inúmeros artigos críticos, inclusive na imprensa, sobre o sociólogo pernambucano. Costuma indicar a relevância de Giberto Freyre para o estudo da cultura material - casa, mobílias, roupas, alimentos, etc.

 

OBRA

 

Burke é considerado um especialista na Idade Moderna europeia e também em assuntos da atualidade, enfatizando a relevância de aspectos socioculturais nas suas análises. É autor de mais de trinta livros, muitos deles publicados no Brasil. As suas obras mais importantes são:

 

Cultura Popular na Idade Moderna: Europa, 1500-1800 (1978)

O Renascimento Italiano: Cultura e Sociedade na Itália (1987)

A Revolução Historiográfica Francesa (1990)

A Escola dos Annales: (1929 - 1989) A Revolução Francesa da Historiografia (1990)

História e Teoria Social (1991)

Formas de fazer História (1991)

A Escrita da História (1991)

Amsterdã e Veneza: um estudo das elites dos séculos XVII (1991)

A Arte da Conversação (1993)

A fabricação do rei: a construção da imagem pública de Luís XIV (1994)

Falar e Calar (1996)

Varieties of cultural history (1997)

Uma história social do conhecimento: de Gutenberg a Diderot (2000)

New perspectives on historical writing (2001) (editor e contribuidor)

Testemunha Ocular (2004)

O que é história cultural (2005)

Uma história social do conhecimento II: da Enciclopédia a Wikipédia (2012)












 

Para o historiador Peter Burke, professor emérito da Universidade de Cambridge, Reino Unido, a "República das Letras" sobrevive até hoje, apesar de seu tamanho, geografia, estrutura social e modos de comunicação terem mudado ao longo do tempo, "a ponto de ser útil distinguir quatro períodos diferentes de sua história". Burke tratou dessa permanência na conferência" Continua Viva a República das Letras?", no dia 22 de setembro, no IEA.

 

Segundo Burke, muitos acadêmicos já discutiram a história da "República Literária" (Respublica Litteraria) ou comunidade acadêmica internacional, começando na era de Erasmo ou no século 15 e terminando em 1750 ou 1789, "muitas vezes com a explicação de que a era do nacionalismo, em conjunto com o advento da especialização acadêmica, anunciava o fim da 'République des Lettres'", tese da qual discorda. O evento teve coordenação de Renato Janine Ribeiro, da FFLCH-USP e conselheiro do Instituto.

 

 

 

 

 FONTE BIOGRÁFICA

https://pt.wikipedia.org/wiki/Peter_Burke 

www.folhadesaopaulo.com 

sábado, 26 de fevereiro de 2022

ENTREVISTA DE CLARICE LISPECTOR À PROFESSORA DALMA NASCIMENTO




Entrevista de Clarice Lispector à professora Dalma Nascimento

“ Não leio você para a Literatura. Leio você para a vida”

 

Clarice me concedeu uma entrevista em 1974, publicada no Suplemento Literário do Jornal de Brasília em 23/06/1974, antecipada por longo texto sobre a vida e obra da escritora. A matéria foi republicada em francês na revista La Parole Métèque em Montréal, no Canadá, em outono de 1989, edição de nº 11, toda dedicada a Clarice. Na década seguinte, em meio a outras informações, a entrevista foi mais uma vez republicada no jornal carioca “Tribuna da Imprensa”, caderno Tribuna Bis em 25 de maio de 1995, quando resenhei o livro da professora Nádia Battella Gotlib, Clarice, uma vida que se conta, antes mesmo de seu livro ter sido lançado.

 

Observem a densidade das respostas, o jeito introspectivo de  Clarice manifestar-se, sintetizando ideias na serena consciência de que “menos é mais”. Em algumas respostas, existe certo hermetismo para leitores menos acostumados ao ser tão especial de Clarice. Mas os que a leem com amor, penetrando em seus meandros, perceberão a profundidade das asserções, já presente na primeira resposta desta entrevista.

 

Dalma Nascimento – Que é ser Clarice?
Clarice Lispector – Viver cada instante na fruição do momento. É como se estivesse em estado de graça, na clara/escura plenitude de meu silêncio.

 

DN – Uma obra de arte é para ser sentida ou analisada?
CL – Sentida, sobretudo.

 

DN – Então, as análises feitas pela crítica literária são dispensáveis?
CL – Mas análises também são sentidas. É um co-nascer do próprio crítico para a grandeza da obra.

 

DN – A tecnologia atua no escritor? Se verdade, de que maneira? E a obra literária se sente prejudicada pela era tecnológica?
CL – O ideal seria não atuar. A tecnologia minimiza a potencialidade do próprio criar. Massifica tanto a sua humanidade...

 

DN – “Os limites do meu mundo são os limites da minha linguagem”. Você disse isto em algum lugar, Clarice. Isso se incorporou em nós. E como você tenta romper os limites? Como e ampliar o mundo?
CL – Deixando a si próprio nascer o que vem.

 

DN – Seu romance pode ser considerado como novo romance (“le nouveau roman”)?
CL – Não cabe a mim responder.

 

DN – Em que obra você se sente mais realizada?
CL – Em nenhuma. A realização é sempre a obra futura. Realizar-se é estagnar. Se eu já tivesse me realizado, pararia, e assim me desclassificaria, perderia a minha dimensão, a minha humanidade.

 

DN – Seu conceito de ser se aproxima de Fernando Pessoa? Porque nos dois nós sentimos uma busca existencial...
CL – Há identidades, sim, creio. Eu não leio Fernando Pessoa. Porque se lesse, não mais escreveria. Iria me encontrar tanto com ele que não precisaria escrever nada mais.

 

Nunca leu, também, Heidegger – fez questão de frisar. Mas seus livros, sobre a mesinha da sala, nos falam também por ela. – Talvez estejamos na consciência do mesmo processo, do mesmo tempo, não sei – afirma Clarice, olhando, vagamente, o espaço, como se quisesse possuí-lo em respostas.

 

DN – Você permitiria que seus textos figurassem no Vestibular?
CL – Permitiria, por que não?! E evocadora, completa: inclusive, um texto meu sobre Brasília já figurou no Vestibular antes de ser unificado.

 

DN – Gostaria de saber os três maiores elogios que recebeu. 

CL – O primeiro de uma moça – disse ela – quando lhe perguntei: Por que gosta do que escrevo? – Porque, quando a gente lê você, parece que a gente é que está escrevendo. 

O segundo, de uma menininha. A avó leu para a garota que ainda não sabia ler, um dos meus livros infantis: O mistério do coelho pensante. Depois, perguntou se a menina gostou e esta respondeu: – Deus me livre se não tivesse gostado.

O terceiro foi na casa de Pedro Bloch, onde encontrei Guimarães Rosa. Ele me disse de cor pedaços de um dos meus livros. Reconheci, vagamente, e perguntei se fui eu que tinha escrito aquilo e como é que ele sabia de cor. E a resposta veio de manso: – Não leio você para Literatura. Leio você para a Vida!

 

 

Assim, nós também, “guimarãesrosando” a resposta do grande mestre e autor de Grande sertão: veredas, lemos você, sedutora Clarice, para a Vida!




Livros de Clarice Lispector



Clarice fala sobre solidão




Excelente a entrevista de Clarice Lispector. Uma relíquia através dos tempos. O melhor que foi concedida com exclusividade à Mestra Dalma Nascimento. Somente a professora tem essa entrevista. Inclusive, está publicada no livro de Dalma Nascimento "Antígonas da Modernidade", nas páginas 101 a 103.  Aplausos. ALBERTO ARAÚJO.



MENSAGEM DE MIMI LÜCK PUBLICADA NA POSTAGEM “O ORGULHO DE SER NORDESTINO”.





MENSAGEM DE MIMI LÜCK PUBLICADA NA POSTAGEM “O ORGULHO DE SER NORDESTINO”. Vejam o que a escritora e acadêmica MIMI LÜCK escreveu: Com meu avô baiano, aprendi, desde menina, a apreciar a poesia e a literatura de Cordel nordestina. Gente de grande valor, que sabe contar as coisas versejando com muita graça e inspiração, e encantando a todos nós! Mimi.

 

RESPOSTA DE ALBERTO ARAÚJO: Estou encantado com a companheira Mimi Lück. Ser humano incrível e que valoriza as outras culturas. Muito obrigado adorável amiga!  Em nome de toda a nação nordestina agradeço muito a sua amabilidade e “finesse”.  Alberto Araújo.

 

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ALBERTO ARAÚJO escreveu: Tenho ORGULHO de ser Nordestino. Amo à minha Terra Natal. Amo LUZILÂNDIA-PI o meu Unhal acolhedor. Amo muito, com o mais expressivo Amor. Tenho orgulho em ser NORDESTINO. Amarei para sempre Luzilândia - PI a minha cidade natal. Sou fascinado pelas águas do Velho Monge. Sou apaixonado pela vida da minha terra querida. Alberto Araújo.

 

LEVY PINTO DE CASTRO FILHO DEDICA POESIA A ALBERTO ARAÚJO







O confrade e acadêmico Dr. Levy Pinto de Castro Filho. Escreveu uma poesia e dedicou a mim. A professora e declamadora a Gracinha Rego a recitou no dia do Recital Coração Nordestino, panorama cultural, que foi realizado com minhas poesias, no CCMS, em 30 de junho de 2018. Inesquecível.  ALBERTO ARAÚJO

“O Sol se põe na terra de Santa Luzia

Na Região Baixo Parnaíba Piauiense

O Astro-rei brilha, esplendoroso e reluzente

E se esconde devagar, saudoso e consciente.

Do filho letrado e querido

Que há muito vive no Estado fluminense

Caro confrade Alberto Araújo,

Homem bom, pessoa amiga        

Que todos nós cativa, um ser onipresente, polivalente,

Sorridente e inteligente.

A ti, todos os louros

De coração, honestamente.

Autor: Levy Pinto de Castro Filho

 







MATILDE CONTI disse:

Vivaaaaaaaaa 
Levy é um companheiro nosso do Cenáculo 
e de muitas outras jornadas. 
Que bom ver o nosso Levy aqui, 
homem de princípios éticos  e de grande retidão no mundo jurídico 
Grande abraço.

RESPOSTA DE ALBERTO ARAÚJO 

Olá, governadora Matilde. Tive a honra de receber uma poesia dele. Realmente, um HOMEM DE MORAL ILIBADA E SABER NOTÓRIO. Um confrade querido. Feliz final de semana. ALBERTO ARAÚJO.





NILDE BARROS DIUANA FEZ DUAS TROVAS: UMA PARA MIMI LÜCK E OUTRA PARA ALBERTO ARAÚJO





Mimi Lück e Nilde Barros Diuana



Nilde Barros Diuana disse:

Mimi Lück é uma dama

elegante e muito fina,

e tem gente que ainda chama

essa moça de menina!!



Alberto Araújo e Nilde Barros Diuana


Se não conheces o Alberto,

então vou te apresentar

um piauiense esperto

que em Niterói foi morar!!