LUIZ MANOEL AGNER era Naturalizado brasileiro, com seus pais fixou residência em uma colônia alemã nas imediações da pacata cidade de Curitiba em meados do século XIX.
Luís Manuel Agner nasceu em Württemberg
Alemanha e faleceu em Curitiba, 10 de janeiro de 1899, de origem alemã e
naturalizado brasileiro, foi um militar e político filiado ao Partido Liberal.
BIOGRAFIA
Luiz Manuel Agner nasceu em
Württemberg (na época um pequeno território ao sul da Alemaha - atual
Baden-Württemberg) e muito pequeno veio para o Brasil (por isso o seu nome e
prenome são aportuguesados). Com seus pais fixou residência em uma colônia
alemã nas imediações da pacata cidade de Curityba em meados do século XIX.
Entrou para o exército brasileiro e combateu os paraguaios na aliança Brasil,
Argentina e Uruguai na Guerra do Paraguai, lutando sob o comando do tenente
José Joaquim Ferreira Júnior na 1ª. Companhia de Cavalaria.
Após retornar da guerra e com o
passar dos anos, Agner ganhou destaque na sociedade curitibana e como militar
chegou ao posto de major.
Em Curitiba, Luiz Agner foi vereador em 1865. Foi comissário de polícia e em 22 de novembro de 1871 foi nomeado suplente de juiz municipal(cargo equivalente ao de prefeito).
Em 2
de dezembro de 1873 fez parte da primeira diretoria, como vice-presidente, do
recém-criado Clube de Corridas de Cavalos (atual Jockey Club do Paraná) e em
1880, na visita da comitiva da família imperial em terras paranaenses, o major
Agner fez parte do comitê de recepção ao imperador. Foi eleito deputado
provincial do Paraná para o biênio 1888 / 1889, tendo participado da última
formação de deputados provinciais, pois a partir de 15 de novembro de 1889 este
cargo teria outra denominação, a de deputado estadual em decorrência da troca
do regime político brasileiro. Neste mandato, participou da comissão permanente
de Obras Públicas e Colonização.
Seus últimos anos de vida foram
apagados, pois muitos, na sociedade curitibana, o consideraram um traidor do
Estado. Isto porque o major Agner organizou, com compatriotas seus, um batalhão
para apoiar às forças de Gumercindo Saraiva, quando este estava em terras
paranaenses, contras as tropas legalistas do Marechal Floriano Peixoto na
Revolução Federalista de 1894.
Falecimento e homenagem
O major Luiz Manuel Agner faleceu
em Curitiba no dia 10 de janeiro de 1899.
Pelos serviços prestados a nação,
como militar, e como membro ativo da sociedade curitibana, em 1975] foi honrado
a memória do major com o batismo de uma das vias do bairro Bacacheri de Rua
Luiz Manoel Agner.
* (As informações contidas no
perfil do deputado são de responsabilidade da assessoria do próprio
parlamentar)
APELIDO DE "MANECO
PADEIRO"
Conta-se que durante a Guerra do Paraguai o Major Luiz Manuel mostrou seu talento para fazer pães, possivelmente reproduzindo receitas de sua família de origem germânica. A fama de seus pães teria chegado ao Imperador D. Pedro II, por quem teria sido convidado para apresentar seus dotes culinários na Corte.
O Sr. Agner empregou em seu
engenho uma máquina do sistema inglês, diversa da que o Sr. tenente coronel
Munhós aplicou ao seu estabelecimento, como há meses noticiamos, e que, aliás,
tem correspondido à sua expectativa. Os
proprietários de engenhos tem, pois, estes dois sistemas de máquinas a
confrontar, para, com os dados da experiência já feita, pronunciarem-se pelo que
provar melhor entre nós. Possivelmente a comercialização de sua produção era
feita com seu grande amigo Ildefonso Correa, o Barão do Serro Azul.
Ainda, com respeito a Luiz Manoel
Agner, por ocasião da visita de D. Pedro II a Curitiba, em 01 de junho de 1880,
diz o jornal “Dezenove de Dezembro” do dia seguinte:
“ DE VOLTA A CAPITAL DA PROVÍNCIA
As 08:00 horas e três quartos, partiu a
imperial comitiva para a capital, chegando a colônia russo-alemã, Marienthal as
10:00 horas , suas majestades se dignaram a aceitar o lauto almoço que o povo
da Lapa, havia lhes preparado, visitando em seguida alguns lotes da colônia,
cujas condições, lhe mereceram as mais solícitas informações. Daí partindo,
chegaram a esta cidade os augustos viajantes depois das 24 horas. Por um
reduzido grupo de cavalheiros, nacionais e alemães, acompanhados do Dr. Chefe
da Polícia, com piquete de cavalaria, tendo archotes acesos, foram os imperiais
viajantes recebidos a mais de meia légua no lugar Capão Grande, sendo nessa
cidade ainda quase toda iluminada, recebido por grande número de pessoas, que aclamações
de regozijo, lhes dava as boas vindas. Junto ao Paço, em guarda de honra, com a
banda de música, de polícia, fez as devidas continências, ao apearem dos
carros, os augustos soberanos, acompanharam também as suas majestades, alguns
cavalheiros, que dirigidos pela incansável cidadão Major Luiz Manoel Agner,
tomaram em ter que fazer as honras aos nossos soberanos desde sua chegada a
esta capital.” .
Luiz Manoel Agner - Acervo
particular Edgar Afonso dos Santos.
Esteve na passagem do Passo da
Pátria no dia 16 de Abril de 1866.
O Passo da Pátria era uma aldeia
paraguaia, ao norte do Fortaleza de Itapiru, na margem direita do Rio Paraná. O
plano era a Armada Imperial Brasileira, sob o comando de Joaquim Marques
Lisboa, o Almirante Tamandaré, bombardear em ação conjunta ao Exército Imperial
Brasileiro, as posições ocupadas pelo Exército Paraguaio no Passo, distraindo
os paraguaios[2]. Permitindo a passagem dos navios que transportavam os
soldados brasileiros e o imediato desembarque de 10 mil homens do Exército
Imperial Brasileiro a Fortaleza de Itapiru, comandados pelo General Osório.
Em seguida, os soldados paraguaios que
ainda defendiam o Passo, foram repelidos, assim Osório deteve o avanço. Os
soldados recuaram para Laguna-Sirena, onde não conseguiram conter os soldados
brasileiros na noite do mesmo dia, desembarcaram as forças uruguaias e
argentinas, aliadas do Brasil. Participou da tomada do Forte de Itaperu no dia
18.
De acordo com o Prefeito Rafael
Greca de Macedo a construção da Catedral da Praça Tiradentes no final do século
XIX foi uma obra quase integralmente
realizada por imigrantes alemães. O engenheiro foi o mesmo alemão que havia
construído a Pharmácia Stellfeld, o Hospital de Caridade da Santa Casa de
Curitiba e o Mercado Novo: Karl Gottlieb Wieland. Os principais artífices e mestres
de obras foram alemães.
Palavras de Greca em seu livro "Curitiba Luz dos Pinhais" referindo-se aos seus vizinhos alemães luteranos quando criança que variam á calçada defronte a casa e até lavavam a rua: - Fosse toda a gente curitibana similar aos paroquianos luteranos e talvez Curitiba nem precisasse de Prefeito.
O estilo colonial português da
igrejinha antiga que ficava um pouco à frente (na praça) foi substituído pelo
neogótico da Catedral.
[19:01, 18/02/2022] +55 21 99197-5531: Queridos amigos boa noite
Encaminho este vídeo para mostrar a vocês um pouco da história da minha família, Da guerra do Paraguai até a formação de Curitiba. A história do Major Luiz Manoel Agner conhecido também como Maneco padeiro. Ele foi pai da minha bisavó Maria Bárbara Agner que gerou meu avô o pintor Albano Agner de Carvalho cujo nome foi escolhido para representar a classe artística de Niterói.
LINK DO BLOG ONDE TEM A PUBLICAÇÃO
https://heraclidescordeiro.blogspot.com/2020/06/agner.html?m=1
MENSAGEM DE ALBERTO ARAÚJO
Muito importante conhecermos a história do Major Luiz Manoel Agner, o Maneco padeiro. Gostei muito da Cronologia de um personagem que muito contribuiu na área sociocultural brasileira. São desses homens que o nosso país precisa. Obrigado companheiro Julio. ALBERTO ARAÚJO.
MENSAGEM DE MATILDE CARONE SLAIBI CONTI
Meu muito prezado Júlio.
Gostei também, como nos disse o confrade Alberto,
imensamente do seu texto de pesquisa,
a respeito do seu ancestral.
Seu trabalho está perfeito.
Irretocável.
Que orgulho seu
e muita grandeza, possuir na sua família,
um homem, com este naipe
de tantas virtudes
e muito mérito.
Incrível,
além de todos
os seus méritos,
pois foi muito empreendedor e tanto soube vivenciar com ardor
na sua época,
a sociedade paranaense,
em tudo se envolvendo,
chegando a ser verdadeiro
herói da pátria,
pois muito lutou na guerra do Paraguai.
Que bela homenagem você lhe rendeu!
Que perfeição o seu legado!
Incrível mesmo.
Gratidão por fazer chegar até nós,
esse opúsculo de tamanha importância, da própria História, desse rico estado do Paraná.
Mais uma vez,
com muito respeito,
toda a nossa admiração e o nosso muito obrigado.
Abraços.
Matilde. 19-02-22
RESPOSTA E AGRADECIMENTO DE ALBERTO ARAÚJO
Governadora Matilde, bom dia, admirável companheira. Mais uma vez agradeço a sua importante manifestação. Dessa vez, no depoimento que fiz sobre o militar LUIZ MANOEL AGNER, que foi uma importante personalidade na paisagem sociocultural de Curitiba, postagem iniciada pelo nosso companheiro Julio Cesar de Carvalho Ricart. Para a sua mensagem não se perder no tempo. Fiz uma singela homenagem a Luiz Agner no Focus e postei o seu comentário. Veja no link:
https://focusportalcultural.blogspot.com/2022/02/luiz-manoel-agner-um-importante-militar.html
FONTE
https://heraclidescordeiro.blogspot.com/2020/06/agner.html?m=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Manuel_Agner
- Luís Manuel Agner Immigration to Brazil — acessado em 11 de agosto de 2010
- ↑ ab NICOLAS, 1984, p173.
- ↑ Pela grafia original, Luiz Manoel Agner.
- ↑ ab Alessandro Cavassin Alves (2014). «A Província do Paraná (1853-1889) a classe política. A parentela no governo.» (PDF). Universidade Federal do Paraná - Tese de Doutorado em Sociologia. Consultado em 21 de julho de 2016
- ↑ Relatório de governo de 1880 Arquivo Público do Paraná — acessado em 13 de agosto de 2010
- ↑ História Site do Jockey Club do Paraná — acessado em 10 de agosto de 2010
- ↑ A Visita Imperial na Província do Paraná em 1880 Secretaria de Estado da Educação do Paraná — acessado em 17 de agosto de 2010
- ↑ NICOLAS, 1984, p165.
- ↑ NICOLAS, 1984, p167.
- ↑ A última viagem do barão do Serro Azul Livro de Túlio Vargas — acessado em 14 de agosto de 2010
- ↑ ab Sistema de Proposições Legislativas da Câmara Municipal de Curitiba – Lei Ordinária n° 5059/1975 de 14 de abril de 1975 Câmara Municipal de Curitiba – acessado em 18 de agosto de 2010
- «Loja Modestia nº 0.214». Museu Maçonico Paranaense — acessado em 17 de agosto de 2010
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