domingo, 27 de fevereiro de 2022

A FUNÇÃO DO HISTORIADOR É LEMBRAR A SOCIEDADE DAQUILO QUE ELA QUER ESQUECER-PETER BURKE

 


Burke é considerado um especialista na Idade Moderna europeia e também em assuntos da atualidade, enfatizando a relevância de aspectos socioculturais nas suas análises. Foi o historiador equatoriano Juan Maiguashca (professor de História Econômica de América Latina da Universidade de Toronto), discípulo de Chaunú, quem introduziu Peter Burke no mundo dos Annales (Escola dos Annales). Atualmente reside em Cambridge. É autor de mais de trinta livros, muitos deles publicados no Brasil. Em parceria com sua mulher, a brasileira Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke, escreveu "Repensando os Trópicos: um Retrato Intelectual de Gilberto Freyre", obra que se apóia em ampla pesquisa para construir uma narrativa substancial sobre a vida e o trabalho do sociólogo pernambucano. Seu último livro publicado no Brasil é "O Historiador como Colunista" (2009), que reúne uma seleção de seus textos publicados no jornal "Folha de S.Paulo".



PETER BURKE nasceu em, 16 de agosto de 1937 é um historiador inglês. Doutorado na Universidade de Oxford (1957 a 1962), foi professor de História das Ideias na School of European Studies da Universidade de Essex, por dezesseis anos professor na Universidade de Sussex (1962) e professor da Universidade de Princeton (1967); atualmente é professor emérito da Universidade de Cambridge (1979). Foi professor-visitante do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA – USP) de Setembro de 1994 a setembro de 1995, período em que desenvolveu o projeto de pesquisa chamado Duas Crises de Consciência Histórica. Vive em Cambridge juntamente com a sua esposa, a historiadora brasileira Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Foi o historiador equatoriano Juan Maiguashca (professor de História Econômica de América Latina da Universidade de Toronto), discípulo de Chaunú, quem introduziu Peter Burke no mundo dos "Annales" (Escola dos Annales).

É também um dos maiores especialistas mundiais na obra de Gilberto Freyre. Escreveu, com a esposa Maria Lucia Pallares-Burke, o livro "Repensando os Trópicos". É autor de inúmeros artigos críticos, inclusive na imprensa, sobre o sociólogo pernambucano. Costuma indicar a relevância de Giberto Freyre para o estudo da cultura material - casa, mobílias, roupas, alimentos, etc.

 

OBRA

 

Burke é considerado um especialista na Idade Moderna europeia e também em assuntos da atualidade, enfatizando a relevância de aspectos socioculturais nas suas análises. É autor de mais de trinta livros, muitos deles publicados no Brasil. As suas obras mais importantes são:

 

Cultura Popular na Idade Moderna: Europa, 1500-1800 (1978)

O Renascimento Italiano: Cultura e Sociedade na Itália (1987)

A Revolução Historiográfica Francesa (1990)

A Escola dos Annales: (1929 - 1989) A Revolução Francesa da Historiografia (1990)

História e Teoria Social (1991)

Formas de fazer História (1991)

A Escrita da História (1991)

Amsterdã e Veneza: um estudo das elites dos séculos XVII (1991)

A Arte da Conversação (1993)

A fabricação do rei: a construção da imagem pública de Luís XIV (1994)

Falar e Calar (1996)

Varieties of cultural history (1997)

Uma história social do conhecimento: de Gutenberg a Diderot (2000)

New perspectives on historical writing (2001) (editor e contribuidor)

Testemunha Ocular (2004)

O que é história cultural (2005)

Uma história social do conhecimento II: da Enciclopédia a Wikipédia (2012)












 

Para o historiador Peter Burke, professor emérito da Universidade de Cambridge, Reino Unido, a "República das Letras" sobrevive até hoje, apesar de seu tamanho, geografia, estrutura social e modos de comunicação terem mudado ao longo do tempo, "a ponto de ser útil distinguir quatro períodos diferentes de sua história". Burke tratou dessa permanência na conferência" Continua Viva a República das Letras?", no dia 22 de setembro, no IEA.

 

Segundo Burke, muitos acadêmicos já discutiram a história da "República Literária" (Respublica Litteraria) ou comunidade acadêmica internacional, começando na era de Erasmo ou no século 15 e terminando em 1750 ou 1789, "muitas vezes com a explicação de que a era do nacionalismo, em conjunto com o advento da especialização acadêmica, anunciava o fim da 'République des Lettres'", tese da qual discorda. O evento teve coordenação de Renato Janine Ribeiro, da FFLCH-USP e conselheiro do Instituto.

 

 

 

 

 FONTE BIOGRÁFICA

https://pt.wikipedia.org/wiki/Peter_Burke 

www.folhadesaopaulo.com 

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