quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

O PAÇO IMPERIAL É UM PRÉDIO COLONIAL, LOCALIZADO NO CENTRO DO RIO DE JANEIRO



O Paço Imperial é um edifício histórico localizado na atual Praça XV de Novembro, no centro da cidade do Rio de Janeiro, Brasil.

 

Construído no século XVIII para residência dos governadores da Capitania do Rio de Janeiro, passou a ser a casa de despachos, sucessivamente, do Vice-Rei do Brasil, do Rei de Portugal Dom João VI e dos Imperadores do Brasil, sofrendo ampliações no século XIX. Atualmente é um centro cultural. Pela sua importância histórica e estética, o Paço Imperial é considerado o mais importante dos edifícios civis coloniais do Brasil.



Em 1733, o governador Gomes Freire de Andrade pediu ao rei D. João V para edificar uma casa de governo no Rio de Janeiro. Cinco anos depois, o prédio começou a ser erguido. O projeto, do engenheiro militar português José Fernandes Pinto Alpoim, ficou pronto no ano 1743.

 

Nas décadas seguintes, mais precisamente em 1763, a sede do Vice-Reino do Brasil, que era em Salvador (BA), passou para o Rio de Janeiro. Com isso, a Casa dos Governadores se tornou a Casa de Despachos do Vice-Rei, chamada também de Paço dos Vice-Reis.

 

Com a chegada da Família Real Portuguesa, em 1808, o prédio foi usado para outra finalidade. A construção virou Paço Real e casa de despachos de D. João VI. Era lá que o então príncipe-regente (futuro rei) assinava documentos políticos brasileiros e portugueses.

 

A presença real gerou grandes transformações no edifício. Um novo andar central com a fachada voltada para a Baía da Guanabara foi acrescentando e os interiores passaram por uma nova decoração. Uma Sala do Trono, onde ocorria a tradicional Cerimônia do Beija-mão, foi construída. Além disso, uma passagem que dava no prédio vizinho, o Convento do Carmo, também ficou pronta nas reformas. A Rainha D. Maria I ficou instalada no convento por anos.

O Paço em desenho de Moreau e Buvelot de 1842 onde já aparece a platibanda de inspiração neoclássica do lado direito do prédio.

Com a chegada da Família Real Portuguesa, em 1808, o prédio foi usado para outra finalidade. A construção virou Paço Real e casa de despachos de D. João VI. Era lá que o então príncipe-regente (futuro rei) assinava documentos políticos brasileiros e portugueses.

Em 1808, veio a fase em que a construção ganhou sua função mais conhecida, aquela que deu o nome que o lugar tem hoje: abrigou a família imperial.

Quem veio foi Dom João — que na época era príncipe regente, mas depois seria coroado Dom João VI —, sua mãe, Dona Maria, assim como o restante da Corte e sua comitiva, composta por inúmeros nobres, damas de companhia e criados.

Mesmo quando D. João se mudou para outro local, a Quinta da Boa Vista, sua esposa, Carlota Joaquina, ficou para trás com suas filhas. O Paço Real ainda foi usado durante eventos importantes, como coroações e casamentos, com seu posicionamento central na cidade sendo mais adequado para essas ocasiões.


O local, por exemplo, que registrou o importante episódio, em 1822, onde Pedro I revelou que não voltaria para Portugal, momento que conhecemos como 'Dia do Fico'.


Uma varanda entre o Paço e o Convento do Carmo foi construída para pronunciamentos públicos do rei. O espaço, demolido durante o segundo reinado, foi utilizado também nas coroações de D. Pedro I (1822-1831) e D. Pedro II (1840-1889).

 


“Dentro desse prédio ocorreram muitos acontecimentos marcantes para a história do Brasil. Foi lá que D. Pedro I decidiu ficar e não voltar para Portugal – Dia do Fico. Lá, também, Princesa Isabel assinou a Lei Áurea. Pesquisas dizem que em 1840, o Paço foi o primeiro local da América latina a ser Fotografado”, conta o historiador Maurício Santos.

Com a independência do Brasil, o Paço Imperial passou a fazer jus ao nome pelo qual é chamado hoje em dia. Era de lá que D. Pedro I e depois D. Pedro II, os imperadores brasileiros, resolviam as questões nacionais.

 

O prédio com a feição apresentada após a reforma de 1929, do Departamento de Correios e Telégrafos, tendo um terceiro andar ocupando todo perímetro do prédio.

 

Os tempos de poder do Paço Imperial cessaram após a Proclamação da República. Nesse período, as propriedades da Família Imperial foram leiloadas e o prédio foi transformado em Agência Central dos Correios e Telégrafos.

 

Nos anos que seguiram, o edifício foi sendo totalmente deformado e passou a perder as características originais. Até que em 1938 houve o tombamento do prédio e em 1982 (quase cinquenta anos depois) o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional restaurou o Paço Imperial, usando como modelo a forma que tinha em 1818, quando era Paço Real.

 

Importante centro cultural da cidade do Rio de Janeiro, o Paço Imperial, atualmente, recebe exposições, mostras e outros eventos ligados à arte. Continua nos contando importantes histórias.







O palácio que mais tarde abrigaria a Coroa Portuguesa depois de sua vinda às pressas para o Brasil foi construído graças ao Conde Antônio Gomes Freire de Andrade, que achava que sua residência era muito simples.

O nobre escreveu uma carta diretamente ao rei de Portugal, que na época era Dom João V, a fim de reclamar a respeito de sua situação de habitação.







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