ALGUMAS IMAGENS DA PALESTRA: “A
ESCRITA TESTEMUNHO DE CAROLINA DE JESUS - QUARTO DE DESPEJO”, a qual foi proferida
pela Profª e Drª Márcia Maria de Jesus Pessanha (UFF), No Solar do Jambeiro, em
22 de março de 2022.
HOMENAGEM A TODAS AS MULHERES
EMPREENDEDORAS.
No mês INTERNACIONAL DA MULHER, a Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia, Fundação Municipal de Educação de Niterói, através do Centro de Memória da História e da Literatura Fluminense, em parceria com o Núcleo de Educação e Cidadania - NUEC/PROEX/UFF, CODIM e Niterói Mais Humano, todas essas instituições estão juntas homenageando as mulheres e para homenagear a escritora CAROLINA MARIA DE JESUS, cuja obra representa instrumento de denúncia e resistência sociopolítica, foi realizada em 23 de março de 2022, no Solar do Jambeiro a PALESTRA: A ESCRITA TESTEMUNHO DE CAROLINA DE JESUS - QUARTO DE DESPEJO a qual foi proferida pela Profª e Drª Márcia Maria de Jesus Pessanha (UFF).
CAROLINA MARIA DE JESUS. Um dos
maiores nomes da literatura brasileira nasceu em 1914, em sacramento, interior
de Minas Gerais, em uma família de negros analfabetos. Símbolo de grande
mulher, inteligência e resistência. Foi uma autora brasileira, considerada uma
das primeiras e mais destacadas escritoras negras do País.Ela é autora do livro
best seller autobiográfico “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”.
A origem de Carolina
Carolina Maria de Jesus nasceu em Sacramento, no interior de Minas Gerais, no dia 14 de março de 1914. Neta de escravos e filha de uma lavadeira analfabeta, Carolina cresceu em uma família com mais sete irmãos.
A jovem recebeu o incentivo e a ajuda de Maria Leite Monteiro de Barros – uma das freguesas de sua mãe – para frequentar a escola. Com sete anos, ingressou no colégio Alan Kardec, onde cursou a primeira e a segunda série do ensino fundamental.
Apesar de pouco tempo na escola, Carolina logo desenvolveu o gosto pela leitura e pela escrita.
Em 1924, em busca de oportunidades, sua família mudou-se para Lageado, onde trabalharam como lavradores em uma fazenda. Em 1927, retornaram para Sacramento.
A mudança para São Paulo
Em 1930 a família vai morar em Franca, São Paulo, onde Carolina trabalha como lavradora e, em seguida, como empregada doméstica.
Com 23 anos, perde a sua mãe e vai
para a capital onde emprega-se como faxineira na Santa Casa de Franca e, mais tarde,
como empregada doméstica.
Em 1948 muda-se para a favela do Canindé. Nos anos seguintes, Carolina foi mãe de três filhos, todos de relacionamentos diferentes.
Carolina e a literatura
Morando em uma favela, durante a noite trabalha como catadora de papel. Lê tudo que recolhe e guarda as revistas que encontra. Estava sempre escrevendo o seu dia a dia.
O sucesso de Carolina
Com o sucesso das vendas, Carolina deixa a favela e pouco depois compra uma casa no Alto de Santana.
Recebe homenagem da Academia Paulista de Letras e da Academia de Letras da Faculdade de Direito de São Paulo.
Em 1961, a autora viaja para a Argentina onde é agraciada com a “Orden Caballero Del Tornillo”.
Nos anos seguintes, Carolina publica:
“Casa de Alvenaria: Diário de uma
Ex-favelada” (1961)
“Pedaços da Fome” (1963)
“Provérbios” (1965)
O declínio de Carolina
Apesar de ter um livro transformado em best seller, Carolina não se beneficiou com o sucesso e não demorou muito para voltar à condição de catadora de papel.
Em 1969, mudou-se com os filhos para um sítio no bairro de Parelheiros, em São Paulo, época em que foi praticamente esquecida pelo mercado editorial.
Carolina Maria de Jesus faleceu em São
Paulo, no dia 13 de fevereiro de 1977.
MÁRCIA MARIA DE JESUS PESSANHA - Possui graduação em Português/Francês pela Universidade Federal Fluminense (1977), Mestrado em Letras pela Universidade Federal Fluminense (1983), Doutorado em Letras/Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense (2002). Professora Associado IV da Universidade Federal Fluminense. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Didática de Línguas Estrangeiras Modernas, atuando principalmente com as disciplinas Didática e Prática de Ensino de Português/Francês e Literatura. Também ministrou a Disciplina Relações Étnico- Raciais na Escola do curso de Pedagogia da UFF. Aborda principalmente em suas atividades os seguintes temas: Relações Raciais e Educação, Literatura, Literatura infantil, Estudos Culturais e Cotidiano. Atua no Grupo de Pesquisa ligado ao PENESB (Programa Nacional de Educação sobre o Negro na Sociedade Brasileira), desenvolvendo cursos de extensão e de especialização referentes ao tema. Diretora da Faculdade de Educação da UFF e Presidente do Colegiado de Unidade da ESE-UFF até junho de 2011, Membro do CUV (Conselho Universitário) e da Câmara de Legislação e Normas do CUV. Membro do Fórum de Diretores das Universidades Públicas Federais (FORUMDIR) até junho de 2011. Atual Coordenadora do Penesb a partir de outubro de 2011 e Coordenadora do NUEC/PROEX/UFF a partir de abril de 2013. Representante Regional da Fundação Cultural Palmares (Rio de Janeiro e Espírito Santo) 2015/ 2016. Pertence a inúmeras Instituições culturais: Academia Fluminense de Letras, Academia Niteroiense de Letras, Cenáculo Fluminense de História e Letras e atualmente é a presidente do Elos Clube de Niterói.
AGRADECIMENTO E CRÉDITOS DAS FOTOS: Aldo
Pessanha
DA REDAÇÃO DO FOCUS
Caros amigos, que maravilha! Como sempre a confreira Márcia Pessanha em mais uma apresentação de suas belas palestras. Sabedor que foi uma significante e memorável alocução. Sua fala é mesmo encantatória e fascina a todos os ouvintes/presentes. Sempre digo por onde ando, que a nossa Intelectual do Ano 2015 é o orgulho de todos nós da cultura. Pois, além de ser uma profissional responsável, cumpridora de seus deveres civis. Tem feito um brilhante trabalho, tanto na Educação, como Literatura e cultura brasileira. Parabéns, sucesso sempre. ALBERTO ARAÚJO.
MÁRCIA PESSANHA disse: Prezado Alberto, muito obrigada pela divulgação e postagem de algumas fotos de minha palestra, ilustrando-a com apreço. Como sempre você demonstrou profissionalismo e dedicação ao que faz, de forma prazerosa. Mesmo ausente, você se faz presente, recolhendo matéria para organizar seus vídeos e homenagear os amigos. Deus o proteja.
OUTROS COMENTÁRIOS:
Maria Otília disse: Parabéns, pelo engrandecimento Cultural! Iluminado carinhoso abraço! Maria Otília.
RESPOSTA DO ALBERTO ARAÚJO A MARIA OTÍLIA: Olá, coração amável Maria Otília. Obrigado pelo carinho de sua mensagem à nossa companheira Márcia Pessanha pela sua grande contribuição cultural. ALBERTO ARAÚJO.
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LIANE ARÊAS disse: Bom dia Alberto, bom dia Márcia, bom dia Dulce, bom dia prezados Foculistas!!! É verdade Dulce, a palestra da Márcia sobre Carolina de Jesus, foi brilhante! ✨✨ ✨ Márcia tem o dom da palavra aprofundada no envolvimento pelo estudo, que expressa com emoção… Sua fala é a de quem mergulhou fundo na história da personagem Carolina de Jesus, resultando numa plateia atenta e empática pelo encantamento compartilhado. Foi muito gratificante usufruir daqueles momentos de saber e de humanidade… Aplausos para Márcia, sempre!👏👏👏👏Também amei Dulce!🌻🌻Ahhh! Que venha o livro, como disse a amiga Dalma Nascimento! 💫
RESPOSTA DE ALBERTO ARAÚJO
PARA LIANE ARÊAS: Olá, companheira e admirável acadêmica Liane Arêas.
Tudo bem? Obrigado pela sua lindíssima mensagem. Amigos! Vejam, mais uma
testemunha ocular. Sim, sobre o que falei em delicadeza à companheira Márcia
Pessanha, cuja fala/escrita tem a mais pura verdade. A intelectual tem talento
e um carisma imensurável e quão é a sua “fineza” no trato com os amigos.
Liane, a saber, que a sua mensagem serviu até de incentivo/apoio a
todos que labutam na cultura. Em meigas palavras você penetrou fundo no coração
de todos os amigos. Aliás, você tem esse “magnânimo” dom em expressar coisas
lindas, as quais são provindas de um coração generoso e feliz. Sabe destilar “generosidades”
com uma suavidade incrível. Em suma, graciosas e desveladas, com elas a gente
vai compondo o nosso “rosário” de mensagens afetivas. Maravilhosa à sua manifestação
de carinho. É isso mesmo! Interagir faz parte do compartilhamento de amor e companheirismo,
muito bom à gente dizer logo o que sentimos, sem perder a oportunidade, faz bem
ao coração e a alma. É uma inconveniência ficar guardando o que se pretende
dizer, pois, isso nos causa uma “frustração” e um “remorso” depois. Sim, temos
mesmo que falar o que o coração manda dizer. Muito obrigado pela sua graciosa
participação na espiral de afetos culturais, em homenagem à confreira Márcia
Pessanha. Muito obrigado por estar presente e, ativamente, deixar o seu marcar
categórico, em nossas páginas de cultura. Olha, rogo a Deus, para que você esteja
sempre conosco, a casa é sua, pode entrar e “remexer” tudo, pois, há tempo lhes
entregamos as chaves do afeto. A arca da amizade está aqui saltitando de
felicidades. Sim, contente, por ter uma companheira que participa em tudo que publicamos.
Alegre por ter uma presença que é muito admirada, não apenas por esta revista
cultural, mas por toda a comunidade da cultura fluminense. Obrigado pelo
compartilhamento das fotos, as quais ervem para ilustrar mais essa página
cultural dedicada à nossa confreira Márcia Pessanha.
ALBERTO ARAÚJO 23-03-2022.
FONTE BIOGRÁFICA
https://www.ebiografia.com/carolina_maria_de_jesus/
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