Giro Cultural
de setembro
tem programação para todas as idades
Evento terá
sessão de autógrafos e peça infantil
Acontece no dia 13 de setembro a 31ª
edição do Giro Cultural, evento gratuito idealizado pela Imprensa Oficial do
Estado do Rio de Janeiro. A programação tem tudo para agradar os amantes da
leitura e a criançada.
As atividades terão início às 10h na Livraria Ideal com
uma sessão de autógrafos do livro “Um apanhador de meus escritos”, por Gilson
Rangel. A obra reúne diversos versos e prosas do autor.
Um apanhador de meus escritos’, de Gilson Rangel Rolim,
reúne verso e prosa da melhor qualidade
“Tudo, enfim,/terá as marcas do tempo,/ que jamais se detém./É perda de tempo/tentar resistir ao tempo.” (pág.155).
Gilson é filho do saudoso poeta De Azevedo Rolim e, além da veia genética, soube construir de forma singular artérias circulantes de ideias e pensamentos, definidos por palavras colhidas com tanto talento que merecem ser guardadas em cofres de sabedoria. É ver-lhe o conjunto de obras — desde Alguns versos, alguma poesia, em 1988, até aos belos Versos à Vida e ao Tempo, em 2012, num sem-número de títulos que compõem o relicário de onde saiu a reunião de textos integrantes do presente livro.
Resultado final da empreitada: uma antologia de bom-tom, com Contos & Histórias, Filosofando, Versos & Alguma Poesia, Retalhos de Memória, Fábulas e Fantasias e, até, Inéditos & Avulsos. Um belo apanhado em verso e prosa logo a proclamar nas primeiras páginas: “Benditos sejam os que vendem livros, e que os anjos também gostem de ler”. A partir daí, como registra o professor Luiz Antonio Barros, na orelha do volume, “as alusões literárias e ficcionistas, tanto em sua prosa quanto em seus versos, não ocorrem para demonstrar erudição. Mas precisamente para basear seus posicionamentos existenciais sobre o inquietante e recorrente tema de estar no mundo”.
Entre seus contos, muito bons, vale conhecer o de Madame Esmeralda, uma doutora na arte de entender a vida, disfarçada em vidente, a resolver casos com finais bem distintos daquele que é contado por Machado de Assis em A Cartomante. Outra história muito boa é Última Jornada? – com relato verdadeiro sobre o milagre de uma cura de câncer. Ao filosofar com seus botões, Gilson Rolim relembra Charles Darwin e nos lembra que “o Homem é dono do conhecimento em termos materiais, mas escravo do desconhecimento em termos espirituais”; “Homem que, por seu egoísmo imanente, não consegue estabelecer um sistema político capaz de atender mais igualitariamente as demandas de seus semelhantes (...)”.
A marca do poeta Gilson Rolim aparece fortemente grafada em versos sensíveis e atuais como, por exemplo, no poema “Belas Mulheres”: “Madre Teresa, Madre Teresa de Calcutá./ Tenho certeza, é a mão de Deus que ali está!/ MadresTeresas, Madres Marias,/Madres de nomes os mais desiguais/ Vivendo as tristezas de todos os dias./ Belas mulheres que não ”vendem” jornais”. Outro ponto alto do livro está em paráfrase do conhecido poema “Metanáutica” – do saudoso poeta Geir Campos – com o título “O que eu não posso”; “(...) Posso te dar ideia das dificuldades / de carregar a mochila pesada serra acima, / às vezes pensando em desistir. / Mas te passar o aperto no coração / que causa o caminhar solitário e o medo do fracasso, / isso eu não posso não!” Ou ainda a viva realidade em “Metáfora”: “Nossa vida é uma ampulheta, / o lado de cima a esvaziar-se / continuamente. / E também escorre, / os anos fazendo as vezes da areia.” Não faltam mesmo “Alguns haicais”: “Na linha do trem / o destino em paralelas / a buscar seu rumo”; “ As aves no céu/ com suas asas escrevem:/ Viva a liberdade!”.
Nos seus escritos em toque memorial, do nascimento à fecunda caminhada viva de tantas realizações pessoais e professionais, Gilson vai desfiando com as linhas do tempo fatos, personagens e construções que fizeram história – Alexander Fleming, a descobrir a penicilina; as músicas de Noel Rosa e Braguinha; em verso de saudade: “Da Niterói do velho trampolim / a Macaé, do rio e verdes mares. / Houve, então, a mudança; e foi assim / que tudo começou em outros ares”; e diversos ícones – como Rita Hayworth, Anselmo Duarte, Marcos Almir Madeira e Sávio Soares de Sousa (na seção Prova & Verso, de O FLUMINENSE). E mais gente surgindo – Ford, Chaplin, Chico / Vinícius / Garoto – reunidos na música Gente Humilde – e uma linha interminável de filósofos e pensadores de escol – de Sócrates a Spinoze e tantos outros.
Em Fábulas & Fantasias merece tônica especial o relato de Um tipo original – focalizando um garimpeiro de papéis e livros, catados no lixo, com singular nome de Diógenes. Aparecem, quase no fim, Inéditos & Avulsos – com O Autor e o Cenário, em ritmo de bom cordel, e, ainda, Pensamentos Esparsos, com algo bem atual: “O dinheiro e o computador são ótimos escravos, mas péssimos patrões”.
DO JORNAL O FLUMINENSE - POR ROBERTO SANTOS.
Em seguida, o evento segue para a
Sala de Cultura Leila Diniz, onde a Infocus Cia. de Teatro apresentará para as
crianças o espetáculo “A Fuga das Galinhas”, com promessa de muita diversão. A
apresentação terá participação da plateia e contará a história de algumas
galinhas que se revoltam contra o dono da fazenda pelo modo como são tratadas.
O público presente ainda poderá
conferir a exposição “Medidas Extremas”, do artista plástico Marcelo Magon, que
está em cartaz na Sala de Cultura até o dia 3 de outubro.
A mostra retrata o exagero, o erotismo e a ironia de quem busca a beleza e magreza como objetivos de vida.
A mostra retrata o exagero, o erotismo e a ironia de quem busca a beleza e magreza como objetivos de vida.
Em
"Medidas EXTREMAS" vemos anoréxicas, modelos de beleza e saúde
segundo o padrão atual, convivendo no mesmo espaço com obesas, esteticamente
menos agradáveis, quase que párias na atualidade. Marcelo Magon, convida o
espectador a comparar e confrontar esta profunda dualidade.
Influenciado
por Filosofia, o artista mostra com sua obra, que definir a beleza e
estabelecer o limite entre o belo e o feio é como correr eternamente atrás de
uma poderosa miragem. Vivemos cada vez mais numa sociedade que se manipula a si
própria, sendo espelhos da publicidade que consumimos, somos levados a mirar os
extremos que há em nós.
"Medidas
EXTREMAS" é mais que um jogo de cores de esmalte em sulcos de magreza, ou
formas arredondadas em gigantescas massas de efeitos estéticos. É, antes de
mais e principalmente, um deixar transparecer de emoções: Alegria ou tristeza,
a raiva, o erotismo e o humor são ferramentas que o artista usa em tributo às
mulheres que sonham em ser bailarinas mas que têm de se desfazer da bagagem da
comparação."
SERVIÇO
31ª Edição do
Giro Cultural
10h – Manhã de
autógrafos do livro
“Um apanhador de meus escritos”,
Gilson Rangel Rolim,
na Livraria Ideal.
“Um apanhador de meus escritos”,
Gilson Rangel Rolim,
na Livraria Ideal.
Endereço: Rua
Visconde de Itaboraí 222, loja 3 –
Centro de Niterói
12h – Apresentação
da peça infantil
“A Fuga das Galinhas”,
“A Fuga das Galinhas”,
do grupo Infocus Cia. de Teatro,
na
Sala de Cultura Leila Diniz.
Endereço: Rua
Heitor Carrilho 81
Centro de Niterói
Centro de Niterói
ENTRADA
GRATUITA
IDEALIZAÇÃO
NOVA IMPRENSA OFICIAL DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
APOIO NA DIVULGAÇÃO
Sala de Cultura Leila Diniz
Rua Professor Heitor Carrilho, 81 - Centro - Niterói (Ver Mapa)
Tel. (21) 2717-5299 / 2717-4055 www.salaleiladiniz.art.br
Rua Professor Heitor Carrilho, 81 - Centro - Niterói (Ver Mapa)
Tel. (21) 2717-5299 / 2717-4055 www.salaleiladiniz.art.br
Alberto.
ResponderExcluirGrato pela divulgação do Giro e parabéns por mais esse trabalho.
Abç. Gilson