A VITRINE DO FOCUS
PORTAL CULTURAL RECOMENDA
Capa do livro
A ÁGUA ESTAVA CLARA
do escritor CARLOS ROSA MOREIRA
designer - WILL MARTINS.
Vimos,
neste espaço divulgador de obras literárias, indicar a obra A água estava clara do escritor,
contista e cronista CARLOS ROSA MOREIRA. É um livro tocante que, de forma
magistral, embeleza a VITRINE desta
revista eletrônica no mês de janeiro de 2015.
Nos
últimos anos, grandes nomes da literatura fluminense publicaram aqui seus
escritos. Seguindo a trilha dos intelectuais,
CARLOS ROSA igualmente se destaca por saber, com reflexiva
propriedade, penetrar de forma
emocionante no mundo da
expressividade da crônica.
No tabernaculum
da intelectualidade fluminense, o autor de A água estava clara vem-se sobressaindo como um dos escritores promissores da nossa
cidade. Seu grande tema é o mar, andanças em águas quer claras, quer profundas,
embora tangencie outros assuntos com verve e substrato psicológico.
Aos
leitores foculistas fica, portanto, o convite para conhecerem a produção – grande arca de mistérios–, do
autor de A água estava clara.
“Chamava
o mar, as ilhas e os costões de “meu mundo”.
Mas
agora se dava conta de que aquele
era
o mundo selvagem do mar,
feito
para os peixes, não para homens.
O
seu estava na praia distante,
mundo
de terra e de gente,
dos
reflexos fugazes nos vidros dos automóveis.
E
percebeu que poderia morrer.
Pensou
nas suas coisas em terra,
no
carro estacionado à sua espera,
na
colcha esticada sobre a cama do seu quarto,
no
cheiro do café quente...”
Texto
da 4ª capa do livro A água estava clara.
Com
a energia envolvente ao abraçar pelo verbo as balouçantes ondas do mar – ondas
do inconsciente que se quebram na praia do pensamento coletivo – Carlos Rosa
Moreira apresenta ao seu já cativo público o seu mais recente livro de
crônicas.
Singelo
mas perspicaz, seu olhar, transposto em
linguagem escorreita às páginas do livro, logo se encaminha para paisagens humanas e naturais, nas quais
o cotidiano se sobressai. Entre as luzes poéticas das narrativas, mesclam-se memórias tatuadas na alma do artista.
São imagens do mar, da terra, das
cidades que traduzem, nas quarenta e três crônicas desta obra, questões
essenciais. Numa escrita, por vezes com timbres surrealistas, Carlos Rosa
discorre sobre situações vividas por todos os leitores, estabelecendo com eles
um elo de efetiva cumplicidade. De fato, muitos igualmente se veem nas palavras descritas por este autor, hoje
homenageado pelo nosso Focus Portal
Cultural.
Por
vezes assuntos impactantes são abordados – como é
frequente no cotidiano. Reverberam questões regionais,
surgem referências à família,
desenham-se lugares que, de tão visíveis pela adequação das representações
literárias, os leitores logo os
distinguem. Sem as poses das frases feitas, a linguagem de Carlos Rosa é
espontânea. Semelhante às vagas do mar, as cenas vão fluindo naquele vaivém ritmado e constante
entre a oralidade e a dicção mais artística.
Aliás, tal fato contribui para que o leitor se identifique com o
escritor e entre em sintonia também com a sua própria fantasia poética, deixando seu imaginário
voar.
Estampados
em seus registros, o cronista igualmente proclama, em vários textos, a amorosa
relação com Niterói, feudo encantado de
sua infância. Aqui e ali, vão-se salpicando nomes diversos dos bairros e das ruas da cidade,
dados locais, ocasiões culturais a flutuarem
em sua memória no entrecruzar de
tempos distintos, construindo palimpsestos de memórias sobrepostas.
Existem também mulheres que passaram na vida do escritor, assombrando-lhe
utopias em meio a lembranças culturais
de cidades europeias. Dentre elas, Paris, um dos motivos recorrentes em outros
de seus livros.
Trata-se, portanto, de obra esteticamente bem construída, publicada pela Editora Parthenon - Niterói-RJ. Sem dúvida, são crônicas, que merecem ser apreciadas pelo seu teor literário. Já que a obra vale a leitura, amigo foculista, não se esqueça: procure-a em todas as livrarias da cidade. Afirmo que não se arrependerá.
Trata-se, portanto, de obra esteticamente bem construída, publicada pela Editora Parthenon - Niterói-RJ. Sem dúvida, são crônicas, que merecem ser apreciadas pelo seu teor literário. Já que a obra vale a leitura, amigo foculista, não se esqueça: procure-a em todas as livrarias da cidade. Afirmo que não se arrependerá.
Ficha
Técnica:
Autor:
Carlos Rosa Moreira
Editora:
Parthenon Centro de Arte e Cultura
Capa:
Will Martins
Revisão:
Luiz Antônio Barros
Agradecimentos
Gracinda
Rosa e Wanderlino T. Leite Netto.
Edição:
1/ 2014
Idioma:
Português
País
de Origem: Brasil
Número
de Paginas: 190
Escritor, veterinário, bacharel em
Direito (aprovado na OAB), professor, analista judiciário, esportista. Nasceu
em Niterói, em frente à Praia de Icaraí, em 11-3-1955.
Passou a infância em Teresópolis,
onde estudou no Colégio São Paulo (das Irmãs Angélicas) e no Colégio Estadual
Edmundo Bittencourt. No início da adolescência retornou a Niterói. Fez seus
estudos secundários no Colégio Salesiano de Santa Rosa. Formou-se em
Veterinária pela Universidade Federal Fluminense – UFF (quando foi o orador de
sua turma) no ano de 1981 e em Direito pelo Instituto Metodista Bennett, em
1998.
Trabalhou na Secretaria Estadual de
Agricultura, nas áreas de Zootecnia, Epidemiologia e Informação
(Bioestatística) e Educação Sanitária e também na área de Saúde Pública, onde
auxiliou a implantação e executou o primeiro serviço de Vigilância Sanitária do
Estado do Rio de Janeiro após o advento do Serviço Unificado de Saúde
(SUS).Treinou várias equipes de Vigilância Sanitária oriundas de municípios do
interior do Estado do Rio de Janeiro.
Planejou, coordenou e executou
diversas campanhas de vacinação, além de trabalhos técnicos nos campos da
epidemiologia e do combate às zoonoses. Aprovado no curso de mestrado da - UFF
(não concluído), foi professor da Cadeira de Saúde Pública da Faculdade de
Veterinária Plínio Leite. Esportista, jogou futebol de areia na adolescência e
chegou a participar dos antigos torneios de Icaraí, entre eles, “A Semana de
Icaraí”. Mergulhador, caçador submarino, montanhista, tenista, praticante de
artes marciais. Foi titular da seleção estadual de caratê em diversos torneios
entre estilos e academias, em campeonatos municipais, estaduais, regionais e
nacionais. Possui diversos títulos da modalidade caratê esportivo. Exerceu,
durante vários anos, a função de diretor cultural da Associação Brasil Japão de
Artes Marciais, posterior Jinen Kan.
Praticante de judô, fez parte de uma
das primeiras equipes da UFF. É pintor diletante, foi aluno de Roberto Paragó e
chegou a participar de exposição do Núcleo Figurativo e Paisagístico de
Niterói, criado pelo saudoso artista e professor. Apaixonado pela Literatura e
pelo estudo dos idiomas, fala francês, inglês e espanhol. Seu primeiro livro
foi publicado em 2002 (esboços de romances escritos desde a década de 70 e 80,
transformados em contos), resultado de um concurso literário. Em 2003, publicou
Da janela do trem, contos. Em 2005, Brisas, marolas e rajadas de vento Sul,
livro onde mistura crônicas e contos. Em 2007, Amanhã de manhã, em frente ao
cinema, em Icaraí, também contos e crônicas (a capa e contracapa deste livro
foram desenhadas pelo autor).
Em dezembro de 2010 publicou A
montanha, o mar, a cidade, livro de crônicas. Obteve primeiras colocações e
menções honrosas nos poucos concursos literários de que participou. Está
presente em antologias, entre as quais Os Fluminenses – Antologia contemporânea,
vol.I , Ed. Nitpress (2007).
Além de integrar os quadros da ANL,
é membro do Grupo Mônaco de Cultura, do Cenáculo Fluminense de História e
Letras e da Associação Niteroiense de Escritores. Participa do movimento
cultural “Escritores ao Ar Livro”, criado pelo poeta Paulo Roberto Cecchetti. É
colaborador do jornal Literato.
APOIO CULTURAL
Obrigado, Alberto, pela postagem e pelos elogios.
ResponderExcluirÉ sempre muito bom ver um "filho" assim em evidência,
especialmente num blog tão respeitado.
Um forte abraço.
Carlos.
Caro Alberto, endosso plenamente, suas palavras.
ResponderExcluir"A água estava clara", do grande cronista Carlos Moreira Rosa,
é um excelente livro que, através de suas quarenta e três crônicas,
nos encanta, levando-nos a apreciar o belo da natureza e a refletir sobre a vida. Leitura imperdível!
Abraços.
Elenir
Alberto, obrigado por enviar suas publicações.
ResponderExcluirE feliz 2015 pra você e sua esposa!
André.
Muito bem! Alberto fez ótimos comentários sobre a vida e a obra do amigo e escritor Carlos Rosa. Realmente ler as obras de Carlos é literalmente mergulhar nas aguas cristalinas de seus brilhantes textos, imagens líricas de quem sabe magistralmente cantar o mar, a cidade e as gentes. Bravo! Meu Abraço Luzia Velloso
ResponderExcluirCaro jornalista Alberto Araújo,
ResponderExcluirrealmente, A ÁGUA ESTAVA CLARA, de autoria de Carlos Rosa,
dá início em 2015, a sua página FOCUS PORTAL CULTURAL, esplendorosamente.
Edel Costa
Prezado editor/poeta Alberto Araújo,
ResponderExcluirde forma promissora o seu já conceituado Focus Portal Cultural abriu-se neste 2015 com a água viva das claras crônicas do escritor Carlos Rosa Moreira. Foi, sem dúvida, uma bela escolha de o livro A água estava clara ter sido por você indicado para figurar na vitrine deste janeiro. Embora eu, por estar ausente do país só tenha lido algumas páginas antes de viajar, pretendo munir-me agora de meus escafandros teóricos para mergulhar nas múltiplas ondas poéticas ali narradas.
Porém, por tudo que já conheço da sensível escrita de Carlos Rosa expressa no seu livro anterior A montanha, o mar, a cidade, tenho a certeza de que este novo tomo irá complementar os flashes memorialísticos da sua sempre bem urdida produção. Numa leitura bem rápida, logo ao folheá-lo assim que o recebi, impressionou-me o conto "Adalgisa", no qual através daquela misteriosa mulher imaginária, o narrador "astucia" literariamente com as palavras e com as imagens, além de passear, de forma surreal, por recordações artísticas e astrológicas. Ainda que a trama seja bem diferente, lembrei-me da Gradiva, de Jensen.
Felicito, assim, o autor de A água estava clara com a publicação desta obra; realço a expressiva capa de Will Martins que já nos coloca no movimento do texto, apesar de nem todas as crônicas versarem sobre o mar; destaco a correta edição do Parthenon Centro de Arte e Cultura, construída por Mauro Carreiro Nolasco, e cumprimento também você, Alberto Araújo, incansável coordenador do Blog que tanto tem divulgado, em todos os âmbitos, as realizações intelectuais de Niterói.
Agradecendo seus votos de que este ano traga o melhor para todos nós, retribuo-os com fraternos abraços para Shirley e para você.
Dalma Nascimento.